You Can Always Be Found escrita por WaalPomps


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Um minuto de silêncio por Humberto Carrão de toalha
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VEM DE TOALHA PRA CÁ SEU LINDO, PQP. MAS ANTES SALVA A GIANE, PORQUE EU TO LOUCA DO CU DE AFLIÇÃO, AIN JESUS AMADINHO MEU ♥



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O silêncio na sala era absoluto. Mayara e André haviam ido brincar no parquinho a pedido da tia, que agora estava escorada a parede, deixando assim os lugares no sofá para os “convidados”. Ela havia ouvido tudo que Bento explicara em total silêncio.

_ Vocês acham que essa pessoa pode ter trazido a Giane aqui para o Rio? – perguntou a ex-it-girl, recebendo acenos afirmativos – E como eu posso ajudar?

_ Você está recebendo ameaças desde que sabotaram o buffett do Wilson, não é? – Bento perguntou, revelando essa parte da história aos demais.

_ Pera, você não falou nada de ameaças. – Fabinho reclamou.

_ Eu ia sabotar o buffett do Wilson, mas a Simone passou mal e eu abortei a missão. Mas alguém foi lá e fez o serviço. A mesma pessoa que empurrou a Malu da escada. – explicou Amora.

_ Não vai querer agora culpar essa mesma pessoa pelo sequestro da Giane e o incêndio da Toca, não é? – o ex-badboy rosnou, e Amora negou.

_ Vocês podem não acreditar, mas eu ia mesmo com o Bento para São Paulo esse final de semana, me entregar. – ela suspirou, massageando as temporas – Esses últimos meses cuidando da Simone foram de muito aprendizado para mim, eu reconheço hoje tudo de errado que eu fiz, e eu peço realmente perdão. Eu vou acertar minhas contas com a Justiça, porque isso é o certo. Mas eu não vou me ferrar por crimes que eu não cometi. E a sabotagem ao Wilson e o acidente da Malu não são culpa minha.

_ Como você conseguiu fugir? Se manter todo esse tempo? – perguntou Maurício – E você sabe que você sumiu respondendo ao processo pela fraude do exame de DNA, e isso vai te complicar mais.

_ Eu fugi pra Campinas, e de lá entrei em contato com a Simone. Ela e as crianças foram me encontrar, e passamos dois meses lá. Mas então a minha irmã piorou, e nós viemos aqui para o Rio, fazer um tratamento alternativo de ervas e chás, pelo menos para ele sofrer menos nos últimos momentos de vida. Ela morreu logo depois. – Amora contou, secando os olhos – E eu me mantive com o dinheiro que eu tinha na poupança e na conta bancária, de todos os meus trabalhos como modelo e apresentadora, o que eu consegui guardar eu usei. Eu também estou dando aula de inglês para algumas crianças aqui do bairro. Dá pra pagar o aluguel e não mexer no dinheiro que ainda tá guardado na poupança, no nome das crianças. É pra elas, quando ficarem maiores.

_ Não é querendo quebrar o momento arrependimento, mas podemos pensar nisso depois? Nesse momento tem coisas mais importantes em jogo: a vida da minha mulher e do meu filho. – Fabinho interrompeu, levantando nervoso – Porque graças a sua ameaça, esse doente problemático está querendo dar sumiço no Lucas. E se acontecer alguma coisa com a Giane ou com o meu filho, não é com a polícia que você vai ser acertar.

_ Se acalma Fabinho. – pediu Bento, segurando o rapaz – Amora, cadê o celular?

_ Eu não sei como eles conseguiram esse número, mas eles conseguiram. – suspirou a moça, entregando o aparelho para o ex-marido. Ele tirou o chip, colocando em seu próprio aparelho – O que você vai fazer?

_ O Jonas me falou de um aplicativo que decodifica todos os números que ligaram, mesmo os bloqueados. – explicou o florista, mexendo no aparelho – Não dá para vermos o número... Mas eu consigo ligar.

_ É melhor eu falar. – Amora sugeriu, e todos concordaram. Colocaram para ligar, acionando o viva-voz. Chamou meia dúzia de vezes, até alguém atender.

_ Amora Campana, que prazer falar com você. – a voz era abafada, como se tivessem colocado algo em frente ao microfone do aparelho.

_ Não sei se posso dizer o mesmo... – a morena retrucou. Seguiu-se um silêncio – Acho que você sabe por que estou ligando.

_ Ah, eu sei sim. – a voz riu – Você quer saber onde está a Giane, correto? Para duas pessoas que não se davam, essa sua preocupação com ela é admirável.

_ Eu não estou preocupada. Eu só quero fazer o trabalho sujo eu mesma. – a voz de Amora era fria e calculista, como sempre havia sido. Por um momento, todos temeram que as coisas desandassem – Você já teve o prazer de causar a ruína do Wilson e empurrar a sonsa da Malu da escada. E eu adorei os méritos, mas queria ter tido o prazer.

_ Você acha que eu sou idiota?

_ Você acha que eu sou? – retrucou a mulher, irritada – Eu estou esperando há meses por esse momento. Não quero nem saber quem você é. Só quero ter o prazer de arrancar essa criança dos braços daquela maloqueira irritante e ver o desespero dela ao saber que nunca mais verá o filho.

_ E seus sobrinhos? – perguntou a voz, e Amora quase fraquejou.

_ O Bento vem no final de semana para eu me “entregar” para a polícia. As crianças vão estar esperando por ele. Eu já estarei bem longe daqui, aonde nunca vão me achar.

_ Esteja na clínica dentária no final da rua, às 21h. A bolsa da garota já rompeu na viagem de avião e ela está tendo contrações. O bebê deve nascer antes da meia noite. – e cortou a ligação, deixando todos mudou. Amora desligou o celular, deixando as lágrimas a invadirem.

_ Meu Deus, como eu conseguia fazer isso? – sussurrou ela, escondendo o rosto nas mãos. Mas não prestavam atenção nela. Os outros três encaravam Fabinho, que tremia descontroladamente.

_ M-meu filho tá nascendo. – sussurrou ele – Eu vou ser pai, eu realmente vou ser pai.


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Notas finais do capítulo

Capítulo curtinho, vou deixar a ação para amanhã, porque amanhã é que tem AÇÃO na novela.
Beeeeijos e comentem.



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