A Espera Da Morte escrita por By Thay gc


Capítulo 1
O diário de Cássia Foster.


Notas iniciais do capítulo

Quero lhes dizer que é o seguinte, a estória é retratada pelo Diário da personagem principal, porém, algumas vezes será escrita em Terceira pessoa.

Espero que gostem, e só para avisar. Mexe com o psicológico. E aviso, se for fraco para esse tipo de estória, não leia. ;)
Obrigada^^

http://www.youtube.com/watch?v=6gE1FCNFG40 (musica para Climax)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/419310/chapter/1

Cássia Foster

25/09/2013

Está talvez seja a ultima vez que estarei escrevendo, sinto muito por isso. Durante anos eu tive os avisos, avisos a quais eu não entendia por ter muito medo, vendo o que aconteceria aos outros. Eu devia ter prestado atenção. Só peço desculpa as minhas amigas, minha família que felizmente agora eu poderei vê-los pelo menos. Eu gostaria de ter ajudado mais, porém, eu tinha tanto receio de estar louca, de ser coisa da minha cabeça. Eu me acostumei com isso, mas ainda não conseguia entender o que realmente aconteceu e o motivo disto tudo.

Agora não há mais tempo para pensar, Ela esta aqui. Ele esta aqui. Veio me buscar, e agora não há avisos, e nem escapatória, desta vez eu realmente não poderei voltar para aqueles que me ama. Sinto muito pelo o que disse antes. E se alguém achar este caderno de anotações, eu peço que por favor, não desmereça nada que há escrito nele. Acredite em mim, por favor.

Oh não! Eu posso senti-lo, eu consigo ouvir seus passos perto de mim. Eu não posso mais fugir. Chegou a minha hora. A espera finalmente teve um fim...

Adeus.

Cássia Foster.

13/03/1999

De vez em quando seria bom se as pessoas parassem para realmente prestarem atenção no mundo a sua volta, ou pelo menos tentar entender que jamais estivemos ou estamos sós no universo, ou em qualquer lugar que esteja. Quero lhe propor um desafio, e não adianta você recusar, pois no momento em que começou a ler você automaticamente entrou no meu mundo.

O desafio é o seguinte. Pense um pouco sobre isso, você esta sozinha? Esta escuro ou claro? Ouve algo ou é apenas silêncio? Responda para si mesmo em pensamento estas perguntas. E dê uns segundos antes de continuar lendo. E já aviso. É para fazer isto, ou irei saber.

Pronto. Bom, preciso lhe dizer que de todas as perguntas que fiz, nenhuma é importante com exceção de uma. Esta sozinha?

Esta foi à única realmente relevante pelo simples motivo, independente das respostas das outras, você jamais estará só, não importa o lugar que estejam, ou se esta barulhento ou silencioso. Não acredita? Diga-me se sentiu um arrepiou nas costas ao olhar para trás... Agora. Eu te peço que, por favor, não o faça, mesmo se não veres ou sentir nada, eles saberão que você agora conhece a existência deles. E se eles se quer desconfiar que tu sabes, nunca mais vão te deixar em paz.

Te assustei? Perdoei-me, não era minha intenção. Eu apenas quero que você tenha consciência de que não esta sozinho, jamais. E se você rir disto aqui e tiver a mínima vontade que seja de parar de ler por achar tudo uma tremenda besteira, deixa eu te dizer uma coisa. Você não precisa provar nada a ninguém dizendo não sentir medo...

Eles sempre sabem a verdade.

Cássia Foster

05/12/2012

Eu tinha cinco anos apenas quando começou tudo isso, minha mãe sempre dizia que de vez em quando no meio da noite ela ia até meu quarto para ver se estava tudo bem, e me encontrava sentada no chão ao lado da cama mexendo as mãozinhas no ar sorrindo docemente para o nada a minha frente. Geralmente a luz do abajur em cima da mesinha de canto estava acesa. Ela jamais se preocupou, pois sempre dizia que era coisa de criança e uma fase passageira. Mas em uma noite onde até então estava surpreendentemente calor, mamãe foi até meu quarto e antes de pegar na maçaneta, sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha, ela me disse que hesitou em abrir a porta e ter a visão de algo ruim dentro do meu quarto, mas o instinto de mãe falou mais alto.

Assim que ela abriu ligeiramente a porta, avistou eu, sua filha, encostada no canto da cama com os joelhos dobrados e os bracinhos segurando-os fortemente contra meu peito, em meu rosto uma feição de choro estava para começar, eu olhava para o canto onde geralmente sentava no chão, com total pavor e agonia.

Mamãe percebeu também que a luz do abajur estava apagada, depois me disse que na verdade havia desaparecido a lâmpada misteriosamente. E como ela me viu? Foi o que perguntei para ela depois. E minha mãe respondeu com um brilho tênue no olhar. Lembro-me de suas palavras até hoje.

"Estava tudo muito escuro, porém, você era a única quem estava clara, era como se uma luz estivesse em cima de sua cabeçinha, iluminando você. E tenho certeza que foi aquela luz que te salvou. A sua própria luz Cáss."

Para quem não sabe meu nome, Cássia. Significa Puro em grego, só que para mim sempre foi somente Cássia, eu nunca acreditei que desde meu nascimento eu tenho algo especial além de um significado de nome em outra língua. Só que apenas depois que cresci e me tornei uma adulta foi que realmente entendi esta parte. Eu atraia esse tipo de "coisas" para mim, porque minha alma era pura. Ou pelo menos era o que minha mãe dizia.

Eu nunca desejei ter este tipo de coisa, na verdade se minha mãe não tivesse me dito sobre o que fiz quando criança, eu jamais iria se quer ter idéia que fiz tal coisa. Até o final da noite do dia seguinte dela ter me contado isto, eu ainda não conseguia me lembrar, mas nunca disse que era mentira, na verdade para alguém como eu, é obrigatório ter a mente aberta. Mas então, exatamente às dez horas da noite, a luz ao lado de minha cama piscou algumas vezes antes de apagar por total, e então, como um fleche lembrei-me de tudo o que aconteceu naquela época. E agora irei lhe contar do meu ponto de vista o que foi que houve naquela noite.

Eu estava deitada em minha cama fofa e macia, hoje faz tanto calor que não consigo me cobrir com meu cobertozinho. Mas eu não preciso, ela disse que iria voltar hoje de novo, e me avisou que eu não precisava temer, que nada de mal me aconteceria, ela estaria lá no quarto para me proteger como sempre fazia. Ela chegou a me dizer seu nome, era Angelina.

Eu estava para fechar meus olhos quando ouço um ruído vir de baixo de minha cama, eu sabia que era Angelina, ela entrava ali para ver se não tinha nenhum monstro, por isso não me preocupei em prestar atenção no que acontecia ao meu redor.

Mas então ouvi novamente aquele ruído, que me lembrava unhas arrastando na madeira, eu sabia sentia não ser Angelina por que, ela tinha unhas curtinhas e me dissera uma vez que apenas monstros possuem unhas grandes, e assim acabavam se arrastando conforme andavam dependendo do lugar.

Eu estremeci ao escutar de novo aquele som, peguei minha coberta rapidamente sem olhar para os lados e me cobri, mas estava muito calor, e eu me sentia ficar sem ali de baixo, não conseguia respirar, tentei ao máximo e então coloquei minha cabeça para fora, parecia que eu estava me afogando.

Só depois eu percebi que a luz do abajur estava apagada, eu tentei acende-la, porém, de nada adiantava. Ouvi o ruído mais uma vez e logo seguido de um grito abafado, era Angelina, me desesperei e então senti uma coisa estranha dentro de mim, era como se fosse um sentimento bom e protetor. Mesmo estando tudo escuro, levantei minha mão e a olhei, estava clara como se um pouco de luz estivesse ao meu redor, e desfoquei olhar de minha mão e foquei apenas no que meus olhos captarão no chão, do lado de minha cama. Angelina estava estirada no chão com um corte no pescoço e a cor verde de seus olhos agora eram brancos e pareciam olhar diretamente para o lado de minha mesinha, onde assim ficava o abajur.

Decidida a não olhar para o outro lado, fui mais para trás, já que minha cama ficava encostada na parede, e com jeitinho amuado continuei olhando para o corpo de Angelina. Eu sentia que tecnicamente estava segura, pois certa vez ela me disse que não importa o que acontecesse, minha luz própria iria me guardar.

Só que ela nunca me disse que minha luz só duraria se eu continuasse a aceitar meu dom e ajudar os outros. Coisas que eu parei de fazer depois dos quinze anos. Contudo isto, conto depois. Nesse momento preciso sair de meu quarto, pois a sombra que esta flutuando neste exato momento o teto do meu quarto, está começando a me assustar.

E se eu fosse você, tomaria cuidado com os ruídos estranhos que ouve em seu quarto à noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E então até o proximo, Comentem por favor okay? Isso é realmente importante.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Espera Da Morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.