Dark Eyes escrita por Cupcake do Malik


Capítulo 10
Aproximando-se


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Fico feliz que tenham gostado do ask semideuses.
Esse capítulo tem p.o.v. do Apolo (é curto, mas tem). Team KimPolo suspirem u.u
Obrigada pelos comentários e pelo carinho.
M Sants, você sumiu :(

Boa leitura!



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Capítulo VIII

“Aproximando-se”

P.O.V. Kimberly

Eu só sabia de uma coisa que, por mais que eu quisesse, não podia negar. O deus da guerra estava despertando emoções boas e tanto confusas em mim. Emoções que uma filha da deusa da neve jamais pensaria que poderia sentir. E, no fundo, eu sabia que eu iria me machucar por causa delas.

(...)

O relógio azul marcava quinze horas quando despertei. Tinha dormido no meio da confusão que estavam meus pensamentos. Levantei-me da cama e bocejei. Vi uma bolinha de pelo – mais conhecida como Naomi- vir até minha direção. Ela rolou no chão e ficou pulando. Minha bichinha tava com fome. Peguei a ração no armário e coloquei para ela. Sorri ao vê-la atacar a comida literalmente. Caminhei até ao banheiro cantando “far away” do Nickelback, lavei o rosto e penteei meu cabelo. Voltei para a sala do chalé e não vi ninguém. Depois de pensar, notei que todos deviam estar se preparando para o festival e eu aqui dormindo.

Minha barriga roncou e resolvi ir até ao pavilhão comer alguma coisa. No caminho, vi campistas indo para o anfiteatro. Eu não queria ir para uma multidão e minha fome falava mais alto. Fui comer meu sanduíche e dei só um pedacinho de oferta para Quione. Bebi meu suco de laranja porque o de uva tinha acabado – o que era um absurdo e vou reclamar depois. Após comer, andei pela relva clara onde vi de longe as estruturas do festival serem montadas. As filhas de Afrodite estavam sentadas numa mesa com amostras de decoração enquanto os filhos de Hefesto montavam as estruturas juntos com os irmãos de Clarisse.

Continuei andando sem rumo e acabei para na enfermaria, onde vi os filhos de Apolo tratando alguns semideuses feridos. Involuntariamente, pensei aonde o pai deles devia estar. Caminhei mais um pouco até a floresta e me sentei na grama, fechando meus olhos negros. Imaginei toda aquela relva cheia de neve e bati minhas unhas numa pedra. Senti flocos de neve caírem em meus braços depois de alguns segundos. Não sentia mais calor. Abri meus olhos e sorri quando vi que tudo estava coberto de neve. Meus poderes estavam se intensificando.

Deitei-me na neve e fiquei rindo igual a uma criança. Sujei um pouco minhas pernas e depois as limpei. Respirei fundo e fiz a neve sumir dali. Andei de volta para o centro do acampamento e vi que todos ainda estavam no anfiteatro. Resolvi ir até lá. Assim que cheguei, vi Travis e Connor sentados no fundo e me sentei ao lado de Travis. Ele levou um susto ligeiro a me ver e depois me abraçou. Connor jogou um beijo no ar e fingi que peguei. Depois disso, prestamos atenção no que Quíron dizia.

–Os mapas e a planta, que o chalé de Atena fez, do festival já estão disponíveis. – O centauro falou. –A outra notificação é que a maioria dos deuses virá para o festival daqui a um mês.

Um mês. Ops! Faltavam alguns dias para o meu aniversário então. Dezoito anos em poucos dias, wow! Os gêmeos Stoll lançaram um sorriso para mim.

–Festa não. – Murmurei.

Quíron já tinha acabado de falar e todos estavam se levantando. Eu, distraída, fui andando de volta até ao pavilhão onde iríamos jantar. Acabou que eu bati meu pé na porra da pedra e gritei. Connor começou a rir e Travis me ajudou rindo também. Dois idiotas.

–O que eu perdi do falatório? – Perguntei a Connor enquanto caminhávamos.

–Nada de útil. – Ele me respondeu.

–Tirando o fato que ela tem que pegar um papel com os novos horários, nada de útil. – Travis disse.

–Porra, por que não me falaram quando estávamos lá? – Questionei.

–Você perguntou? – neguei com a cabeça. – Então.

–Puta merda, Stoll. – Reclamei. – Vejo você mais tarde. – disse e ande de volta ao anfiteatro.

Quando cheguei lá, vi um piano preto em cima do palco e um homem loiro se sentando para tocar. Reconheci aqueles cabelos de longe. Era Apolo. Escondi-me para ele não me ver. Comecei a ouvir o som do piano e me arrepiei. O deus da medicina começou a cantar lindamente.

– * Hello, hello anybody out there? 'Cause I don't hear a sound. Alone, alone I don't really know where the world is but I miss it now. – Sua voz era linda.

(*Eu nunca deixarei você ver como o meu coração partido está me machucando. Eu tenho meu orgulho e sei como esconder toda a minha tristeza e sofrimento.Eu vou chorar na chuva.)

Foi quando a idiota aqui derrubou a mesa onde estavam as folhas com os horários novos. Apolo parou de cantar e se virou para mim. Seus olhos eram penetrantes. Ele se levantou do banco preto e surgiu do meu lado em questão de segundos. O deus do sol pegou os papéis e entregou o meu.

–Se quisesse que tocasse só para você, bastava pedir. – Ele disse e sorriu.

–Na verdade, eu só vim pegar um papel. – Disse rapidamente. –Obrigada. –Virei-me e ele me puxou pelo braço.

–Se quiser ficar, não tem problema. – Ele falou e o encarei.

–Ok. – Caminhamos até ao palco.

Sentei-me do seu lado e ele me olhou sorrindo. Já disse que o sorriso dele é lindo? O deus do sol ajeitou a partitura e eu vi o nome da música que ele estava tocando. “Echo” do Jason Walker.

–Ensaiando para o festival? – Perguntei.

–Sim. – Respondeu. – Gostou da música?

–A letra é bonita e profunda. – Respondi e ele voltou a tocar.

– ** I'm out on the edge and I'm screaming my name. Like a fool at the top of my lungs. Sometimes when I close my eyes I pretend I'm alright but it's never enough. – Ele cantava com a emoção que eu sentia.

(**Estou no limite e estou gritando meu nome. Como um tolo a plenos pulmões. Algumas vezes, quando fecho meus olhos, eu finjo estar bem, mas nunca é suficiente)

–Cante comigo. – Pediu.

–Posso não ser boa nisso. – Comentei.

–Duvido. – Ele sorriu.

– *** Cause my echo, echo is the only voice coming back. My shadow, shadow is the only friend that I have. – Cantei até que bem.

(***Porque meu eco, eco é a única voz que volta. Minha sombra, sombra é a única amiga que tenho)

–****Listen, listen I would take a whisper if that's all you have to give. – Ele me encarou enquanto deslizava seus dedos pelas teclas. - But it isn't, isn't you could come and save me. Try to chase it crazy right out of my head.

(****Ouça, ouça. Eu aceitaria um sussurro se isto é tudo o que você tem para dar. Mas não é, não é. Você poderia vir e me salvar. Tentar continuar essa loucura fora da minha cabeça)

Eu sorria enquanto ele cantava para mim. Aquela música conseguiu mexer comigo até porque era tudo o que eu sentia quando eu era pequena. A voz de Apolo era a mais bela de todas. Dã! O deus me olhava enquanto cantava. Entretanto, o momento foi interrompido por outro deus que encarava Apolo furioso. Ares, o deus da guerra, retirou seus óculos escuros e me encarou. Seu olhar estava cheio de raiva.

–Que palhaçada é essa? Posso saber o que está acontecendo aqui? – Ares perguntou.

–Não estou entendendo seu tom de voz, irmão. – Apolo disse e se levantou.

–Nem eu. – Comentei.

–Eu avisei para ficar longe dela. – Ares se aproximou e Apolo o encarou.

–Isso quem tem que dizer é ela. –O deus do sol olhou para mim. Arregalei os olhos e ele sorriu.

–Dá para alguém me explicar o que está acontecendo? – Questionei e levantei do banco preto.

–Não. – Os dois falaram ao mesmo tempo e eu me irritei.

–Você não tem o direito de querer escolher por ela. – Apolo falou.

–Eu não vou deixá-la ser mais uma na sua lista. – Ares retrucou.

–Já chega!- Gritei. – Se vocês não vão me falar o motivo dessa palhaçada, calem a boca, por favor. – Eles ficaram quietos. –Obrigada! – Exclamei e respirei fundo.

–Kim, você está perdendo o jantar. – Ares comentou desviando do assunto.

–Arranje-me um mc lanche feliz que tá tudo certo. – Ri. –To brincando; eu não como hambúrguer.

–Você é meio bipolar. –Apolo me perguntou.

–Ah, cala a boca. – Ri. – Vamos esclarecer duas coisas: Ares, não se meta nas minhas amizades. Apolo, pare de provocá-lo e falar essas coisas.

–Ok. – Eles falaram ao mesmo tempo e a concha soou.

–É, ela é bipolar. – Apolo comentou e eu o encarei, irritada.

–Hahah! - Ri irônica.

–Hora de você ir para o chalé. - Ele disse.

–Obrigada pela música. – Sorri para Apolo. – Tchau, Ares. – O deus da guerra beijou o topo da minha cabeça.

–Depois conversaremos. – Ele sussurrou no meu ouvido.

–Depois dessa cena, eu não sei. – sussurrei de volta.

–Kim ... – Ele disse com aquela voz rouca.

–Ok. – Ele me soltou de seus braços e eu caminhei até ao chalé de Quione.

Cheguei ao chalé e fechei a porta branca. Respirei fundo e fui até ao vestiário colocar meu pijama cinza de lobos. Prendi meu cabelo numa trança espinhal e caminhei até ao meu quarto. Estavam todos quase dormindo. Deitei-me na cama e fiquei pensando nos dois deuses. Que merda estava acontecendo comigo? Por que eles falavam como se estivessem destinados a mim?

Bufei e afoguei minha cabeça no travesseiro. Eu estava começando a gostar de Apolo e sentindo coisas muito estranhas por Ares. Eu não era assim. O deus do sol me tirava dos problemas, fazia com que me sentisse especial, única. Era como se fosse eu e ele contra o mundo. Já Ares me fazia perder o folego. Fazia-me ficar com as pernas bambas, perder a fala, sentir coisas estranhas, me fazia bem, eu amava passar meu tempo com ele e eu gostava de tudo nele.

Amor não existia, mas, se esse sentimento não existe, que merda eu estou sentindo? Queria que Quione estivesse aqui para me explicar. Queria poder me abrir para alguém sem que me julgassem. Travis e Connor eram homens e, por alguma razão desconhecida, Travis não gostava de Ares. Kirsty iria falar mil coisas e dizer que não passa de uma fase. Dimitri não falaria nada. Naomi não entende o que eu falo. Ficava difícil.

– *****I don't wanna be down and I just wanna feel alive and get to see your face again once again. Just my echo, my shadow you are my only friend. – Cantarolei baixinho.

(*****Eu não quero ficar para baixo e eu só quero me sentir vivo e poder ver seu rosto de novo, mais uma vez. Só meu eco, minha sombra você é meu único amigo.)

(...)

P.O.V. Apolo

–Obrigada pela música. – Ela sorriu para mim. – Tchau, Ares. – Ares beijou o topo da cabeça dela.

–Depois conversaremos. – Ele sussurrou no seu ouvido.

–Depois dessa ceninha, eu não sei. – Ela sussurrou de volta.

–Kim ... – Ele disse.

–Ok. – Kim falou e ele a soltou de seus braços.

Ela caminhou até ao chalé de Quione. Encarei Ares e sentei-me no palco assim como ele. Encaramo-nos por alguns instantes e ele colocou seus óculos escuros. Bufei e sorri ao me lembrar do sorriso de Kim.O sorriso da filha de Quione me tirava do sério.

–Gostando da garota, Ares? – Questionei.

–Bem ... Isso não é da sua conta, Apolo. – Ele respondeu.

–Isso foi um sim. – Conclui.

–Foi. – Ele afirmou.

–Sabe que vai perdê-la para mim, não sabe? – Perguntei.

–Cale a boca. – Ele gritou.

–Você sempre faz merda. – Levantei-me assim como ele.

–Não com ela. – Ares disse.

–Será? Você sempre diz isso e magoa as garotas. – Falei.

–A diferença é que ela é diferente de todas, Apolo. – Ele falou. – Eu amo a Kimberly e não vou deixar de lutar por ela.

–Ela é diferente mesmo. Eu gostei dela. – Disse e pensei naqueles olhos escuros. Ares fechou o punho. –Se você ousar magoá-la, Ares ...

–Isso não vai acontecer. – Ele disse e eu ri.

–Boa sorte, irmão.

Saí do anfiteatro e andei até a frente do chalé de Quione. Consegui vê-la se deitando na coma com uma loba. Deveria ser a tal Naomi, a qual a foto ficava no porta-retrato da sala de estar de Quione. A luz do chalé se apagou. Sorri ao pensar em Kimberly.

–Boa noite, filha de Quione. – Sussurrei e caminhei de volta para a casa grande.

Entrei na Casa Grande e subi as escadas indo até o meu quarto. Ele era uma micro-cópia do meu templo. Trouxe poucas coisas comigo. Troquei de roupa e vesti uma calça de pijama cinza. Deitei na minha cama de casal Box e coloquei minhas mãos atrás da cabeça. Suspirei. Agora eu conseguia acreditar na bendita profecia. Lutar com Ares não era uma boa ideia, afinal, ele era meu irmão. Porém, depois de hoje, eu vi que talvez fosse valer a pena. Por ela. Pela garota dos olhos escuros que estava começando a mexer com os sentimentos dos deuses mais galinhas de todo Olimpo. O que ela tinha de especial? Tudo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Continuo com sete reviews ou uma recomendação.
Próximo capítulo team KiAres vão pirar.
Beijos.

Roupa Kim: http://www.polyvore.com/dark_eyes_cap%C3%ADtulo_viii_kimberly/set?id=106307931



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