(Angelina)
– Eu te amo, Brad! - gritei e o abracei, por impulso. Me senti arrependida no momento em que estava em seus braços, quase esmagando nosso cachorrinho. É estranho dizer nosso. É a primeira vez que temos algo que pode ser considerado parte da nossa... "relação"? Não sei. Acho que sou a única que pensa dessa maneira.
– Eu também te amo. - disse Brad, após alguns segundos, como se estivesse digerindo o que eu falara antes. Ele começou a se aproximar, cada vez mais de mim, então eu me soltei dele bruscamente. Ele me olhava sem entender e eu apontei para algo no canto da parede.
– Uma câmera? - ele perguntou irônico.
– Sim! Exatamente! Uma câmera! - gritei. - Agora eles já devem saber que eu estava cuidando do cachorrinho! - disse, desesperada. Brad apenas riu da minha situação.
– Acho que eles não ficariam bravos com você cuidando dele. Quer dizer, agora ele é nosso. Se eu fosse você eu estaria me preocupando com isso. - disse ele, colocando o cachorrinho no chão cuidadosamente. Bufei.
– Com você deixando ele no chão?
– Não. Com isso. - disse Bradley, me puxando e colando nossos lábios para um beijo calmo. No início fiquei preocupada com a câmera, mas isso se foi rapidamente, deixando lugar para apenas eu e ele. Nós. Ficamos sem ar e nos separamos.
– Acho melhor irmos para casa. - disse envergonhada.
–Eu também acho. - respondeu ele, com seu largo sorriso maravilhoso.
Voltamos para casa, apenas com o barulho de nossos passos. Eu abraçando o filhote e ele andando ao meu lado, olhando para mim a cada segundo, o que eu imagino que tenha me feito corar inúmeras vezes.
– Já pode parar de olhar. - digo, querendo que meu rosto não estivesse tão vermelho como sei que está.
– Não quero. Gosto de ver você corada. - ele diz, fazendo eu abaixar a cabeça, querendo cavar um buraco no chão ou apenas sumir.
Chegamos em casa, mas Jared e Liza ainda estavam no trabalho. Senti um alívio ao saber isso.
– Onde vamos deixar ele? - pergunto.
– Não sei. Acho que vamos ter que escondê-lo do meu pai e da minha mãe.
– Como assim? Você disse que eles gostavam de cachorros! - comecei a discutir, ficando brava.
– Na verdade, a minha mãe tem medo de cachorro e Jared odeia cachorros.
– Bem a cara do Jared. Ele sempre foi insensível. - digo, me esquecendo que estava brava com Brad.
– Ei, não fique chateada. Já sei onde vamos deixar esse cachorro feio. - diz Brad, tentando mudar de assunto.
– Aonde? - pergunto, me animando um pouco.
– No meu estúdio. - diz ele. - Mas com uma condição: você não pode entrar lá.
– Como assim?! Como vou cuidar do meu cachorrinho?
– Nosso.
– O quê? - pergunto, sem entender.
– Nosso cachorrinho.- diz ele. Sorrio.
– Eu achava que somente eu pensava dessa forma. - disse, sem pensar e me arrependi logo após.
– Não pense assim. Teremos muitos "nossos" em frente. - ele diz e eu apenas abaixo minha cabeça e fixo o olhar no cachorrinho, que agora brincava em volta de nosso pés.
– Então você vai ficar responsável por limpar as caquinhas dele. - disse, tentando quebrar o clima.
– Tudo bem, mas você fica responsável por comprar comida, dar banho, dar vacinas e todas essas coisas.
– Acho injusto. - digo.
– Então, fazemos o seguinte: eu cuido das "caquinhas" e da comida. Você vai dar banho e vacina. - diz ele, suspirando e tentando fazezr cara de coitado. Sorrio.
– Justo. - digo e estendo minha mão, para ele apertar, o que não faz. Ele ajoelha-se no chão, me olha nos olhos e beija minha mão.
– Angel... - diz ele, ainda ajoelhado. - Você quer... - não estava acreditando, ele vai me pedir em namoro!