Jogos Vorazes - Johanna Mason escrita por L M


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!! :)



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–Só pode ser brincadeira...Mas que desgraça!-berra Terence:

–São só pássaros, não seja tão medroso garoto!-eu digo pegando o machado e o empunhando:

–Medroso é a vó! E só pássaros?! Olha o tanto de dente que essas coisas têm!-ele fala:

–Não estou nem aí!-eu digo:

–Problema é todo seu...-ele fala.

Os pássaros levantam voo e vem em alta velocidade em nossa direção:

–Cuidado!-eu grito e então eles atacam.

São rápidos, incrivelmente ágeis. Seus dentes me mordem em quase todo o corpo, dói e não consigo segurar os gritos que saem de minhas cordas vocais estridentes e em completo pânico.

Terence tenta acertá-los, mas não consegue...Está se deixando levar pela dor que está sentindo dos horríveis ferimentos.

Eu, por outro lado, estou acertando alguns....Mas não é o suficiente.

Um me mordeu tão forte na perna que eu cai de joelhos e uma porção se aglomerou à minha volta:

–Terence! AH!-eu grito:

–A coisa tá feia aqui também, minha filha!-ele grita caindo também no chão e começado a gritar mais e mais de dor:-Eu vou...Matar o Loster!

De relance lanço meu machado que corta a cabeça de seis no ar. Me levanto cheia de sangue pelo corpo aos respingos, e vou correndo pegá-lo de volta.

Terence está perto da árvore todo ferido e acabado, não devo estar diferente. Mas ao contrário dele, me mantenho em pé a sua frente olhando fixamente para os pássaros:

–Então...Já acabou?! É só isso Snow?! Manda mais que eu aguento!-eu grito para o céu e para os pássaros:

–Pelo amor de Deus CALA A BOCA!-grita Terence:-Você aguenta, eu não! Para de desafiá-los!

–Não! Não vou parar! Eu aguento tudo o que eles fizerem! Sou forte o suficiente para isso!-eu grito e encaro os bichos.

Eles levantam e começam a voar em círculos a cima de nossas cabeças. O vento começa a ficar forte e então Terence se levanta com dificuldade e vem ao meu lado:

–Estamos mortos...-ele murmura:

–Cala a boca!-eu digo:

–Esses pássaros malditos...-ele murmura outra vez:

–Aposto que vieram dos bichinhos de estimação da bruxa da netinha dele...-eu digo e ele me olha com os olhos absurdamente grandes:

–Loster deve estar te xingando horrores...-ele diz:

–Não estou nem aí para ele!-eu digo.

E então os pássaros somem...Somente sobra as penas que caem em nossas cabeças.

O vento continua fresco e com jeito de suspense terrível. Terence senta novamente na raiz da árvore e começa a limpar os ferimentos com a mão mesmo.

Noto que ele está todo arranhado no peito, na barriga, nas pernas, no pescoço...Burro, é isso que dá ficar sem camisa em uma arena onde tudo pode acontecer.

Vejo que estou com a roupa toda em pedaços, machucados em toda a parte e até em meu rosto eles não pouparam...Estava com um arranhão bem grande em minha testa:

–Droga...Estamos ambos acabados!-ele fala:

–Jura?! Eu nem tinha reparado...-eu digo e ele me olha com um olhar de raiva.

O ignoro, mas continuo em pé olhando ao redor:

–Me diz...O que estamos esperando que não vamos tomar água?!-ele pergunta:

–Pega aí...Estou de vigia.-eu digo:

–"Estou de vigia!" pateta...-fala Terence com uma vozinha fina irritante:

–Eu não falo desse jeito e pateta é você, seu traste!-eu digo:

–Vai ofender agora?! Quer saber...Que se dane você! Eu vou beber água!-ele fala se levantando.

Quando ele se aproxima da árvore, eu escuto um barulho oco vindo de dentro da mesma. No início achei que estava ficando louca, mas depois...O barulho parecia bem real, só o surdo do Terence para não ter percebido:

–Afaste-se!-eu digo:

–O que é?! O que foi?! RESPOND....-ele começa a gritar, mas dou um tapa em sua boca o impedindo:

–Cala a boca!-eu digo:

–O que foi...?-ele sussurra colocando a mão sobre a boca, para com certeza amenizar a dor:

–Ouvi alguma coisa. Vindo da árvore!-eu digo:

–Sabe o que é isso?-ele pergunta:

–Não.-eu digo:

–Mas eu sei...É sede! Vem, vamos beber!-ele fala se aproximando e o barulho aumentou. Como um grito rouco e grave:-M-Meu Deus...O que é isso?!

–Idiota! Afaste-se!-eu digo.

Mas quando começamos a nos afastar mais. A árvore abre seus ohlos vermelhos. Minha primeira reação é de gritar, mas estou com tanto pânico que não consigo. Ela abre a boca de madeira repleta de insetos horrendos, e seus galhos começam a se movimentarem em círculos:

–AHHH!-gritamos eu e Terence.

Mas antes de pensarmos em correr, os galhos da criatura se enrolam em nossas cinturas e nos erguem do chão:

–A gente...Vai...MORRER!-berra Terence:

–Cala...A....Boca!-eu grito:-SNOW!

Ele fez um monstro para tentar nos matar! Velho desgraçado!

Mas esse monstro foi feito por humanos...Então humanos podem destruí-lo! E é isso que eu irei fazer.

A árvore é forte e nos gira no ar. Mas não posso perder meu machado. É com ele que essa árvore irá assistir tristemente com essa face horrenda quando cortada, que ele é feito também de madeira!

Vou cortar o mal pela raiz, ou não me chamo Johanna Mason! E os Mason não desistem de uma luta!


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Notas finais do capítulo

Comentem!! :))