Um novo amor escrita por Lela


Capítulo 4
Capítulo 03 —


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Foi beeeem paradinho e mongol, mas eu estou confiante de que está bom. Não sei se ficou grande de mais, afinal meus capítulos tem mil e poucas palavras. Enfim, desculpem a demora de sempre, farei o melhor no quarto capítulo, e boa leitura!

Ah, desculpem, mas acho que houveram muitas falas e pode ter ficado meio estranho. Qualquer crítica sobre isso ou sobre qualquer coisa do capítulo/história, está bem vinda! ^^



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Nagisa POV.

Onde diabos eu estava com a cabeça? Por que drogas eu fui falar com o Kouha sobre minha vida? E por que o celular e a carteira dele ainda estão na minha bolsa?

Tive essa reação logo que acordei. Era como se eu tivesse despertado do efeito de uma droga, mas eu não sabia se era isso mesmo, já que nunca experimentei fazer uma coisa assim. Domingos são assim mesmo. Cheio de questões... Bom, pelo menos o meu domingo foi.

De manhã, fui procurar meu celular para jogar, já que não queria sair da cama, e não encontrei só o meu. O do Kouha estava lá também, junto com a carteira dele. Peguei o celular dele, para ligar para alguém próximo dele e dizer que o celular e a carteira está comigo mas, quando abri a página inicial (sim, o celular dele não tem senha...), tinha uma mensagem do Atsushi.

Como sou uma pessoa civilizada, não abri a mensagem... Mentira, eu abri sim. Mas eu continuo sendo uma pessoa civilizada. Comecei a ler várias coisas que não me interessavam, até chegar no ponto em que meus olhos se fixarem em uma frase:

’Eu vi como você olhou para a Yamano quando chegamos no shopping. Eu contaria para a Mishiya, mas é melhor deixar quieto. ’’.

Ai. Meu. Deus. Mas o que foi que eu acabei de ler? Comecei a sentir algo quente se formando no meu rosto, e me levantei e fui me ver no espelho. Meu rosto estava completamente corado. Me deitei novamente na cama e coloquei a mensagem como não visualizada. Mas enfim, quem é Mishiya?

Eu tive que ligar para o Atsushi (sim, eu tenho o número dele) e pedir o número do Kouha. O que foi monstruosamente estranho... Mas deixa isso pra lá. Liguei para a casa do Kouha, e uma voz feminina atendeu.

— Alô? Yuki falando.

Yuki? Quem é Yuki?!

— Então... O Kouha está? – perguntei, meio sem graça.

— Sim, sim, quem é?

—Yamano Nagisa...

— Ah... Você é a garota que o meu filho me fez emprestar meu celular pra falar com você, não é?

— Sou? – perguntei, começando a não entender nada.

— Sim. Você é a namorada dele! Estão namorando em segredo?

— É... Não, espera. Você entendeu tudo errado, senhora.

— Você não precisa mentir para mim querida. Apenas venha nos conhecer.

— Mas... Eu não sou namorada do Kouha! – falei. Quem diabos é essa mulher? A mãe do Kouha?

— Mãe... Quem é? – ouvi uma voz baixa – Sua namorada. Mas eu não tenho namorada! É a Yamano Nagisa. Mãe... ela não é minha namorada, e me deixa atender! Tá, calma, calma.

Eu fiquei meio sem saber o que dizer e o que fazer na hora. O que estava acontecendo?

— Yamano? – agora a voz era do Kouha.

— Ah, finalmente. – falei, murmurando. – Kouha, eu estou com o seu celular e sua carteira.

— Eu sei. Eu liguei ontem para você para pedir que você me desse-os, mas... – interrompi-o.

— Sem comentários. Quer pegar eles agora? Na praça. – falei... Então comecei a lembrar da mensagem... E comecei a corar.

— Pode ser. Chego lá em uns dez minutos. Tchau. – ele disse, desligando.

Desliguei meu celular e me calcei. Porém quando cheguei na porta, me lembrei que ainda estava de pijama. Voltei pro meu quarto, troquei de roupa, peguei o celular e a carteira, junto com o meu celular e minha carteira dentro da bolsa (porque eu iria comprar um sorvete quando estivesse voltando para casa) e finalmente fui.

Ao chegar lá, não tinha muita gente. Só algumas crianças brincando e correndo loucamente. Me sentei no balanço que eu estava ontem, e fiquei pensando no porquê de eu ter dito aquilo à ele. Fora o que eu disse sobre não querer deixar a Yuuka preocupada, havia outra razão. Mas eu não consegui achá-la.

Uma boneca foi parar no meu pé, que caiu de uma garota que estava correndo pela praça. Era bonitinha. Uma boneca de pano. Não sei se era exatamente pano, mas era feita de tecido. Tinha cabelos castanhos e olho castanho escuro. Ela estava com um vestidinho vermelho com bolinhas brancas, e era super fofa.

— Parece você. – alguém disse. Olhei para cima e vi o Kouha. E não. A boneca não parecia comigo.

— Não. Não parece. – falei me levantando e abrindo a bolsa para pegar a carteira e o celular.

— Parece... Olha o cabelo d- eu o interrompi.

— Cala a boca e toma. – falei dando as coisas dele e me sentei no balanço.

Ele ficou lá parado. A única coisa que ele fez foi guardar a carteira e sentar no balanço do meu lado, para ficar mexendo com o celular. Passaram-se alguns minutos e ele ainda estava calado. Só porque eu quero um sorvete. Que sacanagem.

A garotinha que derrubou a boneca passou perto de mim e viu ela. Seus rosto estava cheio de lágrimas. — Moça... Essa boneca é... Minha. – Ela disse, e pegou a boneca enquanto eu esticava para pegá-la. – Obrigada. – ela disse, enquanto abraçava a boneca. Até que ela olhou para mim e para a boneca. – Ela parece com você.

Agora as amigas da garota e o Kouha olhavam fixadamente para mim.O Kouha olhou tipo ‘’Eu disse, e agora você vai ter que concordar porquê ela é uma garotinha indefesa’’. A garota ergueu a boneca para mim. E limpando as lágrimas. — Toma... Para você.

Eu não queria aceitar. Tipo, eu não gosto tanto de bonecas quanto pode parecer. Já tive várias, mas... Elas me dão certo medo quando olho-as. Segurei a boneca e dei um pequeno sorriso para ela. Se minha mãe estivesse do meu lado, seria meio constrangedor. Ela saiu de lá sorrindo e foi brincar com umas garotinhas de lá.

— Nagisa. – falei olhando para a boneca. Eu não conseguia ver semelhanças na boneca e em mim ao mesmo tempo. Certo, o cabelo, a cor do olho... Ok, a boneca se parece muito comigo, e mesmo sendo legal, não me deixou nadinha feliz com isso. Eu já vi o filme de uma garota que ganhou uma boneca parecida com ela, só que tinha olhos de botões e isso quase fez a garota morrer. Não é legal lembrar-se disso quando seguramos uma boneca... – Nagizinha.

— Não. Por favor! – disse o Kouha batendo a cabeça no ferro do balanço. Percebi que aquilo irritava ele e tive uma ótima ideia.

— Boo! Meu nome é Nagizinha e eu sou uma mini cópia da Nagisa! Nyah! Eu sou irritante, mas sou fofa. – falei. Não exatamente eu, mas sim a Nagizinha.

— Nããããão mesmo! Eu não aguento uma Nagisa! Imagina duas Nagisas completamente iguais?!

Eu sorri. Meu plano funcionou perfeitamente e eu percebi naquele momento que eu amo irritar o Kouha. — Nagizinha!! – falei, ele ficou calado, mas logo sorriu.

— Você é muito fofa.

Por um minuto eu corei e escondi boa parte do meu rosto com a Nagizinha. Eu não sabia se ele fala de mim ou dela, e isso me deixou bastante confusa. Não uma confusão legal, interessante, mas uma confusão do tipo... Bem confusa. Algo que eu não sei explicar de um jeito que você entenda.

Comecei a achar ridículo pensar que o Kouha me chamaria de fofa, e logo a pequena vermelhidão no meu rosto sumir. Então eu me lembrei: quero tomar meu sorvete.

— Yamano... – Ah meu Deus! Por que o Kouha sempre fala alguma coisa quando eu penso em sorvete. — Sobre ontem...

— Já pedi para você esquecer. Sem comentários sobre isso.

— O que você fez quando chegou em casa depois do que eu te disse? – ele estava olhando para o céu e eu percebi que se eu demorasse mais iria ficar na chuva.

— Possivelmente pensei por alguns minutos e dormi. – falei. – Agora sem comentários. Eu quero que você esqueça tudo de ontem.

— Não. Eu não vou. – ele disse de um modo sério. – Foi a primeira vez que eu vi você daquele jeito e... Sabe, eu não gosto de odiar pessoas. Obviamente, você foi a primeira que me fez ir longe desse jeito. Eu não quero odiar ninguém.

— Você para de me odiar e eu continuo na minha, certo? Basicamente nós somos feitos para nos odiar. Não é à toa que brigamos tanto. Mas enfim, eu tenho que ir para casa. Tchau. Fui indo e quando olhei para trás, o Kouha estava segurando a Nagizinha enquanto pegava um caminho que possivelmente era o de casa.

O Kouha é meio tabacudo as vezes. Eu não gosto muito de conversar com ele, e isso é sério, pois eu o vejo todos os dias. Na segunda-feira, no intervalo, o Kouha estava com uma garota. Ela era mais alta do que eu e menor do que o Kouha, tinha cabelos pretos e curtos, olhos verdes e ar de fofinha.

Posso lhe dizer que eu não gosto de garotas assim. Ela parecia ser tímida e me lembra as garotas fofas que nos mangás só servem para destruir os relacionamentos de romance. Eu também digo que fiquei com uma pontinha de inveja da aparência dela, mas fiquei aterrorizada quando ela disse:

— Oi, eu sou a Mishiya. Mishy-chan! A melhor amiga do Kouha. – e sorriu.


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Notas finais do capítulo

Hmmm! Uma personagem nova ¬u¬. Pessoas que shippam NagiSuke (geeente, eu sou tão forever alone que criei meus próprios shipps da história. Sei que quem geralmente faz isso são os fãs, mas eu não resisti! Eu até falaria o outro shipp e tals, mas seria spoiler, e como uma pessoa civilizada que nem a Nagisa nesse capítulo, eu não falarei.

Já que estou de férias, eu vou tentar apressar mais um pouco os capítulos, então, obrigada por lerem e até o próximo capítulo!



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