Todos chegaram e desembarcaram na “estação” de Hogwarts. Hagrid estava a espera dos alunos para levá-los para o castelo e conhecer a magia que há dentro dele.

–Uau! Esse castelo deve ser incrível! – Disse Hannah totalmente encantada com o pouco que conseguiu ver do castelo na “estação”.

–Hogwarts tem quadros mágicos. – Disse Hermione de repente – As pessoas pintadas nele se locomovem e conversam entre si e com nós bruxos. Eu li isso em Hogwarts, uma história.

“Nossa, essa menina é muito inteligente. Como ela consegue?” – Pensou Hannah.

–Vamos crianças! Vamos para Hogwarts! – Disse Hagrid.

Todos seguiram Hagrid beirando uma floresta e logo pegaram pequenos barcos para chegar ao castelo. Hannah se sentou no barco com Harry, Hermione, Neville, Simas, e dois garotos que não conhecia, um era negro e o outro branco e de cabelos vermelho vivo, como o da senhora Weasley. Então, Hannah se lembrara de que havia visto o garoto exatamente antes das 11 da manhã na Estação de King’s Cross, também prestes a atravessar a parede de tijolos para pegar o Expresso de Hogwarts junto com seus irmãos Percy, Jorge e Fred.

–Oi. Não tinha visto você no Expresso. Prazer, me chamo Dino Thomas, e você? – Então, o garoto negro já não era mais misterioso para Hannah, ele se chamava Dino Thomas.

–Olá, me chamo Hannah. Também é sua primeira vez aqui em Hogwarts? – Perguntou a garota querendo puxar assunto.

–Hannah, - disse Dino – todos que estão navegando por aqui são novatos. Ninguém aqui sabe magia. Em outras palavras ...... sim, sim, é a minha primeira vez.

“Poxa, não bastava só dizer que sim?” – Pensou Hannah.

Os barcos pararam de se mover, haviam chegado ao seu destino.

–Hora de descer pessoal! – Gritou Hagrid.

Todos obedesceram. Desceram dos barcos e aguardaram as próximas instruções do gigante.

–Muito bem, muito bem, todos vocês estão chegando nas dependências de Hogwarts. Espero que vocês sigam em silêncio as escadarias e encontrem uma das professoras de Hogwarts lá no topo. Se comportem e vejo vocês no Salão Principal.

Hagrid se foi e deixara os alunos sozinhos, todos se encaminhando para a escadaria de Hogwarts.

Pov Neville

Hannah é encantadora. Nunca ninguém havia me ajudado se preocupando tanto em procurar o Trevo. Então quer dizer que além de linda ela se preocupa comigo e com Trevo? Nossa, ela é incrível.

Desde que encontrei no Expresso de Hogwarts e começamos a conversar, eu simplesmente me encantei por ela. Seu sorriso, as mechas verdes do cabelo, aquela roupa que ela estava antes de trocar pelo uniforme da escola deixava ela deslumbrante, e sem contar o jeito que ela olhava para mim.

Ai meu Merlim, será se ela gostou de mim? Será se eu fui atraente o suficiente para ela? Eu estou amando?

Simplesmente não quis me separar dela na trajetória de barco até o castelo, sei lá, mas sem o Trevo por ali ela era a única que me acalmava.

Fiquei olhando pra ela a viagem de barco toda, não sei como ela não reparou. De repente percebi que mais alguém olhava Hannah, eles eram dois garotos rechonchudos junto com um loiro medito a besta, parecendo um mauricinho.

Não sei o por que, mas uma onda de raiva me invadiu. Fiquei com uma vontade de dar um soco naquela barriga gigante dos dois garotos, pena que me falta coragem. Sou muito medroso, odeio isso em mim.

Quando desembarcamos, não despreguei os olhos de Hannah, vi exatamente o momento em que ela foi conversar com um garoto que a fez sorrir mais radiante do que quando sorriu conversando comigo. Sinceramente fiquei com muita raiva.

Ela nem se importou comigo, pra ela eu não existia naquele momento. Ela subiu as escadas conversando com o garoto e dando risada. Quem esse menino pensa que é para roubar a Hannah de mim?

Já sei. Vou me tornar amigo desse imbecil só para me vingar dele. Vingar? Como assim? Eu não tenho coragem de fazer nada nem quando tenho oportunidade. Odeio ser medroso.

Pov Hannah

Nossa como o Simas é engraçado e gentil. Além de me ajudar a descer do barco ele me deu o privilégio de conhecer o verdadeiro Simas, eu acho. Nós subimos as escadas rindo e rindo cada vez mais, fiquei até com vergonha, ri tão alto que todos pararam de subir as escadas para reparar em mim e no Simas. Quando vi que todos estavam nos olhando, lembrei de Hagrid e o que ele havia pedido para nós. Corei e me juntei mais a Simas que estava um degrau abaixo de mim.

Depois de alguns longos e intermináveis segundos, todos pararam de nos olhar e continuaram a subir as escadas, aproveitei para ir para o canto, mais especificamente, para o lado do corrimão. Como Hagrid havia dito, havia uma senhora com um manto verde esmeralda e chapéu pontudo no topo da escadaria. Todos nós paramos e aguardamos suas palavras.

Ela nos recebeu muito bem e falou sobre as casas que haviam em Hogwarts que eram Lufa Lufa, Corvinal, Grifinória e Sonserina. Não sei o por que, mais Grifinória e Sonserina me passaram uma confiança. Eu tinha que ser de uma dessas casas, eu quero muito.

De repente, nem me dei conta de que a professora que se chamava Minerva McGonagall tinha sumido, e que no lugar dela, parado como um poste havia um loiro marento falando, ou melhor, tentando levar Harry para o caminho do “mal”. Não contive os impulsos, não sei por que, mais me senti no instinto de proteger Harry. O loiro estava com a mão estendida para Harry quando cheguei onde estavam. Harry deu-lhe uma resposta que me senti bem orgulhosa dele:

– Eu posso ver sozinho quem são meus amigos.

–E quem você pensa que é para dizer a ele de quem ele deve ou não ser amigo? – Disse eu cheia de raiva daquele loiro oxigenado.

–Quem eu penso que sou? Eu sou Draco Malfoy, e eu que te pergunto quem você pensa que é para me tratar assim sua ... – Foi uma peninha que a professora Minerva interrompeu Draco colocando a mão em seu ombro. Adoraria dar uma resposta bem dada a ele. Esse marento, grosseiro e oxigenado merecia uma boa resposta, mas infelizmente, ele não teve essa sorte.

Minerva nos encarou e nós entendemos muito bem o que ela quis dizer com isso. Então ele se juntou aos seus amiguinhos babacas e eu fui bem ao lado de Hermione. Minerva fez sinal para nós a seguir-mos e obedecemos adentrando o salão principal.

Ele era lindo e impecável, simplesmente amei.

–Esse teto é enfeitiçado para parecer o céu anoite. Eu li isso em Hogwarts, uma História. – Disse Hermione para mim e mais outra garota.

De repente, paramos em frente a uma espécie de altar. Um bruxo velho e de barbas brancas disse algumas regras para nós, os lugares proibidos do castelo e que o zelador Argo Filch estaria de olho em nós. Também falou que a Floresta Proibida era terminantemente proibida para qualquer aluno de Hogwarts. Logo em seguida, a professora McGonagall nos explicou como seria a nossa seleção, isto é, qual seria a nossa casa daquele momento em diante.

Hermione foi a primeira. Nossa, como ela ficou nervosa. E eu fiquei muito nervosa por ela. O Chapéu Seletor disse algumas palavras e por fim colocou Hermione na Grifinória.

Depois foi a vez de Draco Malfoy. O Chapéu não disse uma só palavra, a não ser Sonserina.

Quando o loiro marento correu para a mesa da Sonserina, Minerva chamou Ronald Weasley. O ruivo que eu vira hoje de manhã na estação de King’s Cross, que sua mãe, a senhora Weasley explicou para mim e Harry como atravessar uma parede para chegarmos a Plataforma 9 ³/4.

O Chapéu me assustou quando ele encostou nos cabelos ruivos de Rony, ele gritou:

–AH! Outro Weasley! – E logo em seguida colocou-o na Grifinória.

De repente, algo estranho aconteceu, a professora Minerva chamou Harry, só que pelo nome completo. Eu achei estranho porque ela disse:

–Harry Potter.

Então veio um flash back em minha cabeça, sobre a conversa séria minha e do meu pai, sobre a minha origem, digamos assim.

“-Mas então eu sou uma bruxa mesmo? – Havia dito eu.

–Hannah. Hannah Lily Potter. É esse seu nome. Você não se chama Hannah Little (...) “

Meu nome era Hannah Lily Potter, ..... ou melhor, o meu nome É Hannah Lily Potter, isto quer dizer que ...

–Hannah Potter.

Nossa, o Harry já foi selecionado? Nem havia percebido, mas ele foi para a Grifinória.

Agora era minha vez. Todos do salão estavam falando, e com certeza falando sobre mim.

–Como assim? Hannah está viva? – Disse uma voz totalmente desconhecida.

–Não disseram que só haviam encontrado Harry e seus pais mortos naquela noite? – Disse outra voz.

Estava me encaminhando até Minerva e o Chapéu Seletor, perdida em meus pensamentos sobre o que eu acabara de ouvir e concluir.

Sentei no banquinho que havia lá, Minerva colocou o Chapéu em minha cabeça e ele começou a dizer:

–Hum, interessante. Hannah Potter, inteligente e no momento extremamente confusa. Não gosta nada de pessoas que escondem a verdade dela, se apega fácil a pessoas que são gentis e amigáveis. Usa quaisquer meios para conseguir o que quer. É corajosa e esperta. Está muito difícil, mas é melhor que seja .... Sonserina!

Todos os alunos da mesa da Sonserina começaram a aplaudir e se gabar que a irmã do menino que sobreviveu começou a integrar a Sonserina.

Como assim a “irmã do menino que sobreviveu”? E aquele comentário sobre que meus pais morreram? Tenho de descobrir a verdade, custe o que custar.