Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 19
Capítulo 19: Lua dos amantes


Notas iniciais do capítulo

Marcela e Michel descobrem o amor. Armando redecora o apartamento com a ajuda de Betty.



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Já eram mais de seis horas da noite e Michel não deixava Marcela sair da cama, ficava lá contemplando-a como quem contempla uma noite estrelada. Marcela por sua vez estava encantada pois nunca fora amada assim com tanta devoção e com tanta ternura. Estava claro que Michel era alguém que já estava dominando o seu coração e é claro que apesar de lutar com todas as suas forças, ele estava pouco a pouco ruindo os muros que prendiam Armando dentro dela, deixando-a livre dos fantasmas do passado. Ela começava a compreender que talvez não soubesse o que era o amor até o dia em que encontrou-o ao acaso num aeroporto.

Michel a abraçava e olhando- a nos olhos dizia-lhe sem palavras o quanto ela era especial na vida dele. Ele sorria por crer estar conseguindo arrancar de dentro dela toda dor e também por conhecer essa nova Marcela que ia surgindo aos poucos, seria prematuro dizer a palavra amor, mas certamente um sonho estava surgindo para ele também.

Ela levantou-se e pediu algo para comer pelo telefone. Em seguida ao invés de voltar para o quarto foi para a sacada contemplar a lua, a mesma lua que tantas vezes acompanhara suas lágrimas em Cartagena, iria agora acompanhar a sua alegria. E ela sorria, todo o seu ser irradiava felicidade, parecia uma criança que ganha o seu presente mais esperado na manhã de natal.

- Marcela! Michel a chamou do quarto.

- Eu já vou! Ela respondeu da sacada.

E ali na frente da lua, que banhava o mar com sua cintilante luz, ela agradecia a Deus por tudo o que estava acontecendo.

- Não aguento de saudades de você! Michel chegou até a sacada e a abraçou.

- Eu já ia voltar. Ela riu. Estava agradecendo a Deus!

- Agradecendo? Ele perguntou curioso.

- Sim, agradecendo por você estar aqui, por desejar estar comigo! Ela confessou.

- Me encanta estar com você e a cada segundo me encanta muito mais. Ele beijou o pescoço dela.

Ela sentiu um arrepio em sua nuca e também começou a beijá-lo, quando foram perceber já estavam na cama entre os lençois, descobrindo a cada segundo o sentido de ser feliz.

Finalmente Betty estava conhecendo o apartamento de Armando. Era muito bonito e bem masculino. Armando procurava algo nos armários para poder cozinhar, infelizmente só havia um pacote de macarrão. Betty ria ao ver Armando preocupado em oferecer a ela um bom jantar.

- Não se preocupe tanto doutor, macarrão ao alho está bom pra mim. Ela riu.

- Meu amor eu queria te oferecer o melhor jantar! Armando falou com um tom triste.

- E será o melhor jantar porque estou com o senhor doutor. Betty falou enquanto o abraçava.

- Então será o melhor macarrão ao alho que você já comeu, eu juro! Armando tranquilizou-se.

Enquanto Armando colocava o macarrão no fogo Beatriz foi conhecer melhor o lugar onde morava o seu amado. Havia fotos dele com Marcela em alguns porta retratos na sala de estar, não que ela não estivesse preparada para as ver, afinal sempre viu fotos dos dois juntos. A primeira vez que o viu na revista ele estava com ela, anunciando o noivado para ser mais exata. Mas algo dentro dela doeu novamente, a mesma sensação do almoço. Tentou esconder a tristeza e continuou sua visita pelos cômodos do apartamento. Ele era pouco mobiliado, tinha alguns quadros, um telefone no corredor e por fim chegou ao quarto. Na cabeceira havia novamente uma foto, uma foto que não havia sido removida, uma foto que continuava lá marcando presença, mostrando que não se apaga um passado de um dia para outro. Ela sentou-se na cama e pensando em Marcela se esqueceu do jantar. Armando que já havia deixado o macarrão no fogo, foi procurar Betty, bateu na porta do banheiro de visitas mas ela não estava lá. Foi andando pelo apartamento até que encontrou Betty, a sua Betty sentada na cama observando atentamente algo, o porta retratos com a foto dele e de Marcela juntos. Armando em silêncio se maldisse, como era estúpido, como pode não se livrar daquelas fotos.

- Meu amor! Ele a chamou um pouco sem jeito.

- Desculpe doutor por invadir o seu espaço e mais precisamente o seu quarto. Ela riu meio sem jeito.

- Não por favor Betty! Esse apartamento agora também é seu. Ele declarou sentando do lado dela.

- Me esqueci de jogar fora os retratos, pra falar a verdade eu passo tão pouco tempo no apartamento que eu nem lembrava que existia esse retrato e que também não tinha comida. Ele riu também sem graça. Na verdade sempre passei pouco tempo aqui!

- Sim eu sei. A maior parte do seu tempo e da sua noite passava no apartamento da dona Marcela! Beatriz concluiu colocando o porta-retrato no lugar.

- Não é isso Betty, por favor não pense...

- Eu não penso. Betty o interrompeu.

- Espera já sei o que fazer. Armando saiu correndo e depois de alguns minutos trouxe uma máquina fotográfica.

- Para quê essa máquina doutor? Beatriz perguntou espantada.

- Está na hora de decorar o meu apartamento de acordo com a minha nova vida. Ele riu e começou a fotografá-la.

- Doutor o que está fazendo? Ela perguntava rindo.

- Redecorando a meu gosto o meu apartamento! Posso doutora Pinzón? Ele perguntou mas sem esperar resposta continuou fotografando-a e fotografava-se com ela.

Foram inúmeras fotos em todos os lugares do apartamento, Armando prometeu que na próxima vez que ela vinhesse ao apartamento haveria somente a presença viva dela. E os dois riam felizes naquela cumplicidade adjacente até que um cheiro de queimado invadiu o apartamento.

- O nosso jantar! Armando gritou desesperado e saiu correndo em direção a cozinha.

- Queimou? Betty perguntou também chegando na cozinha.

Armando assentiu com a cabeça.

- E agora meu amor, lá se foi a única coisa que tinhamos para jantar! Armando falou tristemente.

- Podíamos pedir alguma coisa. Comida chinesa que tal? Betty sugeriu.

- Boa ideia meu amor, o que eu faria sem você? Armando a beijou.

Enquanto esperavam a entrega do jantar Armando tirava mais fotos com a sua amada e tão felizes estavam que ele não lembrou de falar o quão triste estava por não poder falar ainda em casamento com Betty.

Armando arrumou a sala de modo que pudessem sentar-se no chão na mesinha da sala de estar. E acomodou confortavelmente a sua Betty bem ao seu lado. Quando terminaram o jantar Betty declarou que precisava ir embora, pois seu pai certamente a estaria esperando.

- Não meu amor ainda são oito da noite, está cedo! Fica mais um pouquinho aqui comigo! Armando implorou com uma voz doce.

- E o que o senhor pretende fazer comigo doutor Armando Mendonza? Ela riu.

- Tantas coisas doutora Pinzón, que não posso falar. Ele riu se aproximando dela.

- É doutor Mendonza? Então não fale. Ela o beijou.

Armando a pegou no colo e a levou para o quarto. Na escuridão daquele quarto que tantas vezes abrigou a sua tristeza primeiro pela ausência de Betty e depois por sua indiferença, agora aquele quarto abrigava a sua Betty por completo. Somente o brilho do luar penetrava no ambiente se tornando testemunha do amor único e verdadeiro que duas pessoas sentem quando se tornam uma só.


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Notas finais do capítulo

Bom meninas tentei escrever um capítulo bem romântico e delicado. Espero que gostem, que comentem dando também a sugestão de vocês. Novamente um photoshop (não tão bom, me perdoem)só pra dar um clima. Esse capítulo eu escrevi com a ajuda da minha amiga Daiane Polido e ouvindo a canção da Bruna Karla- Que bom você chegou (http://letras.mus.br/bruna-karla/1478633/) por isso créditos a Bruninha que me inspirou com essa linda canção! Bjinhos e até o próximo capítulo.