Um novo amor escrita por Lela


Capítulo 12
Capítulo 11 —


Notas iniciais do capítulo

Opa! Terminei finalmente esse capítulo! Na verdade, esse é o penúltimo capítulo... Ou seja, vai acabar do capítulo 12 + um epílogo super foooofo!
Eu não queria terminar essa história, mas tudo na vida tem um fim e a vida não é uma fábrica de realização de desejos (ai, ACEDE, parei :v)
Espero que gostem e surtem, porque tem muitas cenas fofas e não é só da Nagisa e do Ryosuke não



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Nagisa POV:

— O que você está fazendo aqui? — ela perguntou, sem tanta raiva presente em sua voz.

— Queria conversar com você, mas você não estava em casa... — respondi meio atônita. Como assim não conseguia falar com a minha própria amiga? — Então eu estava voltando para casa.

Ela estendeu a mão para me levantar e enquanto abria a porta de casa, ficava calada. Sentamos o sofá e um silêncio tomou conta da casa.

— Por que ele? Por que logo o Kouha? — ela questionou, olhando fixamente para o chão — Quando você falou isso... Foi na época em que se odiavam! E você já estava assim a muito tempo! Por que não me falou nada?

— Eu te contei que ele me deu o celular dele para eu guardar na minha bolsa, não é? — ela fez que sim com a cabeça, para que eu continuasse a falar— Ele esqueceu comigo, e ligou para mim à noite para ir pegar o celular. Mas eu estava desesperada, meus pais estavam brigando e eu tinha que desabafar com alguém. Eu só falei com ele porque ele me odiava e eu não queria preocupar você...

Após eu dizer isso, a Yuuka ficou em silêncio. Ela começou a chorar.

— É ridículo! Sabe, não se preocupar com isso é tão... Não dá! Tem que ser uma pessoa muito fria! E logo o Kouha? Que você tanto odiava? Eu me sinto traída por você!

— Eu estava desesperada! Meus pais tinham brigado novamente quando eu voltei do shopping! Eu estava com o peso nas costas, chorando muito e precisava falar com alguém... Agi por impulso! Me desculpa! — meus olhos estavam marejados e eu me sentia ridícula.

Ela ficou calada por alguns minutos e enquanto eu enxugava minhas lágrimas, ela me abraçou.

— Era para você ter me contado! Em consideração à mim e para eu te ajudar! — ela falou — Mas eu te desculpo. Você pensou em não me preocupar... Desculpa, Nagi-chan.

Eu sorri. Contei à ela toda a história da briga dos meus pais, do Natsu. Contei tudo isso novamente e ela me escutava sem atrapalhar. Para mim, era horrível ter de escutar, falar e explicar tudo aquilo.

— Como você aguentava tudo isso?! — ela questionou após eu terminar de contar — E, ainda assim ser, ou melhor, parecer tão bem?

Balancei a cabeça negativamente. Nem eu sabia. A Yuuka fez mais algumas perguntas; algumas sobre a história, outras sobre eu e o Ryosuke (afinal, ela ainda é a Yuuka). Passei, talvez, uma hora conversando com ela e depois fui embora.

Yuuka POV:

Uma frase que o Kouha me disse à um tempo atrás passou a fazer sentido. “Ela possui mais segredos do que você imagina”. Tem lógica. A Nagisa tem muito problemas. Eu tenho problemas, mas o meu é de personalidade. Já os dela... São realmente problemas.

Todos têm problemas, e o meu sempre foi parecer amável. Na verdade, eu não era amável. A Yuuka com seis anos de idade era chata, arrogante e, provavelmente, medíocre. Todos a odiavam. Para sua felicidade, seus pais resolveram tirá-la do colégio e ela conheceu a Nagisa: a garota animada, brincalhona, mas que não tinha amigos.

Ela me fez mudar, eu estava mais feliz e alegre. Éramos apenas eu e ela na sala e eu vi a atual Yuuka surgir. A Nagisa não sabe muito da minha personalidade ruim. Ainda há uma ‘’Yuuka do mal’’, como a do shopping. Só a Nagisa e o Atsushi, que convivem diariamente comigo, sabem de alguma coisa.

Alguns minutos depois da Nagisa ir embora, o meu celular tocou. O nome “Atsushi” brilhou na tela. Demorei para raciocinar, mas atendi o celular no, provável, quinto toque.

— Alô? — pergunto.

— Oi, Yuuka! É... A gente pode conversar hoje?

Pensei. Eu já sabia que era sobre aquilo. Provavelmente não seria pelo telefone.

— S-sim, aonde?

— Bem... Se você puder descer para a praça em frente ao seu prédio...

— Ok. — respondo e desligo o celular, sem deixá-lo dar uma resposta.

Fui para o banheiro olhar a minha cara amassada de choro. Estava horrível. Lavei o rosto e desci. O Atsushi estava sentado embaixo de uma árvore, de calça jeans, uma camisa normal e o cabelo bagunçado. Ele estava lindo. E eu? Bem, eu era a menina com cara de choro.

Cheguei ao lado dele e o meu instinto era de abraçá-lo. Mas não o fiz. Lembrei daquela garota e a magia no mesmo instante acabou. Ele, quando percebeu que eu estava ao lado dele, sorriu levemente.

— Sobre aquele dia... Nós podemos conversar?

— Estou aqui para isso, não é? — respondo, de modo que lembra a antiga Yuuka. Belisquei-me sem ele perceber.

O Atsushi começa a me encarar.

— Eu não tive culpa! Eu sei que não tenho direito de falar alguma coisa, que você está me odiando por aquilo, mas... Eu te amo! Eu não deveria ter te deixado! Me perdoa... Por favor.

A voz dele soava como se ele estivesse segurando o choro.

— Ok, eu sei que eu nunca amei ninguém assim, mas eu sei que te amo! Por favor, Yuuka... — ele continuou — Eu não consigo ficar sem te ver.

— Por que ela fez isso com você...? — perguntei, querendo respostas sinceras, embora não sabendo como eu reagiria.

— Porque eu fui um idiota e não dei um fora quando percebi o que ela estava fazendo. E quando eu percebi, ela já tinha me beijado. Fui um completo imbecil, eu sei. E também sei que não devo merecer suas desculpas... — ele se levantou — Mas eu te amo, e quero que pense sobre isso.

Ele estava quase indo embora. Me levantei rapidamente, segurei no braço dele e perguntei:

— Você me ama? — ele estava de costas à mim, mas quando perguntei isso ele se virou. Os olhos castanhos que transbordavam lágrimas olhando para os meus, que ao olharem para os olhos dele, também lacrimejaram.

— Amo. Amo muito! — ele segurou a minha mão — Sei que o amor pode parecer uma enorme bobagem, mas eu te amo!

Segurei a mão dele e ele sorri e me beija. Talvez o melhor beijo do mundo. O beijo mais romântico e choroso do mundo. Do nosso mundo.

Ryosuke POV:

— E então, qual brinde o senhor irá escolher? — a atendente do McDonald’s estava querendo rir da minha cara. O Kouta, meu irmão mais novo, estava tirando onda da minha cara, dizendo que eu queria a droga do Mc Lanche Feliz. Olho para o Kou, e ele está escolhendo.

— Ele vai querer esse Homem-Aranha aqui! — ele fala e eu bato disfarçadamente na cabeça dele. Pirralho idiota.

A mulher pega o brinde e fica em dúvida se o entrega para mim ou para o meu irmão. Pego o brinquedo e guardo no bolso da calça. O Kouta começa a rir de mim, e eu pego nossos lanches. O meu, um Big Mac e o dele o Mc Lanche. O pedido era pra viagem; pegaríamos os lanches e voltaríamos para casa.

O Kou pegou a caixinha do lanche dele e já foi abrindo, antes mesmo de voltarmos para casa. Fiz a mesma coisa com o meu hambúrguer e logo dei uma mordida. Quando saíamos da loja, o Kouta esbarrou em uma garota.

— Ah! Desculpa! — ela falou. No mesmo instante reconheci a voz.

— Nagisa?! — olhei para ela e ela me encarou assustada.

— Ryosuke! — ela me abraçou subitamente. Nem mesmo eu esperava por aquilo.

Ela sorriu e eu sorri de volta, enquanto o Kou olhava para nós dois. Não só o Kou, mas uma boa parte da loja também. A Nagisa ficou corada e eu mandei o Kouta ir para o parquinho.

— Ela é sua namorada, não é? — o peste perguntou — Vou deixar vocês aí, mas vou contar para a mamãe, Ryosuke! PARA A MAMÃE!

A ênfase na última frase o fez ficar surpreendente assustador. Afinal, ele ainda é um pequeno garoto de sete anos de idade. A Nagisa olhou para mim, e eu estava irritado com o meu irmão. Ele foi feliz e saltitante com a caixinha vermelha nas mãos para o parque.

Olhei para a Nagisa. Ela olhou para mim e foi se aproximando, cada vez mais. Corei. Ela estava muito perto da minha boca, dando a impressão de que iria me beijar. Ela também estava corada. Onde a Nagisa teria arrumado tanta coragem?! Mas então eu percebi que ela se aproximou para roubar meu hambúrguer. A Yamano Nagisa havia me feito de besta, fazendo-me achar que ela me beijaria! Meu Deus! Como?!

— Quero falar com você — ela disse, e depois deu uma mordida nele. No MEU Big Mac — Falei com meus pais ontem... Sobre o Natsu.

Sentamos em uma das mesas de lá, de modo que desse para ver o Kouta brincando. Encarei-a, e encarei também o meu ex Big Mac. Tirei as batatinhas e comecei a comê-las, sentindo que aquele seria o meu único lanche da tarde. Suspirei.

Ela me contou toda a história do Natsu, do divórcio de seus pais e de como ela se sentia usada e traída, pois seus pais só ficaram juntos por causa dela, o que trouxe sofrimento. A expressão da Nagisa estava cansada.

Mas então, a expressão dela foi piorando... Não parecia ter a ver com o que ela estava me contando. O Big Mac caiu em cima da mesa e a Nagisa apagou completamente, caindo sobre meus braços.

— Nagisa? — pergunto — Nagisa, me responde! Ei, ei! — balanço ela, mas nenhuma resposta.

Ah, não! De novo não...


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Notas finais do capítulo

IAI? CAPÍTULO FOOFOO OU NÃO? Descobriram o passado negro da Yuuka e sua volta kawaiizíssima com o Atsushi. Até o próximo e último capítulo



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