Hunger Games Mockingjay II-Again Catching Fire escrita por White Rabbit, Maegor


Capítulo 38
O Grande Final


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao último capítulo desta jornada, espero que gostem do desfecho!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428519/chapter/38

Trevan Wayland

Olívia e Jason estavam mortos, e Sharon provavelmente estava desaparecida, restavam agora apenas dez tributos na arena, em breve tudo se encerraria e eles teriam o vencedor, os jogos tinham demorado demais e a Capital queria dar um fim definitivo naquela edição. Ele e Julieta corriam pela imensidão desértica, de sua aliança, agora apenas os dois eram sobreviventes, é claro se Sharon não tivesse morrido, mas mesmo que ela estivesse morta, pouco importava, estava claro agora que apenas um sairia dali com vida.

O ágape já deveria ter terminado, levando consigo oito mortes, em breve, a Capital mandaria mais e mais bestantes para atacá-los e matá-los, até que restasse apenas um vencedor, o único que voltaria para casa, naquele momento, diversas famílias deviam estar chorando pela morte de seus pais, tios, ou seja lá o que forem. Ninguém imaginava que fosse retornar a arena, nenhum vitorioso esperava que um dia os seus pesadelos lhe seriam dados de volta. A Capital os considerava uma ameaça, mas eles precisavam de um vencedor ou então todo o dinheiro teria de ser devolvido.

E o pior, nenhum dos dois conseguira chegar as mochilas da ágape, os bestantes haviam rodeado elas, como que para protegê-las dos tributos, estavam quase sem água e sem comida, se não encontrassem logo um oásis ou qualquer outra coisa que lhes proporcionasse suprimentos, estariam mortos com certeza. Aquele seria o último fim de suas vidas, o sol tilintava acima da cabeça deles e o calor era quase que insuportável, não havia sinal de nenhum ser vivo por perto, exceto pelos lagartos de areia que se esgueiravam por entre os buracos feitos por eles mesmos.

Podiam ainda enxergar as monumentais construções espalhadas por toda a arena, a Cornucópia erguia-se majestosa no topo da pirâmide, Trevan e Julieta pararam de correr no mesmo momento, estavam cansados demais para continuar e tinham de poupar energia caso algo inesperado acontecesse. Trevan via a Cornucópia com outros olhos, não mais como um sinal de perigo, mas como um abrigo em potencial.

– Julieta, consegue andar mais um pouco?

– Andar sim... Correr, talvez não! Por que?

– A Cornucópia deve estar vazia nesse momento, todos os outros tributos estão fugindo do obelisco.

– Você quer... Ir para a Cornucópia?

– Seria uma boa, ainda devem ter suprimentos por lá e nós estamos sem nenhum por aqui, acho que seria a melhor opção.

– Não sei é uma boa ideia Trevan, a Capital quer que os jogos acabem logo, nenhum lugar da arena é seguro agora.

– Eu sei, mas talvez dentro da pirâmide seja seguro.

– Dentro da pirâmide?

– Sim- o homem arqueou as sobrancelhas- existiam túneis a poucos metros do chifre dourado, que iam parar dentro das pirâmides, então ainda podemos olhá-las por dentro.

Julieta revirou os olhos enquanto abraçava o próprio corpo, Trevan lhe estendeu a mão com um pequeno sorriso, ambos eram do mesmo distrito e se conheciam a um bom tempo, eram os únicos sobreviventes de uma aliança e até que os jogos chegassem ao seu desfecho, eles só tinham um ao outro, e ela precisava confiar nele, por mais loucura que fossem as suas ideias e os seus planos, iria confiar nele.

– Tudo bem- ela respondeu segurando a mão dele- espero que suas ideias não me matem!

– Eu também!- ele disse num riso.

E ambos correram novamente pelo deserto, em direção a imponente pirâmide que marcava o seu centro, sem saber que os outros tributos faziam o mesmo.

<><><><><><><><><>

Tracy McGoile

A imensidão do deserto a deixava mais solitária do que já estava, sabia que três aliados seus ainda estavam vivos, mas não podia confiar neles, não se sentia segura o suficiente de continuar andando ao lado de ambos, sabendo que em breve, apenas um restaria, muito sangue fora derramado na batalha, ela própria vira todas as oito mortes, e restavam agora mais nove para que se tivesse o vencedor, e ela é claro, desejava ser essa sortuda mais uma vez.

Olhava para o horizonte procurando um lugar seguro, se é que este existia, a Capital queria que os jogos acabassem logo e por isso todos os lugares deviam estar no momento, cheios de bestantes ou armadilhas naturais que matassem os mesmos instantaneamente, para chegar aquele ponto, a edição devia mesmo estar ficando cansativa, pode ver os aerodeslizadores indo em direção ao obelisco para coletar os mortos, ou seja, ninguém mais estava naquela área, exceto talvez aqueles bestantes esquisitos.

Mas talvez a Cornucópia estivesse vazia, a imponente pirâmide que se erguia no centro da arena, talvez pelo menos ali fosse seguro e ela não tinha mais nada mesmo, tudo o que podia era arriscar e ir adiante, não tinha nada a perder. Talvez ela até pudesse usar a arquitetura da pirâmide para formar uma armadilha que a tornasse vitoriosa, o distrito 13 devia estar vibrando por ela naquele momento.

Seu tio seria o único a desejar a sua morte, mas ela não estava nem um pouco disposta a morrer, não naquele dia. Continuou andando na direção da pirâmide, a sua possível salvação, já arquitetando em sua mente a armadilha que iria fazer, por sorte a Cornucópia estava próxima e ela seria provavelmente a primeira a chegar lá se outros tributos tivessem tido a mesma ideia. Eram milhões de possibilidades, talvez algo com cordas ou estacas, não, tinha que ser algo mais ousado... Espere, o interior da pirâmide devia estar cheio de perigos e bestantes, trancar os tributos lá dentro poderia ser a melhor opção a se fazer. Sim, trancafiá-los para que não pudessem mais sair.

Ela olhou o que ainda tinha em mãos, o que havia conseguido resgatar, um pouco de água, duas maçãs, corda, um isqueiro, duas adagas e uma lança. Na mochila pega na ágape havia comida, água, fósforos e uma faca pequena. Nada de muita utilidade, mas ela poderia criar uma armadilha com aqueles pequenos itens. Minutos depois ela estava subindo as escadarias da pirâmide em direção ao seu topo, tinha a armadilha inteira na cabeça e o plano de como usá-la, primeiro ela teria que atrair os bestantes para a entrada, bastaria apenas fazer bastante barulho, uma pequena explosão, podia fazer isso com fósforos e um pouco de álcool, talvez com o líquido do isqueiro. Depois precisava de algo pra tapar a entrada quando um tributo finalmente passasse por ela, para isso poderia usar as cordas e outros itens que podiam haver na Cornucópia, criando uma barreira e então, pronto, menos inimigos.

Ela finalmente havia chego ao topo, pode ver que poucos itens restavam, apenas algumas mochilas e pouquíssimas armas, nada de muito valor, mas que no momento poderiam salvar a sua vida. Ela era esperta, poderia vencer muito bem. Correu para dentro do chifre dourado, talvez os tributos pudessem estar bem próximos, percorreu o local com os olhos em busca do material necessário, visualizou um escudo de aço, escondido atrás de um suporte de ferro, fora esquecido ali. Era um pouco grande, mas deveria servir. Pegou e notou que ele era bastante grosso, levou-o até a entrada que levava ao interior da pirâmide e comparou o tamanho, era perfeito. Mas antes ela precisava atrair os bestantes. Vasculhou as mochilas restantes até encontrar o que ela queria: Pólvora. Encheu uma garrafa de água vazia com ela, arrancou a alça da mochila e a pôs em volta da garrafa, quebrou o isqueiro com a ajuda de uma adaga e derramou seu líquido sobre este, desceu cuidadosamente pela entrada e pôs sua ‘’bomba’’ ali. Acendeu um fósforo e incendiou a caixa jogando-o na pequena bomba e se distanciando da entrada, uma explosão se fez, lançando terra para fora da entrada da pirâmide.

Ela respirou fundo enquanto podia ouvir ruídos esquisitos vindos dela, os bestantes... Ela pegou o escudou rapidamente passando a corda por sua extensão e deixando-a com quatro pontas, amarrando adagas nas extremidades, escondeu-se num local estratégico, assim que algum tributo entrasse, bastaria fincar as adagas no chão e lacrar a entrada, depois esperar. Sim, ela tinha de ter paciência naquele momento.

Esperou alguns minutos até ver um casal de tributos se aproximando, ela os conhecia, eram do distrito três. Continuou em seu esconderijo, imóvel, recusava-se até mesmo a respirar. Viu eles pararem diante do buraco, olharam nos lados e discutiram alguma coisa antes de finalmente entrar. Tracy foi rápida, esperou alguns minutos e correu até o buraco, levando consigo a “barreira” que havia feito. Colocou-a por cima da entrada e fincou as cordas no chão com a ajuda das adagas. Pronto, ela já havia atraído os bestantes e agora só era esperar que eles fizessem o trabalho por ela.

Alguns minutos depois, pode sentir que alguém gritava por socorro, enquanto outro dava murros no escudo, estava funcionando, por sorte ele estava bem fixado ao chão e não iria se soltar facilmente. Então o primeiro tiro de canhão pode ser escutado, depois o outro. Agora o distrito três estava morto. Ela sorriu, podia ouvir o barulho dos bestantes embaixo dela, mas eles nunca viriam para a superfície e quando todos os tributos viessem até ali, ela libertaria s bestantes e fugiria, deixaria que eles acabassem com o resto.

Sim, ela tinha de separar armas e suprimentos e deixá-los num local estratégico para a fuga, poderia ser que alguém sobrevivesse. Mas enquanto ela olhava as mochilas sentiu uma pontada em seu pescoço, e um líquido quente escorrer por entre sua roupa. Sua vista embaçava e ela tombou, seu sangue formava uma poça imensa no chão, enquanto que ela ouvia alguém aproximar-se. Droga, estava tudo indo tão bem.

Ela fechou os olhos e então morreu, seu tiro de canhão soou logo depois. Eram agora, apenas oito tributos, oito finalistas e Capital daria um jeito de juntá-los.

<><><><><><><><><><><><><><>

Chris McBain

Ele e Heather conseguiram eliminar todos os bestantes do obelisco usando o veneno das cobras que eles tinham pegado. O resto da aliança estava morto ou espalhado pela arena. Apenas ele, Heather e Serena continuaram juntos, iriam ficar juntos até a final dos jogos, onde seria necessário que se matassem, mas isso ainda demoraria um pouco. Haviam se afastado do local por dez minutos para que os corpos dos mortos fossem recolhidos e eles pudessem escutar os três tiros de canhão, três pessoas a mais haviam morrido naquele dia.

Desse modo os jogos não durariam mais de dois dias. Restavam apenas oito tributos, as apostas deviam estar aumentando significativamente enquanto a Capital e os distritos assistiam aquele banho de sangue que a edição havia se tornado. Mas por algum motivo, os corpos eram recolhidos assim que os outros tributos deixavam a área, como se eles tivessem pressa em ter o corpo dos tributos para algum fim. Será que fariam bestantes com eles?

Não, no máximo a Capital apenas recolheria uma amostra do DNA, e quanto ao corpo? Era mandado restaurado em um caixão de madeira com uma pequena indenização a família- bem pequena mesmo- então de nada adiantaria ter tanta pressa em recolher corpos.

– Restam oito tributos agora- disse Heather, a mulher havia conseguido uma pequena panela dentro de uma das bolsas dos que tinham morrido, e no momento cozinhava alguns legumes- além dos nossos aliados, eu só me lembro de mais duas mortes. A garota do distrito 9 e a do 2, acho que foram mortas pelos bestantes.

– Eu não queria que isso tivesse acontecido- Serena falou num tom soluçante- o Rupert? De tantos tributos, porque justo ele teria que morrer? Eu não aceito isso. E além do mais o assassino dele está morto, eu sequer posso vingá-lo.

– Calma Serena, coisas assim acontecessem sempre, não tem como evitar, apenas um sai daqui lembra?- Chris respondeu, era notável a aflição da garota- não preciso se preocupar por enquanto.

– Ele tem razão, tome um pouco da minha sopa- Heather falou com um sorriso meigo no rosto- não está as mil maravilhas, mas está bom.

Chris e Serena se serviram tomando a sopa inteira estava deliciosa isso sim. Fazia um bom tempo que ele não comia nenhum tipo de sopa, ainda mais ali nos jogos. Ele queria estar em casa, queria poder voltar a sua vida normal no distrito 1, a sua vida de ex-vitorioso, a vida de luxo que a Capital lhe dera, é claro que ele não queria que os jogos existissem, mas o que ele, um simples homem poderia fazer contra a poderosa Capital? Nada.

– Estou me sentindo estranha- Serena comentou, seu rosto empalidecia e ela levava às mãos a barriga como se algo a incomodasse.

– O que aconteceu?- perguntou Chris, logo sentindo um incômodo estranho em sua barriga, uma dor infernal.

Heather ria sonoramente enquanto levantava-se e recolhia algumas mochilas, ela piscou os olhos para eles numa expressão marota enquanto apenas os encarava e disse:

– É o veneno que eu coloquei, sinto muito, gostei de estar com vocês, mas bom, são os jogos vorazes não é? Até na próxima vida!

E ela saiu andando saindo da região do obelisco, levando consigo o que ela conseguia carregar. Serena estava caída no chão, a boca espumando e se contorcendo de dor. Todos os seus músculos doíam e sua vista embaçava, então ela fizera mesmo isso? Ele caiu com a cara no chão, não conseguia mais se mover, se sentia paralisado e aos poucos seu coração parava de bater. Ouviu um tiro de canhão, vinha de Serena. Ele fechou os olhos sentindo uma dor extrema, e então tudo parou. Ele estava morto e outro tiro soava pela arena.

<><><><><><><><><><><><><><>

Jennifer Matriz Murray

Ela andava a esmo pelo deserto, tinha de vencer, por ela e por Owen, tinha de voltar pra casa e honrar o distrito 4 como já fizera uma vez e não seria um deserto ou um tributo que ira derrubá-la. Nada poderia derrubar Jennifer Matriz Murray. É claro que ela queria estar ao lado de Owen, queria dar um jeito de que ambos voltassem pra casa e que ela fosse mais uma vez feliz, sem preocupações, sem o risco de morrer. Percebeu que uma tempestade vinha ao longe, a Capital já estava armando uma armadilha para poder juntar os tributos e fazê-los se matarem. Ela tinha ouvido os tiros de canhão e sabia que restavam apenas seis tributos, mais do que na hora daqueles jogos acabarem, mais do que na hora de tudo chegar a seu final e ela seria a vencedora.

Estava procurando por um oásis onde pudesse beber água e quem sabe comer algumas tâmaras, mas tudo o que ela via era areia e mais areia, nada que pudesse ser aproveitado. Sentiu seu corpo arrepiar-se, era como se ela estivesse sendo seguida. Preparou a faca, mataria qualquer um que se aproximasse. Foi então que viu. Um bestante saltou velozmente caindo bem a sua frente. Era uma espécie de homem-chacal. Possuía uma pelagem negra que brilhava a luz do sol e garras bastante afiadas, seus dentes também eram afiados. Ele usava restos de roupas em seu corpo, pareciam ser de um tributo. Em uma das mãos segurava uma cimitarra e o bestante grunhia a todo o momento.

Ela segurou a adaga com força e atacou-o, o monstro desviou-se num salto veloz. Ela virou o corpo o mais rápido que podia e atacou novamente, a adaga chocou-se contra a cimitarra e Jennifer deu uns passos para trás. O monstro avançou, erguendo a sua arma no ar, Jennifer desviou-se da arma, mas as garras arranharam seu braço, fazendo-a derrubar a sua adaga. Ela foi rápida e pegou a adaga novamente.

Viu a tempestade de poeira aproximar-se numa velocidade incrível, adaga e cimitarra chocaram-se novamente enquanto ela encarava o monstro que grunhia. Foi então que ela viu, aquele par de olhos. Sentiu um aperto em sua alma, sim, eram os mesmos olhos. Aquele era Owen, a Capital tinha transformado Owen em um bestante. Sentiu as lágrimas escorrerem por seus olhos enquanto ela gritava. Não podiam ter feito isso com o amor da vida dela, não podia. Ela deu uns passos para trás e largou a adaga. O monstro enfiou a cimitarra em seu estômago e ela pode sentir a dor e o calor do sangue, já não se importava mais com nada. Não adiantava viver se seu amor não estivesse por perto.

Ele tirou a cimitarra de dentro dela, e Jennifer caiu no chão, agora sim, ela estaria com seu amor. Vivendo com ele no paraíso onde ninguém os separaria. Fechou os olhos enquanto seu sangue escorria pela areia quente e depois morreu. Seu tiro de canhão soou alto e brado enquanto a tempestade cobria a arena, restavam apenas seis tributos.

<><><><><><><><><><><>

Eric Flyt

Ele e Philipe fugiam como loucos da tempestade, ela havia surgido do nada e parecia querer levá-los a algum lugar que eles não conheciam. Podia ver que ela vinha de todas as direções da arena, era a Capital querendo juntar os cinco tributos restantes para que o final dos jogos acontecesse de uma vez por todas. Columbae havia sido morta por um bestante no Ágape, nenhum dos dois pode protegê-la, mas agora eles tinham que proteger a própria vida se quisessem voltar para casa. Não existiam mais amigos eram todos inimigos.

Eles continuaram a correr, parecia que toda a areia do deserto os perseguia querendo os atrair para algum local e nem ele e nem Philipe se atreviam a parar, nenhum dos dois sabia que surpresas aquela tempestade guardava. Quando eles finalmente pararam de correr estavam diante de uma gigantesca estátua de Hórua- deus egípcio- e a tempestade cessou e a calmaria do deserto voltou. Todos os outros tributos ainda vivos estavam ali: ele, Philipe, Heather, Élleny, Derek e Trista.

Todos se olharam, prontos pra começarem a lutar, apenas um vencedor sairia dali e tinha que ser ele. Eric, não era o favorito do ano e ele sabia disso, mas ele iria vencer os jogos não importasse o que custasse. Estava pronto pra atacar alguém quando de súbito o chão cedeu, sim, o chão ao redor deles cedeu formando um círculo, e este logo foi preenchido com lava. Não havia como fugir. E a estátua no centro do círculo começou a mexer-se, pedaços de rocha despencavam de seu rosto, revelando por trás dela penas marrons e douradas formando um par de asas, um corpo humano musculoso e uma cabeça de ave, ele segurava um gigantesco machado. Ele seria o algoz dos tributos.

Todos se prepararam para atacar o monstro, mas este apenas grunhiu altamente e começou a pronunciar palavras incompreensíveis. Eric não conseguia entender o que ele estava dizendo. O monstro moveu-se rapidamente, batendo as asas fazendo com que os tributos ficassem unidos, próximos um ao outro. Nenhum deles entendia o que estava acontecendo, mas a Capital vibrava pelo que estava por vir, seria uma edição histórica.

Hórus- o monstro- ainda com palavras incompreensíveis, começou a mover o seu machado em passos estranhos. A lava ao redor do vulcão começou a seguir os passos do machado e acumulou-se diante dele como uma bola de fogo explosiva. Eric entendeu o que eles queriam, os vitoriosos eram uma ameaça para a Capital, eles eram as fagulhas de Panem. Ele e Philipe se olharam, haviam se tornado amigos, mas havia chegado ao fim. Todos se preparam para atacar, mas havia algo de errado.

Eric empurrou alguém rapidamente para longe dali, e bem a tempo, pois o bestante lançou a bola de lava que se chocou contra cinco dos seis tributos numa explosão gigantesca. Cinco tiros de canhão soavam no ar enquanto que anunciava o vencedor, aquela edição havia chegado ao fim.

<><><><><><>

Sair daquele palco foi a pior coisa de todas, ver como os outros tributos morreram era aterrorizador, a arena era assustadora e assombrosa e o que a Capital fez aos tributos foi algo muito errado. Eles queriam eliminar todos os tributos, e depois fazer um clone de um deles apenas para fingir que alguém tinha saído vivo de lá, eles sabiam que uma revolta estava sendo iniciada e eles queriam apagá-la de uma vez por todas.

Foi resgatado com apenas alguns machucados, mas todos os outros foram explodidos numa morte cruel. Havia recebido uma visita do idealizador, um menino de quinze anos, e ele havia mostrado fotos de um laboratório secreto onde os outros poderiam ser revividos. Que grande baboseira. O moleque ainda pedira para que, depois da entrevista com Danyelle, ele fosse até aquele local se encontrar com alguém que iria ajudar Panem e todos os distritos.

E por mais que ele não acreditasse nisso, ele foi mesmo assim. Estava em um beco ermo, apenas ratos e baratas transitavam por ali. Sentia a perna esquerda doer um pouco, mas os médicos da Capital conseguiram tratá-lo muito bem e ele não tinha nenhuma cicatriz, apenas dores temporárias. Seu título combinava muito bem com ele, ele era imbatível, nada podia derrotá-lo, nem mesmo os Jogos Vorazes, e agora ele tinha a chance de salvar o distrito e tinha de aproveitá-la.

Ele encostou-se em um dos muros e ficou esperando, em breve ele ou ela apareceria para falar sobre como derrotar a Capital e isso era o que ele mais queria, destronar aquele que causou todo esse sofrimento, queria o sangue quente do presidente em suas mãos, a próxima edição dos Jogos seria baseada no Segundo Massacre, o dobro de tributos, todos estariam entretidos nos jogos e não iriam perceber nada, o momento perfeito para uma revolta.

Ele ouviu passos se aproximarem, devia ser a pessoa. Virou-se dando de cara com uma mulher de olhos cor de tempestade que sorria meigamente para ele. A garota em chamas, a mulher que fez com que duas pessoas ganhassem os jogos numa tática genial:

– Meus parabéns Derek- ela riu- venceu os Jogos Vorazes, eu sabia que o título de garoto imbatível se aplicava bem a você.

– Eu só venci graças ao homem do distrito 12, se não eu estaria morto.

– Calma, conseguimos pegar o DNA dele e de todos os outros, eles vão reviver. Vão fazer parte da nossa revolta.

– E o que vocês pretendem com essa revolta?

– Acabar com a ditadura da Capital e destruir todos aqueles que nos causam sofrimento.

– Estou dentro.

– Mas eu ainda nem fiz o pedido.

– E nem será necessário!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E por aqui terminamos, eu e a katara- a Aya sumiu a anos, então não sei nada sobre ela no momento, enfim- nós dois agradecemos imensamente a todos aqueles que participaram, acompanharam e ficaram conosco nesta fic. Desculpe se algo não foi como vocês esperaram, mas a terceira temporada será bem melhor e eu tenho certeza. Só tenho a agradecer a todos vocês, de coração. Pois um escritor não é nada sem seus leitores.

Beijos quentes de nós dois, amamos vocês!!!! Até a terceira temporada!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hunger Games Mockingjay II-Again Catching Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.