Tot: The Four Winds Alchemist escrita por KiitaT, Nobumaru


Capítulo 17
16. Quem tem medo do Mong mau?


Notas iniciais do capítulo

Esse é, definitivamente, o maior capítulo até agora. XD Talvez o maior da história inteira. o_O Mas também é o mais legal, então não sintam tanta preguiça de ler assim, oka? :B



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- Ei.

- O que é?

- Me desculpe.

- É o que? – disse Amy. – Eu que devia estar me desculpando.

- É, mas eu te provoquei. Desculpa. – disse Sam.

- Mas eu provoquei você primeiro.

- E eu não devia ter dado atenção.

- E eu não devia ter perdido a cabeça e atacado você.

- Resumindo, os dois são idiotas. – disse Kurt, passando por eles.

 

O grupo estava caminhando caverna adentro. Era muito úmido e escuro ali, ruídos distantes ecoavam por ela.

- Cara, esse lugar dá medo. – disse Katy.

- Mais assustador que assistir a tia May tomando banho. – disse Bill, com um tom aterrorizado na voz.

Pelo menos a piada ajudou a descontrair um pouco.

Eles chegaram a uma encruzilhada. – E agora? Pra onde vamos? – perguntou Victoria.

- Sei lá! Ainda tô pensando no banho da tia May. – disse New, que foi quem mais riu da piada.

Sam pegou um isqueiro no bolso. A chama tremeu na direção contrária do túnel da esquerda. – A brisa vem da direção da saída.

- Mas antes temos que encontrar o Mestre Mong. – Bill foi pelo túnel da direita.

- E se o Mestre Mong estiver na direção da saída? – perguntou Sam.

Bill voltou do túnel, mas assim que o fez, uma enorme figura com chifres surgiu atrás dele.

- Bill-san! Atrás de você! – gritou Ashlee.

Porém, antes que Bill pudesse se defender ou correr, o monstro golpeou-lhe com força nas costas, mandando-o direto para a parede.

- BILL! – gritaram as garotas juntas.

Só deu tempo de verem que Bill ainda respirava, mas estava inconsciente. Katy se voltou para o monstro chifrudo com o punho erguido, mas foi golpeada antes pelos chifres dele.

Victoria, que era muito ‘cabeça quente’, não suportou ver a pequena Katy sendo arremessada longe e ‘voou’ para cima do bicho; conseguiu arranhá-lo na cara, provavelmente cegando-o, mas o monstro a empurrou com o ombro, jogando-a no chão, e pisoteou sua perna em seguida.

O grito de dor de Vicky fez Kurt, Amy e Sam agirem impulsivamente. Amy acertou suas agulhas certeiramente nas pernas do monstro. Sam o golpeou fortemente na cabeça, deixando-o tonto. Então Kurt fez uma magia que invocou várias flechas azuis, acertando o chifrudo em cheio no peito, finalmente derrubando-o no chão.

Assim que o monstro parou de se mexer, Kurt correu até Vicky, Sam e Amy correram até Katy e Ashlee e New estavam acordando Bill.

- Vicky! Você está bem? – perguntou Kurt, com uma expressão que misturava dor e preocupação no rosto.

- Estou... Nossa Kurt, você conjurou uma magia de verdade! – disse Vicky, e o abraçou.

- Ah é... Mas eu não acho que consigo fazer uma magia de cura. – comentou ele, olhando a perna ensangüentada de Vicky.

- Já estou a caminho! – gritou Ashlee, correndo até os dois.

- Katy, Bill! Vocês estão bem? – gritou Vicky aos amigos.

- Estamos! – disseram os dois em resposta, já de pé.

A perna de Vicky ficou rapidamente curada, mas Ashlee já estava sentindo o peso da magia.

- Nya... Obrigada, Lee-chan! – Victoria a abraçou com força. Ashlee tinha medo dela, e tentou se soltar o mais rápido possível.

- Onde você estava com a cabeça? Se jogando em cima dele desse jeito? Por que você não facilita meu trabalho, pra variar? – Sam ralhou com Vicky, que simplesmente o ignorou.

Então, outros três monstros iguais ao primeiro saíram do túnel da esquerda.

- Ta de brincadeira. – disse New.

- Eu vou dar uma lição neles! – Katy arrumou suas luvas de boxe, mas Vicky a puxou para trás.

- Tá maluca? Vamos sair daqui! – disse ela, correndo para o túnel da direita.

O grupo correu o mais rápido que pode, mas o barulho dos passos dos monstros atrás deles estavam cada vez mais altos.

- Mas o que são essas coisas? – perguntou New.

- São Addax. Eu li sobre eles no catálogo de monstros do jogo. – respondeu Amy.

- E esse catálogo dizia o ponto fraco deles? – perguntou Kurt.

- Não, mas julgando a estrutura corporal deles, acho que um bom golpe na cabeça pode vencê-los. – disse Amy.

Nisso, Bill e Katy deram meia-volta. – Vão na frente! Nós seguramos esses chifrudos! – disse Bill com um sorriso de desafio no rosto.

- É, tá na hora da briga! – concordou Katy.

- Ei, é muito perigoso! Eu não vou deixar que... – Sam começou, mas Amy o puxou pela orelha.

- Você não manda em ninguém aqui. Além do mais, eles vão ficar bem.

Nem todos do grupo tinham tanta certeza assim, mas eles voltaram a correr, deixando Bill e Katy pra trás.

Os Addax logo os alcançaram. – E então Katy? Pronta pra uma briga? – Bill estalou as juntas dos dedos.

- Eu nasci pronta! – disse ela já em posição de batalha.

Foi uma luta fenomenal.

 

- Espero que a Katy-chan fique bem... – choramingou Vicky.

- Ela vai ficar. Ela tem um grande gancho de esquerda. – Kurt tranqüilizou-a, se lembrando do golpe que levou de Katy.

Conforme o grupo avançava, o ar ficava mais pesado. Barulhos sinistros ecoavam pelos túneis e o pinga-pinga era constante. De repente, eles viram um Thiefmon segurando uma faca com uma lâmina brilhante. Ele parecia assustado e apreensivo.

- Ei! O que está fazendo aqui? – perguntou New. – Pensei que os Thiefmon tinham ficado do lado de fora.

O Thiefmon levou um baita susto ao vê-los e deixou a faca cair. – AH! Não me assustem assim! – apavorado, o Thiefmon correu pelo caminho mais próximo, fugindo do grupo.

- Que macaco estranho. – disse Amy.

- Ei, gente! – gritou Katy ao longe.

- Katy, Bill! – gritou o grupo em resposta.

- E ai gente, acabaram com aqueles chifrudos? – perguntou Vicky, usando o modo como Bill se referira a eles anteriormente.

- Se acabamos! Deviam ver o gancho de esquerda que eu dei na cara de um deles. – gabou-se Katy.

- É, eu já vi. – disse Kurt, se lembrando do golpe novamente, fazendo todos rirem. – Viu, eu te disse. – cochichou ele, para que só Vicky ouvisse.

- Agora que todos estão aqui, o que acham de irmos atrás daquele Mestre Mong? – disse Amy.

- É, vamos! – concordou Katy. – Ainda tô cheia de adrenalina.

O grupo seguiu pelo caminho que se estendia, fazendo curvas tortas e ficando cada vez mais abafado. Então, no final de uma curva, um clarão apareceu. Eles apertaram o passo, e atravessando o clarão, eles se notaram que tinham saído da caverna, e estavam numa praia isolada. Apesar do céu estar limpo, nenhum deles estava feliz por estar ali. Havia alguma coisa estranha no ar. Alguma coisa que provocava um mau pressentimento em todos eles.

E, prendendo a respiração, eles avistaram uma enorme sombra se estender pela areia na direção deles. Seguindo a sombra com o olhar, eles o viram. Um enorme e pesado macaco branco, cheio de jóias de ouro enfeitando seu pescoço e dedos. Ele tinha uma expressão muito, muito brava no rosto. – O que vocês fazem na minha toca? – perguntou o Mestre Mong.

- Viemos chutar o seu traseiro! – gritou Katy.

Isso não o agradou muito. – Pequenos insolentes! Eu vou mostrar o que acontece com aqueles que mexem comigo!

O Mestre Mong ergueu seu cajado e jogou uma chuva de flechas mágicas sobre o grupo. Felizmente, Kurt pensou rápido e fez uma barreira mágica ao redor de todos.

- Hunf! Pelo visto vocês não são daqueles aventureiros fracos. Isso pode ser... Divertido. – disse Mong.

- Não para nós. – reclamou Sam.

Mestre Mong rugiu e bateu com seu cajado no chão. Então, um monte de monstros estranhamente parecidos com cogumelos, surgiu debaixo da areia.

- Gente... O meu escudo não vai nos proteger se todos esses monstros atacarem... – disse Kurt preocupado.

- Ok, então! Nós cuidamos dos monstrinhos e você e Ashlee cuidam do monstrão! – disse Victoria, se preparando para a luta.

- Ataquem! – gritou Mestre Mong, e os monstros obedeceram.

Kurt cancelou a barreira, e todos, exceto Ashlee partiram para a luta. Assim que pôde, lançou uma chuva de flechas mágicas no Mestre Mong. Este ficou surpreso com o ataque, mas conseguiu invocar uma barreira para se proteger. Ele logo contra-atacou com outra magia, mas Ashlee bloqueou. Esse era um duelo de magos. Uma batalha de mentes. Aquele que conseguir ficar um movimento na frente do adversário vence.

A pistola de água de New era inútil contra os Mushumushus. Ao contrário, cada tiro parecia que os fazia aumentar de tamanho. Então ele deixou a arma de lado e preparou o seu estilingue.

As agulhas de Amy também não tinham efeito algum. Felizmente, ela havia pegou a faca que o Thiefmon deixou cair no túnel. Ela cortava os Mushumushus como se fossem feitos de manteiga. Os monstros soltavam um liquido verde e fedorento quando eram cortados.

Katy conseguia até arrancar as cabeças dos Mushusmushus com o seu famoso gancho. O problema é que ela só foi treinada para combates de um contra um. Com tantos monstros em sua volta, ela não conseguia lutar direito. Felizmente, Bill estava lá para dar reforço. Ele estava acostumado com lutas desiguais. Quantas vezes ele lutou contra uma gangue inteira nos becos da cidade? Seus chifres cortavam os monstros com facilidade, e seus golpes os amassavam sem piedade.

- Eu sabia que aquelas aulas de karatê viriam a calhar um dia! – disse Victoria, dando um tremendo golpe em um Mushumushu, o arremessando à três metros de distância.

Ela lutava como... como uma gata – isso era meio óbvio – com movimentos graciosos que mais pareciam uma dança, ela se esquivava, se defendia e atacava com muito estilo. E suas garras também ajudavam um bocado.

Sam gostaria de estar em qualquer lugar no mundo, menos ali. Ele não era lá muito forte, mas era bem ágil e flexível, podendo se esquivar da maioria dos ataques. Na maior parte do tempo ele só se esquivava e defendia alguns golpes dolorosos. Para acabar com um Mushumushu, ele pulava em cima da cabeça dele e o golpeava com os punhos e cotovelos.

Ashlee cometeu o primeiro erro. Ela estava no limite de sua força mágica, pois havia gastado muita energia na cura dos ferimentos de seus amigos. Ela não ergueu o escudo a tempo, e algumas flechas atingiram Kurt e explodiram, uma no ombro e outra no joelho. Ele gritou de dor e caiu de joelhos, mas isso não rompeu o seu foco. Kurt contra-atacou tão rapidamente, que uma flecha penetrou na defesa do Mestre Mong. Mas isso não o abalou muito.

- Não se atreva a tocar no meu Kurt de novo, seu babuíno super desenvolvido! – gritou Vicky, que tinha visto a cena.

Ta bom, agora o Mestre Mong se estressou. – Como se atreve, sua pirralha? – ele gritou e rugiu.

Antes que Vicky tivesse tempo de se arrepender do que tinha dito, Mestre Mong lançou uma chuva de flechas mágicas nela. Ela ficou paralisada de medo. Escutou Kurt gritar seu nome de longe. Ela fechou os olhos e gritou.

Vicky ouviu o barulho ensurdecedor, e também sentiu o vento causado pela explosão, mas não sentiu a explosão em si. Ela abriu os olhos lentamente, e viu Sam na frente dela, com as roupas chamuscadas e saindo fumaça, e uma expressão de dor estampava seu rosto. – P-professor... – ela gaguejou, assustada.

- Você... Não facilita meu trabalho... Não é, Victoria? – ele se esforçou para sorrir e caiu de joelhos.

- Sensei! – gritou Ashlee, com lágrimas nos olhos.

Os Mushumushus aproveitaram a situação para atacar Vicky e Sam, mas, por sorte, Bill e Katy estavam por perto. Eles estavam cansados, mas conseguiram dar uma surra nos últimos Mushumushus.

- Seu... Idiota... Você leva seu trabalho muito a sério... Professor Salmão. – disse Vicky, da única forma que conseguia dizer ‘obrigada’.

- De nada... – Ele sorriu de novo e caiu, desmaiado.

Droga! Eu tenho que acabar logo com isso. Pensou Kurt. Se pelo menos alguma coisa pudesse quebrar a barreira dele... Mas o pessoal está cansado... Eu estou cansado... Não vamos conseguir.

- HÁ! HÁ! HÁ! – riu o Mestre Mong. – Vocês são patéticos. Por que lutam tanto, se é óbvio que vão perder?

Amy iria precisar de muitos anos de aulas de controle de raiva, depois que o jogo acabasse. A raiva – costumeira – da idiotice de Sam, somada a raiva da idiotice do Mestre Mong, a fez perder completamente a cabeça. – SEU MACACO DESGRAÇADO! EU VOU CORTAR VOCÊ EM PEDAÇOS TÃO PEQUENOS, QUE VAI SER IMPOSSÍVEL DIFERENCIAR VOCÊ DA AREIA!

Ela correu até o Mestre Mong tão rapidamente que ele nem conseguiu reagir. Para a surpresa de todos, a faca cortou a barreira mágica, que piscou e desapareceu. Essa era a oportunidade que Kurt e Ashlee estavam esperando. Uma chuva de flechas mágicas atingiu o Mestre Mong, e explodiram simultaneamente.

Ele gritou horrivelmente e caiu de joelhos. Seu pêlo branco agora estava manchado de sangue. Amy correu para o golpe final, mas Mong foi mais rápido. Com um golpe do seu cajado, ele acertou Amy em cheio e ela caiu longe, desacordada.

- Seus... MOLEQUES! – gritou Mestre Mong, restabelecendo a barreira. – Vocês roubaram minha faca mágica! Só ela poderia ter rompido a minha barreira! – seu cajado brilhou, e uma luz azul o envolveu. Então, quase todos os seus ferimentos foram curados.

Todos soltaram uma exclamação de desânimo.

- HAHAHA! – riu Mong. – Agora compreendem? Vocês não podem me vencer! Eu tenho um arsenal de feitiços imbatíveis, eu...

Enquanto o Mestre Mong falava, New sentiu uma vontade irresistível de atirar uma pedra nele com seu estilingue. Ele olhou em volta, mas não havia nenhuma pedra. Que saco! Odeio discurso de vilão. Eu sempre pulo essa parte nos animes. Pensou New, colocando a mão no bolso. Ei... O que é isso? Ele tirou uma pedrinha do bolso. É aquela pedrinha que a Dorothy me deu por ter salvo o gato dela. Mas a pedrinha parecia diferente. Ela emitia um brilho roxo, e tinha um desenho estranho nela. New sacudiu os ombros e colocou a pedra no estilingue.

- ... Por que eu sou todo poderoso, todo gostoso... – Mestre Mong continuava seu discurso.

- Ei, Mestre Mongol! – gritou New. – Engole isso! – e ele atirou com o estilingue.

Surpresa: a pedra saiu com a força de um tiro de canhão, deixando um rastro brilhante para trás. Ela rasgou tudo: barreira mágica, carne, osso; e explodiu, deixando uma cratera atrás do Mestre Mong, e um buraco ensangüentado no peito dele.

Com uma expressão de extrema surpresa no rosto, Mestre Mong caiu e desapareceu lentamente, envolvido em luz, deixando somente suas jóias e seu cajado para trás.

 


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Notas finais do capítulo

O New sempre salva o dia, né?



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