E Por Que Não? escrita por Annabeth Prior


Capítulo 1
Na verdade, não importa!


Notas iniciais do capítulo

Ah, cara! Podem dar ideias de shipps também!



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P.O.V Annabeth

Meu celular toca.

No visor está: Frederick Chase.

Meu pai. Desligo o telefone. Ele sabe que estou com Luke e que ele me leva pra casa depois. Meus olhos passam do celular para o filme.

O filme termina e eu levanto, Luke me puxa de volta ao assento.

- Ei - diz ele. -, eu soube que depois dos créditos tem um pedaço imperdível que foi retirado do filme.

- Esquece, Luke! - digo. - Meu pai me ligou e... Aff, tenho que ir.

- O.k.

Nos levantamos e todos ficam nos olhando, pareço ser a única que não sabia do tal "pedaço imperdível que foi retirado do filme". Como tradição do que eu e Luke sempre fazíamos quando íamos ao cinema, compramos a nossa "Pipoca de Saída" para comermos no carro.

Já no carro, Luke liga o rádio e está tocando um cover de Carry On My Wayward Son extremamente ruim. E ele olha pra mim, enquanto faço uma cara de nojo.

- O que? - fala ele rindo.

- Que horror, Luke!

- Ah, você conhece essa música, né?

Reviro os olhos e ele se volta para frente, olhando para a rua e onde estamos seguindo. Ele sabe o caminho da minha casa, eu não. Luke tem dezesseis anos e eu quatorze, mas somos amigos desde que nos conhecemos no corredor da escola, quando eu ganhei o posto de Monitora Por Um Dia e ele sem querer, quase entrou no banheiro feminino. Lembro disso muito bem! Faz um ano e três dias.

- Tá entregue a moça! - ele fala sorrindo.

Sorrio de volta. É difícil ver ele sorrindo assim. Desde que teve de deixar a casa da mãe, ele não é mais o mesmo, por isso tento ser uma boa amiga.

- Amanhã te vejo na escola? - ele pergunta e aí percebo que ainda não saí do carro.

- Aham - respondo olhando fixamente pra ele.

- O.k., agora saia! A chuva está molhando meu carro!

Desvio o olhar, e como Luke pediu, saio do carro, bato a porta forte demais e corro para casa, a chuva encharcando minhas botas e meu cabelo.

Abro a porta e meu pai está lá.

- Onde você estava, mocinha? - pergunta ele.

- Pai, eu lhe disse. - digo. - Fui ao cinema com Luke hoje.

- Ah, sim. Um filme de quatro horas, é?

- Engarrafamento, você sabe.

- A propósito, o horário da janta já passou, se quiser algo, pegue na geladeira.

- Eu não quero, obrigada

Ele me olha com uma cara triste de desaprovação.

- O que houve com você?

- Eu só comi pipoca agora.

- Não. Desde que você conheceu esse garoto. Você está diferente.

- Pai, eu estou melhor. Ele é legal. E não posso deixar um amigo como ele agora: com os pais separados. Além do mais, agora vem as aulas e eu tenho menos tempo de falar com ele.

- Procure ter outros amigos.

- Você também me disse isso quando eu era amiga de Nico di Angelo. Veja como ele está agora, pai: deprimido e todo vestido de preto.

- Vá para o quarto, você precisa dormir!

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH - reviro os olhos. - NÃO! EU NÃO VOU! Não enquanto você não me contar o problema de Luke!

Ele me olha, apavorado.

- Annabeth, para o quarto! Eu não sei quem é você mais, minha filha!

Assim como eu não soube quem era você quando deixamos minha mãe, penso.

Vou para o quarto e tomo uma chuveirada em meu banheiro. Coloco um pijama e dou uma última olhada em meu cartão de Natal mandado pela mamãe, com sua caligrafia perfeita, dizendo que queria me ver.

...

O despertador me acorda ás 6:00 da manhã. Hoje tenho aula. Algo para fazer.

Desço as escadas, meu pai já saiu. Ele dá aula de história militar em uma escola de Ensino Médio.

Tomo café da manhã e vou para a escola andando. Não está chovendo, somente há um nevoeiro logo em frente.

Chego na escola em menos de cinco minutos e vejo todos os professores antes do horário. É normal que eu chegue cedo. Sempre vou para a sala dos professores e fico mexendo nas coisas, organizando provas e tudo mais, tenho acesso á tudo isso porque sou representante de turma. Mas hoje, todos já estavam ali, ou seja, tudo organizado. Havia uma menina entre eles.

Ela vestia calças pretas e uma camiseta da banda Sex Pistols com uma jaqueta de couro, também preta. Seus olhos azuis elétricos me fitaram.

Ando até ela e digo, estendendo a mão:

- Olá, sou Annabeth Chase.

- Thalia.

Ela aperta minha mão, mais confiante do que qualquer pessoa que eu já tenha visto. Mas cerca de meio segundo antes de eu me dispersar da mão dela, os joelhos dela se dobram, de modo que representam fraqueza. Seguro sua mão com mais força.

- Tudo bem?

- Aham. Me desculpe. Nossa! - ela diz, impressionada.

- O que?

- Você!

- Eu?

- Nãão! - fala ela irônica.

Sorrio. Solto sua mão. E ela sorri. Thalia é muito bonita.

- Que bom que se conheceram! - diz a professora de Artes, Sra. Tucson. - Srta. Chase, leve ela até a sala S11.

A sala do Luke.

Eles serão colegas, talvez se tornem amigos. E meu pai quem sabe assim...

- Oi! - grita uma voz na porta. É o Luke.

- Luuuuuke! - chamo. - Esta é Thalia - falo quado ele se aproxima de nós. - Ela é sua colega, acho.

- Hummm - ele parece confuso. - Oi, Thalia. - ele fala o nome dela de forma casual, o que a faz rir, com seu sorriso excepcionalmente lindo.

- Olá, Luke. - Ela fala imitando a voz dele. Eles se apertam as mãos. E dessa vez, ela não tem uma recaída.

- Se somos colegas, venha comigo, para eu te mostrar a sala. Ele se vira e quando está quase saindo, Thalia segura o braço dele.

- Este é o serviço de Annabeth.

- Ah, sim! Venha conosco, Luke - falo.

Eu e Luke colocamos Thalia entre nós. Não mostramos a S11, mostramos toda a escola.

Quando estamos rindo, os três juntos, o sinal soa alto.

- Vou pra sala! - digo.

- Falou, loirinha! - Luke diz.

- Até o intervalo, Annie. Pode ser Annie? - pergunta Thalia.

- Claro! - sorrio.

Ela e Luke saem de braços dados, como estávamos antes, mas agora só os dois. Vou para a sala.

Entre a primeira troca de períodos, sinto uma borracha voando em minhas costas. Viro pra trás.

- Vi seu amiguinho andando com minha prima quando estava vindo - fala um garoto, o qual reconheço: Percy Jackson.

Levanto as sobrancelhas.

- Seu amiguinho! Sabe, o Faber-Castell. Ops! Luke Castell.

- Castellan.- corrijo. É isso que ganho por ser amiga dele.

- Foda-se! Tudo a mesma coisa!

Reviro os olhos e olho pra frente.

P.O.V Thalia

Sento ao lado de Luke, que pede para todos professores uma permissão para sentar de dupla comigo só porque sou nova na escola.

É sério, isso é legal, mas irrita. Todos acham que eu preciso de mais atenção. Já vivi com isso antes, não quero mais.

- Ei, podemos continuar de dupla! - Luke chega sorrindo.

Sorrio de volta. e me viro para o caderno. Aí sinto, de repente, um calor sem sentido. Retiro a jaqueta de couro. Estou de mangas curtas.

- Tá louca? - Luke se apavora.

- Não! - respondo. Óbvio que não!

- Coloque o casaco!

- Mas estou com calor!

- Coloque!

- Não preciso! - insisto.

- Então me dê ele!

Entrego o casaco para ele, é um modelo que cabe tanto em homens, tanto em mulheres. Ele coloca o casaco.

Nossa!

Não sei como, mas ele consegue usar o mesmo casaco que eu! Eu sou pequena e magra, Luke é alto e musculoso, mas claro, magro também.

Começo á rir. Aí penso: Qual o motivo disto? Paro de rir, mas então ele começa, e eu continuo. [Notas da autora: Nossa, que diálogo suspeito o seu, Thalia '-']

A aula começa, mas eu e Luke passamos a aula inteira com o riso segurado e nem copiamos nada. É sério, eu não consigo olhar para ele e me dá vontade de rir.

Como uma pessoa bonita pode ser engraçada?


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Notas finais do capítulo

Deem reviews, se gostarem, acompanhem! E me digam o que querem que eu mude. Não tem problema :) São críticas construtivas1