Beer Girl. escrita por Woodsday


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e comentem ♥



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Eu estava no condado de Loving, no Texas, uma cidadezinha minúscula com menos de 150 habitantes, nesse momento eu estava completamente irritado com minha irmã Alice, que tinha nos enfiado em um avião contra a minha vontade, diga-se de passagem, Alice me infernizara tanto a paciência, que eu acabara cedendo, e então estávamos em direção ao novo México, Alice queria uma vida à lá mexicana, como ela mesma ressaltou. Infelizmente, ou felizmente, eu ainda estava tentando decidir, houve uma parada de emergência, devido ao mau tempo da região, e eu me pergunto, em que merda de companhia Alice comprou as passagens, para que esta não soubesse que o tempo pioraria futuramente.

– Você podia ser menos rabugento Edward! – Ela bufou ao meu lado, estávamos caminhando na beira de uma estrada que ligava um condado a outra, eu estava fodidamente puto com minha irmã, então me limitei a ficar em silêncio, eu não ia querer dizer algo que Alice me jogaria na cara pelo resto da vida.

– E você podia ser menos patricinha Alice. – Revirei os olhos para os saltos enormes que ela usava e as roupas frescas. Só podia ser Alice.

– Eu não sou patricinha Edward! – Bateu o pé no chão como uma criança mimada e eu bufei irritado. – Ei! Olha aquilo Edward! É um bar! – Ela apontou para frente dando pulinhos, e eu me virei para ver do que a surtada falava.

E sim, realmente um bar, um bar de beira de estrada com placas de neon em verde limão e vermelho, a placa dizia em letras garrafais Texas Beer, Alice incansavelmente passou a dar pulinhos ao meu lado, enquanto eu observava com receios os mais diversos motoqueiros a frente do bar, todos riam ruidosamente e fumavam seus cigarros.

– Vamos lá! – Alice se sacudiu já ao ritmo da música alta que invadia nossos ouvidos, Achy Breaky Heart, a música definitivamente era contagiante, apesar de não ser meu ritmo preferido.

– Alice, olhe para aqueles caras!

Ela deu de ombros. – Qual é Edward? É só a gente ficar na nossa e beleza. Vamos, precisamos de um telefone e algum lugar pra dormir.

– Não precisaríamos se você não tivesse metido a gente nessa.

– Ta ta! A culpa é minha, será que a gente pode entrar naquele bar agora? – Ela bufou irritada e saiu andando na nossa frente, revirei os olhos e afrouxei minha gravata a seguindo. Era mesmo o cúmulo do azar, o famoso e cobiçado CEO da Cullens Enterprises em um barzinho de beira de estrada do Texas.

Alice deu um gritinho quando nós passados pelos motoqueiros, eles me lançavam olhares tortos e eu ignorei com o máximo de dignidade que me era permitido sem levar uma surra, não que eu fosse levar uma surra, era bom de briga.

– Porra Alice, o que é agora?!

Another Brick in the Wall, Part Two! – Ela gritou acima da música como se fosse óbvio e eu revirei os olhos para minha irmã que já se agitava dentro do bar. Que por sinal, era tudo que eu não imaginava, não tinha o luxo que eu estava acostumado, nem a decoração impessoal dos lugares de NY, pelo contrário, era bastante rustico e aconchegante, haviam mesas de madeiras, e uma jukebox, um palco pequeno, onde uma banda cover tocava, eu tive que admitir, muito bem. Havia brutamontes para todos as lados, tatuados enormes e também havia mulheres de todas as idades e com roupas variadas algumas até a caráter, com roupas xadrez e botas, o que eu achei divertido. O cheiro de cerveja invadia o lugar, e algumas outras bebidas fortes também, eu tive que admitir que o lugar era muito interessante.

Eu puxei Alice pela mão e nós fomos até o balcão onde eu parei ao lado de um cara enorme cheio de tatuagens e cicatrizes, ele conversava algo com uma morena que preparava cervejas de costas para mim e minha irmã, os cabelos eram negros e ela também possuía tatuagens, usava uma regata preta e uma calça jeans justo que deixava em evidência seu traseiro. E que traseiro, pensei embasbacado. Uma pancada forte me tirou dos meus devaneios e um cara enorme estava a minha frente, era moreno e como todos no bar estava cheio de tatuagens, tinha uma cara irritada e agressiva, provavelmente namorado da morena.

– Sai daí Black, eu assumo daqui. – Mandou ela autoritária se virando e colocando um copo de cerveja na frente do grandão ao nosso lado. – E aí, o que vão querer? – Eu abri a boca em choque, me sentindo como um adolescente babaca do colegial, a morena era simplesmente arrebatadora, os olhos embaixo dos enormes cílios eram verdes, pele branca e macia, boca rosada e convidativa, me senti salivando por toca-la. – Ei cara! - Bateu no balcão mau humorada e sai do meu transe, me sentindo um idiota, um idiota completamente ficionado nessa morena.

***

Com 18 anos eu assumi o Texas Beer, o bar herdado dos meus pais, eles haviam sofrido um acidente em uma rodovia, um caminhão os pegara de surpresa, e pronto, no mesmo dia eu soubera que ou alguém assumia o bar ou eles venderiam tudo. E eu tinha escolha? Definitivamente não, eu simplesmente adorava o Beer, era meu ponto preferido para vir com meus melhores amigos, Charlie e Renné Swan sempre foram liberais, apesar de papai ser o chefe de policia da pacata Loving, mamãe botava o terror nessa cidade, podíamos ser uns caipiras do interior, como eu já ouvia muitas vezes, mas francamente, não existia coisa melhor que essa realidade que vivíamos aqui. Com 14 anos, eu fiz minha primeira tatuagem clandestina, claro que mamãe e papai piraram, mas mamãe era toda tatuada, uma verdadeira porralouca. Ela não tinha nada que falar, e tampouco Charlie, ele adorava o espirito livre e desimpedido de mamãe e de mim, já que eu herdara dela. Depois disso, elas só foram crescendo, e hoje eu já tinha cerca de vinte ou mais tatuagens pelo corpo, eu era um verdadeiro gibi, como dizia Rose, minha melhor amiga. Rosalie Hale, era uma verdadeira vadia, sem dúvida, Rose odiava minhas tatuagens mas quando se tratava das de Emmett McCartney, seu namorado, Rose pirava completamente. Ela tinha verdadeira tara pelas tatuagens de Emm. Jasper Hale, o meio irmão de Rose era completamente pirado, Jasper foi meu melhor amigo a vida toda, quem me ajudou a fazer todas as merdas que uma adolescente faz, como fumar escondido, ou fazer tatuagens escondidos, pilotar uma moto, Charlie sempre foi veementemente contra motos, o que era triste, já que eu sempre fora apaixonada por elas. Atualmente eu morava em cima do meu bar, não era muita coisa, mas eu vendera a casa dos meus pais e guardara o dinheiro no banco, o andar de cima não era grande, mas era grande e confortável o bastante só para mim.

Jacob Black, meu super melhor amigo colorido era quem me ajudava na manutenção do bar, então como Jake já estava lá desde as uma da tarde, quando deu cinco horas, eu desci e fui o ajudar a atender a galera. Tínhamos um nível variado de clientela, desde as vadias a procura de homens e de homens a procura de vadias, caminhoneiros que paravam para beber algo e dormir na beira da estrada, motoqueiros que somente vinham aqui para movimentar e ouvir a boa música, até os adolescentes que saiam escondido de suas mães e vinham fazer a festa. Eramos o sucesso do condado de Loving e dos condados vizinhos.

– E aí Black. – Cumprimentei com um toquinho enquanto pegava umas canecas no balcão e levava para a pia. – Movimento hein? – Comentei enquanto observava uma galera chegar e já subir no palco para tocar, era totalmente livre essa parte do palco, eles gostavam disso e eu também, me poupava o dinheiro da música ao vivo. Uns caminhoneiros chegaram ao balcão batendo e urrando como ogros e eu bufei indo até lá. – E aí, o que vão querer cavalheiros? – Perguntei sarcasticamente.

– Você docinho. – Um deles deu um sorriso que julgava ser sexy e eu ri.

– Não está no cardápio, desculpe. Cerveja para todos? – Perguntei com bom humor. Eu simplesmente não ligava mais para os comentários, era o preço que se pagava por ser dona de um bar.

– Manda ver gata!

– É pra já! – Gritei por cima da voz de um cara que começava a cantar La Grange em cima do palco, enchi os copos com a cerveja e coloquei sobre o balcão, avisando a Jake e segui para atender as próximas mesas enquanto aproveitava os garotos que cantavam incrivelmente bem e eram adorados pelos presentes. A rotina do bar era cansativa, mas eu gostava, passei pelas pessoas cumprimentando as e brincando com algumas, eu estava rindo com um grandalhão quando avistei Emm atravessando as portas do bar. – E aí grandão! – Gritei acenando com a mão e Emm rodou o bar até me ver, sorri para ele, e Emm atravessou as pessoa me erguendo do chão em um abraço forte.

– E aí Bellinha, o que tem pra hoje? – Perguntou animado esfregando as mãos uma na outra, e eu ri revirando os olhos.

– Trabalhar meu caro, incansavelmente! – Joguei o pano sobre os ombros e voltei para atrás do balcão para atender os novos clientes, olhei no relógio e já se passavam das oito, isso explicava porque Emm estava aqui. – E Rose? – Perguntei a ele com um sorriso saudoso da minha melhor amiga.

– Ela ta lá ajudando minha sogra, não entendo essa mania de Rose de querer agradar a mãe.

– Oras McCartney, não é porque você é um desertor que todos devem ser!

Emm soltou um muxoxo ofendido e eu ri, mas antes que ele pudesse falar algo, um barulho oco chamou minha atenção, e eu vi Jacob com o punho sobre meu balcão, bufei irritada com sua atitude rude e chamei sua atenção, ele olhou para mim contrariado e eu revirei os olhos. Então finalmente encarei o cara para quem Jacob estava fazendo pose, e finalmente vi o porque, um engravatado me secava descaradamente, notei que ele parecia realmente embasbacado enquanto me encarava, tinha um cabelo ruivo pelo bagunçado, do tipo pós-foda, e uma barba rala por fazer, ele era sem dúvida sexy, os olhos eram de um verde arrebatador, quase fazendo com que meu verde se tornasse musgo. Bufei para meus pensamento e dei uma batidinha no balcão chamando sua atenção e da garota que o acompanhava. Ela encarou o cara com diversão, e eu chamei a ele mais uma vez com impaciência.

– Vocês tem um telefone? – Ela perguntou, parecia dar pulinhos a minha frente e eu arqueei a sobrancelha, usava saltos extremamente altos que pareciam foram do comum para um lugar desse tipo, então conclui que realmente, eles não eram daqui.

Apontei com a cabeça para o canto ao lado da Jukebox, e ela soltou um suspiro, possivelmente porque ela não conseguia ouvir ninguém com esse barulho, o cara ruivo continuava em silêncio encarando a mim e a irmã, então peguei duas fichas embaixo do balcão e entreguei a ela.

– Por conta da casa. – Com certeza ela ia precisar de sorte, se fosse tão fresca quando parecia, não ia durar uma hora no meu bar.

– Obrigada. – Agradeceu com um sorriso radiante e eu franzi a sobrancelhas, eu hein, é cada uma.

– Então... – Começou o cara ruivo com um sorriso idiota. – O bar é seu?

– Sim.

– Ah.

– Sou Edward Cullen. – Comentou esticando a mão para mim, ele parecia meio abobado, talvez tivesse algum problema mental, ponderei e resolvi aceitar seu aperto.

– Isabella Swan.

– Então cisne... – Começou todo pomposo e eu bufei.

Ergui um dedo o interrompendo e estreitei os olhos.

– Sem apelidos idiotas Cullen, ou eu chuto seu traseiro chique para fora do meu bar, ouviu?

Ele pareceu chocado por um momento, mas novamente sorriu de lado, um sorriso fodidamente sexy que me deixou totalmente desconcertada.

– Certo Isabella. – Concordou com a voz rouca, e então em um passe de mágica ele não parecia mais aquele cara babaca e meio lesado que chegou aqui. – Pode me pegar uma cerveja? Ou não sei...

– Uma cerveja saindo. – Respondi enquanto enchia uma caneca e depositava em sua frente, ele levou a bebida lentamente aos lábios e foi experimentando com lentidão como se saboreasse, isso me pareceu bem estranho, mas deixei pra lá. Rose também era cheia dessas frescuras, segundo ela, estava degustando o sabor.

– Bella! Tô vazando, Rose ligou, brigou com a cruela, vou pegar ela e logo trago ela pra cá, beleza? – Emm gritou para mim e eu acenei positivamente para ele. Assim que ele saiu a baixinha de cabelos repicados voltou com um sorriso murcho.

– Não deu. – Murmurou baixinho se sentando ao lado de Edward e pegando a bebida dele, ouvi ele protestar com um, “Ei!” mas ela somente deu de ombros e continuou bebendo. – Nossa, isso é bom! A propósito, sou Alice. - Sorriu brilhantemente para mim.

– Sou Isabella. – Respondi com um leve sorriso e Alice prosseguiu pedindo uma cerveja e me contando que o avião que ela e Edward - que mais tarde eu fui descobrir que era seu irmão -, estavam teve que fazer um pouso de emergência, por isso eles estavam aqui, e por isso Edward estava com cara de patê estragado, e realmente, eles estavam com uma cara péssima, quando já se passavam das onze, Alice estava descalça, me contando em como era sua vida em Seatlle. Ao que parece, ela morava em Seatlle com os pais, enquanto Edward morava em NY sozinho, ou como Alice classificou, com “vadias interesseiras”, porque ao que parece ele era muito empenhado em fazer o império dos Cullens se tornar o maior do mundo, não que não fosse grande o bastante, segundo Alice. Isso me deixou levemente desconcertada, Edward provavelmente era um cara de negócios com pouco tempo para a família, dava pra ver pelo como Alice falava com certa mágoa, depois da décima cerveja, eu já estava ficando preocupada com ela, porque Alice começou a cantarolar uma música deprimente, enquanto tocava Kings of Leon no meu bar.

– Sabe Bella, eu ouço isso e me lembro de Christian Grey. – Ela suspirou apaixonada e eu sorri me apoiando no balcão e a encarando divertida. Edward tinha ido para algum lugar, completamente sem paciência para a irmã. – Porque eu não tenho um cinquenta tons?

Eu franzi o cenho, eu já tinha lido a trilogia, e achava realmente interessante, mas isso era outro mundo e outra realidade. Christian Grey era o sonho das meninas adolescentes como Alice, não o de mulheres que batalhavam dia após dia como eu. Eu me limitei a consola-lá brevemente, enquanto Alice reclamava de como sua vida era cinza e sem graça, quando já se passavam das duas, o bar ainda estava super movimentado e Jasper chegou. Pude ver com diversão, os olhos de Alice saltarem da cara, pronto, ela tinha escolhido sua vitima. Com o corpo cambaleante, ela foi até ele, chamando-o de seu Christian. Eu gargalhei audivelmente com a cara de choque de Jazz, primeiro porque ele estava assustado e ele nunca ficava assustado e segundo, porque Jazz estava longe de se parecer com Christian.

– Cadê Alice? – Edward voltou do banheiro olhando alarmado para todos os lados, enquanto procurava a irmã, ele já estava sem o terno e a camisa social estava dobrada nas mangas, e aberta dois botões, deixando a mostra o começo do seu peitoral, eu tive que admitir, Edward era lindo e sexy. E sabia disso, o que era bem pior.

– Relaxa garotão, Jasper vai cuidar dela. – Comentei enquanto servia mais um copo para um motoqueiro, e observava Jasper parecer realmente encantado com a tagarelice de Alie.

Edward bufou visivelmente contrariado mas deixou passar.

– Porque não senta aqui? – Perguntou indicando o outro banco ao seu lado. – Acho que ele pode dar conta dos clientes. – Eu ponderei observando seu sorriso de lado, deslumbrante.

– Ok. – Respondi me sentando ao seu lado e pegando uma garrafinha de cerveja para mim também.

– Então, o bar é mesmo seu? – Perguntou genuinamente interessado.

– Herança defamília.– Dei de ombros me esquivando do assunto.

– Sinto muito. – Murmurou baixinho.

– Já passou, relaxa. Mas então Cullen, você tem o que? 30 anos?

Edward sorriu torto, e me encarou arqueando a sobrancelha perfeita. – Pareço tão velho Swan?

Eu ri. – Na verdade, parece. – Dei de ombros como quem se desculpa e Edward revirou os olhos. – Estou brincando. – Pisquei.

– Bom pra você. – Respondeu azedo e eu ri mais uma vez. – Tenho 27, e você? 33?

– Na verdade Cullen... – Comecei irritada e Edward sorriu triunfante. – Eu tenho 78. – Completei com um sorriso debochado e o sorriso dele morreu na hora. Eu tossi para disfarçar uma risada. – Bocó. – Murmurei ainda em forma de tosse, me lembrando que fazia isso quando tinha lá pelos doze anos e gostava de provocar os meninos.

– Do que me chamou Swan? – Ele desceu do banco, com aquela mascara de “sou foda” e parou em minha frente, colocando os braços ao redor de mim, apoiando-os no balcão.

– Bocó. – Respondi desconcertada pela proximidade, e pelo seu perfume que me deixava atordoada, eu podia sentir a mistura de menta e de cerveja, estranhamente delicioso, e ainda o cheiro do seu perfume.

– Repita ou... – Sussurrou lentamente se aproximando ainda mais, disparando olhares entre meus olhos e minha boca, eu fazia o mesmo, minhas mãos coçavam com uma vontade absurda de toca-lo, eu estava fervendo para pegar em seu cabelo, em sua barba por fazer, e inevitavelmente em seus lábios.

– Ou o que? – Desafiei arqueando uma sobrancelha. – Bo... – Eu não tive a chance de terminar minha frase, a boca de Edward estava prensada a minha, a tensão entre nós parecia quase palpável, eu levei minhas mãos ao seu cabelo, puxando-o mais perto e suas mãos foram até minha cintura, segurando-a com firmeza, nossas bocas pareciam se encaixar com uma perfeição assustadora, suas mãos subiram por dentro da minha blusa, acariciando minhas costas e meu corpo inteiro se arrepiou sob o seu toque, eu estava fervendo sob os lábios habilidosos de Edward.

Nós nos separamos por falta de ar e ele desceu os beijos por meu pescoço, deixando em minha pele um rastro de fogo, eu estava incontrolável de desejo por ele.

– Isabella. – Sussurrou contra meu pescoço com a voz rouca e seu hálito me fez arrepiar por completo. – Doce Isabella...

1 Ano depois.

Naquela noite, Edward e eu fomos para meu quarto, e só podia estar completamente louca em levar um estranho, lindo, arrogante e completamente sedutor para minha cama, mas foi inevitável. Alice e Jasper engataram em um relacionamento bizarro logo no dia seguinte, mas com Edward e eu, a coisa não foi tão simples, eu me recusava terminantemente a ir morar naquela cidade aterrorizante que ele chamava de casa, e Edward se recusava a se enfiar no meio da mato, e vivíamos nessa briga constante por um meio termo ainda não encontrado. Depois daquela noite, Edward passou a vir para Loving todos os fins de semana, nós saiamos, bebíamos, tomávamos sorvete e passávamos a noite enroscados um no outro. Mas há dois fins de semana, quando eu finalmente decidira ver o jornal, - que era jogado todas as minhas na minha nova e aconchegante casa alugada -, eu pude ver a realidade do meu relacionamento com Edward, éramos incompatíveis, e isso ficou claro na noticia sobre seu mais novo relacionamento com a socialite Tanya Denali, uma loira tingida elegantemente vestida em um tubinho vermelho gritante. Ela e Edward apareciam abraçado em um evento de gala, era mais que óbvio que nós jamais seriamos compatíveis. Alice havia me ligado uma hora depois de ver a noticia, ela e Jasper estavam prestes a se casar, amor a primeira vista, segundo eles. O que significativa que Alice mudara para Loving de mala e cuia, eles moravam em uma enorme casa aconchegante e afastada do centro do condado, Alie tinha dois cachorros e um gato e vários empregados, e ela deixava Jazz louco com esses animais, ela também se uniu a Rose para montar sua nova linha de moda, claro que Rose é louca por moda, e a Diamond, estourou como a mais famosa marca de grife da elite americana, mas é claro, ninguém sabia de onde vinha o talento, Alice preferiu manter o anonimato.

Na mesma tarde em que Alice ligara, Edward também o fizera, me pedira para poder explicar mas eu simplesmente não o queria ouvir, disse que ele e Tanya podiam ser felizes, que eles formavam um casal excepcional e coisas do gênero. Eu estava simplesmente sangrando por dentro, mas a raiva era mais forte que qualquer outro sentimento de dor que eu podia sentir. Eu não conseguia entender como pudera me deixar apaixonar por alguém tão diferente de mim como Edward, parecia surreal e impossível. Era loucura, mas de loucuras, eu entendia bem.

Hoje, já faziam três semanas do rompimento do nosso péssimo relacionamento. E eu estava indo trabalhar somente porque Jake insistia que eu devia seguir minha rotina, mas eu me sentia completamente tonta e avessa as coisas. Quando parei a picape em frente ao Beer, senti meu coração falhar uma batida, era o Volvo de Edward que estava lá, engoli em seco e atravessei as portas do bar com um receio que eu nunca havia sentido, e ele estava lá, gloriosamente vestido com os mesmos trajes formais que nos vimos pela primeira vez, eu esquadrinhei seu rosto notando que ele se encontrava exatamente do mesmo jeito que eu me lembrava. A jukebox tocava From this moment on de Shania Twain, e eu senti meu coração se disparar a cada passo que Edward dava em minha direção.

– Bella... – Ele murmurou baixinho parecendo abatido. – Não me mande embora.

– Não estou te mandando embora Edward, você quem não quer ficar. – Sussurrei sem saber direito como agir, ou o que dizer.

– Eu fico, por favor, me aceite, e eu fico. Eu preciso de você. – Ele se aproximou pegando meu rosto entre as mãos. Os olhos grudados nos meus. – Se você ainda quiser... Se puder me perdoar, eu largo tudo Bella, largo a empresa do meu pai, largo minha casa e NY, eu largo tudo por você, só por favor, não me deixe mais, eu não suportaria... Você não sabe o que foram essas semanas para mim. – Ele fechou os olhos com a expressão dolorida. – Eu não sabia que a amava tanto até o momento em que a perdi Bella, eu fui tão bacaca, espero que possa me perdoar por isso, eu amo tanto você. – Sussurrou e já enxergava pouca coisa, meus olhos estavam inundados de lágrimas. – Não chore, shhi. Eu prefiro vê-la sorrindo, ou daquele jeito mandão como quando nos conhecemos, eu não sei quando ou como isso aconteceu, mas eu sou apaixonado por você Bella Swan, e espero tê-la ao meu lado para o resto da minha vida. Você pode, por favor, me perdoar e me dar uma segunda chance?

Eu suspirei encarando aquele olhar abrasador sobre sim, e assenti expressando meus pensamento. Edward sorriu brilhantemente e uniu nossos lábios mais uma vez.

Sim, eu podia dar uma segunda chance a esse homem, o homem que virara meu mundo de cabeça para baixo, o homem por quem eu era louca e completamente apaixonada.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro, me avisem ok?