De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

oi gente, obrigada pelos reviews!!

Os primeiros caps da história eu já escrevi faz muito tempo, e como são mais curtinhos eu vou postar com mais frequência. Porém, isso depende da quantidade de reviews..

Enfim, boa leitura e até lá! (:



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Acho que até gosto de você

Amo minha vida.

Agora encontre o erro. Aliás, acho que é meio explicito já que eu odeio minha vida nesse exato momento.

Era terça feira – para minha sorte não tive aula hoje – e eu estava sentada em uma sorveteria da esquina, esperando meu querido professor chegar para me dar aulas de reforço.

O que eu queria agora? Bom, que no caminho ele fosse atropelado e de preferência sangrasse até a morte. Está um calor dos infernos e eu poderia estar fazendo qualquer coisa menos estar aqui.

Eu sei que sou uma total vadia sádica e que adorava pensar nessas coisas, mas é inevitável. 

Fico pensando em formas de como matar alguém quando sou tirada de meus pensamentos com um leve beliscão.

– Mas que droga! – berro e me deparo com Cato. – Já não se pode nem mais pensar em paz?

– Que eu saiba você veio aqui estudar e não para ficar pensando em besteira.

– Então vamos logo. Não quero que isso dure mais que o necessário.

[...]

Cato passou as próximas duas horas me explicando a matéria meio desanimado e me fazendo perguntas aleatórias para ver se eu havia conseguido entender o assunto, que milagrosamente consegui entender.

Como? Eu não fazia a mínima ideia.

– Você entendeu mesmo? – ele pergunta.

– Sim. Incrível que pareça. – sorrio.

– Que bom Clove, ao menos isso.

– Cale a boca Cato. Para começar eu não pedi pra você vim pra cá.

– Eu sei, mas-mas sei lá... – ele gagueja. – Você está a fim de sair daqui?

– Mais do que você.

– Então vem comigo. – ele pega na minha mão, me guiando para fora do local.

Em primeiro lugar: porque pegou na minha mão? Segundo: O que ele quer fazer comigo?

Cato me leva até uma parte da praia que sempre fica vazia. Ele se senta e fica olhando para o mar.

– Então... – digo, sentando ao seu lado.

– Uma coisa aconteceu hoje. – ele diz.

– O quê? Por favor, que seja algo importante para ter me trazido aqui há essa hora...

– Minha mãe morreu Clove.

– Como... É-é...

– Morreu. Sabe quando alguém para de respirar e do nada fecha os olhos? Ela morreu, simples assim.

– Simples assim? – o encaro. – Ela é sua mãe anta. O que aconteceu com ela?

– Ela estava doente há algum tempo e já não tinha mais forças, então morreu.

– Sinto muito. – digo de cabeça baixa.

– Você não sente nada. Não precisa fingir – ele encara o mar.

– Sinto sim... você não precisava ter vindo aqui.

– Precisava sim. Eu prometi pra você, não é mesmo?

– Eu não me importaria.

– Se importaria sim Clove.

– Okay Cato você ganhou, agora o que você quer?

– Agora? – ele me pergunta. – Eu não sei. E você?

– Também não sei.

Ficamos em silêncio. Consigo ouvir Cato chorar baixinho e continuar encarar o mar sem sequer olhar para mim. Minha mãe ficou me ligando várias vezes. Tive que mentir para ela, dizendo que ainda estava estudando.

Minha vontade de ir embora era imensa, mas sinto que por algum motivo deveria ficar.

– Você está bem? – pergunto, quebrando o silêncio.

– Isso é uma pergunta retórica? – Cato pergunta.

– Quem sabe talvez seja, mas sim ou não?

– Estou uma merda, Clove.

– É verdade. Mas as coisas vão melhorar isso eu posso prometer para você – digo, dando um leve abraço nele.

– Você tem sentimentos? Sério? Pensei que iria morrer e não viria isso.

– Você mal me conhece rapaz. Aliás, eu só quero te ajudar. E a propósito, tenho sim, só não tenho a necessidade de demonstrá-los a todo o momento.

– Acho que entendo.

–Você definitivamente não me entende. Nem eu me entendo.

– Isso parece ser bem complicado.

– É muito complicado, porém com o tempo você se acostuma.

– Você acha que eu posso me acostumar com isso, então?

– Talvez consiga. Talvez não.

– Você não é tão má, Clove. Acho que até gosto de você. – Cato diz, olhando em meus olhos pela primeira vez.

– Eu também, Cato.


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