Apaixonada Por Um Idiota Pervertido escrita por Arisinha


Capítulo 2
Capítulo 2 - Nossa história não começou aqui.


Notas iniciais do capítulo

Então, espero que estejam gostando. Desculpem qualquer erro que acharem e não esqueçam de comentar! Boa leitura!



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Tentei achar meu quarto, inutilmente. Apesar das parede serem de vidro, não encontrei nenhum quarto que parecesse vazio.

- Quem é você garota? - ouvi uma voz masculina dirigir-se a mim: Bradley.

- Desculpe, acho que não me apresentei direito. Sou Angelina Andrews. Sua meia-irmã. - apesar de eu saber exatamente que ele não se refiria a isso, resolvi tentar mudar de assunto.

- Retardada. Só pode. Eu quero saber que você pensa que é para fazer aquilo comigo. Quer dizer, não é que ninguém nunca tenha feito algo parecido com aquilo para mim... - disse ele, meio enrolado na última frase.

- Deixa-me adivinhar. Você é o garoto popular. Aquele que ninguém nunca ousou enfrentar. Me desculpe, mas se você pensa que eu vou ficar quieta enquanto tenta me derrubar, está muito enganado. Você é o tipo de garoto que eu mais odeio. - percebi ele ficar espantado ao ouvir eu dizer a última frase. Me senti culpada por um momento, mas não posso ficar com pena dele.

- Eu sei que você me odeia. Ainda mais pelo que eu fiz no passado... - Bradley fez uma pausa e continuou. - Mas eu mudei, Angelina. Apenas acredite.

Após dizer isso, Bradley saiu de perto de mim e entrou em uma porta. As paredes não eram de vidro, então imaginei que era o banheiro. Fiquei chocada com o que ele disse. Para você não ficar perdido, contarei o que aconteceu há 10 anos...

Você pode não acreditar, mas eu já conhecia Bradley antes de nossos pais de casarem. Ele morava em San Francisco e estudava na mesma escola que eu. Nosso pais não sabiam que nós nos conheciamos. Era o mesmo garoto que agora: irritante, chato e popular. E usava todas essas "qualidades" para me atormentar. Me chamava de "Angel nada santa" só porque tive um amor platônico pelo melhor amigo dele: James. Sim, James era o melhor amigo dele e o meu melhor amigo. Apartir do dia que ele leu meu caderno de anotações e viu o nome do James lá, ficou me atormentando e amizade deles acabou. Um tempo depois ele se mudou para Miami Beach e nunca mais nos vimos... até hoje.

Ainda estava parada no corredor, mergulhada em meus pensamentos. Por que tinha que ser logo o Brad Cabeça Oca? Fui interrompida por uma voz, novamente: Bradley.

- Desculpe pelo o que eu te disse agora pouco e pelo o que fiz lá no quarto. - disse com a voz calma. - É só que eu não me recuperei ainda.

- Se recuperou do que, Bradley? - perguntei. Não estava brava com ele. Apenas me sinto mal em estar perto dele.

- De algo que não vou te contar. Foi um assunto delicado que aconteceu comigo em San Francisco.

- Não vai me contar então? - perguntei.

- Não. Você continua curiosa, Angel Nada Santa. - ele disse, sorrindo de lado.

- E você continua esquisitão, Brad Cabeça Oca. - disse e comecei a rir.

- Ainda bem que está de volta. Não estava aguentando ouvir você me chamar apenas de Bradley. - respondeu-me abrindo ainda mais seu sorriso... e que sorriso esse! Droga! Você odeia ele Angel e tem que continuar odiando.

- Não pense que só porque está sendo legal comigo vou ser legal com você.

- Não quero que seja legal comigo, afinal de contas, você nunca conseguiu ser legal com ninguém. - Bradley começou a rir de mim. Senti raiva, mas logo fiquei com vontade de rir também. Não queria admitir, mas era bom ter ele por perto de novo.

- Idiota. - foi a única coisa que consegui dizer.

- Vem, vou te mostrar seu quarto. - disse e me puxou com ele.

Entramos em um quarto bagunçado com apenas uma cama no canto e vários livros em uma estante. Tinha um banheiro, uma escrivania e um pequeno sofá.

- Mas esse é o SEU quarto Bradley!

- Eu sei. Durmo nesse quarto por quase dez anos. Acha mesmo que eu não reconheceria ele? - disse ironico e com aquele maldito sorriso de lado.

- Tá, mas onde vou dormir?

- Aqui. - respondeu-me.

- Mas e você? Onde vai dormir? - não queria que ele saisse do quarto dele para eu poder dormir nele.

- Aqui. - disse e me lançou um olhar pervertido.

- Nem morta!

- Não se preocupe, não sou nenhum bicho papão.

- Posso até dormir aqui, mas você vai ter que aguentar eu roncar, ranger os dentes e meus pesadelos. Além disso sou sonambula e só durmo com luz acesa. - disse tentando convencê-lo a não dormir no mesmo quarto que eu.

- Eu sei que tudo isso é mentira, Angelina. E não vou sair daqui.

- Droga. - apenas disse isso e fui arrumar minhas coisas na parte do guarda roupa que estava vazia.

(...)

Eram oito e meia da noite. Já tínhamos jantado pizza e estávamos assistido um filme de terror para comemorar minha chegada.

- Angelina. Brad. Eu e Liza vamos dormir. Temos que ir trabalhar cedo amanhã. - disse Jared indo em direção à escada. - Brad, porque não mostra a cidade pra Angelina amanhã?

- Ta bom, Jared. Boa noite. - disse Bradley.

- Boa noite, crianças. - disseram Liza e Jared e subiram.

Continuamos a assistir o filme, até chegar em algumas cenas em que havia uma mulher esquartejada.

- Acho que já vou ir dormir, Bradley. Estou com sono. -menti.

- Está bem. Boa noite. - respondeu ele.

Subi as escadas escuras apenas com a luz do meu celular. Estava muito escuro e eu tinha medo disso. Cheguei no corredor e me dirigi até a última porta dele, mas ouvi barulho de porta se fechando atrás de mim. Não consegui olhar para trás e não sabia onde acendia as luzes, então comecei a correr para o quarto do Bradley e acendi as luzes rapidamente.

Ouvi mais um barulho e resolvi fechar a porta bem na hora que vi uma sombra.

- Aí! - alguém gemeu de dor e abriu a porta.

- Bradley! - exclamei. Pela primeira vez na vida estava feliz em vê-lo. Está bem, não foi a primeira vez.

- Calma, Angel Nada Santa. Quase quebrou meu nariz! - brigou ele.

- Desculpe. - Ele apenas começou a ri da minha cara.

- Não acredito que tem medo do escuro! - disse entre as gargalhadas que dava. Fiquei furiosa.

- Não tenho não! - tentei me defender... em vão.

- Tem sim, quer ver? - e apagou as luzes.

- Ahhh! -Gritei e me agarrei a algo que não conseguia enxergar. Então ele acendeu as luzes. Eu estava agarrada ao braço de Bradley. Fiquei vermelha por isso.

- Ei! Não precisa chorar! - disse ele calmamente. Não tinha percebido, mas as lágrimas desciam até minhas bochechas.

- Eu... eu não... consigo. - disse entre soluços. Foi aí que Bradley me abraçou. Me sentia confortável em seus braços. Ele conseguia me transmitir um sentimento de proteção e segurança. Não queria me soltar dele.

- Está tudo bem Angel. Nada vai machucar você. - a voz rouca e tranquila dele conseguiu me acalmar e foi então que eu lembrei que ainda estava em seus braços e me soltei bruscamente.

- O-obrigada! - droga! Não era para mim gaguejar!

- Disponha! - disse e ficamos em silêncio nos olhando. O clima estava estranho entre nós.

- Então era verdade quando você disse que dorme com luzes acesas! - disse Bradley e começou a rir de mim.

- Não ria! - disse nervosa, mas ele continuou a gargalhar.

- Não precisa ter medo do escuro. Eu estou aqui com você. - disse ele sedutor e apagou as luzes.

- Bradley? - perguntei receosa. O medo ia consumindo-me. - Bradley, responde agora! - não ouvi nada. Brad! - disse desesperada.

- Estou aqui, lembra? - disse e pegou-me em seus braços. Ele me colocou na cama e me empurrou para o lado. - Não vou te violentar. Apenas vou te proteger essa noite. - esclareceu e então me abraçou. As lágrimas ameaçavam cair, mas ele impediu antes. - Não chore, Angel. Eu estou aqui... estou aqui. - disse e então adormecemos.


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Notas finais do capítulo

Então... o que acharam? Mereço algum comentário, ne?