Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 15
A Little Friend




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/42727/chapter/15

O clima estava frio e enevoado, mas aquilo não fora suficiente para impedir que os alunos de Hogwarts aproveitassem para passar o fim de semana em Hogsmead. O vilarejo estava cheio de jovens bruxos e bruxas que aproveitavam o último fim de semana antes do feriado de fim do ano, comprando presentes para seus parentes e amigos. Hermione finalmente conseguira fazer Harry e Ron se afastarem por alguns minutos do time de Quadribol da Grifinória eagora o trio estava sentado em uma mesa no meio do Três Vassouras, bebendo Cerveja Amanteigada e conversando.

- O feriado de inverno está quase aí – disse Ron, sorrindo, e tomando um gole da sua bebida – Graças à Merlin!

- Ah, Ron, não reclame do colégio – falou Hermione, colocando o seu copo sobre a mesa – Não é como se você estivesse passando o tempo inteiro estudando...

- Eu sei, eu não vejo razão para nós nos matarmos de estudar esse ano... Quero dizer, esses NIEMs de 1944 não serviram para nada no futuro – o ruivo murmurou.

- Sim, mas estamos fingindo ser estudantes normais de 1944, não se lembra, Ron? – a garota revirou os olhos.

- Ela está certa – foi Harry, que havia ficado em silêncio até aquele momento, quem falou – Hey, Mione, eu estava pensando... Nós não deveríamos fazer algo sobre as horc...

- Harry! Aqui não! – ela apontou para um grupo de sonserinos sentados perto deles. Ela possível  ver Avery, Lestrange e Malfoy entre os alunos que ali estavam – Vamos lá fora.

O trio se levantou e deixou o pub, expondo-se ao vento gelado que soprava pelas ruas de Hogsmead. Hermione guiou-os para um canto mais isolado da vila, onde nenhum outro aluno ou professor pudesse ouvir a conversa deles.

- Certo, Harry, fale – a garota falou enquanto apertava o cachecol vermelho e dourado em volta de seu pescoço.

- Você não acha que nós deveríamos ir atrás das horcruxes e destruí-las enquanto estamos no passado? Isso iria nos poupar um bom tempo – disse o bruxo.

- Harry, nós não podemos fazer isso – a garota suspirou – Por mais que eu queira ir atrás dessas coisas e destruí-las o mais rápido possível, nós não podemos mudar as coisas no passado...

- Nós não podemos destruí-las – murmurou Ron – Mas nós podemos descobrir onde elas estarão no futuro! Isso sim iria nos poupar tempo!

- Ron está certo... Se nós soubéssemos onde elas estão, seria muito mais fácil, não precisaríamos perder tempo, procurando sem destino algum – disse a grifinória, sorrindo – Harry, o que sabemos sobre as horcruxes de Voldemort?

- Ele dividiu a alma em sete pedaços, ou seja, seis horcruxes – o rapaz de cabelos escuros explicou – O diário, o anel de Marvolo, a taça de Hufflepuff, Nagini, o medalhão de Slytherin e algo que pertenceu à Rowena Ravenclaw. Com dezessete anos ele já criou duas: o diário, matando Myrtle, e o anel...

- Matando o próprio pai – Hermione estremeceu – Isso é horrível. Como alguém consegue fazer isso? Matar o próprio pai?

- Hermione, ele é Lord Voldemort, matar o pai deve ter sido diversão para ele.

- Certo, agora nós temos que descobrir onde o verdadeiro medalhão pode estar e que objeto pertencente à Ravenclaw ele pode ter usado... – a bruxa falou.

- Você conhece algum objeto mágico que pertenceu à Rowena Ravenclaw? – perguntou Ron – Eu não consigo me lembrar nenhum.

- Nem eu, mas eu irei ver se acho algo na biblioteca e irei perguntar para Minerva, ela talvez saiba de alguma coisa – respondeu Hermione.

- É nessas horas – disse Harry, rindo baixinho – Que eu sinto falta da Luna. Com toda certeza ela saberia nos dizer algum objeto mágico completamente desconhecido que Riddle poderia ter usado em sua loucura.

***

Tom finalmente havia conseguido escapar da companhia de Abraxas, Canopus e Alphard e agora estava aproveitando para andar pelas ruas de Hogsmead. O jovem bruxo preferia muito mais ficar sozinho do que ter que agüentar seus amigos comentando sobre Quadribol e garotas o tempo todo, como sempre acontecia. Riddle se perguntava se aqueles realmente eram os dois únicos tópicos sobre os quais eles sabiam falar.

O sonserino parou de andar assim que viu a sangue-ruim Granger e seus amigos parados do outro lado da rua. O rapaz estreitou os olhos enquanto tentava descobrir o que o trio estava fazendo... O jeito como os grifinórios agiam era estranho, afinal, por que eles ficariam preocupados em não deixarem ninguém ouvir a sua conversa ao ponto de irem para um canto isolado do vilarejo? Riddle realmente queria saber a resposta para tal pergunta, mas parecia impossível consegui-la... Inúmeras vezes ele tentara usar Legilimência para  entender o que se passava pela cabeça dos três jovens, mas a técnica se provara inútil assim que percebeu que Granger, Pevensie e Purkiss eram bem treinados para fechar as suas mentes.

Tom sacudiu a cabeça enquanto dava as costas para os três amigos, finalmente percebendo que estava parado na frente do que deveria ser uma loja de animais. Ele olhou para as corujas e gatos que estavam na vitrine. Ele era um dos poucos alunos em Hogwarts que não tinha um animal de estimação... Quando estava em seu primeiro ano, o garoto chegou a desejar ter uma coruja, um gato ou até mesmo um sapo, mas, com o passar dos anos, percebeu que um animal seria uma perda de tempo. Por que ele iria querer uma coruja quando não havia ninguém para quem ele pudesse enviar cartas? Qual era a utilidade de um gato a não ser encher as suas roupas de pêlos? E um sapo? Existia algo mais inútil que um sapo?

- Olááá... – Riddle ouviu uma voz baixinha sussurrar e olhou para baixo, vendo uma cobra dentro de um aquário de vidro na vitrine da loja. O animal o encarava com seus olhinhos negros. Ela não era muito grande e o rapaz perguntou-se se era um filhote ou não.

- Oi.

A serpente ergueu-se contra o vidro, seus olhos negros ainda presos nos azuis do garoto. Um sorriso sutil apareceu nos lábios de Tom quando ele decidiu entrar na loja.

- Ah, olá, querido – a bruxa que estava atrás do caixa sorriu para ele – Posso ajudá-lo?

- Aquela cobra – ele apontou para o animal – Quanto custa?

- Você a quer? – a mulher riu, nervosa, olhando rapidamente para o aquário onde a serpente estava – Você não precisa pagar por ela, apenas... tenha cuidado.

O rapaz concordou com a cabeça enquanto olhava a bruxa se aproximar do vidro, tentando apanhar o animal, que apenas encurralou-se em um canto e sibilou para a dona do estabelecimento, abrindo a boca e deixando a mostra as suas longas presas.

- Você realmente a quer?

- Sim – o bruxo respondeu, aproximando-se da cobra e gentilmente pegando-a em suas mãos, recebendo olhares curiosos da mulher – É ele ou ela?

- Ela – a bruxa sorriu – Tem um ano... Chegou aqui ainda filhotinha, mas ninguém nunca a quis.

Riddle sorriu para a mulher uma última vez antes de sair da loja com a serpente enroscada em seu braço. Assim que se viu do lado de fora, o jovem bruxo desenroscou o animal de si mesmo e deu uma boa olhada nele.

- Você é linda, sabia? – murmurou Tom enquanto deixava seus dedos enluvados acariciarem as escamas da cobra, examinando com cuidado o padrão de manchas escuras que havia em sua pele – Você não vai mais precisar ficar naquele vidro...


- Obrigadaaa – a língua da cobra ficou a mostra por um tempo enquanto ela falava.

- De nada – o sonserino sorriu – Você tem um nome? – ela sacudiu a cabeça – Assim que voltarmos para o castelo, encontraremos um bom nome para você... Vou colocá-la na minha mala agora, está certo?


Como a cobra não pareceu se importar, Riddle abriu a bolsa que carregava e a colocou ali dentro com todo o cuidado que tinha. Depois disso, decidiu passar no Três Vassouras para avisar seus colegas de casa que estaria voltando para o castelo mais cedo. No caminho de volta para o pub, o bruxo viu Granger e os amigos outra vez e, mais uma vez, viu-se tentando imaginar o que eles estavam fazendo. Suspirando, o garoto voltou a andar e, assim que o fez, viu um flash de luz vermelha passando de raspão pelo seu lado e atingindo o chão no mesmo lugar onde ele estava parado havia alguns instantes.

- O que...? – Riddle murmurou, olhando na direção em que o feitiço havia vindo

Havia duas figuras altas paradas há alguns metros dele. Ambas usavam longas capas pretas cujos capuzes escondiam-lhes os rostos, deixando impossível descobrir quem eles eram. O jovem sonserino enfiou a mão no bolso de sua capa, pegando a sua varinha e ficando pronto para se defender caso fosse necessário.

- Riddle! – ele ouviu a voz de Granger gritar, tentando atraí-lo para longe dos dois bruxos encapuzados – Saia daí!

- Riddle? – um dos homens riu alto – Com um nome desses, só pode ser um sangue-ruim nojento.

Outro feitiço saiu da vrinha do bruxo e foi na direção de Tom, mas dissipou-se no meio do caminho quando o sonserino conseguiu bloqueá-lo com outro encantamento. Os outros alunos que estavam ao redor perceberam a movimentação e começaram a entrar em pânico.

O outro bruxo, que até agora não havia feito nada, decidiu que o melhor a fazer seria atacar aqueles que estivessem mais perto deles. Riddle viu o trio grifinório se defendendo ao perceberem que haviam virado o mais novo alvo do homem desconhecido enquanto ouvia aquele que o atacava fazer inúmeros comentários ofensivos sobre si.

***

Hermione bloqueou uma maldição vinda do homem encapuzado e sentiu a mão de Harry fechar-se sobre o seu braço e o garoto começar a puxá-la para longe do duelo.

- Quem são esses caras!? – perguntou Ron, com a respiração entrecortada, enquanto se abaixava para não ser atingido por um feitiço.

- Seguidores de Grindelwald, eu acho... – a garota respondeu e olhou em volta – Pelo amor de Merlin! Será que Riddle não vai sair dali!?

- Hermione, eu pouco me importo se o idiota vai dar uma de valentão e tentar lutar com esses loucos – disse o ruivo – Vamos sair daqui. Agora!

Ela viu o sonserino parado em frente de um dos bruxos desconhecidos, encarando o homem enquanto segurava a varinha firmemente entre os dedos. A bruxa podia ver como o rosto do rapaz estava sério enquanto ele olhava para o homem, como se estivesse se contendo até o último para não atacá-lo.

- Você realmente acha que tem alguma chance contra mim, sangue-ruim nojento? – o bruxo cuspiu as palavras no rosto de Riddle e Hermione viu a expressão no rosto do rapaz se modificar, virando uma máscara de desprezo e raiva.

O bruxo encapuzado pareceu começar a falar outra coisa, mas logo foi atingido por um feitiço mudo lançado por Tom, que o acertou e mandou-o voando para longe, onde ele caiu sobre o chão coberto de neve. Riddle se aproximou rapidamente, lançando outras maldições contra o estranho. A grifinória observou enquanto o sonserino parecia ter finalmente perdido o seu auto-controle... Tom parecia louco, pronto para matar o bruxo, sem se importar se havia outras pessoas o olhando. A bruxa podia jurar que viu um brilho avermelhado iluminar os olhos azuis do garoto enquanto ele atacava o bruxo.

A menina viu a professora Merrythought e o professor Slughorn se aproximarem da cena, apressados. A professora de Defesas conseguiu atrair a atenção do bruxo que estava atacando o trio enquanto o Mestre das Poções corria na direção de Tom.

- O que você vai fazer comigo, hum? – o homem, que continuava caído no chão, riu alto, jogando a cabeça para trás e finalmente deixando o capuz cair, revelando o seu rosto – Por que você não volta para a sua família trouxa nojenta? Tenho certeza de que eles o estão esperando de braços abertos, sangue-ruim!

O bruxo não conseguiu terminar de falar, pois um feitiço lançado por Riddle acabara de o atingir no peito, fazendo com que ele soltasse um grito e caísse no chão.

- Nunca... – o rapaz sibilou – NUNCA me chame de sangue-ruim, está entendo? EU NÃO SOU UM MALDITO SANGUE-RUIM! – Tom segurou a frente da capa preta do homem, puxando o tecido com força e fazendo o outro o encarar – Você não sabe nada sobre mim...

- Tom! – o sonserino virou-se, vendo Slughorn se aproximar – Volte para o castelo, garoto, eu cuido desse aí! Vá!

Riddle olhou para o desconhecido por mais alguns minutos, antes de se afastar. Toda a alegria que ele havia sentido alguns minutos antes, ao encontrar aquela cobra, havia se dissipado graças ao encontro com aqueles homens.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, a cobrinha feliz que o Tom achou é a futura parceira de malvadez dele, Nagini. Sobre a Nagini... eu fiquei fuçando no youtube/wikipedia pra tentar achar a espécie dela e descobri que ela é uma naja nos livros, mas nos filmes ela é uma boa constrictor (jibóia)... Mas eu fiquei com a opção do filme, porque desde que eu li sobre a Nagini nos livros eu a imaginei como sendo uma cobra grandona tipo uma jibóia >: não uma naja...
Hum, desculpem pela demora? Faculdade me matando. Eu sei que a primeira vez que eu postei isso aqui eu atualizava quase todos os dias, mas naquel época eu estava no segundo ano do ensino médio, né... Agora... Fucking Medicina acabando com a minha vida :/ Passo mais tempo dentro do laboratório de anatomia com os braços enfiados até o cotovelo dentro de um cadáver do que escrevendo :/
Coisa super random: eu não sei se falei aqui, mas fiz cosplay do Riddle Jr. esse ano, na estréia de DH2. Esses dias eu tirei mais fotos com o cosplay, se alguém estiver interessado em ver o menor Tom Riddle do mundo: www.arileli.deviantart.com.
Esse capítulo tinha um desenho, mas ele é horrível, então nem vou colocar ele aí.
Aliás..." Isso é horrível. Como alguém consegue fazer isso? Matar o próprio pai?". Olá, essa foi apenas a primeira vez na qual eu citei o Sr. Tom Riddle Sr. nessa história, esperem ouvir dele muitas outras vezes, porque ele é o meu xuxu e merece ser citado ♥
Bom, espero que tenham gostado e... reviews?
Beijos ;*
Ari.