Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 37
Capítulo 37: É preciso esquecer


Notas iniciais do capítulo

Daniel conversa com Mariana e discute com Wilson, Marcela convence Hugo a fazer o vestido de noiva de Patricia.



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Depois de uma uma longa vigília absorto em suas reflexões Michel acordou decidido a pedir perdão a Marcela pelo o seu comportamento no outro dia, iria explicar para ela que ele a amava de mais e a simples possibilidade dela continuar apaixonada por Armando Mendonza lhe machucava. Mas qual não foi a sua surpresa quando a recepcionista do hotel lhe disse que a doutora Valencia havia encerrado a conta no hotel e afirmado decididdamente o seu retorno a Bogotá, frustrado voltou para casa.

– E então filho fez as pazes com a sua amada? Perguntou o pai.

– Ela voltou para Bogotá, certamente atrás do ex-noivo. Michel respondeu sentando-se no sofá.

– E quando você deixou de amá-la? Ironizou seu pai.

– Nunca deixei de amá-la! Mas ela fez a escolha dela, devo respeitar. Michel respondeu.

– E a sua escolha é deixá-la partir? Temos muitos defeitos mas covardia nunca foi um defeito dos Donel.

Foi o que faltava, o empurrão necessário para que Michel fizesse o que realmente desejava, ir atás dela e assim ele o fez.

Armando chegou a Ecomoda entusiasmado com a reunião à noite com os brasileiros, vestira o melhor terno e em instantes já estava na presidência mas para a sua surpresa Betty não estava lá.

– Ela não está aqui Armandinho! Avisou Daniel. E que sorriso mais contagiante o seu.

– É Danielzinho, antes de ver você tudo era perfeito no meu dia, mas você conseguiu fazer o que só você consegue fazer, arruinar minha alegria. Armando respondeu ironicamente.

– É recíproco Armandinho!

Neste instante Beatriz entrou na sala e abraçou Armando.

– Olá meu amor! Armando cumprimentou dando um beijo na ponta do nariz dela.

– Olá meu amor! Ela respondeu sorridente.

Daniel simulou uma ansia de vômito e voltou para a sua salinha, deixando o casal a sós.

– Adoro como a nossa felicidade o irrita. Armando sorriu.

– E eu adoro você doutor Mendonza! Beatriz falou beijando o seu amado.

– E então preparada para a reunião com os brasileiros?

– Sim e estou muito empolgada, esse acordo vai salvar a Ecomoda e a empresa finalmente voltará para as suas mãos e para as mãos da sua família. Beatriz respondeu soltando-se do abraço de Armando e mudando o seu semblante.

– O que foi? Armando perguntou preocupado.

– Quando a empresa estiver em suas mãos, eu não terei mais ultilidade aqui. Betty respondeu apoiando-se na mesa.

– A empresa pode um dia não precisar mais da doutora Pinzón, mas eu sempre necessitarei da Beatriz Pinzón Solano! Você é a mulher da minha vida Beatriz! Armando falou beijando uma lágrima que rolava na face da sua amada.

Marcela já estava no terceiro pedaço de torta de chocolate quando Patricia a avisou de que ela estava comendo muito.

– Já estou no terceiro pedaço de torta, estranho eu nem gosto de chocolate. Marcela riu. Mas mudando de assunto...

Marcela pegou o celular e ligou para Hugo.

– Mazinha quantas saudades de você! Achei que tivesse me esquecido. Falou Hugo.

– Mas é claro que não Hugo, como eu poderia esquecer o brilho da Ecomoda? Marcela riu.

– Isso é verdade!

– Hugo tenho novidades, Patricia vai casar!

– Não diga que a Patsy, Patsy encontrou alguém para explorar! Hugo gargalhou.

– Pois encontrou sim e a notícia trágica é que ela vai casar com um vestido alugado.

– Ai meu Deus! Mais isso é uma verdadeira catástrofe Mazinha, é o fim do mundo, o próprio apocalipse uma amiga nossa usando um genérico. Hugo falou afetado.

– Também acho que é o fim do mundo por isso tenho uma missão para você Hugo, desenhar um vestido de noiva para a Patricia.

– Tudo bem eu desenho mas quem é a vítima? Hugo riu.

– Você nunca vai adivinhar!

– Hum... Mario Calderon?

– Não.

– É claro que não, essa vítima já está imunizada. Hugo Gargalhou novamente. Deixa eu tentar de novo, o seu irmão Daniel.

– Também não. Marcela riu.

– Ai, mais uma chance, algum inocente executivo? Hugo arriscou.

– Você vai cair pra trás, está sentado? Marcela perguntou rindo.

– Ainda não, mas já estou sentando, então quem é a vítima?

– O ex-namorado da Beatriz, o Nicolas Mora!

– Não! Hugo gritou surpreso. Mas será que a tinta do cabelo da Patricia está vencida? Como essa louca pode casar com aquele ornitorrinco com epilepsia?

– Bom parece que ela se apaixonou! E nós como amigos só podemos desejar que ela seja feliz. Então posso contar com você para fazer o vestido de noiva dela, será o meu presente como madrinha.

– Ai não sei Mazinha, ver um dos meus modelos sendo usados para o casamento do ornitorrinco não é o meu maior sonho! Hugo falou hesitante.

– Vamos Hugo pela Patricia e por mim também, e pra quem já teve modelos sendo usados pelo quartel da feias você está muito seletivo Hugo! Marcela falou ironica.

– Está bem Mazinha, você me convenceu volto para fazer o vestido próxima semana. Um beijo star para você e para a Patsy.

Marcela desligou o celular e sorriu para Patricia.

– Feito, Hugo vai fazer o seu vestido de noiva.

– Ai Marci você conseguiu, vou ter um vestido exclusivo! Patricia abraçou Marcela cheia de gratidão.

– Então vamos até algumas lojas comprar a decoração do salão de festas?

Patricia assentiu com a cabeça sorridente.

Daniel estava assinando alguns documentos para levar a reunião com os brasileiros e ligou para a sua secretária vir buscá-los e qual não foi a sua irritação quando a voz do outro lado da linha não era a de Mariana. Ele saiu da sua salinha tão ferozmente que assustou Beatriz.

– Onde está a Mariana? Daniel perguntou profundamente irritado a Jamille.

– Está na recepção. Jamille respondeu assustada.

Daniel foi até a recepção e lá encontrou Mariana conversando tranquilamente com Wilson, e vê-la com o segurança foi o suficiente para que os nervos de Daniel de irritados se tornassem inflamados.

– Desde quando os funcionários dessa empresa saem do seu lugar de trabalho e ficam de conversinha em seu espediente de trabalho? Daniel perguntou furioso para Wilson.

– Desculpe doutor eu só estava ajudando a Mariana a organizar a recepção. Wilson respondeu humildemente.

– Desculpe doutor eu só estava ajudando a senhorita Mariana a organizar a recepção. Corrigiu Daniel. Não tome liberdades com a minha secretária Wilson!

– Sim doutor, com licença! Wilson voltou para a portaria.

– Desde quando você deixa um porteiro a tratar com tamanha intimidade? Daniel perguntou olhando furioso para Mariana.

– Wilson é meu amigo doutor Valencia e não vejo mal algum em se ter intimidade com um amigo. Mariana respondeu.

– Porque não está no seu lugar de trabalho? Daniel mudou de assunto. Eu precisei de você hoje! Daniel falou mudando o tom da voz.

– Eu estou no meu lugar de trabalho doutor Valencia. Mariana respondeu.

– Você não uma recepcionista, você é a minha secretária, minha! Daniel falou segurando o braço de Mariana.

– Não doutor Valencia, eu não sou a sua, sua secretária, pelo menos não mais. Mariana respondeu se soltando da mão de Daniel.

– Você não pode me deixar Mariana! Não depois do que aconteceu! Daniel falou num tom terno.

– E o que aconteceu doutor Valencia, um executivo importante beijou uma secretária? Já conheço uma história parecida com essa e não pretendo vivenciar um drama, digamos que foi apenas um impulso, e que nunca mais vai se repetir! Mariana falou.

– Eu passei a noite inteira dizendo a mim mesmo que aquele beijo foi apenas um impulso, mas eu não consigo mentir pra mim mesmo. Eu te beijei porque eu estou atraído por você! Daniel falou baixinho.

– Por mais que me sinta atraída pelo senhor também, preciso ser honesta comigo mesma, aquele beijo não nos levará a lugar algum, é certo que um de nós irá sofrer mais cedo ou mais tarde e antes que isso aconteça eu vou me afastar. Por favor me deixe em paz! Mariana pediu num lamento.

– Eu não vou esquecer aquele beijo. Daniel sussurrou.

– Mas é preciso! Mariana falou sem piscar.

Daniel assentiu com a cabeça, isso realmente era o mais correto a se fazer. Sem dor, sem mágoas, um beijo, somente um beijo e tudo acabou ou pelo menos era nisso que os dois queriam acreditar. Mas o amor não é uma opção, nem um mero desejo que possa ser recusado ou esquecido. O amor é como uma ferida em carne viva, mesmo realizando um curativo ou fingindo que não se vê, não significa que não está lá e que não se sente. O amor não obedece a comandos, e ele sempre arruma maneira de se revelar porque embora o amor seja muito delicado ele mais forte e poderoso que demonstra ser.

Quando Daniel saiu Mariana ligou para Aura Maria e em poucos instantes as duas estavam conversando a sós no banheiro do térreo.

– Foi a melhor coisa que você fez Mariana, se afastar dele! Falou Aura Maria enxugando as lágrimas de Mariana.

– E porque está doendo tanto? Aqui dentro, parece que eu estou morrendo. Mariana respondia com lágrimas.

– Eu sei que pode parecer que é importante e que é uma paixão, mas paixões vêm e vão, tenha paciência. Aura Maria tentava confortá-la.

– Tem razão, foi apenas um beijo. Em breve tudo isso vai acabar. Mariana tentou sorrir.

– Sabe do que você precisa amiga, sair com algum gatinho assim bem divino! Que acha?

– Não Aura Maria, não quero sair com nenhum gatinho.

– Não seja boba, você não tem escolha. Vamos eu e o meu grilinho a um barzinho bem legal, e lá você arruma um gatinho divino! Aura Maria riu.

Mariana assentiu com a cabeça e as duas voltaram ao trabalho.


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Notas finais do capítulo

Meninas como fiquei sem net, não pude postar logo os capítulos mas estou postando dois de uma vez, espero que gostem. Bjinhos.