De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Acho que demorei um pouquinho... Mas to aqui!

Enfim amores, espero mais reviews para o próximo capítulo, hein? To com uma abstinência desgraçada de criatividade, mas tentarei postar o mais rápido possível!

Ouçam essa música: http://www.youtube.com/watch?v=npIbI10tftU

Beijocas e boa leitura



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Você me provoca borboletas no estômago.

Mexi-me inúmeras vezes na cama até perceber que havia um espaço vazio na mesma. Agarrei o travesseiro ao lado e senti o cheiro inebriante de Cato.

Deus, o que eu havia feito?

Deixei que os primeiros raios de sol tocassem minha pele e fui até a varanda do quarto. Vi a praia ao longe, enquanto ouvia o som típico das manhas da Califórnia. Sim, eu ainda estava pelada.

Procurei em seu guarda roupa por uma camisa qualquer e vesti. Para variar, a camisa ficou como um vestido para mim, mas era boa e cheirosa. Desci as escadas e o encontrei fazendo café.

– Bom dia. – falo, o abraçando por trás.

– Bom dia, pequena.

– O que você está fazendo ai?

– É o seguinte – começa Cato. – Fiz ovos com bacon, mas também fiz um refogado com alguns legumes. Eu gosto e tenho certeza que meu amor vai gostar.

Senti meu rosto esquentar ao ouvir aquela palavra. Amor. Algo tão simples que há meses atrás era um espanto para mim. Assenti e sentei no balcão, observando Cato terminar o café.

Subitamente me pego pensado no que aconteceu noite passada. Sentir Cato daquela maneira fora intenso. Talvez mais ainda por que era de certa forma algo errado. Perigoso. Olhei para o nada e sorri.

Deus, eu estava completamente apaixonada por ele. Merda Clove!

Cato colocou meu prato sobre o balcão e sorriu. Roubei um pouco da sua comida e ele me repreendeu, dando uma tapinha em minha mão. Era injustiça! Ele colocou muito mais bacon pra ele do que pra mim. Mas de qualquer forma, a comida estava uma delicia.

– Se você quiser parar de ser meu professor e se tornar meu cozinheiro particular, eu ficaria grata! – falo.

– Que nada, Clove. Cozinha é só, digamos, um hobby.

– Oh, sim.

Entre olhadelas, sorrisos amarelos carregados cheia de vergonha por minha parte, Cato segurou minha mão esquerda e sussurrou pela segunda vez: Eu amo você. Retribui em um sussurro o mesmo.

Comemos em silêncio e lavamos a louça em seguida.

Cato havia colocado duas cadeiras de balanço na sacada de seu quarto e me convidou para ir lá com ele.

– E quero conversar com você. – fala ele.

– Já não está conversando? – arqueio uma sobrancelha.

– Clove, é sobre ontem.

– Cato, eu não...

– Foi perfeito! – diz ele. – Eu nunca me senti dessa forma como venho me sentindo. É tão estranho e ao mesmo tempo tão bom. É como se tivesse algo em meu estomago.

– Talvez seja estranho pelo fato de ser recíproco.

– O que? O fato de eu estar te amando?

– Isso também. Mas o fato de eu estar tão louca quanto você está.

Cato foi se aproximando seu rosto do meu ate por fim selar nossos lábios.

Pelo amor de santo Cristo, aquele homem tinha uma boca perfeita. Vermelhinha, fina e acima de tudo, feita para minha pessoa é claro.

Ele pediu passagem com a língua que foi facilmente cedida. Nossas línguas travaram um tipo de batalha contra outra, mas não uma batalha por dominância. Era algo mais suave, algo mais sei lá, puro. As mãos de Cato seguram meu cabelo e as minhas se apóiam em seu peito. Quando ambos clamamos por ar, nos separamos.

– Agora você sabe por que eu te amo. – falou Cato dando uma risada.

– Por que eu tenho um beijo gostoso, é? – pergunto com a voz carregada de orgulho e sorrindo de um modo cafajeste. Não deu muito certo, já que minhas tentativas de imitar Cato não eram tão boas.

– Bem tem isso ai dona Clove, mas acho que é pelo simples fato de você me deixar insano.

– Eu estou te deixando louco, Catito? Que feio da sua parte! – comento rindo de sua cara.

Cato pegou uma cerveja e jogou para mim. Ajeitando seus pés no parapeito da sacada ele arrotou. Ri da sua expressão e aproveite para arrotar, ganhando dele no quesito barulho.

– Quando te vi pela primeira vez te achei bem linda e é meio obvio – começou Cato. – A primeira coisa que reparei foi seu cabelo. Ele estava meio rebelde e um pouco mais enrolado nas pontas. Você ficava batendo os pés e as mãos como se estivem em sincronia. E acredite em mim, você mexia a cabeça como uma retardada enquanto lia e ouvia música. Era tão impossível não reparar em você.

– Nossa, eu nunca reparei nisso. Obrigada.

– E você Clove? O que pensou de mim?

– Achei você atraente como todo mundo acha. Não posso negar que te achei literalmente gostoso até porque você é. Se não me engano você estava usando aquela sua blusa social feia, por céus Cato, você jogou fora? – ele nega com a cabeça. Desgraçado. – Você se sentou na minha frente e sorria pra mim como um otário e, eu juro por tudo que é mais sagrado, que se você não calasse a boca eu cometeria um crime.

Cato arregalou os olhos e fingiu estar desesperado. – Você me odiava tanto assim? Me senti ofendido.

– Você agia metade do tempo como uma garota menstruada, queria o que? Aquela vez que te vi na sala de aula então. Não sabia se chorava, ou fazia o massacre da serra elétrica ali mesmo.

– Eu também odiava você, porém era só um pouquinho. Eu gostei de você desde sempre. Quando te vi pensei “que aquela menina goste de mim como eu estou gostando dela” e por outra razão pensei “ela deve ter uns quinze anos, mas quem se importa?”.

– Eu acho que sou gostável. Sou um agrado para seus olhos, não é?

– Você é um agrado para todas as partes do meu corpo, meu bem. – diz Cato, me fazendo sem via de duvidas corar violentamente.

– Igualmente.

Me alevantei e fui até seu quarto. Parei na frente do espelho e me observei por alguns segundos. Estava com uma marca de chupão no pescoço. Sorri ao lembrar o motivo daquilo.

– Clove? – Cato me chama.

– Sim.

– Você se lembra daquela nossa aposta?

– Acho impossível esquecer que eu perdi dez dólares. Nunca mais aposto nada com você.

– Eu menti. Eu já sabia que iria dar aulas pra você.

– Seu safado! Você só queria os dez dólares!

– Eu guardei o dinheiro! – protesta Cato.

– E fez o que?

– Comprei um colar pra você.

Cato colocou sobre minha mão um colar com um pingente de elefante. – Elefante? Sério?

– Dizem que eles atraem coisas positivas e dão sorte. E bem, eles me atraíram você. – falou ele, me beijando.


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