Duas Estações escrita por Femme


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Heyy! Sdds de vocês, leitores lindos do Nyan! Estou sendo constantemente sufocada com o número de coisas para se fazer da escola e tal. (Maldito seja o Ensino Médio)
Espero que gostem! XD



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O vento invernal açoitava aqueles cabelos extremamente rebeldes, fazendo-os incomodar a garota que era dona da grande cabeleira ruiva. Ela tentava tirar fios rebeldes da frente dos olhos inutilmente enquanto andava sem rumo pela praia deserta. Olhou para o horizonte, vendo que a neve fina se misturava com a areia molhada em alguns pontos.

Seguiu até uma parte da praia, a algumas centenas de metros da costa gelada, de braços cruzados observou as ondas fortes baterem em rochas pontudas pelo litoral; cada onda era maior e mais furiosa do que a anterior. A garota pensou por um instante em marinheiros que poderiam estar enfrentando tal tempo, torceu para que eles estivessem bem.

Perdida em pensamentos, avistou uma sombra acocorada em um rochedo um pouco mais longínquo da praia. Ela conseguiu ver a figura claramente por causa dos cabelos claros como a neve. Por um rápido impulso correu até o cais que havia na praia. Chegando perto da extremidade do cais, se segurou numa das colunas de sustentação e acenou para a figura, a alguns metros mais próximos.

‒ Você! ‒ Ela gritou com todo o ar de seus pulmões, abanando o braço. ‒ Você aí no rochedo! ‒ A figura se mexeu um pouco, e ela incentivada, continuou a gritar.

A figura se levantou lentamente, pulando de rocha em rocha até chegar na mais próxima do cais. As superfícies das pedras que entravam em contato com a pele dele congelavam gradativamente. A figura parou em uma pedra menos pontuda e se inclinou no cajado de ponta curva, tinha uma expressão confusa no rosto.

A ruiva sentiu a adrenalina correr nas veias e uma pressão súbita se apoderou do abdômen da jovem. Como ele era bonito. A pele clara como a superfície da lua, olhos azuis escuros como pedras preciosas e o cabelo tão branco quanto a neve que caia na praia atrás deles. Ela sentiu as bochechas corarem e a mão livre foi de encontro com o rosto quente.

Vermelha como seus cabelos.

‒ Consegue... me ver? ‒ o rapaz de cabelos brancos indagou com incerteza na voz rouca. A jovem ficou perplexa.

‒ Como não poderia ver você? Está me chamando de cega?! ‒ Franzindo as sobrancelhas, ela se virou e caminhou com passos largos e firmes até o fim do cais. Ela praticamente corria em direção ao cavalo que estava parado com as rédeas amarradas em um galho de árvore. Já estava na divisão da areia da praia com a neve quando viu um vulto se colocar em sua frente. Assustada, deu um passo para trás, tropeçando na própria capa e caindo sentada no chão.

O rapaz de olhos azuis conteve o riso. Ele, ainda flutuando, se apoiou no cajado e lançou o corpo um pouco para frente oferecendo a mão para a garota. Ela, por sua vez, afastou uma mecha rebelde do cabelo assoprando-a e pegou na mão do rapaz, Que a ajudou a se levantar. Por um minuto ou dois, ela percebeu que ele flutuava.

‒ Como você faz isso? ‒ Ela apontou para o espaço vazio do chão até o corpo dele. O rapaz girou em volta dela dando uma risada sincera.

‒ Algumas coisas as quais aprendemos com o tempo, ruiva. ‒ Ela parou bem a frente dela, voltando a tocar o chão.‒ Você está surpresa?

Com um movimento de ombros ela respondeu ‒ Nem um pouco, Senhor Engraçadinho. Há coisas que não surpreendem pessoas como eu. ‒ Ela tirou uma mecha de cabelo de perto da bochecha e esticou o pescoço, num ato de superioridade.

O rapaz conteve o riso e deu um pequeno toque com o cajado no chão onde a ruiva pisava. Rapidamente, a neve se transformou em gelo fino e sem imperfeições. Somente com um movimento involuntário, a garota se desequilibrou e começou a vacilar em cima do gelo. Ela tentou arduamente ficar de pé, até que caiu sentada novamente. Ela olhou com uma pitada de raiva para o rapaz, tentando tirar uma longa mecha avermelhada do rosto; já ele se inclinou no cajado e tirou com a ponta dos dedos aqueles fios rebeldes do rosto dela.

‒ E ainda diz que não se surpreende?‒ Ele ficou novamente ereto, apoiando o cajado no ombro esquerdo e esticou a mão pálida à ela. A jovem segurou firme a mão dele e o puxou em direção ao chão. Ele caiu ao lado dela, ofegante.

‒ Você é ainda o Senhor Engraçadinho? ‒ Ela indagou ao lado dele, com uma expressão divertida no rosto. O rapaz se sentou e olhou diretamente nos olhos esverdeados da jovem.

‒ Qual é o seu nome, ruiva?‒ Ele indagou, apoiando os cotovelos nos joelhos ao observar a garota se levantar.

‒ Merida. E o seu?‒ Ela arrumou o vestido em rápidos movimentos, tirando a neve e a areia dele.

‒ Jack Frost.‒ Ele sorriu de canto para ela.‒ E para a sua informação, ‒ Ele fez um leve movimento com o cajado, fazendo uma bola de neve se formar e ser lançada no rosto de Merida ‒ Eu sou mesmo engraçadinho.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Reviews? Será que Merida vai deixar barato? Será que Jack vai fazer mais bolas de neve? Será que vai rolar beijo? SErá que os Gêmeos vão continuar roubando os bolinhos ou vão tentar roubar outra iguaria igualmente deliciosa, como Raviolli? Só nos próximos capítulos! (kk Eu não me aguento)