Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 15
Capítulo 15: Namoro de sofá


Notas iniciais do capítulo

Patricia, Nicolas, Armando e Betty discutem sobre casamento.



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Nicolas chegou em casa e estranhou pela primeira vez não ver a sua Paty servindo-lhe o jantar.

– Mamãe onde está Paty? Ele perguntou.

– Meu tesouro, ela não veio hoje, acho que está cansada pois todos esses dias a pobrezinha tem feito o seu jantar, lavado a sua roupa, cuidado da casa. Vamos deixá-la descansar hoje, sim?! Dona Eugênia respondia com um ar triunfante acreditando que dessa vez Patricia largaria o seu filho, pois ela acreditava que a loira não suportava mais nem ir até a casa dela.

– Sim, ela deve estar cansada. Ele falou levantando-se da mesa.

– Aonde você vai meu tesouro? Ela perguntou ao ver que ele ia em direção a porta.

– Vou jantar na casa do Seu Hermes mamãe!

– Mas por que se eu fiz os seus pratos favoritos? Argumentava em vão Dona Eugênia para que o filho não fosse atrás de Patricia.

– Até mais tarde mamãe!

Nicolas correu para a casa de Betty e lá encontrou a sua Paty sentada no sofá com uma expressão de tédio, ouvindo o Seu Hermes contar toda a história da família Pinzón, que ela deveria ter muito orgulho de estar hospedada naquela casa pois eles eram uma familia de bem.

– Seu Hermes, boa noite! Eu posso falar com a Paty? Ele perguntou assim que Dona Júlia abriu a porta.

– Entre Nicolas, estava contando à sua noiva um pouco sobre os Pinzón! Falou com muito bom humor Seu Hermes.

– Obrigado Seu Hermes, mas eu gostaria de falar com a Paty a sós, posso? Ele perguntou como se estivesse pedindo ao pai de sua noiva.

– Mas não por muito tempo heim Nicolas. “ O diabo é porco e quer destruir as famílias de bem”. Enquanto Patricia estiver nesta casa terá a mesma disciplina de minha filha Betty. Seu Hermes falou categoricamente.

– E é porque ela ainda nem chegou! Declarou Patricia.

Dona Júlia olhou com fúria para Patricia, e esta logo tentou concertar o que disse.

– Deve ter tido muito trabalho hoje, não é? Ela riu sem graça.

Nicolas sentou-se ao lado de Patricia, e assim que Seu hermes foi com dona Júlia até a cozinha, abraçou a sua amada, entretanto Patricia com uma cara pouco amigável falou que eles precisavam conversar.

– Mas o que foi minha Paty, minha deusa? Ele perguntou.

– O que foi? Patricia riu ironicamente. Acho graça você me chamando de deusa Nicolas, porque eu não acredito que uma deusa passe o dia inteiro cozinhando, lavando, engomando, lavando louça com a sua mãe que simplesmente me detesta! Ela desabafou com muita raiva.

– Mas minha vida eu achei que você gostava de cuidar de mim? Nicolas questionou tristemente.

– Eu gosto de cuidar de você Nicolas, mas cuidar de casa, de roupa, passar os dias no fogão não é meu sonho de infância! Além do mais eu não fui feita para isso. Ela choramingou sentando-se ao lado dele.

– Você tem razão Paty! Você é uma deusa, nasceu somente para ser admirada, sim. Ele concordou sorrindo.

– E quando vamos poder finalmente dar entrada nos papeis do nosso casamento? Ela perguntou segurando a mão dele.

– Quando você quiser Pa, Pa, Paty. Ele respondeu.

– E que tal amanhã? Ela perguntou seduzindo-o.

– Amanhã? Amanhã está perfeito. Ele respondeu.

– Boa noite! Betty chega em casa com Armando.

– Olá Betty e como vai Armando? Patricia pergunta sem muito interesse.

– Muito bem Patsy, Patsy! Responde Armando.

– Nicolas! Que Está fazendo aqui? Betty perguntou sorrindo. Agora que a Patricia cozinha pra você, nunca mais tinha te visto aqui em casa.

– Pois é né Betty, mas hoje eu e a Paty vinhemos jantar aqui! Nicolas respondeu abraçando Betty. Acontece que estamos falando do casamento. Vamos amanhã dar entrada nos papeis para o casamento civil.

– Tem certeza Nicolas? Você ainda pode mudar de ideia, eu te dou cobertura se quiser fugir. Armando brincou.

– Não tem graça nenhuma Armando! Patricia respondeu irritada.

– Pois estou muito feliz por vocês dois, Patricia faça o meu amigo muito feliz! Beatriz abraçou Patricia.

– Claro Betty! Patricia respondeu também abraçando sua cúmplice de todas as horas. Obrigada Betty, obrigada por tudo!

– Se você quiser fugir te empresto o meu carro! Armando falou baixinho para Nicolas.

– Não, não Seu Armando! A Paty é a mulher da minha vida! Nicolas respondeu convicto.

– Então tá. Tem gosto pra tudo! Armando falou.

– Betty quer ser minha testemunha no casamento civil e minha madrinha no religioso? Nicolas perguntou.

– Poxa Nicolas, estou encantada, quero sim! Betty abraçou Nicolas novamente.

– E você Armando aceita? Nicolas olhou para Armando.

– Claro Nicolas será uma honra. Declarou Armando.

Seu Hermes entrou na sala cumprimentou o doutor e brigou com Betty pelo horário que eles chegaram.

– Perdão papai, é que tinhamos muito trabalho hoje. Betty falou.

– Sim Seu Hermes, eu mesmo fiquei ajudando a Betty. Reforçou Armando.

– Mas que isso não se repita mocinha! Não é porque a senhorita é presidente de uma grande empresa que vai fazer o que quiser. Não senhorita! Nesta casa há regras e elas devem ser cumpridas! Brigou Seu Hermes. Agora vamos jantar que já está muito tarde.

Após o jantar Seu Hermes foi deitar-se, mas antes deu uma recomendação aos dois casais que se encontravam na sala:

– Não se esqueçam que o “diabo é porco e está em toda parte, principalmente na cabeça dos rapazes”. Boa noite!

Todos riram, pois já haviam se acostumado com o jeito conservador do chefe da família Pinzón. Dona Júlia olhava admirada como era carinhoso o Seu Armando com a sua Betty e apesar de não gostar de Patricia admitia que ela tinha se tornado mais amável com sua filha. Afinal Betty não era uma pessoa difícil de se conviver, ao contrário era muito amável, carinhosa e com uma capacidade infinita de perdoar. E assim cheia de pensamentos Dona Júlia foi para o quarto e deixou os casais conversando a vontade.

– Mas meu amor é claro que precisamos pensar também no nosso casamento! Declarava Armando.

– Também acho Betty, mas case logo não deixe o Armando cozinhar você como ele fez com a Marci! Incitou Patricia.

– Sim, Betty case antes que ele desista. Nicolas riu.

– Não se trata disso, por favor me entendam. Agora é hora de planejarmos o seu casamento Nicolas depois falamos do nosso casamento Armando! Betty falava seriamente com todos.

– Vocês podia aproveitar o nosso casamento e casar um casamento duplo, o que acham? Assim dividimos as despesas. Nicolas propôs rindo.

Armando e Patricia deixaram bem claro que não fariam um casamento duplo.

– Primeiro porque eu quero ser a única a chamar a atenção no meu casamento Nicolas. Falou Patricia.

– E segundo porque eu não quero asfixiar os convidados do nosso casamento com a tintura da Patsy! Declarou Armando gargalhando.

– Ai Armando você é muito sem graça! Declarou Patricia.

– Mas como você quer que seja o casamento Patricia? Perguntou Betty seriamente.

–Um casamento bem grande, num hotel luxuosíssimo, com uns cinco mil convidados e uma banda maravilhosa é claro. Patricia sorriu ao imaginar o seu casamento enquanto Nicolas quase infartava e Armando gargalhava.

– Calma Patricia! Você conhece cinco mil pessoas para convidar? Perguntou Betty tentando trazer Patricia à realidade.

– Claro que sim Betty! Pode não parecer mas sou muito popular! Patricia afirmou.

– Um casamento com cinco mil pessoas vai ser um casamento muito caro Patricia. Betty falou da maneira mais gentil possível. E eu não acho que o Nicolas tenha tanto dinheiro assim!

– Quer dizer que eu terei um casamento pobre? Patricia perguntou angustiada.

– Não meu amor, não minha vida! Mas acontece que cinco mil convidados é muita gente para comer! Nicolas já estava calculando os gastos do casamento.

– Por que vocês não fazem um casamento mais simples Patricia e investem um bom dinheiro na lua de mel. Sugeriu Betty.

– Nisto eu concordo! Teremos uma excelente lua de mel, meu amor! Armando falou olhando para Betty imaginando a noite de núpcias dos dois. Só de lembrar da tarde agradável que tiveram, Armando desejava roubar Betty dali e só devolvê-la no outro dia.

– E mesmo porque Patricia vocês pretendem comprar um apartamento, não? Ou vão morar com a Dona Eugênia? Betty perguntou olhando para Patricia e também para Nicolas.

– Vamos fazer um casamento bem simples e comprar um bom apartamento. Patricia respondeu rapidamente com medo de ter que morar com a sogra. Alguns amigos íntimos e só!

– Vamos investir na lua de mel minha vida! Comentou Nicolas aceitando o conselho de Armando. Podemos morar com a mamãe!

– Mas nem pensar Nicolas, nem morta eu moro com a sua mãe. Declarou Patricia com extrema autoridade.

– Está bem, está bem compraremos um bom apartamento. Tudo o que você quiser Paty, tudo o que você quiser! Nicolas tranquilizou sua amada.

Patricia ficou tão feliz com a compra do seu apartamento que começou a beijar Nicolas e aproveitando a oportunidade Armando também começou a beijar a sua amada Betty. E tão felizes estavam os casais que não perceberam Seu Hermes chegar.

– Mas que pouca vergonha é essa na minha casa? Seu Hermes gritou.

Todos se assustaram e ficaram como estátuas. Armando largou Betty e colocou as mãos para cima e Nicolas se levantou do sofá e colocou as mãos no bolso. Patricia se recompôs e Betty olhava para o chão muito envergonhada.

– Eu confio em vocês, que vão se comportar bem e na primeira oportunidade já “caem na gandaia” não é? Vocês duas já para o quarto e vocês dois vão para as suas casas. E nunca mais, ouçam bem os quatro, nunca mais ficaram sozinhos sem a minha presença! Seu Hermes declarou intimidando a todos.

Armando e Nicolas depois de serem expulsos da casa de Seu Hermes ficaram na frente da casa comentando o grande descuido que deram e culpando um ao outro.

– A culpa foi sua Nicolas! Você começou a beijar aquela oxigenada! Declarou Armando.

– Sim, mas enquanto eu beijava o senhor devia estar vigiando e não beijando a Betty. Defendeu-se Nicolas.

– Da próxima vez enquanto eu beijo a Betty, você vigia! Disse Armando.

– Não haverá próxima vez, não ouviu o que o Seu Hermes disse? Por sua causa teremos que namorar com ele presente e talvez até ouvindo tangos e as enfadonhas histórias sobre o tio Lázaro! Nicolas reclamou.

– Que cruz, meu Deus, que cruz! Armando reclamava olhando para o Céu.

E com uma cara irritada entrou no carro, enquanto Nicolas seguia em direção a sua casa.


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