Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet
Notas iniciais do capítulo
Mario Calderon retornando? Será?
– Bom dia! Como se sente hoje? Michel chegou trazendo o café da manhã para Marcela.
– Bom dia! Ela sorriu. Não sei, mas pensei muito na história que me contou ontem a noite. Sonhei com Manuela!
– E foi um bom sonho? Ele perguntou servindo-lhe o café na mesa da varanda.
– Não muito. Era como se eu fosse ela e estivesse afundada dentro das minhas lembranças e dos meus próprios desejos. Por mais que desejasse sair de tudo, eu não conseguia romper. Ela declarou.
– Desejar é o primeiro passo para conseguir! Ele sorriu. Tenho uma idéia! Michel falou. Por que não saimos hoje?
– Sair? Para onde? Marcela perguntou.
– Para tantos lugares aqui de Cartagena. Ele declarou.
– Não sei Michel, não quero ver pessoas, conversar, ainda não.
– Mas você conversa comigo? Michel a encarou.
– É! Talvez porque você não me dê escolha. Ela sorriu tomando um gole de café.
– Sempre temos escolhas Marcela! Ele declarou segurando-lhe a mão. Algo a fez vir para Cartagena comigo, algo que foi mais forte do que a vontade de se perder na solidão de Miami.
– Michel, eu só vim porque você não me deu outra escolha. Eu sinto muito Michel se você achou que eu vim por...
Ele a calou com muita delicadeza.
– Não dê tantas satisfações Marcela. Eu não estou lhe cobrando nada! Nós somos amigos, ou pelo menos eu sou seu amigo! Ele falou ternamente.
– Desculpe, acho que me desacostumei a lidar com amigos!
– Talvez porque você não tivesse muitos amigos em Bogotá! Ele declarou servindo-se de uma xícara de café.
Ela tinha tantas muralhas, erguidas com o único objetivo de assegurar que Armando estava trancado dentro delas e somente para ela. Mas o destino lhe apresentava uma nova faceta, derrubar todas as muralhas, sair do seu castelo e finalmente viver. Marcela pensou consigo mesma se tinha medo de se libertar ou medo de definitivamente romper o único elo que ela tinha com Armando, o amor que sentia por ele.
– Então? Michel perguntou. Vamos passear um pouco?
– Para onde iremos?
– Passear pela praia ao pôr-do-sol! Sim, eu sei que é muito romântico! Mas não há nada como o pôr-do-sol de Cartagena, além do mais é um lugar tranquilo onde poderemos conversar, caminhar tomando um sorvete e refletir sobre a criação de Deus! O que acha? Ele perguntou.
– Está bem Michel, me convenceu! Mas tem algo que eu quero compartilhar com você. Somos amigos, na verdade acho que você é o primeiro amigo de verdade que tenho. Ela sorriu tristemente. E há algo sobre a minha saída de Bogotá que eu acho que você deveria saber.
– Se estiver preparada, adoraria ouví-la. Falar é a melhor forma de se libertar! Mas se acha que falar a respeito ainda lhe causa imensa dor, não falemos, simplesmente vivamos o presente, sem rancor e sem olhar para trás. Michel falou pois ele sabia exatamente o que Marcela iria lhe contar, preferiu portanto deixá-la a vontade para falar no tempo que achasse melhor.
Michel esperaria uma eternidade por Marcela e só ao dizer-lhe isso ele pode compreender que algo a aproximava dela, embora ele não soubesse que ligação era essa, sabia que era forte.
Nicolas chegara em casa um pouco mais cedo do que de costume para o almoço, já que não havia muito trabalho pela manhã para ele. E qual não foi a sua surpresa ao ver Paty com um belo sorriso o esperando na mesa.
– Minha Pa, Pa, Paty. Veio almoçar comigo? Ele perguntou radiante de alegria.
– Mas é claro meu amor! Afinal somos noivos preciso cuidar de você! Ela o beijou provocativamente enquanto Dona Eugênia se retorcia na cadeira de ódio.
– Ca, ca, calma Paty. Mamãe como está? Ele perguntou a Dona Eugênia soltando-se do abraço e do beijo de Patricia.
– Mal, meu tesouro. Estou com uma dor no estômago! Dona Eugênia se fingiu doente para concorrer com a loira pela atenção do seu filho amado.
– Eu fiz seus bolinhos favoritos para você, meu amor! Patricia se pôs na frente de Dona Eugênia com a bandeja de patacóns nas mãos.
Nicolas por um instante esqueceu sua mãe e só tinha olhos para os bolinhos e para o decote de Patricia. E ela exultante porque havia distraido seu noivo para que não notasse a sua terrível mamãe!
– Ai, ai, ai meu estômago. Chorou Dona Eugênia não querendo perder terreno para Patricia.
Nicolas deixou os bolinhos e a noiva de lado e levou sua mamãe para o quarto para que ela repousasse um pouco, não sem antes Dona Eugênia olhar para trás e dar um sorriso de triunfo para Patricia Fernandéz.
– Essa desgraaaçadaaa!!! Bufou Patricia de ódio. Mas nem pense que vai me vencer, não pense! Patricia jurou a si mesma que agora era questão de honra conquistar Nicolas por completo.
Na Ecomoda Daniel ia sair para almoçar e pediu cordialmente para que Betty arrumasse uma secretária para ele, pois quando retornasse do almoço seria imprescindível alguém para ajudá-lo.
– Sim, claro doutor. Sei que estava revisando os balanços e pretende fazer um novo a cada semana para vizualizar melhor todas as entradas e saídas da Ecomoda. Não se preocupe que quando voltar do almoço. Sua secretária o estará esperando.
– E a senhorita pretende almoçar sozinha ou aqui na Ecomoda? Ele perguntou muito gentil.
– Almoçarei com meu papai, com Nicolas... e com o Seu Armando na minha casa. Ela respondeu o nome de Armando sem encará-lo.
– Claro doutora Beatriz. Até mais tarde então!
Beatriz estava cada vez mais surpresa com a ausência da prepotência de Daniel, a qual ela já estava acostumada. Teria que aprender a lidar com esse Daniel tão educado e cordial, pois ele parecia um outro homem que talvez ela tivesse gostado da amizade se o tivesse conhecido assim em outro tempo. Mas também se preocupava com Armando, sabia o quanto ele detestava Daniel e conhecia perfeitamente o ciúme do amado. Precisava ter muito jeito para lidar com eles.
Quando Daniel chegou ao seu apartamento para almoçar a sua visita já o esperava, muito bem sentado no sofá estava ninguém menos do que Mario Calderón e tinha muitas coisas para falar com ele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Não percam no próximo capítulo o que Mario Calderón tem para conversar com Daniel Valencia! Bjinhos...