Inimigos Coloridos escrita por Harry Jackson Everdeen


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu escrevi pouco, mas eu gostei porque o número de caracteres no World é 222222222222, enfim, não tem muito, mas acho que ficou legal. LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Espero que shippem!



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– Annie, filha, Percy está te esperando. – gritou Frederick para a filha, esta que estava terminando de posicionar a máscara.

O baile de inverno dos Jackson’s seria naquela noite, sábado daquela mesma semana, e Annabeth estava linda com um vestido azul turquesa – e ela não escolheu esse por casualidade – que era longo por conta do frio, e a máscara era azul com detalhes brancos. Poseidon e Sally, os pais de Percy, decidiram fazer um baile de máscaras para mudar um pouco, já que eles sempre faziam bailes comuns.

– Já estou indo. – gritou ela de volta, pegando sua bolsa de mão branca e uma blusinha, para caso ficasse com frio.

Abriu a porta do quarto e se encaminhou para a porta da frente, onde seu pai estava com Percy sentados no sofá. O moreno olhava para todos os cantos, mas evitava olhar para o sogro, este que o encarava sem ao menos piscar. A loira riu baixinho com a atitude do pai – este que ainda tirava sarro de Percy – e se pronunciou.

– Vamos? – perguntou, fazendo os dois homens mais importantes de sua vida, a olharem com encanto.

– Ér... – Percy estava embobado, e não conseguia formar uma frase completa. Então, Frederick tomou a iniciativa.

– Você está linda, minha filha. – disse ele se levantando e indo a até a loira lhe dar um abraço. – Seu namorado ainda tem medo de mim. – sussurrou rente ao ouvido dela, fazendo-a rir e devolver, também na base do sussurro.

– Também, você fica intimidando-o toda vez.

O pai riu alto e a soltou, dando um beijo em sua testa e falando para Percy.

– Cuide de minha filha, Jackson. – o moreno assentiu rápido e esperou Frederick sair de seu campo de visão, para só então, dizer alguma coisa.

– Ah... você está... meus deuses, Annabeth! – exclamou, a olhando de cima a baixo. Ela corou, mas riu da cara de maravilhado que o rapaz deu.

Não que ele estivesse atrás. Percy usava calça, camisa e terno negro. Apenas a gravata diferenciava, esta que era azul royal. E olha que eles não tinham combinado nada. O moreno estava lindo, e aquela máscara preta que usava, o deixava sexy, na opinião de Annabeth. Ela não conseguiria manter a compostura por muito tempo tendo um deus grego em forma de homem na sua frente.

Percy, como um bom cavalheiro que é, estendeu o braço para a loira e a guiou até seu carro, que estavam em frente ao prédio. Abriu a porta pra ela e deu a volta no carro, sentando-se no assento do motorista e dando partida. A festa seria na própria empresa de seus pais e todos os amigos deles foram convidados. Mas, por ser filhos dos anfitriões, Percy tinha de estar lá antes para receber todos os convidados.

Chegaram à frente de um edifício enorme, onde Percy estacionou. Abriu a porta para Annabeth e de mãos dadas entraram pelas gigantescas portas duplas e se depararam com muitos garçons, andando de um lado para o outro enquanto uns ajeitavam suas roupas. Um homem forte dava instruções para uma mulher que tinha uma prancheta em mãos, e a mesma assentia em tudo que ele lhe falava. O casal se aproximou do homem, que parecia uma replica de Percy, apenas um pouco mais velho.

– Então tudo bem. – falou o homem, com um sorriso para a mulher, esta que retribuiu e se retirou.

Percy pigarreou, o senhor se virou e logo abriu um sorriso.

– Meu filho, você está muito elegante. – disse, dando um abraço no moreno mais novo, e depois se voltou para a loira. – Mas, minha nora está muito mais bonita.

Annabeth corou e deu abraço em Poseidon. O homem estava deslumbrante. Ao contrário de Percy, ele estava com calça, camisa, terno e máscara brancos, e sua gravata era verde limão. Estava realmente magnifico. Poseidon nunca teve a aparência de velho. Embora já tivesse seus quarenta e poucos anos, parecia que ele tinha trinta.

– Cadê a mamãe? – perguntou Percy.

– Logo ali. – gesticulou o Sr. Jackson com a cabeça, e com um lindo sorriso no rosto. Aquele sorriso bobo de apaixonado.

Atrás de Percy e Annabeth, estava uma mulher, linda, de cabelos castanhos, em um vestido verde limão longo, que tinha uma fenda em um dos lados, fazendo com que ora ou outra, sua perna ficasse a mostra.

– Você está lindo, filho. – Sally deu um beijo na bochecha de Percy e um abraço em Annabeth. – Você também, minha querida.

– A senhora que está linda, Sally. – falou Annabeth. Os olhos castanhos de Sally por trás da máscara verde brilharam, e um sorriso tomou conta de seus lábios.

– Obrigada. Mas, por favor, não me chame de senhora.

Todos riram, e acabaram embarcando em uma conversa alegre e divertida. Os convidados foram chegando e cada um foi para um canto, cumprimenta-los. Logo os amigos do moreno e da loira também chagaram, e todas as garotas estavam lindas. Até Clarisse, que é sempre a que menos ligava para roupa, estava linda. E Chris a comia pelos olhos.

– O quê que é isso, Rodriguez?! – exclamou Clarisse. – Quer parar de me olhar assim?!

Chris encolheu os ombros, achando que receberia um tapa. Mas se surpreendeu quando ela começou a rir.

– Estou só tirando com a sua cara. – disse ela entre as risadas.

O Rodriguez a olhou, e sem pensar duas vezes, a puxou pela cintura para um beijo de tirar o fôlego. A La Rue nunca foi de demonstrar carinho na frente dos outros, mas se deixou levar pala pegada de Chris. Até que em alguns momentos ele era bem macho.

– Eu posso ficar te olhando a festa inteira, se você deixar. – ele disse sussurrando, fazendo Clarisse se arrepiar um pouco.

– Idiota. – disse e lhe deu um tapa fraco no peito. O mesmo riu e passou o braço por sua cintura.

Todos voltaram a conversar animadamente, e praticamente todos já estavam lá. Faltavam apenas três.

– Onde será que o Nico está? - perguntou Percy, e Annabeth o respondeu.

– Ele acabou de me mandar uma mensagem dizendo que ele, Bianca e Austin já estão chegando.

Luke, ao ouvir o nome do moreno de olhos negros, rolou os olhos de irritação. Thalia, que estava do seu lado, percebeu tal ação, mas nada comentou.

Tenho a permissão em dizer que a morena estava muito linda. Seus vestido era preto, com alguns detalhes brancos aqui e ali, e sua máscara também era negra com detalhes brancos. Seus cabelos negros estavam com pequenos cachos nas pontas, e ninguém a reconheceria se não fosse por seus olhos únicos.

– Hey, pessoal. – disse alguém, atrás de Grover e Juníper.

Nico havia chegado com Bianca e Austin. A di Angelo estava, realmente, linda. Seu vestido era preto, com detalhes roxos como a máscara, e Austin estava com terno e calça preta, enquanto sua camisa e gravata eram vermelhas como seu cabelo.

– Hey, Fantasminha! – falou Travis, ao lado de Thalia. A morena não havia reparado que o moreno havia chegado, mas quando o fez...

O di Angelo estava lindo, mas não usava terno ou algo como os outros. Ele usava uma calça jeans preta colada, com um cinto. A camisa social preta estava dentro da calça, e suas mangas estavam erguidas até os cotovelos, e por cima da camisa, ele usava um colete preso até o meio do tronco. A gravata e a máscara também eram negras, destacando sua palidez. Mas, algo estava errado. Seus lábios inchados e seu cabelo desgrenhado, lhe entregava.

– Mal chagou, e já caiu matando. – falou Connor. – Mas, devo admitir, você é muito rápido.

– Bem, na verdade – disse Bianca. – Ele chagou mais cedo. Eu vim com Austin.

Nico deu um sorriso amarelo, e Annabeth revirou os olhos. Quando Nico confessou que tinha de fato ficado com uma menina que nem conhecia, uma certa morena de olhos azuis sentiu seu pulmão se contorcer, e um pingo de raiva se via presente em seus olhos. Ao perceber que seus punhos se cerraram, ela tentou prestar atenção em outra coisa. Mas, estava difícil com Nico vestido daquele jeito enquanto coçava a nuca por ser pego em flagrante. Como ele conseguiu ficar ainda mais gostoso?! Perguntou-se.

Seu autocontrole estava sendo muito bem testado. Se não o tivesse, talvez eles dois estariam fazendo coisas inapropriadas para menores de 18 anos. Afinal, o moreno de olhos negros também a comia pelos olhos.

Ficaram se analisando em silêncio, enquanto os outros estavam em uma conversa que, tanto para Thalia quanto para Nico, ela não era de nenhuma importância. O moreno deu um passo à frente, em sem desgrudar os olhos do rosto dela, estava prestes a dar mais um. Porém, fora interrompido.

– Lia, eu vou pegar uma bebida. Quer algo? – questionou Luke.

Por que ele insiste com esse apelido?! Thalia pensou antes de responder. Mal sabia ela que Nico compartilhou o mesmo pensamento.

– Não, obrigada.

– Certeza? – ele perguntou brincando, fazendo Thalia se esforçar para não revirar os olhos.

– Absoluta. – respondeu.

O loiro a olhou esquisito e se foi, sumindo em meio aos convidados. A morena voltou seu olhar para Nico, ou melhor, um lugar onde não tinha mais ninguém. Ela olhou para seus amigos, mas ele não estava lá. Isso só fez seus pulmões se retorcerem novamente, lhe tirando um pouco o ar. Que porra é essa?

Ela já ia começar a procurar pelo Luke, quando uma mão lhe segurou pela cintura, prendendo assim seus braços, e a outra tapou sua boca. Thalia queria se soltar, mas quem quer que fosse, tinha muita força. Rente a seu ouvido, ouviu o ser sussurrar:

– É rapidinho.

Thalia não prestou atenção na voz, mas começou a sentir um cheiro. Um aroma familiar de romãs. Quando o homem – que Thalia deduziu ser um – entrou por uma porta, que dava para a escadaria, Thalia, enfim, conseguiu soltar seu braço e escapar. Estava para correr, ou para cima ou para baixo, mas o homem fora mais rápido e lhe agarrara o pulso. Puxou-a com firmeza, mas não a machucou. Seus corpos trombaram, e a morena percebeu que o coração do homem estava acelerado.

– Calma. – falou. – Calminha, Grace. – e riu.

Ela o olhou, e um ódio lhe veio.

– Di Angelo. Seu filho de uma boa mãe! Você me assustou, idiota. – ela falava, e dava tapas em seu braço, fazendo Nico segurar agora seus dois punhos.

– Parou. Isso dói pra caramba. – reclamou, mas não soltou os braços dela. – Eu não queria te assustar. Eu quero ter um papo com você.

Thalia bufou, mas pediu para que prosseguisse.

– Eu queria pedir desculpas. – falou rapidamente.

A morena arregalou os olhos, já que não é todo o dia que ele pedia desculpas.

– Sim, eu sei. Muito assustador. – Nico debochou, lendo os pensamentos dela. – Mas, eu fiquei mal com o que eu te disse na segunda.

– Eu não estou brava. – falou Thalia, e o moreno relaxou. – Mas, para não perder o costume, eu não o perdoo.

O mesmo riu e finalmente soltou os braços dela. Pensou por um momento antes de voltar a olha-la nos olhos e questionar.

– Eu também queria saber – ele deu um passo à frente. – Porque tanto me olhava.

– Ih. Olha aí você com seus delírios. – falou ela, não respondendo sua pergunta. Ele riu.

– Pode falar, Grace. – ele deu mais um passo, prendendo-a contra a parede. – Você está louca para repetir o que aconteceu na sua casa.

Para falar a verdade, os dois estavam loucos para aquilo se repetir. E agora parecia a oportunidade perfeita para tal ato.

Thalia o olhou, e realmente queria aquilo de novo. Os lábios dele tinham gosto de romãs, igual ao aroma. Lógico, foram só 30 segundos, não deu para sentir de fato o gosto. Queria ter aquela sensação de novo. Nico, a mesma coisa. Queria sentir os lábios macios de Thalia que, totalmente ao contrário dela, eram ternos e calmos.

– Eu ainda tenho o meu autocontrole. – murmurou para si.

Nico deu um sorriso de lado, e falou ainda mais próximo:

– Ele já vai lhe escapar.

E Nico tinha razão.

Thalia passou suas mãos pelo pescoço do moreno, o puxando para mais perto e juntando seus lábios. Uma corrente elétrica percorreu ambos os corpos, mas não pararam o beijo por conta disso. Nico a prensou ainda mais contra a parede fazendo-a arfar surpresa. Suas mãos foram para sua cintura, e suas pernas se encaixaram perfeitamente. O beijo era cheio de desejo, mas havia outro sentimento. Não era amor, mas sim ódio. Eles se odiavam, mas tinham que admitir que se queriam.

Realmente, tem gosto de romã, pensou Thalia atordoada. O fôlego acabou, mas Nico não queria perder o clima, então começou a distribuir beijos desde o lóbulo da orelha até a base do pescoço. Recuperaram o ar e voltaram a se beijar, só que agora, seus limites foram reduzidos. A morena arranhava a nuca do rapaz, enquanto o mesmo apertava sua cintura e lhe mordia o lábio inferior.

O fôlego voltou a faltar, e eles se separaram ofegantes, mas Nico não tirou as mãos da cintura de Thalia, e com ela a mesma situação.

– Isso foi – o moreno não terminou, porque ela já tinha intendido.

– Não comente nada com ninguém. – ela disse. – Eu ainda o odeio, di Angelo.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? E esse final?
a partir de agora, o negócio fica interessante. Continuem lendo e, talvez amanhã, já sai o próximo.



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