De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaaaaaaaaah eu não aguentei ficar muito tempo longe hehehe

Primeiro, quero que ouçam essa música: http://www.youtube.com/watch?v=iC8tP9Oo52Y

Querida [UmaMalfoy] Amei hiper megamente sua recomendação! Esse capítulo é pra você!
Fiquem ligados na nota final... Tenho uma novidade!

Boa leitura! Amo vocês



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As coisas como devem ser

Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis

e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, foram feitas para dar certo.

Ah, o tempo. É infinitamente intrigante como ele é irônico. Não sei, mas talvez ele se satisfaça com nossa desgraça ou desespero. Ou ainda, seja apenas justo, trazendo o que é certo, na hora certa.

O grande talvez, quem sabe e não sei é o que mais consome meus tempos vagos. E bem, esse é um motivo para que os médicos recomendem que não fiquemos parados por longos períodos e que sempre ocupemos nossa mente.

Clove me surpreendia nesse quesito. No lugar dela eu já teria surtado. Passar mais de um mês, impregnada em uma cama de hospital e podendo apenas andar de cadeira de rodas é de fato torturante. Ela, diferente da maioria dos pacientes, tem certa liberdade. Boa parte dela porque nós dois burlávamos algumas regras, o que é extremante animador.

Mas o tempo, mesmo assim, continua passando tão rápido, que aos poucos deixava suas marcas. Assim como o vento, as idéias de Cashmere estavam ficando cada vez mais dispersas. Agora, eu, Finnick pavão cor de rosa Odair, Annie, Gloss e ela estávamos pensando no ultimo passo para a grande volta da memória de Clove Evans.

– A baixinha é meio equivocada. – Finnick suspirou, como se quisesse falar isso há muito tempo. Bufei baixinho.

– Eu disse Finn, não seria fácil – a voz de Cashmere saiu cansada. – Cato, você que conhece ela melhor, fale algo.

Franzi minhas sobrancelhas. Outra vez bati meus pés. – Eu não sei.

– Cristo Jesus amadinho. – Gloss jogou os braços para cima da mesa de vidro.

Fechei meus olhos e me concentrei unicamente em minha respiração – que saía mais calma do que esperado. Essa forma me deixava relaxado. Trabalhar com eles é estressante ao mesmo momento que é essencial.

– Okay, eu tenho uma ideia. Ela é útil. – Annie se arriscou a falar.

– Conte-nos mais, docinho. – Finnick com todo seu charme fez as bochechas de Annie adquirir uma cor vermelha. Ri baixinho.

– Podíamos colocar em uma caixinha algumas fotos de Clove em momentos especiais ou apenas fotos normais. Algumas fotos suas com ela. Um recadinho, quem sabe. Tudo em uma ordem corretamente cronológica. Isso estimularia a mente dela, fazendo as memórias voltarem com mais facilidade.

O sorriso que Cashmere soltou após a voz de Annie cessar foi o necessário para Finnick rolar os olhos de tanto ciúmes. Ele não devia saber do caso da loira com o batom ambulante, Gloss.

– É disso que estou falando! Ah meu Deus, Annie Cresta, você é um gênio! – a morena sorriu de lado. – Vamos fazer isso, Cato? Tudo bem para você?

– Contando que Clove se lembre de mim, eu cruzo o Alaska todo de pé.

– Tudo bem. – Finnick disse entre os risos. – Já sabemos que você a ama.

E como amo.

[...]

Uma caixinha, ou melhor, um baú marrom foi à decisão de Annie Cresta. Em momentos decisivos ela conseguia relativamente pensar melhor do que Cashmere.

Bocejei cansado.

Já se passaram duas longas e torturantes semanas. Clove sentia-se melhor do que vinha se sentindo.

Hoje seria o dia em que ela andaria na esteira. Cashmere estava fazendo de tudo para Clove se recordar de mim, porém o processo ainda está lento. Ela estava dando o seu melhor, eu sabia disso.

Ao longe a vi Clove chegando em sua cadeira de rodas. A morena mexia a cabeça impaciente e estava com o ipod na frente de seu rosto. Subitamente me lembrei da primeira vez que a vi. Era impossível de esquecer. Seus cabelos estavam como naquele dia de junho. Ela mexia a cabeça de forma retarda e parecia estar desligada de tudo e todos. Eu estava usando a camiseta que ela odiava. Na real ela não era nem um pouco feia, mas Clove insistia em dizer que ela me deixa com a aparência feminizada apenas porque ela é rosa.

Quando seus olhos se encontraram comigo, ela largou o ipod no colo e acenou. Ela deu uma olhadela em minha camiseta e murmurou algo para Cashmere. A mesma olhou para mim confiante e logo me ordenou ficar na ponta da esteira.

Havia uma barra em cada lado para Clove se segurar. Depois de fazer algumas aulas na piscina, seu próximo objetivo era chegar até o fim sem cair ou fracassar. Cash a ajudou se levantar e ficar de pé. Ela estava olhando assustada para baixo e olhou em seguida para mim. Minha vontade foi de tomá-la em meus braços e sair daqui, mas apenas sorri soletrado: C-O-N-F-I-E E-M M-I-M.

Clove segurou firmemente as duas barras e relutante deu seu primeiro passo.

Diga alguma coisa, estou desistindo de você

Eu serei o único se você me quiser

Eu teria te seguido para qualquer lugar

Diga alguma coisa, estou desistindo de você

Ela segurava as barras com mais força e o esforço era nítido no seu rosto. Clove olhou de relance para mim e deu outro passo.

E eu

Estou me sentindo tão pequeno

Foi demais para minha cabeça

Eu não sei absolutamente nada

Suas pernas pareciam que iriam falhar a qualquer passo dado. Cashmere estava atrás de Clove e já havia dito inúmeras vezes que ela poderia parar. Mas Clove era teimosa. Eu sabia que ela não desistiria até chegar ao final.

E eu vou tropeçar e cair

Eu ainda estou aprendendo a amar

Apenas começando a engatinhar

Suas pernas falharam e por um momento Clove quase caiu. Eu estava me segurando para manter uma postura forte na frente de todos, mas não estava sendo fácil. Clove ergueu a cabeça e soltou as barras. Ela abriu a boca e murmurou alguma coisa. As lágrimas corriam livremente pelo seu rosto. Ela deu os últimos três passos e se jogou no meu colo, onde desabou a chorar.

E eu vou engolir meu orgulho.

Você é a pessoa que eu amo

E eu estou dizendo adeus

– Eu consegui – ela disse entre os soluços. – Cato, eu consegui!

– Sim pequena. Você conseguiu.

Logo toda equipe de fisioterapia e Cashmere estavam em nossa volta. Havia dado tudo certo.

– Cato, a leve para o quarto. – a loira disse, dando uma piscadinha.

Enquanto guiava a cadeira de rodas e Clove contava como havia sido seus milagrosos passos, me permitir sorrir. E de fato, sorrir de verdade.

Seus lábios foram um sorriso pequeno após dizer que eu voltaria amanha cedo. Peguei minhas chaves e fui pra casa. Desabotoei os primeiros botões da camisa rosa e a tirei.

Ela está voltando, pensei.


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Notas finais do capítulo

Gente, DEA ta chegando ao fim. Sim, ta acabando e é sério. Eu não queria acabar, mas... O próximo capítulo e o ultimo e outro é o epílogo.

Vocês tem duas opções: 1- eu posto normalmente, de 12 em 12 dias; 2- Eu posto os dois capítulos, um de cada vez por semana;

Fiquem a vontade para escolher! Beijão e eu amo vocês!!!