Um novo amor escrita por Lela


Capítulo 8
Capítulo 07 —


Notas iniciais do capítulo

O que dizer sobre esse lindo capítulo? Sério, está com a cara das pessoas que shippam RyoGisa! Minha amiga, a Anônima Alana disse que eu estou melhorando com a minha 'habilidade' de escrita, tipo escritoras famosas e tals (e eu concordei, dane-se a modestia). Espero que gostem! O NYAH TÁ APAGANDO A NOTA AQUI, KCT, SOCORRO!



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— Nagisa POV —

Embora as férias tenham chegado rápido, eu não esqueci aquilo, e, de pessoas próximas a mim, só a Yuuka sabe. Nas férias, desde pequena, eu passo umas semanas na casa dela, e ela umas na minha, porque, sinceramente, além de morarmos um pouco perto, não temos nada para fazer.

Ela mora em apartamento, e tem uma praça movimentada por crianças — parecida com a da minha casa, só que maior e com mais pessoas — e nós vamos para lá conversar e ficar com a galera do prédio dela, ouvindo música numa rodinha de pessoas que sabem cantar e tocar violão.

Eu estava conversando com ela e olhando para a rua, que estava bastante movimentada para um sábado frio à noite. Ela estava olhando para as estrelas, e eu para os carros que passavam e paravam em uma velocidade incrível.

— Yuuka... Minha pior inimiga pode estar dentro de um desses carros... — ela me olhou como se eu estivesse louca.

— A Mishiya pode estar lá dentro? — ela disse rindo, afinal, além de ter contado o que aconteceu comigo e com o Ryosuke, contei a ela sobre a Mishiya, e ela não se surpreendeu. Eu ri com ela e continuei a falar.

— Sei lá, mas enfim, ela pode estar sim, minhas futuras amigas, — ela me olhou furiosa — Calma! — olhei para ela, me rendendo e rindo — Minhas futuras professoras, futuras pessoas que fiquem ao meu lado... O amor da minha vida pode estar nesse carro, e ele pode estar olhando para mim agora.

— Eu não acho que o ‘’Amor da sua vida’’ esteja andando de carro agora. Por que não bicicleta? — ela falou apontando para dois garotos que estavam andando de bicicleta. — ATSUSHI! KOUHA! — ela disse gritando para eles, que começaram a vir em nossa direção.

— Oi, Yuuka! Oi... Na-Yamano! — o Ryosuke disse meio constrangido. Ele ia me chamar pelo primeiro nome. Lembrei-me de uma frase que ele me disse...

“Eu gosto de você, Nagisa”.

Meu coração bateu mais rápido, e eu provavelmente corei.

— Oi meninas! — disse o Atsushi, se sentando ao lado da Yuuka, e o Ryosuke ao meu lado. Ele não parecia se importar muito com o que havia acontecido. Parecia, sinceramente, ter se esquecido de tudo aquilo. Estava tentando parecer normal, eu acho.

Ele me olhou meio confuso, e eu percebi que, inconscientemente estava encarando-o. Ficamos nos olhando por um bom tempo. Suficiente para eu perceber que ele não estava suado, que ele estava com os olhos brilhando e que estava meio corado.

A Yuuka e o Atsushi perceberam que estávamos nos encaramos, e olhamos para lugares diferentes. A noite estava fria, minha respiração saia numa fraca fumaça cinzenta. O Atsushi abraçava e ria junto com a Yuuka, o Ryosuke olhava para o céu e para o seu celular, e eu continuava a encarar os carros junto com aquele ser poético que estava me dominando.

— É uma ótima ideia! — gritou a Yuuka, e me virei para ela, sem saber o que estava acontecendo.

— O quê?

— Andarmos de bike amanhã, no parque do centro da cidade. — apavorei-me. Andar de bicicleta? Mas... eu não sei andar de bicicleta!

— Mas... agora que eu lembrei, você não sabe andar de bicicleta, Nagi-chan... — ela estava certa e, eu não gostaria de ir para lá só para vê-la com os garotos andando de bicicleta.

— O Ryosuke pode te ensinar! — o Atsushi quase gritou, batendo de leve no amigo — Ele teve a paciência de um anjo para ensinar ao irmão pestinha dele, por que não teria com você?

Eu não sabia se aquilo era um elogio ou se ele estava me dizendo que sou uma peste pior do que o irmão — no quesito irritante — mas olhei para o Ryosuke, que concordava com o Atsushi.

— Você poderia mesmo? — eu perguntei, mas queria saber se, depois da história toda do ‘’Eu gosto de você’’, não ficaria estranho — Afinal, você pode chamar a Mishiya.

A Yuuka pôs a mão na minha boca, o Atushi me olhou estranho e o Ryosuke congelou e eu não entendi o que tinha feito. Até que a Yuu me fez levantar e segui-la.

— Não fale na Mishiya, Nagisa! — ela falou, apontando o dedo indicador para mim e com a mão na cintura, como as mães fazem quando mandam você arrumar seu quarto, porque elas trabalham o dia inteiro e blá blá blá. Eu riria daquilo, mas a curiosidade tomou conta de mim.

— Por quê?

— É uma história bem simples, na verdade. A garota-marca-texto como você diz, gosta do Kouha, e ele descobriu isso, só que, por causa disso, ela o mandou sair de perto de você, se não sofreria as consequências de ficar perto de uma garota ridícula como você, bem, isso foi o que ela falou, só que, como nós descobrimos, ele gosta de você e deu um fora nela. Então ela começou a ameaçá-lo, mas foi em vão... Ele não quer falar sobre ela.

— Por que você sabe disso e eu não?! — perguntei.

— Ué, você está no meio da história, então achamos que era melhor não te contar. Vamos voltar!

Quando voltamos, os garotos estavam conversando e rindo. A Yuuka perguntou sobre o que eles estavam falando, e eles não responderam. Houve um silêncio estranho, porque a Yuuka e o Atsushi estavam se beijando e minha respiração voltava a ser um pequeno rastro de fumaça cinzenta.

— Você pode ensiná-la amanhã, Ryosuke? Por que aí, se ela aprender ou então já pegar o jeito, podemos ir à segunda ou então no sábado de tarde.

— Por mim tudo bem, não tenho nada para fazer mesmo... — ele respondeu, olhando para os carros e depois deu um sorriso. Quando você sabe o que a pessoa sente em relação a você, tudo muda.

Eu sei que correr não é a melhor reação que se possa ter depois de ter recebido uma declaração — passa longe disso! —, mas eu não sabia o que fazer. Como reagir com isso, sabendo que, uns dois meses atrás você não suportava a pessoa? Sabendo que, faz dias que a pessoa lhe ignora, e no mesmo segundo, diz que gosta de você.

Ele ainda é o melhor amigo do namorado da minha amiga, e subitamente se tornou um amigo meu e no mínimo um colega. Então, quando você descobre que aquela pessoa que você tanto odiava, não quer ser vista só como um amigo seu, você acha aquilo à coisa mais louca do mundo. Era isso que se passava na minha cabeça. Milhares de pensamentos depois daquele beijo, que diziam que aquilo era pura loucura do Ryosuke. Mas eu vejo que não é só isso.

— Amanhã podemos ir para a piscina, lá em casa — disse a Yuuka.

— Amanhã o Ryosuke vai levar a Nagisa para o parte, Yuu-chan! — o Atsushi disse dando um selinho na Yuuka.

Automaticamente eu me lembrei do beijo do Ryosuke e corei muito! Comecei a bater na minha bochecha, o que fez ficar mais vermelha do que já estava. O Kouha sorriu e corou também, mas estava olhando para outra direção, e não para mim.

— Ryosuke-kun! — gelei. Olhei para frente e vi a menina marca-texto vindo em nossa direção. A Yuuka olhou para mim, e eu devolvi o olhar, dizendo ‘’Help’’ sem nenhum som sequer.

O sorriso do Kouha desapareceu, junto com o rubor em seu rosto. A Yuuka e o Atsushi pararam de se olhar, e eu fui aniquilada pelo olhar da Mishiya.

— Posso falar com você, Yamano-chan? — ela falou, com um sorriso docemente tenebroso. Eu concordei, e ela me levou para longe. — Sua vadia, o que pensa que está fazendo? — a cor marca texto de seus olhos voltaram — Falei para você ficar longe do Ryosuke!

— Você não manda em mim, Mishiya! Isso é ridículo! Impossível! E quem é você para me chamar de vadia? Você é a inveja em pessoa, fora que, fica até mal para uma garota se pendurar no pescoço de um garoto que nem gosta de você.

Ela me deu uma tapa.

— O Ryosuke disse para você que gosta de você, por acaso? — o brilho neon dos olhos dela foi diminuindo. Sorri vitoriosa e ela desabou. Começou a chorar e gritar, dizendo que eu bati nela. O trio que estava longe foi ao nosso encontro.

— A Nagi-chan me bateu! Só porque eu disse que ela iria ficar de recuperação por causa do jeito dela! — A Yuuka estava se segurando para não rir, mas os garotos estavam sério — Ryosuke-kun! Posso falar com você à sós?

— Claro que pode... — eu interrompi ele.

— Claro que não! — segurei a mão dele muito forte (deve ter machucado-o, até), pois ele estava andando para ir até ela. Eu corei muito, mas ele continuou normal — Ele não vai para lugar nenhum com você.

A Yuuka parecia que iria dançar e gritar de alegria, e então eu percebi o que realmente estava fazendo. Para mim, tudo aquilo tinha acabado quando eu falei que ele não ia a lugar nenhum. Eu não imaginei que inconscientemente tinha dado uma tapa na cara da Mishiya com a mão livre —sim, eu ainda estava segurando a mão dele —, uma não, DUAS tapas.

— Você é uma baixinha ridícula! — gritei. Sim, eu estava gritando, não aguentava mais aquela piranha no meu caminho — Só porque é vizinha do Kouha, não significa que ele é o seu cachorrinho! E o que há com isso? Chorar porque descobriu uma verdade que todos sabiam a muito tempo — mentira, mas eu queria dramatizar — e dizer que eu te bati? Com a tapa que você me deu hoje, são duas tapas que você já deu! E se eu pudesse me vingaria do pior jeito que existe! Não sobraria cor nenhuma do seu olho marca texto!

Agora sim ela estava chorando de verdade. Minha mão estava cansada de apertar a mão do Ryosuke — sem nenhum motivo aparente, o que me deixava constrangida —, então soltei, e percebi que ele estava segurando a minha mão desde então.

A Mishiya falou que haveria vingança, mas eu sabia que não. Ela não me intimidava mais. Eu e a Yuuka nos despedimos dos garotos — ela deu vários beijos e abraços no Atsushi, deixando um clima desconfortável entre eu e o Kouha — e então fomos para casa.

— O QUE FOI AQUILO, NAGISA?! — ela me perguntou, enquanto eu colocava a blusa do pijama. — Cara, você surtou, pegou na mão do Kouha, ele deve ter adorado isso, e bateu na cara da Mishiya! Você foi demais, sério!

Eu sorri e dormi muito bem, pensando em tudo o que havia acontecido.

* * *

— Então você sobe na bicicleta e...

— Ryosuke! Eu não consigo subir! O banco tá muito alto! — falei, tentando subir na bicicleta. Ele começou a rir.

— Esqueci que você é muito baixa, você tem o que? Um metro e meio? — ele disse rindo.

— Um metro e cinquenta e oito! Você que é muito alto! Você deve ter um metro e oitenta! Se você crescer mais, vai espanar a lua! — falei, ele riu mais ainda quando eu falei minha altura.

— Um metro e setenta e sete. Agora sobe, eu já arrumei o banco. — eu subi, mas não conseguia me equilibrar, minhas pernas estavam apoiadas no chão — Enfim, você vai fazer o óbvio: segurar o ‘volante’ da bike, vai pôr os pés nessas duas coisas aqui — eu comecei a rir do jeito que ele falava, mas obedeci — e vai tentar equilibrar o peso do seu corpo no meio mesmo. Agora roda e vê o que você consegue, quando você pegar o jeito do equilíbrio, eu te seguro até você conseguir andar só.

Eu consegui me equilibrar, mas caí umas três, quatro vezes. Meu joelho, meu cotovelo e minhas mãos estavam ralados já. — É, ok, você não consegue se equilibrar, vou tentar te segurar e vê se consegue, beleza, Nagisa?

Ele segurou a bicicleta enquanto eu tentava andar, minha mão doía pois, estava machucada, mas mesmo assim eu consegui! Eu saí da bike pulando de alegria! E então, fui para a parte mais difícil: pedalar.

Respirei fundo. O Ryosuke segurava a traseira da bicicleta. Eu comecei a pedalar direito. Me senti orgulhosa e agradecida ao Kouha, mas, quando ele me soltou, uma idosa ia passando pela praça, e quando desviei dela bati minha cabeça no banco de concreto.

— NAGISA! — senti alguém me chacoalhando desesperadamente. Kouha..? — Nagisa sério! Acorda, por favor! — senti gotas caindo em mim. Eu comecei a me desesperar, eu não conseguia abrir os olhos, e muito menos falar. Eu estava tão tonta... — Yamano! Responde, por favor!

Foram as últimas coisas que eu ouvi antes de apagar completamente.


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Notas finais do capítulo

Eu, praticamente, já acabei o capítulo oito, só falta umas ideias para terminar e fazer o nove! Se bem que eu já tenho uma ideia do que vai acontecer. Provavelmente eu só vou falar do Natsu alguns capítulos mais tarde - ou não... - ok, até o próximo capítulo, seus lindjos!
Sempre achei que os POV's da Nagisa melhores do que o do Ryosuke. Acho que é porque é a minha primeira história com POV masculino, não me acostumei ainda, e fico com medo do Ryosuke ficar muito gay, o que ele não é. Comentem sobre o capítulo! Adoraria saber o que vocês acharam, sério, é importante pra mim



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