Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet
Notas iniciais do capítulo
Daniel beija Mariana. Marcela briga com Michel.
Daniel chegou na Ecomoda um pouco mais cedo do que de costume, ainda estava furioso pela noite anterior. Ver Beatriz e Armando aos beijos não era nada agradável, mas ele iria suportar pois havia muita coisa em jogo para se perder por um capricho. Sentou-se na sua salinha e começou a escrever em sua agenda pessoal.
Mariana também havia chegado mais cedo do que de costtume, no dia anterior ela havia deixado alguns papéis para preencher e precisava arrumá-los, pois eram documentos para os executivos brasileiros que chegariam na sexta-feira. Sem saber que Daniel havia chegado, Mariana entrou bem a vontade na salinha lendo em voz alta os nomes dos documentos. Quando percebeu a presença de Daniel perdeu a voz e ficou nervosa.
– Bom dia Mariana! Ele cumprimentou esquecendo por um momento que estava furioso com Armando.
– Bom dia doutor! Eu não sabia que o senhor estaria aqui tão cedo. Mariana respondeu sem olhá-lo.
– Eu também não imaginei que a encontraria tão cedo aqui! Mas até que é bom só assim para podermos conversar não é? Daniel falou levantando-se da cadeira e indo em direção a Mariana.
– Conversar? Sobre o que quer falar doutor? Mariana perguntou ainda sem olhá-lo.
– Conversar sobre o porque de você não olhar para mim! Daniel falou seriamente, se aproximando mais da secretária.
– Sinal de respeito doutor. Mariana falou olhando para o chão.
– Não, eu não acho que seja isso. Ele falou levantando o queixo dela delicadamente com a mão, fazendo com que ela o olhasse nos olhos.
O momento que Mariana mais temera chegou, olhar nos olhos de Daniel Valencia e revelar os sentimentos que já algum tempo vinha escondendo dele. Daniel olhou para os olhos de Mariana e o que ele viu, não pode compreender pois era algo que ele jamais havia visto na vida. O brilho no olhar de uma mulher apaixonada. E sem raciocinar direito, ele a beijou.
Marcela estava arrumando algumas malas quando Michel chegou em seu quarto, no hotel.
– Olá meu amor! Vai viajar? Michel perguntou intrigado.
– Ainda não, mas quero deixar algumas bagagens arrumadas. Patricia vai se casar e me convidou para ser madrinha. Marcela falou dando um beijo em Michel.
– Ah! Então vai voltar para Bogotá? Ele perguntou sentando-se na cama.
– Vou sim. Mas não vou demorar! Ela respondeu colocando um suéter azul na mala.
– E quando será este casamento? Ele perguntou olhando-a intrigado.
– Em duas semanas!
– E já está fazendo as malas? Ele perguntou buscando o olhar de Marcela.
– Creio que a missão de uma madrinha de casamento seja ajudar a noiva por isso, quero ir neste fim de semana. Marcela respondeu sem olhar Michel.
– Essa pressa toda é para ajudar a Patricia ou para rever alguém? Michel perguntou num fio de voz.
Marcela parou de arrumar as malas e começou a pensar no que de fato a havia deixado tão eufórica para a viagem, sim foi o sonho que teve. O sonho com ele, ele que ela não queria mencionar. Começou então a buscar respostas dentro de si. Amava Michel, mas ainda havia dentro dela uma história inacabada. Como explicar isso a ele sem ferí-lo, sem magoá-lo.
– Quero ajudar Patricia! Ela falou.
– Vou acreditar em você, Marcela! Michel falou e levantou-se para ir embora.
– Espera! Marcela segurou a mão de Michel. Me perdoa! Nunca ninguém fez por mim o que você tem feito durante todos esses dias. Mas eu preciso...
– Por favor não continue, não me diga que precisa vê-lo, saber como ele está. Isso me doeria bastante. Eu prefiro ter a dúvida que você me ama, doq eu ter a certeza de que ainda é apaixonada por ele. Michel falou soltando-se da mão de Marcela.
Michel deixou o quarto e foi para o bar do hotel. Sentia-se furioso consigo mesmo, dedicou tanto tempo e afeto a alguém que simplesmente estava cega de amor por outra pessoa. Nada dói tanto como a ingratidão de alguém que amamos, ele dizia bebendo um drink.
Marcela estava no quarto exasperada, sabia que havia errado e errado feio, talvez nunca mais em sua vida fosse encontrar alguém que estivesse disposto a sarar suas feridas e amá-la única e exclusivamente. Na manhã acordara tão feliz e decidida, agradecendo a Deus por ter Michel, mas com o passar das horas a imagem de Armando foi voltando a sua mente, como uma batalha que há muito foi perdida mas mesmo assim tem-se a teimosia de lutar mais uma vez. Pegou o celular e discou o número do celular que Patricia havia ligado na noite anterior.
– Alô! Disse a voz no outro lado da linha.
– Patricia? Marcela perguntou estranhando a voz do outro lado.
– Não, quem fala é a Betty!
– Beatriz? Beatriz Pinzón? Marcela perguntou como se não compreendesse bem a afirmativa que acabara de ouvir.
– Sim, é ela. Quam fala?
– Aqui é Marcela Valencia. Marcela falou com certa fúria na voz.
– Olá dona Marcela. No momento eu estou na Ecomoda e a Patricia deve estar na casa da mamãe do Nicolas, se deseja falar com ela posso lhe dar o número da casa. Betty respondeu um pouco apreensiva.
– Porque a Patricia ligou desse celular para mim ontem Beatriz? Marcela perguntou curiosa.
– Porque ela me pediu que a emprestasse para poder ligar para a senhora. Betty falou um pouco receosa.
– Pediu? Marcela estranhou.
– Sim, ela está morando na minha casa enquanto não se casa!
– Ah! Morando com você, na sua casa. Marcela engoliu seco.
– Sim. Vou lhe dar o número de D. Eugênia a mamãe do Nicolas. É 455-55-89. Betty falou.
– Obrigada! Marcela agradeceu num tom áspero e desligou em seguida.
Em poucos minutos uma voz de mulher gritava o nome de Patricia, quase ensurdecendo Marcela.
– Alô! Patricia falou.
– Como você pode Patricia? Marcela gritou furiosa.
– Calma Marcê, o que houve? Patricia não entendeu o ataque histérico de Marcela.
– O que houve? Você me ligou do celular da Beatriz e como se não bastasse isso, ainda está morando na casa dela! Marcela gritou furiosa.
– Ai Marci, mas o que você queria que eu fizesse? Que fosse morar debaixo da ponte? Pois não. A Beatriz me acolheu na casa dela e tem sido muito legal comigo. Patricia se defendeu.
– Ah! Tem sido muito legal com você? Será que você não se lembra de tudo o que a Beatriz me fez? Me tomou o Armando Patricia!
– Marci, desculpa, desculpa mesmo, mas ninguém rouba o que não é nosso! Patricia falou o mais gentil possível mas foi como uma adaga afiada no coração de Marcela.
Marcela desligou o telefone e começou a chorar.
– O que eu estou fazendo, meu Deus! Estou neurótica novamente! Basta pensar em Armando que eu enlouqueço e perco a minha paz! Marcela dizia a si mesma.
E enlouquecida desceu as escadas e foi ao encontro de Michel, ela o encontrou no bar do hotel, o que foi um alivio pois detestaria se desculpar na frente dos pais dele.
– Me perdoa! Marcela falou arrependida, quase chorando ao ver Michel.
– Não tem o que perdoar Marcela, ou se ama algué ou não se ama. E definitivamente você não me ama. Michel falou olhando seriamente para ela.
– Eu amo você! Você me traz paz! Você é a minha mistura perfeita, meu branco mesclado com vermelho, não é assim que forma a cor rosa? Marcela falou lembrando o que Michel há muito tempo dissera para ela sobre o amor.
– Pode ser que você sinta algo por mim, Marcela. Mas não é nada se comparado com a obsessão que você tem pelo Armando Mendonza! Mas você não é a única a Betty também prefere ele. Michel falou.
– E ele prefere ela! Marcela sussurou.
– Exatamente! E quem prefere você? Michel perguntouquerendo magoá-la.
Marcela não respondeu, simplesmente deixou as lágrimas rolarem do seu rosto e subiu correndo para o seu quarto. Não poderia mais ficar em Cartagena, não poderia mais ficar ao lado de Michel, não depois dessa conversa. Fez todas as suas malas e a noite já estava pegando um avião de volta para Bogotá.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Mais um capítulo meninas, estou postando pelo programar postagem, pois vou viajar e para onde vou, ficarei sem net. Então se der algum problema quando eu voltar, posto novamente! Bjim... Liz.