Doce Tormenta escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 4
Alô?


Notas iniciais do capítulo

Ufa! Mais um capítulos , novas descobertas, espero deixa-los curiosos.



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– Nathan

Quando ela partiu senti um vazio, a questão era, porque diabos eu me sentia assim. Eu passara a maior parte do meu dia com ela e mesmo assim não parava de pensar naqueles belos olhos azuis, podia jurar conhecê-los de algum lugar.

Quando cheguei em casa decidi que um tempo na banheira e uma taça de vinho me fariam bem.

Enquanto despia-me o telefone tocou.

–Alô.

– Nathan querido, - Susan minha psicóloga, e mãe substituta falava na outra linha. - Estou ligando para confirmar sua consulta amanhã ás seis. Tentei entrar em contato mais cedo.

– O escritório esta uma bagunça, Ashley nos deixou a algumas semanas, então precisei contratar outra secretária.- de fato Ashley havia pedido demissão após a morte de meu pai, porém com certa insistência minha e de Adden ela ficara mais alguns meses, porém recentemente casou-se e se mudou para Seattle.

– Espero que tenha encontrado alguém tão competente quanto ela querido. Preciso desligar, Peter chegou para o jantar. Até amanhã Nate.

Susan sempre fora da família era a melhor amiga de minha mãe e desde a sua morte, tornou-se uma presença importante em minha vida e na de Adden.

Na banheira enquanto tomava uma taça de vinho, meus pensamentos insistiam em vagar até aqueles malditos olhos azuis e aqueles lábios rosados, não entendia o porquê de quere-la, nenhuma mulher jamais chamara a minha atenção como ela havia feito, mesmo que inconscientemente. Prometi a mim mesmo que ficaria longe dela para seu próprio bem, não precisava de outra Hanna.

Acabei o banho, me vesti e pedi comida chinesa.

                                 ~~ ~~

Cheguei ao escritório cedo, tinha muito que fazer hoje antes de minha consulta com Susan, as seis. Quando entrei na cozinha pensando em fazer um café, encontrei Melanie na ponta dos pés tentando alcançar a tomada. Sua saia cinza havia subido um pouco para meu prazer.

– Droga de... - disse ela não percebendo minha presença.

Tossi propositalmente. Ela virou-se, ao me ver, corando. Era incrível a sua capacidade de corar sempre que me via.

– Tendo problemas com a cafeteira Srta. Davis?- não sei ao certo mais ela pareceu atingir um tom mais escuro de vermelho. Tive que me controlar para não rir. Ela não sabia o quanto era adorável.

– Sim, não consigo alcançar a tomada. - ela apontava timidamente para cima do armário atrás dela.

– Se me permite ajuda-la. - fui em direção ao armário, e sem esforço algum, pluguei o cabo na tomada.

–Obrigado. - ela ainda parecia envergonhada.

–Como gosta do café?- perguntei.

– Preto, com açúcar. - sorriu abrindo o armário pegando o pote de café, em seguida o entregou a mim, seus olhos nunca deixando os meus. Era incrível como ela podia ser doce e parecer envergonhada em certos momentos, porém em outros me devorava com os olhos.

Terminei o café, peguei duas xicaras e nos servi. A intensidade de seus olhar era hipnotizante, não pude deixar de dar um passo a frente, meu corpo tão próximo ao dela que até chegava a doer. Então nosso transe foi quebrado pelo som de seu celular, ela o pegou ainda olhando-me quando atendeu.

– Sim. – notei as expressões que passaram por ela, surpresa, descrença, medo, não sabia ao certo até ela começar a chorar.

– Isso não pode estar acontecendo, não, não, não. - o choque a fazia tremer, e tudo o que eu queria era conforta-la.

–Sim John, entrarei em contato. – disse ela, desligando. Seus olhos estavam vidrados e seu pensamento, distante.

–Melanie?- chamei-a. Ela nem mesmo piscou, então fui até ela.

– Ei, Melanie?- chamei mais uma vez, abraçando-a. Ela então começou a gritar e socar me tentando fazer com que eu a soltasse.

– Me solte, Por favor, de novo não. Prometo não contar, droga, eu juro. - seus soluços erram horríveis e seu olhar continuava distante, a apertei firme contra mim, não iria solta-la.

– Melanie, sou eu, esta tudo bem. –disse enquanto tentava acalma-la. Seu olhar foi ganhando foco novamente. Graças a Deus. Então ela estava retribuindo meu abraço embora continuasse a soluçar baixinho. Ficamos assim durante algum tempo então ela disse:

– Eu sinto muito Nathan, eu, eu, - ela gaguejava entre soluços.

– Ei! Tudo bem quer falar sobre isso?- Melanie apenas negou com a cabeça. Decidi não pressiona-la.

– Se um dia sentir-se confortável em me contar, ficarei feliz em ouvi-la.- falei, acariciando suas lindas bochechas.

– Obrigado. - ela respondeu desvencilhando-se de meus braços e saindo da sala, deixando-me com um enorme vazio no peito. O que estava acontecendo com ela? Queria e iria descobrir o que, ou quem a assustava, queria também consola-la e protege-la.

O terror em seus olhos insistia em me acompanhar a amanhã toda. Quando era meio dia, eu voltava da sala de Adden, ao entrar encontrei em minha mesa um bilhete com os dizeres:

“Sinto muito pelo almoço, não posso ir”.

Não pude evitar ficar irritado, mulher nenhuma jamais havia me recusado. Meia hora depois fui ate a sala dela, e esta estava vazia. Ouvi sua porta bater meia hora mais tarde.

Não havia comido, então decidi ir até o restaurante do outro lado da rua pedir algo. Pensei em convida-la novamente. Ao me aproximar de sua porta, ouvi risos, então bati.

– Entre. - abri a porta e me deparei com Adden almoçando com ela como eu havia feito no dia anterior. Meu peito queimava de raiva.

– Nathan, estava me procurando?- perguntou ele com um maldito sorriso infantil no rosto.

– Não, queria saber se a Srta. Davis já havia almoçado, vejo que sim, se me dão licença. – respondi fechando a porta, olhando-a de relance. 


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Notas finais do capítulo

Não deixem de ler a história da Jullie Clark gente ,http://fanfiction.com.br/historia/418172/Sob_A_Pele/
Beijo beijo e amanhã tem mais!



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