– Me perguntar algo?

– Ah... É... Hum... – ele respirou fundo novamente – Talvez seja melhor esperar mais um pouco pra perguntar. – ele soltou a mão da Maka e se ajeitou na cadeira.

– Tudo bem. – Maka, apesar de curiosa, não quis pressionar

Eles continuaram com o jantar. O prato principal era macarrão espaguete ao molho vermelho. Bem romântico. Tudo estava bem caprichado. O clima estava ótimo e a conversa também. “o que será que ele queria perguntar?” Maka ficava remoendo isso com muita curiosidade. Depois do prato principal Stein foi buscar a sobremesa, o velho e bom sorvete.

– Sabe, sobre aquela pergunta. – ele colocou o sorvete em cima da mesa e parou em pé ao lado da Maka. Ele expendeu a mão para ela, ela segurou e levantou – Maka, se eu pedisse você aceitaria se casar comigo?

– Eu... – os olhos dela brilhavam, o coração estava acelerado – Eu não sei... Eu...

– Tudo bem, não precisa responder agora. – ele deu um sorriso – Afinal, essa é uma grande decisão.

– Eu quero me casar com você, mas – ela abaixou a cabeça – minha idade não vai atrapalhar?

– Não existe idade para o amor. Além disso, falta pouco tempo para que fosse 100% legal nosso casamento.

– Então, sim! – Maka sorriu como jamais sorriu antes – Eu aceito! Eu aceito! Vamos nos casar, assim poderemos ficar juntos para sempre!

Stein ficou muito feliz com a resposta, mesmo sabendo que a parte de “juntos para sempre” acabaria em pouco mais de três meses. Eles comeram a sobremesa falando sobre como iria ser daí pra frente, pois Maka estava muito empolgada. Mas isso só fazia Stein se sentir na obrigação de contar logo sobre estar doente.

Como a Maka havia previsto, ficou tarde demais para ela voltar para casa. Quando terminaram o jantar trocaram de roupa, aproveitaram a luz das velas para namorar um pouco. Stein ligou o som, músicas românticas tocaram, o que foi perfeito para o casal. Ali na sala mesmo, no sofá, Stein se deitou por cima da Maka. Ele acariciava os cabelos dela. Eles se beijavam apaixonadamente. Eles se prepararam para avançar. Maka ficou totalmente corada, seus braços em volta de Stein o abraçavam. Stein sussurrava no ouvido dela, “Maka...” ele chamava por ela. Corpos e línguas entrelaçados no calor da noite deixando-os suados. “Maka! Maka!” ele chamava por ela de novo.

– Eu... Eu te amo! – ela disse ofegante

– Eu também te amo, Maka.

Depois de um tempo os dois foram para o quarto para tentar dormir. Eles dormiram juntinhos enquanto Maka sonhava com o casamento. De manhã Maka fez o café da manhã. Eles comeram planejando como ia ser o dia. Eles decidiram assistir um filme e ficar lá mesmo só curtindo a companhia um do outro.

– Nós temos que falar com seu pai, né? – lembrou Stein

– Sim, para o noivado ser oficial.

– Hum... Acho que posso falar com ele depois de amanhã. Que tal depois da aula nós três conversarmos?

– Depois da aula?

– Sim, depois da aula.

E assim aconteceu. No dia marcado Stein pediu para Spirit para conversar na casa dele. Maka estava um pouco nervosa. Eles ficaram sentados na sala para conversar.

– Por que vocês me chamaram? – perguntou Spirit

– Temos algo para falar com você. – respondeu Stein

– Como assim? Você não fez nada com a minha filhinha, fez?

– Calma papa, ta tudo bem. – Maka sorriu meio sem jeito

– Spirit, – Stein respirou fundo, levantou e foiem direção a ele – eu quero... Eu quero pedir a mão de sua filha em casamento!

Tudo ficou em silêncio por alguns segundos. Spirit estava paralizado.

– O que? M-minha filhinha? – ele levantou – Ela não pode se casar! Ela é muito nova!

– Sim, por isso que vamos marcar o casamento para quando ela completar dezoito anos, que não está tão longe assim. – Stein falou seriamente

– Mas... - Spirit se lembrou do estado de Stein – Maka deixe-nos sozinhos, vá para o quarto.

– Mas, papa?

– Tudo bem, logo o papa chama você de volta. – ele sorriu. Quando Maka saiu ele voltou a ficar sério e virou para Stein – Você tem ideia do que está fazendo? Você está iludindo ela e nem ao menos contou do que vai acontecer daqui a três meses!

– Desculpe, eu realmente queria poder me casar com ela. – ele sentou

– Quando você pretende contar?

– Assim que os sintomas começarem a aparecer, o que não deve demorar muito.

– Mesmo que vocês se casassem, levando em consideração que isso seria daqui a um mês ou dois, a relação de vocês é um segredo, como ficaria isso perante a sociedade?

– O casamento também não podia ser um segredo?

– Não confio nisso. Também não estou pronto para entregar minha Maka – ele choramingou

– Entendo. Eu queria que ela tivesse uma grande lembrança comigo. – Stein encostou as costas e levantou a cabeça – Mesmo no fim da vida não posso fazer algo bonito assim?

– Ai você já ta querendo me manipular...

– Talvez. – ele riu – Bom, não precisa ser algo grande nem ter muitos convidados. Apenas quem sabe sobre nós dois. O que você me diz?