Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 11
Capítulo 11: Uma visita particular


Notas iniciais do capítulo

Mario Calderon retornando? Será?



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– Bom dia! Como se sente hoje? Michel chegou trazendo o café da manhã para Marcela.

– Bom dia! Ela sorriu. Não sei, mas pensei muito na história que me contou ontem a noite. Sonhei com Manuela!

– E foi um bom sonho? Ele perguntou servindo-lhe o café na mesa da varanda.

– Não muito. Era como se eu fosse ela e estivesse afundada dentro das minhas lembranças e dos meus próprios desejos. Por mais que desejasse sair de tudo, eu não conseguia romper. Ela declarou.

– Desejar é o primeiro passo para conseguir! Ele sorriu. Tenho uma idéia! Michel falou. Por que não saimos hoje?

– Sair? Para onde? Marcela perguntou.

– Para tantos lugares aqui de Cartagena. Ele declarou.

– Não sei Michel, não quero ver pessoas, conversar, ainda não.

– Mas você conversa comigo? Michel a encarou.

– É! Talvez porque você não me dê escolha. Ela sorriu tomando um gole de café.

– Sempre temos escolhas Marcela! Ele declarou segurando-lhe a mão. Algo a fez vir para Cartagena comigo, algo que foi mais forte do que a vontade de se perder na solidão de Miami.

– Michel, eu só vim porque você não me deu outra escolha. Eu sinto muito Michel se você achou que eu vim por...

Ele a calou com muita delicadeza.

– Não dê tantas satisfações Marcela. Eu não estou lhe cobrando nada! Nós somos amigos, ou pelo menos eu sou seu amigo! Ele falou ternamente.

– Desculpe, acho que me desacostumei a lidar com amigos!

– Talvez porque você não tivesse muitos amigos em Bogotá! Ele declarou servindo-se de uma xícara de café.

Ela tinha tantas muralhas, erguidas com o único objetivo de assegurar que Armando estava trancado dentro delas e somente para ela. Mas o destino lhe apresentava uma nova faceta, derrubar todas as muralhas, sair do seu castelo e finalmente viver. Marcela pensou consigo mesma se tinha medo de se libertar ou medo de definitivamente romper o único elo que ela tinha com Armando, o amor que sentia por ele.

– Então? Michel perguntou. Vamos passear um pouco?

– Para onde iremos?

– Passear pela praia ao pôr-do-sol! Sim, eu sei que é muito romântico! Mas não há nada como o pôr-do-sol de Cartagena, além do mais é um lugar tranquilo onde poderemos conversar, caminhar tomando um sorvete e refletir sobre a criação de Deus! O que acha? Ele perguntou.

– Está bem Michel, me convenceu! Mas tem algo que eu quero compartilhar com você. Somos amigos, na verdade acho que você é o primeiro amigo de verdade que tenho. Ela sorriu tristemente. E há algo sobre a minha saída de Bogotá que eu acho que você deveria saber.

– Se estiver preparada, adoraria ouví-la. Falar é a melhor forma de se libertar! Mas se acha que falar a respeito ainda lhe causa imensa dor, não falemos, simplesmente vivamos o presente, sem rancor e sem olhar para trás. Michel falou pois ele sabia exatamente o que Marcela iria lhe contar, preferiu portanto deixá-la a vontade para falar no tempo que achasse melhor.

Michel esperaria uma eternidade por Marcela e só ao dizer-lhe isso ele pode compreender que algo a aproximava dela, embora ele não soubesse que ligação era essa, sabia que era forte.

Nicolas chegara em casa um pouco mais cedo do que de costume para o almoço, já que não havia muito trabalho pela manhã para ele. E qual não foi a sua surpresa ao ver Paty com um belo sorriso o esperando na mesa.

– Minha Pa, Pa, Paty. Veio almoçar comigo? Ele perguntou radiante de alegria.

– Mas é claro meu amor! Afinal somos noivos preciso cuidar de você! Ela o beijou provocativamente enquanto Dona Eugênia se retorcia na cadeira de ódio.

– Ca, ca, calma Paty. Mamãe como está? Ele perguntou a Dona Eugênia soltando-se do abraço e do beijo de Patricia.

– Mal, meu tesouro. Estou com uma dor no estômago! Dona Eugênia se fingiu doente para concorrer com a loira pela atenção do seu filho amado.

– Eu fiz seus bolinhos favoritos para você, meu amor! Patricia se pôs na frente de Dona Eugênia com a bandeja de patacóns nas mãos.

Nicolas por um instante esqueceu sua mãe e só tinha olhos para os bolinhos e para o decote de Patricia. E ela exultante porque havia distraido seu noivo para que não notasse a sua terrível mamãe!

– Ai, ai, ai meu estômago. Chorou Dona Eugênia não querendo perder terreno para Patricia.

Nicolas deixou os bolinhos e a noiva de lado e levou sua mamãe para o quarto para que ela repousasse um pouco, não sem antes Dona Eugênia olhar para trás e dar um sorriso de triunfo para Patricia Fernandéz.

– Essa desgraaaçadaaa!!! Bufou Patricia de ódio. Mas nem pense que vai me vencer, não pense! Patricia jurou a si mesma que agora era questão de honra conquistar Nicolas por completo.

Na Ecomoda Daniel ia sair para almoçar e pediu cordialmente para que Betty arrumasse uma secretária para ele, pois quando retornasse do almoço seria imprescindível alguém para ajudá-lo.

– Sim, claro doutor. Sei que estava revisando os balanços e pretende fazer um novo a cada semana para vizualizar melhor todas as entradas e saídas da Ecomoda. Não se preocupe que quando voltar do almoço. Sua secretária o estará esperando.

– E a senhorita pretende almoçar sozinha ou aqui na Ecomoda? Ele perguntou muito gentil.

– Almoçarei com meu papai, com Nicolas... e com o Seu Armando na minha casa. Ela respondeu o nome de Armando sem encará-lo.

– Claro doutora Beatriz. Até mais tarde então!

Beatriz estava cada vez mais surpresa com a ausência da prepotência de Daniel, a qual ela já estava acostumada. Teria que aprender a lidar com esse Daniel tão educado e cordial, pois ele parecia um outro homem que talvez ela tivesse gostado da amizade se o tivesse conhecido assim em outro tempo. Mas também se preocupava com Armando, sabia o quanto ele detestava Daniel e conhecia perfeitamente o ciúme do amado. Precisava ter muito jeito para lidar com eles.

Quando Daniel chegou ao seu apartamento para almoçar a sua visita já o esperava, muito bem sentado no sofá estava ninguém menos do que Mario Calderón e tinha muitas coisas para falar com ele.


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Notas finais do capítulo

Não percam no próximo capítulo o que Mario Calderón tem para conversar com Daniel Valencia! Bjinhos...