Safe And Sound escrita por GarotaDoValdez


Capítulo 10
Capítulo 10 - Perguntas e Respostas.


Notas iniciais do capítulo

Hey tributos, aqui está o 10º capitulo, o capitulo da entrevista com o Caesar.
Boa leitura (:



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Depois do grande anunciamento, volto para o meu quarto para dormir.

E me encontro com insônia de novo.

Fico sentada na cama por algumas horas, refletindo. Como meus pais devem estar agora? Será que já contaram para minhas irmãs sobre os Jogos Vorazes? Será que estão feliz pela minha nota? Ou com mais medo? E Diana? Continua chorando por mim e por Aiden? Tantas perguntas. Perguntas talvez muito tristes.

Pego-me soluçando alto, horrivelmente. As lágrimas quentes molham as cobertas. Olho em volta do quarto, bem na hora que a porta se abre subitamente e Aiden aparece.

– Faith! Eu te ouvi chorando! Tá tudo... - O olhar dele repousa em mim - Meu deus, Fay... venha cá. - O menino estende os braços.

Jogo os cobertores para o lado e corro para ele, passando meus braços pela cintura do garoto, encaixando a cabeça no seu tórax.

Ficamos daquele jeito por muito tempo, a cabeça dele contra o meus pescoço. Isso me faz chorar ainda mais, pois costumava abraçar meu pai daquele mesmo jeito. A única diferença é que Aiden passa a mão calmamente no topo da minha cabeça. Ele se separa de mim e sentamos juntos na beirada da cama. Os olhos deles estão marejados.

– Pode chorar também – digo, limpando os olhos. - só nós dois estamos aqui.

Assim que termino de falar, uma lágrima escorre pela bochecha do meu parceiro.

– É a sua família certo? - o garoto diz - E Diana.

Faço que sim com a cabeça. Em resposta o loiro na minha frente afaga meu ombro.

– Vai dormir, você não pode aparecer toda inchada na entrevista.- O menino levanta as cobertas atrás dele e faz uma menção para eu deitar, que eu obedeço.

– Agora feche os olhos, vou cantar pra você.

Fecho os olhos, mas rio um pouco, igual Aiden.

Ele começa a fazer um carinho sutil na minha bochecha e começa a cantarolar uma canção de ninar do Distrito 5, um pouco desafinado.

O sono começa a chegar, mas antes de eu mergulhar nele, sinto uma leve pressão no meio das minhas sobrancelhas.

– Boa noite, Faith.

***

Acordo ainda sentindo aquela pressão acima dos meus olhos. Levanto-me, me dirijo a sala de jantar e sento a mesa junto com Elsyn. Enquanto saboreio um bolinho de laranja, o resto das pessoas vai chegando e roubando uma coisa ou outra das bandejas que os Avox servem.

Depois que todos estão bem alimentados, Terie anda comigo até a pequena sala no terceiro corredor.

Nós nos sentamos e ele se inclina na minha direção.

– Você parece inchada. - ele diz.

– Tá dizendo que eu engordei!? - pergunto indignada. - Porque, sabe, gordura nos faz sobreviver por mais tempo e...

– Meu Deus, Faith! - o homem na minha frente começa a rir. - Acho que Shawny vem te influenciando muito... - a risada acaba. - Mas quis dizer inchada por falta de sono e... choro. Você chorou ontem, Fay? - enrijeço um pouco quando o homem me chama pelo apelido.

– Eu.. sim. - não vejo porque mentir para ele - Está muito ruim? - toco minhas bochechas e meus olhos.

– Não! Não.. um pouco.- Terie dá um meio sorriso - Mas a questão não é essa. Hoje eu e Shawny passaremos 4 horas com você e com Aiden. Para treinamento. Você começa comigo.

– Talvez não deveria, mas fico mais aliviada por ser você e não... ela. - digo, e rio em seguida. O homem de cabelos castanhos acompanha minha risada.

– Agora vamos nos concentrar. - diz ele - Se descreva com uma palavra.

Penso um pouco sobre como as pessoas me chamavam de volta ao meu distrito. Baixinha? Sabe-Tudo? Excluída? Diana costumava dizer que eu era bem-humorada. Bom, humor é um bom jeito de esconder a tristeza esses dias. Espere aí.

– Sensível. - acabo dizendo. Talvez um pouco dramático demais, mas é a verdade.

O homem passa a mão pelos cabelos.

– Isso não facilita muito... - diz, por fim - Tente um... elogio. Sim, um elogio sobre si mesma.

De volta a Diana.

– Acho que... Bem-humorada.

– Isso! Porque não pensei nisso antes? - Terie se levanta repentinamente e começa a caminhar pela sala - Bem humorada, alegre... Quase... inocente. Não acha? - ele se vira pra mim.

– Eu não sei, se você diz. - dou de ombros.

O homem se senta na minha frente novamente.

– Agora vou fazer algumas perguntas, você deverá me responder. Tente falar sobre sua vida, sua família... Quanto mais verdade, melhor. Mas nos piores casos, tente mentir.

– Não sei se consigo mentir assim, sob pressão. - murmuro.

– Disse pra tentar. Agora... - Ele começa a fazer as perguntas, as quais respondo com a maior sinceridade possível.

Estou bem humorada nas primeiras 10, mas depois de um tempo as perguntas começam a ficar chatas, e começam a pesar no meu cérebro. Há perguntas sobre Hope e Layla depois de um tempo que me atingem como um tapa no rosto. Me seguro até as perguntas acabarem, e quando Terie diz que fui muito bem, eu perco toda a força.

As lágrimas caem rapidamente, molhando o estofado do sofá. O homem tira um pequeno lenço de seu bolso e limpa minhas lágrimas, enquanto passa a mão em círculos lentos nas minhas costas. Me acalmo um pouquinho depois de alguns minutos.

– Falei para mentir. - sinto os lábios dele sussurrando no meu ouvido.

– Não é essa a questão. - respiro fundo - pensar na minha família me deixa assim. Não falei mais do que a verdade ao dizer que sou sensível.

– Temos que trabalhar nisso nos próximos 5 minutos. - meu mentor diz, segurando minha mão - Você precisa ficar forte, pelo menos para a entrevista.

Terie volta a me fazer perguntas, agora mais profundas e sensíveis. Vejo nos olhos dele que dói fazer essas perguntas. Talvez porque fosse assim com ele também.

Pelo que eu contei foram 20 perguntas, todas que eu aguentei muito bem. Claro, havia uma lágrima ou outra em certas ocasiões, mas fui muito bem em relação a minha semana.

– Acho que com essa atitude, você terá muitos patrocinadores. - o mentor diz, piscando para mim. - Agora vamos comer.

É um almoço curto e silencioso. Os únicos barulhos audíveis são os dos talheres de prata batendo nos pratos de porcelana. Assim que acabamos, sigo para o meu quarto com Shawny.

Sem dizer nada, ela me entrega um par de saltos altos e uma espécie de vestido colado que vai até os meus calcanhares e me faz desfilar pelo quarto usando os dois. É extremamente desconfortável, e luto contra a vontade de puxar o vestido, porque sei que a mulher vai me pedir para abaixá-lo de novo. Na quinta vez que tropeço não consigo apoiar em nada e caio.

A instrutora – batendo seus saltos de um jeito horrível no carpete – corre para me ajudar.

– Minha nossa, garota! - ela exclama enquanto retomo meu equilíbrio. - Com a sua idade já conseguia correr 100 quilômetros de salto!

– Eu não sou você. - replico - Então espero que tenha um pouco de paciência. E eu só tenho 14 anos.

– Independente, mocinha. Agora andando. Vamos! - ela faz um sinal com a mão para eu me mexer.

Depois de eu parar de tropeçar pelo quarto, começo a aprender sobre postura, gestos com as mãos, olhares e sorrisos. Os primeiros tópicos foram fáceis, comparados ao caminhar. Mas a parte de sorrir me complica novamente.

– Certo, agora finja que está entre amigos. Vou te fazer umas perguntas para você controlar seu sorriso - diz Shawny.

Estou cansada de perguntas, mas afirmo com a cabeça.

Há vários comentários do tipo “descongele esse rosto!” ou “sorria mais!” mas ao final a mulher diz que me saí muito bem, embora tenha que mostrar menos os dentes.

***

O jantar acaba sendo mais silencioso do que o almoço. Assim que termino, vou para meu quarto e me enfurno debaixo das cobertas. Não tenho pesadelos ou sonhos ou qualquer tipo de pensamento.

De manhã sou despertada pela minha equipe de preparação. Deixo eles tomarem conta de mim, e fico quieta a maior parte do tempo, menos quando Donna ou Hanna me perguntam coisa ou outra. Estremeço as vezes também, de dor ou de nervosismo, considerando que apararam as pontas do meu cabelo tirando quase todos os cachos. Ao final da tarde minha pele brilha literalmente, depois de quase tomar um banho de glitter, minhas unhas estão aparadas e pintadas de branco e meu cabelo está sedoso e arrumado em um coque alto bagunçado artisticamente, com várias contas brilhantes coladas nele.

Finalmente o baque na porta anuncia que Elsyn chegou.

Ela está deslumbrante, como sempre. Sua pele escura parece brilhar ainda mais contra os cabelos brancos armados. Está com um vestido amarelo de um ombro só que vai alem dos sapatos. Suas jóias vermelhas brilham como fogo. Ela segura uma capa preta, que imagino, é minha roupa da entrevista.

– Você está incrível, Elsyn! - digo, sorrindo.

– Eu sei. - minha estilista diz, depois solta uma risadinha - Mas acho que você vai ficar mais.

Sorrio de novo, fechando os olhos enquanto sinto o tecido leve passar pela minha cabeça. Abro os olhos levemente, levando as mãos a boca quando me vejo no espelho.

Meu vestido é bem curtinho, diferente do de Elsyn, não tem mangas e é azul bem clarinho. Da cintura para cima é de seda lisa, mas da cintura para baixo é todo incrustado de brilhantes. Meus sapatos tem um salto baixo e só uso uma pulseira prata como acessório.

A minha equipe de preparação começa a bater palmas e exclamar “linda!” em volta de mim.

– De uma voltinha. - diz a mulher ao meu lado, seu olhar técnico me observando. Giro e fico surpresa com o vestido esvoaçando, parecendo que o céu da manhã tem estrelas. Descubro um saia colada em baixo da parte esvoaçante com os mesmos detalhes.

– Ainda não está completo. - diz a estilista. Olho desapontada para ela.

– C-como assim? Está ótimo, nunca me senti mais bonita, eu... - mas Elsyn não me deixa terminar. Segura meu rosto com uma mão, e do lado do olho esquerdo ela cola as continhas brilhantes, sua marca.

– Pronto. - a mulher diz. E novamente todos batem palma.

Depois das palmas, Elsyn pede um momento a sós comigo. Imagino que queira falar da minha imagem na entrevista.

– Jura que você está se sentindo bonita, Faith? - a estilista pega as minhas mãos. - É muito importante que você esteja, porque... - ela não continua, mas sei o que quis dizer.

Porque essa é a última roupa bonita que eu vou vestir antes de entrar na arena.

– Você acha que eu vou me sair bem? - mudo de assunto. - Na entrevista, digo.

– Terie me contou que a estratégia é parecer bem alegre e inocente. - Elsyn desvia os olhos - Acho que o vestido não fez seu trabalho direito... mas fora isso acho que será perfeita. E não só porque sou sua estilista, você sabe. Todo mundo pensa assim.

– O vestido está perfeito também! - dou um leve tapinha no ombro da mulher. Nós rimos um pouquinho - Muito obrigada mesmo, Elsyn. Por acreditar em mim.

– E porque não acreditaria? - ela olha para as paredes por um tempo, depois para o chão, e em seguida para o teto. Acompanho os movimentos dela. A cabeça vira com graciosidade e leveza, um destaque das pessoas da Capital. Sempre admirei essas pessoas leves e fortes, enquanto as vezes sou sensível demais até para erguer o queixo. O tempo passa e estamos lá, naquela mesma posição, de frente ao espelho. Estou esperando ansiosamente pelo som da plateia.

A hora finalmente chega. As entrevistas ocorrem em um palco montado na frente do Centro de Treinamento, então podemos ouvir os sons loucos das pessoas ao sairmos. Eu e minha estilista andamos em direção ao elevador, e lá encontro Tantum dando os últimos retoques na roupa de Aiden.

Que, por sinal, está incrível.

O garoto usa um terno azul de um tom oposto do meu, mas o dele também tem brilhantes. O cabelo loiro está arrumado em um topete, exatamente igual ao da Colheita. Os sapatos são cor de gelo como os meus e em cada uma das suas mãos há dois anéis de prata.

Entramos todos juntos no elevador, e Elsyn não tira as mãos da minha cintura. Claramente não estou nervosa, mas ela ainda parece achar que eu precise de proteção. Um pensamento rápido passa na minha cabeça quanto imagino se estivesse aqui ano passado. Acho que a mulher estaria me carregando nos braços. Não posso rir, não posso rir.

A porta do elevador se abre, e maioria dos tributos estão sendo enfileirados em ordem para a entrevista. Me colocam entre o menino do quatro e Aiden, e me assusto ao perceber como sou pequena. Já me acostumei ao fato de bater no ombro de Aiden, mas o garoto a minha frente é simplesmente alto demais. Bato aproximadamente no meio das costas dele.

Estamos prestes a nos encaminhar a parte do palco onde os tributos esperam, mas Terie aparece de repente entre mim e meu parceiro.

– Aiden, aja como deve. - diz Terie. - Você também, Faith. E Shawny mandou dizer que está orgulhosa por ver você andando de salto tão bem. Agora vão!

E ele sai.

– Vamos no sair bem, Fay. - o garoto atrás de mim cochicha. Em seguida vamos nos sentar nos locais designados.

Caesar está lá, seus cabelos chamativos. A primeira coisa que faz e contar algumas piadas e dar uma breve introdução, deixando o público ansioso. Não que os tributos também não estejam.

Logo as entrevistas se iniciam com a garota ruiva do Distrito 1. Sua roupa verde realça seus cabelos e seus olhos azuis, que só agora percebi. Ela aparenta o ar de “irmã mais velha vingadora”. Percebo na hora, só por ter experiência com Hope e Layla.

Em seguida Fllyn. O doce menino conversa muito, mas tudo acaba na mesma frase: “Odeio que minha irmã esteja aqui comigo.”

Vejo uma lágrima cair dos olhos da garota (Amy, acho) ao ouvir a entrevista do irmão. Mas acho que só eu e os dois perceberam.

Emma está incrível na sua entrevista, sua personalidade forte fluindo. Responde as perguntas de um jeito determinado, como se estivesse completamente segura que os Jogos já tinham uma vencedora. Os tributos do 3 parecem um tanto inseguros, mas são bem inteligentes e humorados. Laureen, a carreirista do 4, age de um jeito completamente diferente do que eu imaginava. Está quase... amorosa. Diz que tem dois irmãos mais novos (que surpreendentemente tem as mesmas idades das minhas irmãs) e que faria de tudo para voltar para casa apenas para eles, e que nada mais importa. Grande mentirosa. Em seguida o entrevistado é o parceiro de distrito dela. Caesar o chama de Harry. O garoto tem personalidade humorada e de bem com a vida, como se os Jogos fossem uma competição escolar, onde todos sobrevivem. Queria ser assim também.

O nervosismo e a ansiedade tomam conta de mim quando Caesar deseja boa sorte a Harry.

Uma campainha soa, me fazendo levantar um tanto desajeitada. O meu nome é chamado, então me dirijo ao apresentador. Trocamos um aperto de mãos e finalmente estou sentada de frente para a plateia.

– Faith Meinerz. - diz o homem de cabelos amarelos. - Que nome bonito, para uma menina tão bonita.

– Obrigada. - respondo sorrindo, mostrando os dentes com cuidado - Minha mãe escolheu.

– Fez bem. - Caesar fala, elogiando novamente. - Falando da sua mãe... Ela agiu bem na colheita? Quando o seu nome foi chamado?

– Não pude vê-la do palco. - sou honesta - Acho que foi chamar o meu pai e minhas irmãs.

– Ah, claro. Crianças não vêem os Jogos Vorazes no Distrito 5. - O homem apoia a cabeça na sua mão, fechando o punho - Quantos anos suas irmãs têm, querida?

– Sete e oito.

– Bem pequenas, certo? Agora, voltando a colheita...

Já sei o que ele vai perguntar agora. Provavelmente Aiden vai ser forçado a responder isso também, considerando minha resposta.

– Aquele abraço. Você e Aiden tem algum tipo de relação? - Caesar pergunta. Aquilo paira em meu ouvido rapidamente.

– Aiden é irmão da minha melhor amiga. - sempre honesta, disse Terie para mim. Doce, também - Nada mais que isso.

– Entendo, entendo. - a mão do homem encontra a minha. - Sabe, não precisa guardar segredos, somos todos seus amigos.

A plateia aplaude. Eu rio inocentemente.

– Não tenho segredos, Caesar. - aperto a mão dele de volta. - Pode confiar em mim.

A plateia solta uma exclamação. Olho para Elsyn, sentada bem na frente. Ela sorri e bate palmas silenciosamente.

Caesar parece notar que estou olhando para minha estilista, por que a próxima pergunta é:

– Muito criativa, a sua roupa no desfile. Como você se sentiu usando-a?

– Incrível! - bato as mãos nas minhas pernas. - Simplesmente amei.

– Oh, como não é doce essa menina? - o homem se dirige para frente e aperta minha bochecha levemente. Então, estava funcionando. Todo o plano de Terie acabou dando certo. - Imagino que você não tenha sido tão doce assim no treinamento, certo? Para ter aquela nota ótima! Nove, certo?

– Sim. - sorrio, dessa vez de verdade.

Novos aplausos.

– O que aconteceu durante esses dias? Desabafe, querida! - diz Caesar, em seguida ri de um jeito escandaloso.

– Ah, espere e verá! - rio um pouco, e a plateia se junta a mim quando o homem a minha frente se finge de desapontado.

– Aposto que sua família também vai ter que esperar, não é? - Essa pergunta pega todos de surpresa, inclusive eu. Subitamente penso na minha família assistindo a essa entrevista, e sinto as lágrimas se formando. Mas pisco forte, impedindo-as de escorrer pela minha bochecha. - Qual foi a última coisa que você disse a eles, Faith? As suas irmãs, especificamente.

Tarde demais. Uma lágrima cai, e molha a seda da parte de cima do vestido.

– Disse pra elas que eu iria voltar. Não importa o que acontecesse.

Mal termino de falar e a campainha de final da entrevista ecoa nos meus ouvidos.

– Nosso tempo acabou querida. Boa sorte. - Caesar me ajuda a levantar e em seguida se inclina um pouco para me abraçar. Em seguida leva minha mão acima da minha cabeça. - Faith Meinerz, nossa doce tributo do Distrito 5.

Todos aplaudem enquanto vou me sentar.

O nome de meu parceiro é chamado e ele se dirige para a frente do palco. Aperta a mão do apresentador e ele diz que Aiden é bem forte.

Entendo na hora. A estratégia de Aiden é ser resistente. Mostrar que vai ganhar os Jogos, não importa o que venha no seu caminho. Uma versão mais carrancuda da entrevista de Emma.

Qualquer pergunta do homem dos cabelos tingidos é respondida diretamente com sim ou não, parando para explicar brevemente coisa ou outra. Esse com certeza é outro tipo de Aiden, um que eu nunca tinha visto, mas que surpreendentemente se sai muito bem.

Até a pergunta do abraço.

Aiden começa a gaguejar um pouco, mas isso só dura alguns segundos, pois a resposta vem firmemente.

– Ela é a melhor amiga da minha irmã. Estava lá em casa quase todos os dias. Ainda sinto como se ela fosse parte da minha família. E quero protegê-la, mesmo que minha irmã tenha me proibido de ficar perto da Faith nos Jogos.

Uma exclamação que percorre a plateia aparece também no meu rosto e no de Caesar.

Fora isso a entrevista continua normalmente, e logo chega ao fim. Quando meu parceiro volta para a cadeira dele não trocamos palavra, coisa que maioria dos tributos fez. Assisto ao resto das entrevistas prestando atenção em algumas: A garota tímida do 6, Julie, a intelectual do 7, que se chama Piper, e a menina pequena do 12, Marie Tommer.

Ao final todos os tributos se levantam para ouvir o hino. Em seguida todos nós voltamos para o Centro de Treinamento e entramos nos elevadores. Eu e Aiden continuamos mudos até chegar no quinto andar, onde esperamos pela nossa Equipe de Preparação.


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Notas finais do capítulo

Deixem seus reviews.
beijão.



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