Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 27
Capitulo 26 - Amigos.


Notas iniciais do capítulo

Sumido mais uma vez, sem meu noot ainda, e peço desculpas por isso, digamos que não estou em um momento bom da minha vida (se é que tem algo '-'), mas consegui "raptar" o computador do meu irmão pra poder postar pra vocês, espero que gostem ^^



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Não sabia onde estava, e já não lembrava do que havia acontecido comigo. Lembrava de poucas coisas principalmente por conta das dores no quase insuportáveis no corpo, que acusavam a batalha que travara antes de chegar aqui.

Acordei em uma especie de casa que me lembrava muito o interior de um tronco de arvores, mas o espaço era grande demais pra ser uma arvore comum.

Eu jazia deitado em um amontoado de folhas, ironicamente postos ao lado de uma cama e um sofá, a casa parecia ter mais dois cômodos, era enorme, o que me causava a impressão de estar tendo alucinações devido aos ferimentos.

A casa era quase completamente rústica, abastecida com refrigeração e energia, o que me era estranho, mas era fresca e possuía correntes de ar por todos os lugares, que me fizeram encolher, até que notei alguns quadros pendurados e uma lança vermelha e dourada encostada em um canto, o que me interessou e me fez levantar e tentar seguir na direção da arma.

Quando me levantei notei meu corpo completamente enfaixado e dolorido, minhas coisas junto de minha mochila não estavam por perto e eu já estava ficando apreensivo quando por fim escuto uma voz.

– Não faria isso em suas condições se fosse você. - Era uma garota, ela possuía cabelos violetas que chegavam a cintura, vestido longo preto mas era visível um espartilho apertado que definia bem seu corpo atraente (não que eu tivesse notado) e segurava uma capa vermelha no antebraço, pois as mãos estavam ocupadas com uma xícara de chá e quando abriu seus olhos notei que tinha olhos negros intimidadores como a noite.

– Éee, desculpe? Apenas curiosidade, não a havia notado ai parada, sinto muito. - Murmurei a ultima parte por vergonha de não ter notado-a. - Mas quem seria você?

– Meu nome é Lara Stary, uma elfa criada no Reino Runico, no seu reino estou errada? - Disse era arqueando a sobrancelha pra mim como se esperasse uma confirmação mas depois de uma pausa continuou. - E até duvidaria da sua capacidade de notar as coisas se não tivesse o visto bater de frente com uma arvore no meio da floresta, que por acaso é minha casa e você a desarrumou toda...

Ao lembrar agora, faria sentido eu ter atingido alguma arvore sem ter causado a queda dela, para isso ela deveria ser enorme e bastante resistente para aguentar o impacto que causei.

– Me desculpe por isso. - Falei sem graça. - A proposito meu nome é Ren.

– Sim, eu sei que é você. - Disse ela vindo em minha direção e parando na minha frente para me avaliar. - O guia da profecia correto? Você não me parece muita coisa, mas ainda assim é aceitável, e pelo que notei bem resistente. - Disse puxando meu braço e analisando minhas feridas. - Mas você não parece se curar muito rápido quanto os outros Rúnicos.

– Não sou exatamente um Rúnico, mas sim um "Meio-Rúnico" para falar a verdade, estava viajando com meus amigos quando fomos atacados e eu acabei sendo a isca para atrair o inimigo para longe e fui separado de todos, por isso a fuga frenética e o dano a sua casa, me desculpe por isso e para não incomodar estarei indo agora. - Disse olhando para as laterais em busca da minha mochila.

Ela novamente começou a se mover e quando saiu do meu campo de visão só vi o xícara colocada no chão junto com a capa e de relance vi uma especie de arma vinda em minha direção, consegui me desviar da primeira investida, porem meu corpo travou e levei uma rasteira com a haste da lança e logo ela estava em cima de mim com a ponta da lança na minha cara.

– E nem precisei de muito esforço pra te derrubar, imagina o que seus inimigos fariam se te visse nessas condições? Imploraria por sua vida ou morreria como um total idiota? Ou prefere ficar e esperar se curar um pouco antes de sair? - Disse ela me encarando e pressionando meu estomago com o joelho me fazendo lembrar da dor de todo o meu corpo. - E se ficar gostaria de saber mais sobre sua jornada, apenas sei de boatos.

Depois de toda essa demonstração do meu estado com um pouco de sutileza, só poderia aceitar a hospitalidade antes que acabasse morto pelas mãos de minha salvadora.

– Que tipo de boatos? - Perguntei tentando me levantar e mostrando o maximo que poderia a intenção de querer levantar, até que ela notou e saiu de cima de mim e indo sentar no sofá.

Quando me levantei senti todo meu corpo estremecer mas não queria demonstrar, e só fiquei alternando meu olhar entre o amontoado de folhas e a cama.

– Que foi? Você não achou que eu iria sujar minha cama colocando você nela né? um total estranho que quase derrubou minha casa. Fique contente que ao menos te ajude a se curar, senão você já estaria morto em algum canto da floresta. - Disse Lara com desdém. - Agora sente-se e me coloque a par da situação e porque todos esses demônios por aqui.

Sentei-me ao seu lado no sofá e expliquei a situação o melhor de que pude, desde o momento da primeira aparição dos demônios em minha cidade natal, os amigos que fiz, o torneio no reino dos Rúnicos e por fim o encontro com nossos amigos, não exatamente amigáveis, que nos atacaram e que isso me levou para a floresta.

E toda vez que eu contava algo ela se interessava nos Rúnicos, mas não os nomeei nenhuma vez e o que aparentemente a irritou um pouco, por não mostrar bastante confiança pra falar diretamente deles.

Quase levou a noite toda para contar, e quando terminei me levantei em um salto desesperado por ter me lembrado da promessa que havia feito.

– Droga! Tenho que me dirigir ao palácio real imediatamente. - Falei exasperado e impaciente quando Lara se levantou e me esbofeteou me fazendo parar com o ataque de panico. - Obrigado, mas tenho que me dirigir para lá, meus amigos devem estar me esperando.

– Amigos não é? Tem uma passagem-atalho aqui perto, se me levar até eles para confirmar sua historia poderemos ir agora mesmo, que tal? - Disse Lara indo até um dos cômodos e voltando com minhas coisas e quando estendi a mão ela tirou do meu alcance. - Não, não. Primeiramente você não tem condições de carregar nada, nem a si mesmo, e segundo que não posso te entregar isso, quem sabe o que você pode fazer? - Disse ela sorrindo pra mim.

Depois de um tempo encarando-a e entendendo o que aconteceu a segui para fora da casa-arvore, que devo acrescentar que por fora era realmente enorme, arriscaria em dizer que era a arvore mais antiga e maior do Reino Humano.

Quando saímos ela apontou uma direção e depois pegou um talismã e grudou na arvore fazendo a entrada oval da casa se fechar e fez um sinal para eu segui-la.

Seguimos com uma conversa meio estranha sobre que tipo de relacionamento eu possuía com meus companheiros de viagem, e não pude deixar de parar e analisar minha relação de irmãos com Mike, e a estranha situação com Amaya assim como a relação de amizade profunda com todos os outros que tive contato, que apesar de não saber muito sobre eles daria minha vida pela deles, o que quase aconteceu recentemente.

Aparentemente ela começara a acreditar em mim e já estava mais amigável, ela estava com sua capa presa ao pescoço e sua lança empunhada junto da minha espada e minha mochila nas costas e parada gradualmente para perguntar sobre minha situação.

Depois de um tempo ela parou em frente a uma caverna.

– Chegamos, conheci essa passagem pouco antes de me mudar definitivamente para esta área. Antigamente eu morava no Reino Runico com minha mãe que era a uma conselheira do Rei deles, mas então me mudei para cá como conselheira do Rei Humano, mas ultimamente não estava recebendo chamados nem relatórios e por isso permaneci aqui isolada das pessoas, mas essa Entrada nos levará para lá em questão de minutos, o que poderia levar dias para chegar lá a pé.

Fomos andando por dentro da caverna indo cada vez mais fundo até que notei que as paredes haviam passado da forma irregular da caverna e ficado arrumada e reta, como se fosse uma construção humana, com tijolos bem colocados e com uma só forma nos guiando com tochas por um corredor sem fim.

Andamos por cerca de 45 minutos, no final demoramos uma hora por causa dos meus ferimentos que alguns abriram no meio do caminho e tivemos que trocar as ataduras e limpar meus ferimentos, e por causa do meu cansaço deplorável, até chegar em uma pequena porta a nossa frente de onde se escutavam vozes discutindo ferozmente sobre "o que se fazer".

– Enfim chegamos. - Disse ela com um sorriso e abrindo a porta o que se mostrou ser uma sala de reuniões.

Lá estavam todos meu companheiro com suas roupas de costume, Mike, Vanessa, Derwin, Joe, Amaya e Karin, que pararam de falar quando estramos na sala, eles estavam boquiabertos e atônitos com aparição, como se não acreditasse que eu estivesse ali, naquelas condições, depois de tudo.

– Olá, eu não disse que chegaria aqui vivo? - Falei quebrando o silencio e balançando as duas mãos como se estivesse tentando tirá-los de um transe. E apontei para minha direita. - A proposito, está é Lara. - Que não parecia estar prestando atenção em mais ninguém a não ser Mike, e quando o olhar de ambos se encontraram, pude jurar que enrubesceram e não pude deixar de rir. - Mas para alguns não precisa de apresentações.

– Mas... Mas como? - Soltou Derwin do outro lado da sala.

– Você deveria estar morto, Como não morreu? - Disse Joe.

– Bom, aparentemente a promessa que ele fez com alguém que insistia que ele estava vivo, bom funcionou. - Disse Vanessa olhando para Amaya que desviou o olhar para o chão.

– HAHA, Apenas falar no diabo que ele aparece. - Brincou Karin cutucando Amaya. - Você não tinha nada a dizer?

Olhei ao redor da sala e todos pareciam mais calmos e tranquilos, diferente da discussão que ocorria a dois minutos atras.

– Esse ai morrer? Nem se realmente quiserem matá-lo, e parece que Amaya estava certa após 10 dias ou 10 meses ele iria aparecer. - Disse Mike com seu jeitão irreverente e idiota, com os braços cruzados para dar enfase e por fim consentindo para mim.

Amaya veio em minha direção com a cara fechada como se estivesse me odiando totalmente naquele momento, ainda mais por causa do meu sorriso idiota no rosto ao vê-los todos salvos no local, e me tirou daquela sala, me jogou contra a parede e começou o sermão.

– Idiota! Você disse que voltaria a salvo, olha seu estado, pensamos que estivesse morto. Eu pensei que estava morto, já disse que não aguentaria perder ninguém muito menos você. - Disse Amaya chorando e batendo no meu peito com socos que diminuíam cada vez mais a força, mas que devido aos meus ferimentos, doíam mais que os socos de Mike.

– Desculpe, não quis preocupar ninguém, achei que conseguiria chegar mais rápido. Eu Realmente sinto muito... E a proposito, estou só um pouquinho machucado, estou aguentando até os seus socos. - Brinquei.

Amaya me olhou furiosa e levantou a mão como se fosse me dar o maior tapa do mundo, e fechei meus olhos esperando o impacto da mão dela, mas diferente disso eu senti seu braço no meu pescoço e seus lábios encostarem nos meus. Amaya estava me beijando, percebi então.

Escutei a porta abrindo e alguém chamar meu nome, mas não me importei.

– Ei Ren! - Gritou alguém, provavelmente Mike ou Derwin, não conseguia distinguir. - Tem alguém que quer falar com você!

Mas eu não me importava, só queria ficar ali, naquele momento com Amaya.


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Notas finais do capítulo

Pouca viagem nesse capitulo né? hehe, desculpem por isso, mas esse final foi meio que um pedido que não consegui negar a alguem importante pra mim (desculpem meu lado "gay" hoje G_G).
Mais uma vez peço desculpas por tudo e principalmente pelos meus sumiços, mas até o final do mês que vem estarei com meu noot novamente, ou assim espero. (ignorem o que virá a seguir, por favor '-')







"Estarei Esperando, o tempo que for necessario, se quiser é claro", OK?