Louise No Mundo Dos Sonhos escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 5
O Caçador de Tesouros


Notas iniciais do capítulo

Pedindo mais uma vez perdão por demorar a postar, afinal fiquei enrolada com a fic do desafio de setembro... estarei tentando atualizar o mais rápido que der.
Boa leitura :3



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Todo mundo é explorador. Como você poderia viver eternamente olhando para uma porta sem abri-la?” -Robert D. Ballard

Mesmo que o torneio em que Louise se meteu tenha uma importância grande nessa trama, ele não foi a única coisa memorável nesses primeiros dias em que ela se viu perdida em um mundo estranho. Com a quantidade de lutas e participantes, era inevitável que durasse até mesmo dias, e entre uma sequência de batalhas e outra, existia um pequeno espaço para descanso... este a pequena garota usava para saber o máximo possível do lugar onde estava.

Foi num desses momentos de folga que conheceu Allistar. E ele era do tipo inesquecível...

Já era um homem feito, cujos cabelos começavam a desbotar... sua aparência denotava respeito e confiança, e até mesmo uma empatia. Ele sorria bastante, e falava mais ainda... gostava de contar suas aventuras, e quem melhor para ouvir do que uma menininha de cabelos loiro-prateados? Todos sabem que crianças amam histórias...

–Verdade que você viu isso? -ela arregalara os olhos, observando o homem maior que ela e balançando as pernas, afinal o banco em que estava sentada era muito mais alto que seus membros inferiores. Allistar riu de uma maneira calorosa, colocando o chapéu de explorador que usava sobre os cabelos aloirados da pequena.

–Sim... viajar pela Terra Esquecida faz com que você veja coisas incríveis. As tumbas de reinos antigos são fabulosas! Quem sabe eu não a levo comigo da próxima vez.

–Are... para isso eu tenho que chegar ao final desse torneio maluco...

–Ahn, mas você não sabe o porquê dele, não é?

A menina negou com a cabeça e ele tomou um grande gole do que parecia ser cerveja, antes de continuar, com sua voz semi-rouca.

–No nosso mundo existe um Rei e uma Rainha, logicamente. Eles tiveram uma filha, uma garota muito, muito doente. A tal ponto que diziam impossível a recuperação completa. Você sabe o que aconteceu?

–Ela milagrosamente sobreviveu? -Louise perguntou, esperançosa como quem sabe bem os finais de um conto de fadas. Mas ela ignorava o fato de que, por mais que o Mundo dos Sonhos fosse mágico, algumas coisas não tinham como serem diferentes...

–Não. Ela definhou, foi terrivel para os pais e o reino... os habitantes choraram por meses, dos elfos aos monstros. Todos pareciam partilhar a dor dos governantes. Um dia, cansada de sofrer, a Rainha pediu para que um Necromante trouxesse a filha de volta dos mortos. Bom... o desejo foi consentido, mas a pequena, logicamente, voltou com... algumas partes faltando.

Nessa parte da narrativa, Louise já havia se encolhido tanto que o seu amigo teve de amenizar a voz. -Ainda quer ouvir o final?

–Sim... -ela murmurou, acomodando-se no seu banco e olhando para o mesmo, afinal, por mais temerosa que fosse, ainda gostava de ouvir até o fim. E foi isso que ficou sabendo, sobre a razão para os torneios bizarros que aconteciam pelo Mundo dos Sonhos:

–A menina, apesar de morta-viva (pois os necromantes, como bem é sabido, não possuem o poder de trazer alguém completamente a vida, apenas oferecer uma semi-vida, uma pós-morte) ainda tinha a mesma fraqueza de antes. Além disso sua pele com o passar do tempo foi ficando cada vez mais estranha, ela estava se desfazendo a olhos vistos. Então o mesmo Necromante ofereceu a ela uma aparência distinta, de maneira que ela pudesse aparecer para o povo e para seus parentes sem causar-lhes repulsa. E uma poção que tirava completamente o cheiro que ela emanava. E para curar sua fraqueza, o que era o problema inicial, e todos os outros males que abateram-se sobre a sua mente, cuja qual aos poucos também vai se perdendo, ele receitou uma simples coisa: a exultação de batalhas. Adrenalina. Empolgação.

“Mas é claro, nossa pequena Princesa Morta-Viva não estava em condições de entrar em uma guerra ou algo que o valesse (e isso, de fato, não era coisa que uma dama da nobreza deveria fazer, para começar) ela foi levada a assistir a lutas numa arena. Como qualquer adolescente, e como uma parte longinqua de sua linhagem vinha do Reino dos Pesadelos, ela acabava por se comprazer de tais eventos. E então, a partir dai, todo ano é montado um novo torneio entre todos os habitantes de todas as provincias para trazer satisfação a jovem, lutas suficientes para que ela aguente por mais doze meses...

Louise arregalou os olhos, aparentemente chocada com tal revelação. Não poderia esperar nunca, que estava participando de uma forma de manter aquela donzela viva... quer dizer, mais ou menos viva. Seu interesse pelos fatos passou rapidamente, afinal Allistar se preparava para sair.

–Hei, onde você vai?

–Uma escavação, pequenina. Como bem sabe, essa é a minha função, e meu lazer.

–Ahn... ainda vou poder ir com você quando tudo isso terminar?

–Sem problemas. Estarei a sua espera. -ele abaixou, bagunçando os cabelos da mesma e colocou o chapéu em sua cabeça, pegou o casaco que deixara a um canto e segurou-o, jogando-o por cima do ombro. Fez uma diminuta reverência. -Mais uma vez boa sorte, moça dos Cabelos-de-Ouro-e-Prata.

–Meu nome é Louise!

–Certo, certo. Até outro dia...

E então ele partiu uma vez mais, e a menina lhe acenou um até breve com a mão direita, antes de voltar aos seus pensamentos... Esquecera-se de perguntar o nome da Princesa. Bom, poderia fazer isso outro dia.

Se tudo corresse bem na próxima luta.

Embora não deveria se preocupar com ela, mas sim, com o que viria depois...


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Notas finais do capítulo

Devo procurar uma imagem para o Allistar, quando eu o fizer, editarei o capitulo ou colocarei depois, nas notas finais, afinal ainda não achei nada condizente com ele. Vou ficar devendo essa. :v
Agradeço aqueles que acompanham, espero que a história continue agradando-os ^^



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