As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 16
Capítulo 15 - Sidartha: A Cidade Proibida


Notas iniciais do capítulo

Heey Loves ;3

Vocês comentaram tão rapidinho e comentários tão fofos que decidi postar mais um comentário. Não via a hora de vocês lerem esse capítulo, neles vocês irão descobrir a verdade sobre tudo por isso...

Boa Leitura ;3



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Acordamos as 4 da manhã. Fui a primeira por isso tinha acabado de sair do chuveiro, coloquei a roupa que tínhamos que usar igual à dos moradores de Sidartha. Era uma calça jeans apertada preta, minhas pernas ficavam esguias e longas com ela, junto dela uma regata azul turquesa e uma jaqueta de couro preta. Calcei meus tênis e deixei meus cabelos volumosos soltos.

As roupas de Aylin e Rachel eram distintas. Rachel usava uma calça que não era uma calça, era como um pano que passava por suas pernas e era curto, junto dele usava uma blusinha de um pano macio.

–Que diabos é isso? – perguntou Rachel.

–É uma saia – disse Aylin – Minha mãe costumava fazer umas dessa para mim até ser proibido.

–É curta de mais, mas eu gostei – sorriu.

Aylin vestia jeans como eu, contudo sua blusa era maior e mais confortável.

Pegamos uma mala com rodinhas e saímos, logo encontramos o resto do grupo entrando no ônibus. Todos estavam diferentes, mais humanos, parecendo adolescentes e não guerreiros.

Theo entrou, e Deus do céu. Ele estava lindo. Usava uma jaqueta de couro e jeans escuros, por baixo uma camisa gola v branca. Seus cabelos estavam molhados.

–Vocês podem ficar onde quiserem na cidade, só não se metam em confusão – disse ele – E estejam aqui as 5 horas em três dias, fiquem espertos.

[...]

A viagem foi breve e quando chegamos andamos mais meia hora até chegarmos na cidade. Assim que chegamos muitos se perderam e foram em direções opostas.

Olhei a minha volta. Sidartha era fantástica. Tinha longos prédios espelhados, lojas com luzes fortes e holofotes coloridos. As ruas eram bem iluminadas e cheias de vivacidade, as pessoas que nela caminhavam tinham um estilo diferente não usavam roupas comuns como nós usávamos. Nas ruas tinham carros, isso não existe na Cúpula para nós que não somos do governo. O sol batia nos prédios fazendo a cidade brilhar.

–Gente, eu...

Ótimo, estava falando sozinha porque minhas duas únicas amigas tinham sumido no momento em que eu pisquei. Tinha que ir para algum lugar antes que Theo me achasse.

–Onde você vai querida?

–E você me achou – disse mau humorada.

–É ironia do destino.

–É o destino me odeia mesmo – brinquei.

Theo sorriu.

–Deixe de ser chata, vamos achar um lugar para passar a noite – disse com cara de sem vergonha.

–Que convite indecente – sorri

–Claro que é.

Nós dois pegamos nossas mala e andamos por alguns minutos. Paramos em frente a um prédio que parecia abandonado comparado aos demais. Estava com a pintura detonada, as janelas e tinham madeiras bloqueando os locais.

–Vamos entrar aqui?

Theo virou-se para mim e pegou minhas mãos.

–Tess confio em você e por isso acho que está na hora de você descobrir a verdade sobre você mesma.

–Como assim?

–Confia em mim?

–Confio – afirmei, surpresa com minhas próprias palavras.

Ele sorriu feliz por escutar aquilo. Bateu levemente na porta com madeira na frente, achei que ele estivesse ficando maluco mas ao que parecia isso não era verdade.

–Qual é a senha? – perguntou uma garotinha do outro lado da porta.

–Abra essa merda se não quando eu entrar você vai apanhar – disse brincalhão.

–Theo – gritou ela animada.

–Abra logo isso Lize – pediu ele.

Então a porta se abriu gentilmente, por dentro o lugar parecia ainda mais acabado. Não entendia ainda o que estávamos fazendo aqui.

Era mesmo uma garotinha do outro lado da porta. Ela usava uma saia com uma blusinha, tinha longos cabelos loiros e grandes olhos azuis. Deveria ter pouco mais de 12 anos.

A menina pulou em Theo fazendo ele a abraçar de uma maneira gostosa e fraternal. Ela o abraçou de volta e o encheu de beijos.

–Tessa, essa é minha irmã Elize – apresentou-me ele – Lize essa é minha amiga, Tessa.

–Você é muito bonita – disse ela sorridente – Seus cabelos são como chamas.

–Ah...Obrigado.

–Vamos, vocês precisam descer – falou Lize.

Não entendi o que ela quis dizer com isso, mas Theo sorriu dizendo para nós irmos. Chegamos ao fim de um corredor todo destruído e abrimos uma porta quebrada, havia um elevador. Elize digitou algo em um painel e o elevador se abriu.

Convidou todos nós a entrarmos, e assim fizemos. Descemos quase o equivalente a 12 andares. Quando a porta se abriu fiquei realmente surpresa.

Era uma super casa. Tinha uma televisão enorme em frente ao sofá de couro branco, uma mesa de jantar de vidro e quadros enfeitavam a casa por toda a parte. Havia um corredor cheio de portas. A casa era pintada de branco e cheia de detalhes.

–Mãe, pai, Theo chegou – anunciou a garota – E trouxe uma amiga bonita.

–Liz, poderia calar a boca? – pediu Theo.

–Ah, claro – disse cínica.

Uma mulher de meia idade magra apareceu do corredor, ela tinha os cabelos loiros e era alta. Seus olhos eram azuis e expressivos.

–Theo – comemorou ela abraçando ele – Que saudades.

–Também senti saudades, mãe – disse ele.

Mãe?

–Você trouxe ela – disse a mãe dele me olhando – Você conseguiu, eles ficaram felizes em vê-la.

–Sim, mãe não a assuste por favor. A Tess tem a mania de sair correndo.

–Idiota – resmunguei.

–Tessa, essa é Valerie minha mãe – disse.

Abri um sorriso idiota e estendi a mão para cumprimentá-la. Um homem entrou na sala. Era alto, robusto, olhos perfeitamente redondos, cabelos loiros. Usava roupas normais, assim como Elize e Valerie.

–E esse é Jonathan, meu pai – disse por último.

Ele sorriu, mas dispensou os apertos de mão para abraçar o filho.

–Pensei que estivesse morto, não entrou mais em contado – disse Jonathan.

–Estive ocupado, cuidando de alguém – olhou para mim.

–Vou repetir, idiota – resmunguei e ele riu.

–O jantar está quase pronto. Elize mostre a Tessa onde ela pode passar os dias conosco e...

–Filha?

Eu reconheceria aquele coro animado em qualquer lugar do mundo, mesmo que estivesse surda ou qualquer outra coisa. Aquela voz fora a primeira que eu ouvi na vida. Eram meus pais.

Virei vagarosamente para vê-los. Andrômeda, minha mãe estava linda em um vestido amarelo, seus traços ainda eram como eu me lembrava doces e arredondados. Ao lado dela estava Damon, meu pai. Ambos se vestiam normais, diferente da última vez em que nos vimos.

–Eu estou louca? – perguntei para o Theo.

–Querida, já conversamos sobre o assunto de estar louca – sorriu – E você está perfeitamente normal.

Meus olhos se encheram de lágrimas, corri para abraçar os dois e eles eram de verdade. Abracei de tal modo que quase desfaleci em seus braços.

–Eu senti tanto sua falta – sussurrou meu pai.

–Pensávamos em você todo dia – murmurou minha mãe.

Nos soltamos e nos olhamos, céus era bom demais para ser verdade.

–O que houve com seu rosto? – perguntou meu pai passando a mão nos meus machucados.

–Então Theo, acho que você deveria contar agora ao meu pai sobre os seus métodos de ensino – falei brincando.

Ele sorriu.

–Sua filha é teimosa senhor, aprende do pior jeito possível – explicou ele.

–Oh, rapaz claro que é – sorriu – Quanto tempo Theo, faz dias que não manda notícias.

–O importante é que ele está bem – disse mamãe.

Estava confusa, não sabia se tinha batido a cabeça muito forte e por isso estava tendo esse devaneio louco ou se tinha vindo parar em uma dimensão alternativa.

–O que está acontecendo aqui? – perguntei.

–Estava demorando – disse papai.

–Me deve uma torta – disse mamãe.

Olhei-os querendo saber que diabos eles falavam.

–Apostamos que quando chagasse aqui não demoraria 5 minutos para perguntar o que estava acontecendo – disse papai – E sua mãe venceu, disse que menos de 2 minutos. Theo é um bom soldado, achei que ele nem iria conseguir colocar você aqui dentro.

Valerie apareceu já tinha montado a mesa do jantar, nunca tinha visto tanta comida gostosa junta. Conseguia ver a torta de carne da minha mãe.

Me sentei entre meus pais, Theo ficou de frente para mim, sua irmã ao seu lado e seus pais na ponta. Mamãe como antigamente colocou minha comida, estava lambendo os beiços.

–Agora é uma boa hora para me explicar o que acontece aqui – pedi.

Eles se olharam e suspiraram.

–Há anos atrás quando o governo caiu e as divisões se formaram uma sociedade surgiu. Nem todos queriam viver como escravos na Cúpula e Sidartha é o melhor lugar para isso. A sociedade se chamava Aska, em sueco quer dizer cinzas – disse papai – Eles sabiam da existência de um tipo diferente de pessoas, umas que possuíam dons de nascença dons que ninguém poderia explicar.

–Só que o governo foi mais rápido e matou todos os integrantes do Aska – disse Jonathan – Os filhos deles foram aprisionados e feitos de experiências, injetaram grandes quantidades de remédios, e perceberam que eles tinham o cérebro apto para todas as coisas.

Como eu, pensei.

–Começaram a enviar esses especiais para o campo de batalha e como sua irmã, eles morreram sem motivo. Theo nasceu com o mesmo potencial e depois você. Não tinha como o Aska esconder vocês – explicou mamãe – E os outros sobrenaturais.

–Sobrenaturais? – perguntei.

–Os soros, remédios e quais quer outra coisa que lhe injetaram no governo fez seu cérebro desenvolver poderes paranormais. Coisas incríveis. Você é como sua mãe, uma Kamin – disse Jonathan – Nossos idealizadores eram os antigos suecos, a palavra significa fogo. Você é poderosa Tessa, pode pôr fogo só que só outro Kamin pode ver o fogo se espalhando.

Agora tudo fazia sentido, eu tinha mesmo matado Jordan, então a garota era uma...Kamin? Ela viu o fogo.

–Há outros como o Theo que são os Frysa. Eles são capazes de congelar alguém até a morte – disse Jonathan – Ou como a Lize, uma Lakning que pode curar.

–Os mortos, foram os avós de vocês – explicou Valerie – Nós somos os filhos, experiências de laboratório. Conseguimos viver escondido e continuar com o Aska, temos adeptos por todos os lugares. Mas, temos que viver escondidos. Nas sombras.

–Vocês protegem sobrenaturais?

–Antes que o governo descubra nós, eles só sabem que temos um cérebro brilhante Tess – disse Theo – Não sabem que colocamos fogo ou congelamos tudo.

–E eles não podem saber – completou mamãe.


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Notas finais do capítulo

Recomendações por eu ter postado rapido ? Não ?

Querem mais ?

Gostaram? Estavam esperando isso ?

Ficaram decepcionados ?