Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 33
Capítulo 33: O beijo


Notas iniciais do capítulo

Daniel beija Mariana. Marcela briga com Michel.



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Daniel chegou na Ecomoda um pouco mais cedo do que de costume, ainda estava furioso pela noite anterior. Ver Beatriz e Armando aos beijos não era nada agradável, mas ele iria suportar pois havia muita coisa em jogo para se perder por um capricho. Sentou-se na sua salinha e começou a escrever em sua agenda pessoal.

Mariana também havia chegado mais cedo do que de costtume, no dia anterior ela havia deixado alguns papéis para preencher e precisava arrumá-los, pois eram documentos para os executivos brasileiros que chegariam na sexta-feira. Sem saber que Daniel havia chegado, Mariana entrou bem a vontade na salinha lendo em voz alta os nomes dos documentos. Quando percebeu a presença de Daniel perdeu a voz e ficou nervosa.

– Bom dia Mariana! Ele cumprimentou esquecendo por um momento que estava furioso com Armando.

– Bom dia doutor! Eu não sabia que o senhor estaria aqui tão cedo. Mariana respondeu sem olhá-lo.

– Eu também não imaginei que a encontraria tão cedo aqui! Mas até que é bom só assim para podermos conversar não é? Daniel falou levantando-se da cadeira e indo em direção a Mariana.

– Conversar? Sobre o que quer falar doutor? Mariana perguntou ainda sem olhá-lo.

– Conversar sobre o porque de você não olhar para mim! Daniel falou seriamente, se aproximando mais da secretária.

– Sinal de respeito doutor. Mariana falou olhando para o chão.

– Não, eu não acho que seja isso. Ele falou levantando o queixo dela delicadamente com a mão, fazendo com que ela o olhasse nos olhos.

O momento que Mariana mais temera chegou, olhar nos olhos de Daniel Valencia e revelar os sentimentos que já algum tempo vinha escondendo dele. Daniel olhou para os olhos de Mariana e o que ele viu, não pode compreender pois era algo que ele jamais havia visto na vida. O brilho no olhar de uma mulher apaixonada. E sem raciocinar direito, ele a beijou.

Marcela estava arrumando algumas malas quando Michel chegou em seu quarto, no hotel.

– Olá meu amor! Vai viajar? Michel perguntou intrigado.

– Ainda não, mas quero deixar algumas bagagens arrumadas. Patricia vai se casar e me convidou para ser madrinha. Marcela falou dando um beijo em Michel.

– Ah! Então vai voltar para Bogotá? Ele perguntou sentando-se na cama.

– Vou sim. Mas não vou demorar! Ela respondeu colocando um suéter azul na mala.

– E quando será este casamento? Ele perguntou olhando-a intrigado.

– Em duas semanas!

– E já está fazendo as malas? Ele perguntou buscando o olhar de Marcela.

– Creio que a missão de uma madrinha de casamento seja ajudar a noiva por isso, quero ir neste fim de semana. Marcela respondeu sem olhar Michel.

– Essa pressa toda é para ajudar a Patricia ou para rever alguém? Michel perguntou num fio de voz.

Marcela parou de arrumar as malas e começou a pensar no que de fato a havia deixado tão eufórica para a viagem, sim foi o sonho que teve. O sonho com ele, ele que ela não queria mencionar. Começou então a buscar respostas dentro de si. Amava Michel, mas ainda havia dentro dela uma história inacabada. Como explicar isso a ele sem ferí-lo, sem magoá-lo.

– Quero ajudar Patricia! Ela falou.

– Vou acreditar em você, Marcela! Michel falou e levantou-se para ir embora.

– Espera! Marcela segurou a mão de Michel. Me perdoa! Nunca ninguém fez por mim o que você tem feito durante todos esses dias. Mas eu preciso...

– Por favor não continue, não me diga que precisa vê-lo, saber como ele está. Isso me doeria bastante. Eu prefiro ter a dúvida que você me ama, doq eu ter a certeza de que ainda é apaixonada por ele. Michel falou soltando-se da mão de Marcela.

Michel deixou o quarto e foi para o bar do hotel. Sentia-se furioso consigo mesmo, dedicou tanto tempo e afeto a alguém que simplesmente estava cega de amor por outra pessoa. Nada dói tanto como a ingratidão de alguém que amamos, ele dizia bebendo um drink.

Marcela estava no quarto exasperada, sabia que havia errado e errado feio, talvez nunca mais em sua vida fosse encontrar alguém que estivesse disposto a sarar suas feridas e amá-la única e exclusivamente. Na manhã acordara tão feliz e decidida, agradecendo a Deus por ter Michel, mas com o passar das horas a imagem de Armando foi voltando a sua mente, como uma batalha que há muito foi perdida mas mesmo assim tem-se a teimosia de lutar mais uma vez. Pegou o celular e discou o número do celular que Patricia havia ligado na noite anterior.

– Alô! Disse a voz no outro lado da linha.

– Patricia? Marcela perguntou estranhando a voz do outro lado.

– Não, quem fala é a Betty!

– Beatriz? Beatriz Pinzón? Marcela perguntou como se não compreendesse bem a afirmativa que acabara de ouvir.

– Sim, é ela. Quam fala?

– Aqui é Marcela Valencia. Marcela falou com certa fúria na voz.

– Olá dona Marcela. No momento eu estou na Ecomoda e a Patricia deve estar na casa da mamãe do Nicolas, se deseja falar com ela posso lhe dar o número da casa. Betty respondeu um pouco apreensiva.

– Porque a Patricia ligou desse celular para mim ontem Beatriz? Marcela perguntou curiosa.

– Porque ela me pediu que a emprestasse para poder ligar para a senhora. Betty falou um pouco receosa.

– Pediu? Marcela estranhou.

– Sim, ela está morando na minha casa enquanto não se casa!

– Ah! Morando com você, na sua casa. Marcela engoliu seco.

– Sim. Vou lhe dar o número de D. Eugênia a mamãe do Nicolas. É 455-55-89. Betty falou.

– Obrigada! Marcela agradeceu num tom áspero e desligou em seguida.

Em poucos minutos uma voz de mulher gritava o nome de Patricia, quase ensurdecendo Marcela.

– Alô! Patricia falou.

– Como você pode Patricia? Marcela gritou furiosa.

– Calma Marcê, o que houve? Patricia não entendeu o ataque histérico de Marcela.

– O que houve? Você me ligou do celular da Beatriz e como se não bastasse isso, ainda está morando na casa dela! Marcela gritou furiosa.

– Ai Marci, mas o que você queria que eu fizesse? Que fosse morar debaixo da ponte? Pois não. A Beatriz me acolheu na casa dela e tem sido muito legal comigo. Patricia se defendeu.

– Ah! Tem sido muito legal com você? Será que você não se lembra de tudo o que a Beatriz me fez? Me tomou o Armando Patricia!

– Marci, desculpa, desculpa mesmo, mas ninguém rouba o que não é nosso! Patricia falou o mais gentil possível mas foi como uma adaga afiada no coração de Marcela.

Marcela desligou o telefone e começou a chorar.

– O que eu estou fazendo, meu Deus! Estou neurótica novamente! Basta pensar em Armando que eu enlouqueço e perco a minha paz! Marcela dizia a si mesma.

E enlouquecida desceu as escadas e foi ao encontro de Michel, ela o encontrou no bar do hotel, o que foi um alivio pois detestaria se desculpar na frente dos pais dele.

– Me perdoa! Marcela falou arrependida, quase chorando ao ver Michel.

– Não tem o que perdoar Marcela, ou se ama algué ou não se ama. E definitivamente você não me ama. Michel falou olhando seriamente para ela.

– Eu amo você! Você me traz paz! Você é a minha mistura perfeita, meu branco mesclado com vermelho, não é assim que forma a cor rosa? Marcela falou lembrando o que Michel há muito tempo dissera para ela sobre o amor.

– Pode ser que você sinta algo por mim, Marcela. Mas não é nada se comparado com a obsessão que você tem pelo Armando Mendonza! Mas você não é a única a Betty também prefere ele. Michel falou.

– E ele prefere ela! Marcela sussurou.

– Exatamente! E quem prefere você? Michel perguntouquerendo magoá-la.

Marcela não respondeu, simplesmente deixou as lágrimas rolarem do seu rosto e subiu correndo para o seu quarto. Não poderia mais ficar em Cartagena, não poderia mais ficar ao lado de Michel, não depois dessa conversa. Fez todas as suas malas e a noite já estava pegando um avião de volta para Bogotá.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo meninas, estou postando pelo programar postagem, pois vou viajar e para onde vou, ficarei sem net. Então se der algum problema quando eu voltar, posto novamente! Bjim... Liz.