Hunger Games Mockingjay II-Again Catching Fire escrita por White Rabbit, Maegor


Capítulo 33
O Desconsolo dos Waldorf


Notas iniciais do capítulo

Ohayo pessoal!!! Desculpem ter desaparecido por tanto tempo, é que eu estava escrevendo três capítulos, iria deixá-los prontos para postá-los um a cada dia e compensar a falta de postagem, mas meu pc queimou e eu perdi tudo, mas voltarei a postar normalmente e tentarei compensar o tempo perdido. Espero que gostem!!!



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Khalil Waldorf

A mulher de areia sorriu para ele, mas não era um sorriso comum, era diabólico, um sorriso cheio de maldades, cheio de sede... Sede pelo sangue dele. Ela ameaçou mover-se, mas ele mostrou o machado que havia conseguido na Cornucópia. Ela sequer se abalou e continuou a mover-se lentamente na direção dele, era como se ela flutuasse pela areia.

Ele fitava aqueles olhos dourados, não dourados como o ouro, mas da cor da areia do deserto, o deserto que mais parecia o inferno de tão quente. Ele queria evaporar dali, queria que sua aliança aparecesse e o salvasse, queria não ter sobrevivido nos primeiros jogos. Mas o destino lhe fora adverso, e ele estava ali, diante do seu algoz, diante do próprio deserto.

Todos sempre diziam que ele conseguiria vencer qualquer coisa, conseguiria vencer aquele monstro? Segurou o machado firmemente, deu alguns passos para trás, queria ganhar impulso e atacar, golpear todos os lugares que pudesse até achar um ponto vital, porque ela devia ter um ponto vital.

A mulher avançou contra ele, mas seus reflexos foram mais rápidos e ele conseguiu desviar-se de suas garras, ela virou-se numa agilidade inimaginável e avançou novamente, suas garras cintilavam com a luz do sol, ele abaixou-se a tempo desviando novamente das garras diabólicas.

Tinha que poupar suas forças, o calor e a falta de água o deixaram fraco, e se tentasse atacar compulsivamente, provavelmente desmaiaria em meio aquele sol e seria o prato do dia daquela bestante. Continuou a desviar-se dos ataques da mulher de areia, ela nunca se cansaria e ele sabia disso, não podia ficar naquela brincadeira de gato e rato o dia inteiro.

Ele precisaria atacar, querendo ou não, uma hora, ele precisaria dar cabo dela, teria somente uma chance e sabia disso. Ele começou a procurar algum ponto fraco, enquanto desviava das garras brilhantes dela, ela se movia muito rápido e estava esgotando o resto de suas energias.

Então ele resolveu investir na cabeça, afinal ela deveria ter um cérebro. Desviou das garras mais uma vez e avançou contra ela, moveu-se alguns centímetros para esquerda para desviar-se novamente de suas unhas, acertou o cabo do machado nas costas dela derrubando-a, a mulher caiu no chão arqueando de dor.

Ele rodou os pés para virar-se o mais rápido, segurou o cabo do machado com as duas mãos dando um pequeno salto, ele não podia erra, usou todas as suas forças naquele golpe, a lâmina do machado acertou a cabeça da mulher de areia.

Uma pequena explosão aconteceu, salpicando o rosto de Khalil de sangue e grãos de areia, um sangue arroxeado que gotejou pela areia quente do deserto. Ele parou ofegante, tinha conseguido. Continuou a analisar aquele corpo, definitivamente não era humano, mas ele havia conseguido derrotá-lo.

E agora, ele precisava encontrar Trista, ela poderia estar perdida em algum lugar do deserto precisando dele e era seu dever protegê-la, começou a ir à direção de algumas palmeiras que via ao longe, talvez fosse ali o oásis onde ele e seus aliados estavam até pouco tempo atrás. Rezava para que todos ainda estivessem lá.

Começou a rastejar os pés pela areia, já com um sorriso de esperança no rosto, até que algo puxou o seu pé derrubando-o, ele caiu de cara no chão, ferindo o lábio inferior em alguma pequena pedra que havia ali. Sentiu-se ser arrastado pela areia e depois suspenso.

Aquilo era irreal, agora ele estava sendo retirado do chão por alguma coisa, uma espécie de garra segurava o seu pé com uma força tremenda, ele inclinou o corpo para ver o que o levava. Era uma espécie de mulher-pássaro, tinha penas cinzentas e sujas de terra, ele olhou para baixo, o corpo da mulher de areia não estava mais lá, então ela havia se transformado naquela coisa? A bestante grunhia assustadoramente, um piar que lembrava uma risada, um riso distorcido e diabólico, um riso de quem está perto de matar o seu pior inimigo.

Ele via-se ser erguido cada vez mais do chão, já podia ver a arena quase toda dali, e a bestante subia cada vez mais, ele já não podia sequer respirar direito, estava rumando para a morte e sabia muito bem disso. Começou a pedir mentalmente perdão pelas mortes que causou, ou pelos erros que cometeu, pelo menos Deus salvaria sua alma, já seu corpo se perderia naquele deserto, achatado contra as pedras, riu do próprio pensamento, só procurara Deus agora que via-se na hora da morte, a morte que ele tanto desejou, finalmente havia chegado.

Só conseguia pensar em Trista, ela seria única que sofreria de verdade a sua morte. Talvez ela conseguisse sair vitoriosa, talvez ela ainda voltasse pra casa com vida. Ele não teve tanta sorte. A sorte não estava a seu favor.

A bestante parou no ar, batendo as asas e grunhindo assustadoramente, ela o fitou com seus olhos desumanos, numa mensagem que queria dizer: “Você já era!”. Ele nada poderia fazer, seu machado havia caído enquanto ele era suspenso. E agora só lhe restava a morte.

Sentiu a garra largar o seu pé, agora ele estava caindo, caindo rumo a sua morte certa. A pressão do ar machucava o seu corpo, ele sentia tudo queimando, como se ele estivesse descendo até o inferno. Que grande ironia, o Esmagador, seria esmagado pelas pedras. E ele sorriu, o seu último pensamento, seu último riso. Porque segundos depois, seu corpo ia de encontro ao chão, mas a sua alma subia para algum lugar indefinido no universo.

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Trista Waldorf

O tiro de canhão foi súbito e assustou a todos, quem teria morrido? Savannah e Khalil desapareceram com a tempestade, ela apenas rezava para que ambos estivessem com vida e que aquele tiro de canhão fosse apenas a morte de algum tributo qualquer, não faria a menor importância.

Em seu íntimo ela acreditava- ou queria acreditar- que Khalil estava em segurança, ele não seria bobo pra ser morto por outro tributo ou bestante, e teria resistência o suficiente pra não sucumbir ao calor do deserto. Ela tinha certeza plena de que ele estava vivo.

Viu o aerodeslizador buscar o corpo do tributo, não tinha restado muita coisa, aquilo só podia ter sido trabalho de um bestante, afinal nenhum tributo conseguiria fazer aquilo com alguém por mais forte e louco que fosse, e a natureza também não estraçalharia uma pessoa em tão pouco tempo.

Mas as armas biológicas da Capital tinha esse poder, os bestantes não conheciam pena ou compaixão, tinha apenas a sede pelo sangue humano, programados para vagar pela arena, perseguir e matar todos os tributos que aparecessem em seu caminho, tudo para divertir a Capital, eram sempre mandados quando os jogos começavam a ficar entediantes que era o que devia estar acontecendo.

Seus outros aliados se refrescavam no oásis que não tinha desaparecido por sorte, mas ela conseguia apenas se concentrar em Khalil, onde ele estaria, como ele estaria, com quem ele estaria... Mal ela podia imaginar que ele já não se encontrava mais entre os vivos e que todo o distrito 11 chorava de amargura.


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Notas finais do capítulo

Que Khalil descanse em paz!!!



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