Echo. escrita por nekokill3r


Capítulo 32
Capítulo 32.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, minha gente e.e



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Depois de muito insistir, finalmente consegui fazer meus pais deixarem que eu fique com Naruto no hospital. Eles acharam estranho por causa de Gaara, mas deixaram de qualquer forma –– até porque eu iria fugir de casa e vir para cá caso contrário. Eu vim ontem e Naruto está proibido de sequer se levantar da cama, então não me pergunte como a minha cama ficou tão perto da dele depois que eu saí do banho. E não, essa noite nenhum dos dois dormiu. Ficamos conversando até dar 06:00 da manhã, momento em que eu não agüentei mais e apaguei. Fui acordar 09:00 com ele, mais uma vez, me olhando. Simplesmente não entendo a graça e perguntei para ele por que sempre tinha essa mania, e o que ele me respondeu? “Eu gosto, porque você é perfeita”. Eu não mereço tanto carinho como ele está me dando...

Leo e Lavínia decidiram vir aqui hoje e trouxeram algumas fotos antigas de quando o Naruto era criança. Aliás, os dois não sabem que estamos juntos –– ninguém, na verdade –– porque sabemos como eles gostam de compartilhar uma novidade com o mundo e ainda não me “separei” de Gaara.

–– Awwwn! Naruto, você é de longe a criança mais fofa que já existiu –– digo apenas para o implicar quando peguei uma foto dele com uma diadema com orelhas de gatinho, com Leo lá atrás lendo como sempre. Na opinião dele, ler é a melhor coisa que uma pessoa pode fazer em vida depois de amar, para assim aprender coisas maravilhosas. Até que concordo.

–– Eu ainda vou te matar por fazer isso comigo... –– ele diz para Leo, que mostra língua como resposta e ri logo em seguida. Lavínia está destraída assistindo TV sentada no chão (eu a chamei para ficar em cima da cama me fazendo companhia, mas ela não quis). Acho que ela nunca deve ter assistido antes a um desenho em outro idiota, porque parece uma criança de tão feliz com todas as cenas.

–– E como que está a perna? –– Leo pergunta e olho para Naruto, que agora parece estar preocupado e triste ao mesmo tempo. Eu queria saber a verdade sobre essa perna.

–– Está melhor, mas ainda dói –– ele responde, passando a mão nela por cima do lençol. Eu estava com tanta vontade de ver, que comecei a esticar o braço esquerdo para a frente e só fui acordar quando Naruto me chamou, pedindo que eu fosse buscar mais água para mim. Por que ele quer mais água se a jarra do lado de sua cama está cheia? Hum... Mas, de qualquer forma, pego a jarra, jogando a água que restava pela janela e saí pelo corredor.

Chegando no bebedouro –– que deveria ser mais baixo para pessoas como eu ––, deixo a jarra lá até que ela estava um pouquinho cheia para voltar pro quarto. Fiquei mexendo nas minhas unhas enquanto isso, que apenas agora fui perceber o quanto estão enormes e também sujas! Comecei a passar unha debaixo da outra, quando alguém segurou o meu ombro e eu me virei no mesmo segundo.

–– Com licença, moça. Mas será que poderia me ajudar, por favor? –– pergunta um rapaz alto, de cabelo preto e grande quase como o do Leo, com um sorriso gentil de lado.

–– Posso. O que é? –– pergunto, pegando a maldita jarra de volta porque fiquei encantada demais com a cara a minha frente e ela começou a espirrar água gelada para todos os lados, principalmente nos meus pés.

–– Lá fora diz que para ver um paciente, precisa dar seu nome primeiro –– ele diz e confirmo com a cabeça. Outra regra desnecessária desse hospital. –– Só que a mocinha ali está ouvindo música e eu não quero ter que incomodá-la.

Por um segundo, senti vontade de apertar ele. Que rapaz educado, pois não quer chamar aquela inútil que fica no balcão e mal sorri para você porque ela está de fones. É uma coisa fofa e dá para perceber que está esperando alguém passar e o ajudar há um bom tempo. Falei para que ele esperasse e fui atrás da tal mocinha, que estava mexendo no celular escondida por baixo da mesa.

–– Ei –– chamo, mas ela não me ouviu. –– Ei, ei! –– chamo mais alto, e novamente ela não me ouviu. Foi então que eu perdi a paciência e puxei um dos fones dela, fazendo ela se levantar e jogar o celular longe. Pelo menos não é o meu.

–– O que você quer? –– ela pergunta, muito brava. E que falta de profissionalismo é esse? Ela sequer pode me bater... Ou será que não teria pena de uma baixinha como eu? Enfim.

–– O rapaz ali quer ver um paciente, mas até agora não conseguiu porque você estava aí no seu mundinho –– digo, me arrependendo um pouco pois sei que de agora em diante, essa garota vai odiar a minha cara. E olhe que já não sou muito amada por aqui, por causa da minha risada escandalosa . –– Então, se não for incômodo, poderia deixar o senhor... –– Olhei para ele e ele fez a mesma coisa comigo, até que entendesse que eu precisava de seu nome.

–– Itachi Uchiha –– ele responde e fiquei um tempo o olhando. Esse sobrenome me lembra alguma coisa... Ah, sim, do dia do aniversário do pai da Hinata e do cara que me chamou de moça bonita. Mas espera, será que foi ele? Não! Não é possível que um cara desse estava perdendo tempo elogiando uma criatura que nem eu.

–– Eu te conheço! –– digo depois que tudo está ajeitado e só falta ele entrar. O tal Itachi também parece confuso.

–– Conhece? De onde? –– ele pergunta, cruzando os braços e mais interessado no assunto, talvez.

–– Bem, você me chamou de “moça bonita” uma vez... –– respondo, mordendo o lábio de nervosismo. Eu não deveria ter dito que o conhecia. Itachi fica pensando por um tempo, até olha para o chão como se tentasse se lembrar de mim.

–– Não fui eu quem te chamou de moça bonita, e sim meu irmão, o Sasuke. Ah, aliás, ele está aqui comigo. –– Itachi vai até a porta e chama pelo irmão. Não faz isso não, pô!, peço mentalmente, porque vai ser difícil ficar cara a cara com o garoto que disse aquilo (gritou, praticamente).

Então, resmungando que Itachi podia o deixar ter um pouco mais de privacidade e paz na cabeça, Sasuke entra quase que com uma placa enorme acima da cabeça escrita “Eu odeio todo mundo. Obrigado pela atenção.” Quando ele me viu, sorriu. Cara, foi um sorriso extremamente pervertido e senti vontade de dar meia-volta e sair correndo para o quarto do Naruto, só que não dá mais tempo. Seria muito feio sair desse jeito, até porque agora fiquei curiosa para conhecer esse garoto. Ele se parece muito com o irmão, mas não são gêmeos –– ele mesmo disse nesse instante. Fiquei ali parada, com o cabelo todo bagunçado, uma roupa ridícula, a maquiagem desfeita e com a jarra nas mãos, morrendo de vergonha por não ter passado o lápis de olho antes de sair.

–– Oi, moça bonita! –– Sasuke cumprimenta, me olhando de cima a baixo. Maldito short curto. –– Ainda se lembra de mim?

–– Como esquecer, não é? –– retruco, sem a menor ideia do que dizer depois. –– Vou ter que voltar, o Naruto queria essa água bem mais cedo, mas acabei enrolando.

Os dois se entreolharam e me perguntei por que, e olharam para mim meio que espantados e surpresos por terem ouvido o nome do Naruto. Mas que estranho.

–– Naruto Uzumaki? –– Sasuke pergunta.

–– É. Você o conhece? –– Ele confirma com a cabeça. Sorrio, pois é incrível o punhado de amigos que Naruto tem pelo mundo. –– Quer fazer uma visita para ele?

–– Ah, eu acho melhor não... –– ele diz, coçando a cabeça. Não entendi muito bem, mas tanto faz. E eu também acho melhor que não, pois ele certamente ficaria me olhando desse jeito pervertido e eu ficaria grudada com Naruto.

–– Então, nós estamos indo –– Itachi anuncia, praticamente arrastando o irmão para dentro a força. Sasuke se gruda a porta e olha para mim. Sinto vontade de ajudá-lo, mas continuo no mesmo lugar. Ele joga um papelzinho que cai perto dos meus pés e depois vai embora de vez. Pego o papel e ali estava o número dele. Cara, não mereço.

–– Francamente... –– sussurro mais para mim mesma, colocando aquilo em cima do balcão para qualquer um pegar.

Volto para o quarto e tenho uma surpresa: Leo e Lavínia não estão mais aqui. Fiquei surpresa mesmo porque só tem uma saída daqui e ela fica aonde eu estava há um segundo atrás, então como esses dois saíram? A ideia de que eles tenham pulado a janela primeiramente me parece tentativa de suicídio tipo Romeu e Julieta, mas acredito que é isso o que tenha acontecido. Leo ama voar e faz de tudo para mostrar a Lavínia que não precisa ter medo de, talvez, pular da janela de um quarto de hospital. Só espero que eles estejam bem. Depois que refazer a maquiagem, me grudo a Naruto na cama. Ele não gosta que eu fique passando essas coisas e faz de tudo para conseguir tirar, mas nunca dá certo. Confesso que eu não era assim, só que Ino me mudou de um jeito inacreditável e me fez enxergar que vez ou outra, eu preciso dar uma arrumadinha mesmo que seja pouca. Ficamos os dois assistindo TV em silêncio, quando ele exclama do nada, quase me matando de susto:

–– Ai!

Me sento no mesmo segundo, procurando qualquer arranhão em seu rosto e seus braços, mas não acho nada. Ele me acalma, dizendo que foi apenas uma pontada na tal perna que nunca parece sarar de vez. Pergunto milhões de vezes se ele está bem mesmo e Naruto me responde que sim, e para que eu acredite de verdade, ele me beija e nos deitamos do mesmo jeito de novo.

Depois de um tempo, começamos a conversar. Ele me conta das coisas que já fez na infância e eu conto sobre as coisas com Sasori, e é então que me lembro de que ninguém nunca contou para ele que meu irmão tinha morrido. Naruto fica desesperado, dizendo o quanto deve estar sendo difícil para mim e sou eu quem o beija para que se acalme. Dois segundos depois e ele me empurrou para frente; fiquei com raiva e ao mesmo tempo indignada, e apenas fui perceber que ele estava segurando na cama e para a minha infelicidade, vomitando. Mas o que está havendo com ele? Tudo isso é culpa dessa perna? Eu até hoje não soube qual era a altura do prédio que ele pulou, mas parece que era mesmo grande e Naruto pulou de costas, o que deve ter feito um mal horrível ao seu corpo. E ele tem estado um pouco lerdo, mais que o normal. Quando falo com ele, parece que quase nunca escuta e mesmo quando escuta, parece não saber responder por mais que a pergunta seja a mais simples do mundo.

Agindo para a vida, faço a primeira coisa que acho ser certa: afasto seu cabelo dos olhos e seguro sua testa, como minha mãe faz comigo quando passo mal. Ele coloca tudo para fora, e quanto digo tudo, é tudo mesmo; desde o jantar de ontem até a água que bebeu hoje cedo. Cara, eu só sinto pena de quem vai ter que limpar isso, porque estou evitando olhar para lá por saber que a coisa está feia. Quase um século depois, ele tosse algumas vezes e limpa a boca com a minha toalha. Ah, não! A minha toalha não! Deixo isso para lá e o olho extra-preocupada.

–– Você está bem? –– pergunto, arrumando seu cabelo novamente com os dedos.

–– Não, porque agora você não vai mais querer me beijar –– ele diz, todo brincalhão como sempre, se esquecendo de que quase acabou de desmaiar. Ele limpa a boca mais uma vez e olha para mim. –– Deve ser chato ter que ficar me agüentado até esse ponto.

–– Pelo amor de Deus, Naruto! Pare com isso. E pode deixar, eu vou continuar cuidando de você –– garanto e ele dá uma risadinha fraca pelo nariz. Achei que iria dizer aquelas duas palavrinhas que eu amo escutar (“Vem aqui”), mas ficou em silêncio. Então, com o maior cuidado que consigo, o abracei não tão forte como antes. Fiz ele deitar mesmo que não quisesse e dormiu depois de alguns segundos, enquanto quem o olhava dessa vez era eu. O que será que está acontecendo de verdade com ele? Não dá para eu saber exatamente porque ele sempre toma banho quando estou dormindo e assim fica difícil. Ele continua tomando o soro, mas é mais que antes. Não sei como posso ajudá-lo mesmo, mas vou tentar cuidar dele o máximo que posso e da melhor forma também.

Tenho pensado muito em tudo o que ele já fez por mim, e não há como eu pagar essa dívida com ele, jamais. Então, como vou ser capaz de retribuir a todas as coisas boas e sentimentos ótimos que ele já me deu de presente? É em momentos assim, que eu me sinto um pouco inútil, porque eu queria voltar no tempo e ter passado todas as horas que conseguia e podia com ele, o ajudando, fazendo ele rir e principalmente, o dando carinho e amor. Uma vez, ele me disse que eu era o tipo de pessoa que mais merece carinho, e eu sempre achei ele bipolar quando me dizia que eu estava linda e ao mesmo tempo que era perfeita, mas agora entendo que isso eram apenas indiretas para que eu enxergasse que quem me amava de verdade, era ele. E me sinto burra por não ter sacado antes, por não ter entendido antes e não ter escutado o que as pessoas sempre me diziam. É algo que eu nunca vou me perdoar, e ponto.

Contudo, quero reparar esse erro ao menos um pouquinho. Não sei se ele vai ser feliz de verdade comigo, mesmo que diga que se sente a pessoa mais feliz do mundo só por saber que estou com ele, mas eu quero tentar; tentar mostrar todos os dias e segundos o quanto eu o amo e não consigo viver sem ele, tentar mostrar que também podemos ter uma história com um final feliz e tentar mostrar o quanto ele é especial e amado por praticamente todo o mundo. Quero fazer ele enxergar que todo mundo ama ele, seu jeito de falar e andar e suas gracinhas, porque é fazendo essas coisas que ele consegue a confiança de todos. Quero que ele veja o quanto ninguém consegue ficar sem ouvir aquela voz linda e aquela risada perfeita.

Às vezes me perguntando a mim mesma como alguém já teve coragem de maltratar o Naruto e o fazer tentar suicídio, porque assim como sou perfeita para ele, ele é perfeito para mim –– juro que não vejo defeito nenhum nele, nenhum mesmo. As pessoas que fazem isso, não enxergam o que estão fazendo, porque elas te tiram o que você é, te deixando sozinho, se perguntando quem você costumava ser e querendo muito voltar no tempo, naquela época de quando você era mais social e todo mundo gostava de conversar com você. Mas, isso muda totalmente depois do bullying. É como se... como se você estivesse em um túnel escuro que nunca parece ter uma saída e quanto mais você anda, mais longe fica a luz. E não é uma simples solidão, é algo desumano. Você sente que seu lugar não é aqui, que ninguém vai sentir a sua falta se você não aparecer em casa depois da escola, que o certo a se fazer é, obviamente, morrer pelas mãos de si mesmo. Você também se sente machucado, sempre e parece que a cada dia só fica vazio e nunca melhora. E me dói, porque a minha situação não pode ser comparada com a dele e nem com a de outros milhares de adolescentes que já sofreram ou ainda sofrem disso, que são ameaçados todos os dias se contar a alguém, que são humilhados por serem, na verdade, especiais e únicos, que não precisam mudar nada, mas que não conseguem enxergar e aceitar como são de verdade. Se eu pudesse acabar com apenas uma coisa, seria o bullying. Queria que o mundo fosse um lugar onde as pessoas se dessem bem com as outras, onde ninguém julgava ninguém antes de conhecer e saber da história dela, mas pelo jeito, isso parece impossível. E se cada pessoa pensasse um pouquinho antes de julgar aquela garota que tem o cabelo colorido, aquele garoto que tem a franja jogada para o lado, aquela garota que talvez não seja gorda por culpa dela, aquela garota que só usa blusa de frio mesmo no calor, aquele garoto que usa óculos e sempre é o favorito dos professores, aquela garota que é mais magra que o normal, aquele garoto que não fala com ninguém, as coisas seriam realmente diferentes.

Espantando esses pensamentos, deito perto de Naruto. Ele está dormindo tão perfeitamente que até sinto vontade de tirar uma foto dele assim, mas vou ter que me controlar se não quero acordá-lo. Agora ainda são 11:00 da manhã e ele não dormiu absolutamente nada a madrugada inteira –– não me pergunte como ele estava de olhos abertos a alguns minutos atrás. E eu também estou com sono, mesmo não querendo, porque o que quero mesmo nesse momento é ficar o olhando; olhando o garoto perfeito que se apaixonou por mim. Passo a mão de leve em seu cabelo e depois beijo sua testa, me certificando que ele não acordou e tenho outra surpresa: ele está sorrindo. Naruto está dormindo, mas sorrindo ao mesmo tempo. É algo fofo, lindo, perfeito e etc. Maldita hora que ele foi dormir desse jeito, pois não posso tirar nem uma fotinha... Vejo algo branco e percebo que é um relâmpago e dou um jeito de ficar junto com ele antes que a coisa piore.

A chuva começa alguns segundos depois, muito forte. Confesso que estou com um pouco de medo e que queria que ele estivesse acordado para me proteger, mas não posso o culpar por estar tão cansado. Ele anda cuidado muito mais de mim do que dele mesmo e quem precisa de cuidado agora, é ele. Vez ou outra, ele fica sussurrando o meu nome e eu fico só admirando, pois é algo quase que impossível. Não sei se eu falo enquanto durmo, mas meu pai disse que uma vez eu chamei pelo Naruto também.

Não consigo resistir a tentação de descobrir como está a perna dele e dou um jeito de ficar sentada sem que o acorde, e me pergunto se o certo é levantar o lençol. Fico nessa dúvida por alguns segundos, olhando para a chuva da janela como se ela fosse me responder algo, então decido que sim, é o certo. Reúno coragem, puxando o lençol onde sei que encontrarei sua perna que quase sempre costumava ficar encostada com a minha quando se sentava perto de mim.

Ao contrário, não há nada.


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