Yong adorava a sua família e a punha sempre em primeiro lugar.

E com isso, ele queria que todos os seus irmãos –incluindo os mais velhos– tinham que lhe chamar de “irmão mais velho”.

Um pedido idiota, pensaram eles ao serem confrontados pelo sul-coreano.

No entanto, para ele, ao ser chamado assim, seria como fosse assinado um tratado.

Um tratado que oficializava o domínio na sua família.

Pois é. Ele queria ser reconhecido como alguém capaz de proteger e comandar a sua família.

Hyung sabia desse desejo de seu irmão, e, por isso, jamais iria chama-lo assim.

– Vá-la!~ Chama-me de big beuladeo, da-ze! - insistiu Yong, olhando para o seu irmão que, sentado no sofá, lia um livro.

– Nem criatura. Eu sou o mais velho.- Hyung respondeu, sem retirar os olhos das palavras do livro.

– Nah! Eu é que sou, da-ze!

– Eu!

– Euuuu!

– Se eu te chamar disso, reunificas a Coreia, permanecendo socialista?- ele perguntou, retirando os olhos do livro.

– Não!

– Tentei.- e voltou a olhar para o livro.- Nós somos irmãos gémeos –apesar de eu ter vindo ao mundo primeiro- não devemos discutir sobre isso.

– Tu queres é que eu concorde com essa tua fala que diz claramente que és o mais velho, certo da-ze?

– Eita porra, desde quando és inteligente?!

– Essa magoou, da-ze!

– De qualquer forma, desiste dessa tua ideia de seres o homem da família.

– Jamais, da-ze!

Hyung suspirou pesadamente. Era bem difícil tirar uma ideia da cabeça oca do seu irmão.

– Hey.- chamou ele.

– Que foi, da-ze?

– Queres jogar um videojogo? Decerto que estás aborrecido.

– Own! Ye, ye, ye!

Hyung sorriu calmamente. Coloca o marcador de páginas no livro e fecha-o, colocando sobre a mesa.

Como eram gémeos, tinham as suas diferenças e semelhanças, uma delas era que ambos colocavam a família em primeiro.

E Hyung sabia disso.