Sempre Ao Seu Lado - Parte 2 escrita por HR


Capítulo 13
Capítulo 13 - Filhos...




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Chego em casa com a Dra. Alex. Elena está sentada no sofá, apontando para o quarto de Natan com uma expressão de tensão. Ao chegar perto de seu quarto, ouço barulhos. Abro a porta, e vejo Natan fazendo sexo com uma garota. Ela estava excêntrica e ele feroz, fazendo a cama bater contra a parede. Desviei o olhar e ouvi palavrões vindos de Natan para mim.

-Porra! Não sabe bater na porta?! Que merda pai!

-Ai, meu Deus. – ouvi a garota dizer e logo se tamparem.

-Bota a roupa vocês. Parem com isso agora, antes que eu aja por impulso em relação a isso.

 -Arg. Que bosta! A gente não tem mais privacidade pra nada aqui em casa! Você e a mãe podem fazer isso a vontade, por que a gente não?!

-Só coloca a roupa Natan, por favor.

-Eu sou Bianca. – falou a garota de repente.

-Bom saber.

-É pai, a gente tá namorando.

-E você nem fala nada?

-Não precisa. – ele deu de ombros, terminando de se vestir.

-Claro que precisa! Eu quero participar da sua vida, mas você me exclui dela cada vez mais!

-É melhor eu ir... Tchau Nat. – ela passou por mim sem me olhar e saiu de casa.

-Depois a gente vai ter que conversar. – respirei fundo e bati a porta, ouvindo mais uma vez sequências de palavrões.

Volto então para a sala de estar, vendo Elena e Alex conversando no sofá. E ao me verem, ficam tensas, esperando que eu dissesse algo, provavelmente sobre o que aconteceu ou uma desculpa sobre o ocorrido.

-Desculpa por isso... – falei para Alex.

-Não esquenta.

-Eu estava conversando com ela sobre filhos. Sério que ela tem gêmeos e não se incomoda tanto como a gente?! – diz Elena pasma.

-Ah, eu tenho uma babá que cuida deles quando eu não estou, e claro que eles aprontam, mas eu não chego a me estressar...

-Qual é o segredo? – Elena riu.

-Não sei, sinceramente. – Ela sorri.

-E então, querem tomar algo? – perguntei.

-Não. – responderam num coro.

-Damon, ela já sabe do que houve no hospital? – perguntou Alex, insinuando que contasse algo, pois obviamente, ela não sabia.

-Ah, é. Eu fiz um parto hoje. – digo orgulho, me sentando na poltrona, de frente pra elas.

-Não isso. – ela ri.

-Ah! Eu levei um tiro... – levantei a camisa, deixando a mostra o ponto que havia levado.

-Ah meu Deus, Damon! Como?

-Eu atirei em mim mesmo. – ironizei – Não, mentira. Aconteceu um rolo lá, porque um cara queria atirar na Carol e ela se escondeu atrás de mim. Eu tentei acalmar ele, mas parece que ele não gostou muito...

-Você e sua boca enorme... – murmurou Elena incrédula.

-Não, mas ele não falou nada de mais. – respondeu Alex.

-E quem é Carol?

-Ah, uma moça que foi sequestrada uma vez e amarrada com arame farpado, e foi eu quem fez os curativos nela...

-E por que ela tem tanta intimidade com você pra se esconder justo atrás de você entre tantos outros médicos e enfermeiras? – Elena estreitou os olhos.

Olhei em seus olhos. Quando ela estreita os olhos, é porque a coisa tá ficando séria e ela pode explodir a qualquer momento. Pensei rapidamente nas palavras certas. Afinal, não poderia revelar que foi ela quem quase destruiu o nosso relacionamento.

-Uma paciente, Elena. Só isso.

-Tem certeza?

-Absoluta.

-Gente, eu acho que eu vou indo... Tenho muito trabalho ainda pra fazer. – Alex se levantou do sofá.

-Não quer ficar mais um pouco? – perguntou Elena.

-Eu até queria, mas eu tenho que voltar. Não tem jeito... – Ela sorriu, se despediu de nós e voltou para o hospital.

-Quem era a gostosa? – perguntou Natan chegando na sala.

-Ah, pois é. Eu bem que lembrei agora que temos uma conversa, não é?

-Que conversa? – deu de ombros.

-Você sabe.

-Quem era a garota? – Elena mandou a primeira pergunta do questionário.

-Minha namorada, Bianca. – falou sem vontade, revirando os olhos. – Sério que vão fazer um questionário?

-Quantos anos ela tem? – Elena perguntou diretamente.

-15 anos que nem eu, mãe.

-Se conhecem há quanto tempo?

-Isso interessa? – ele resmunga.

-Só responde! – alertei.

-Essa semana. – respondeu.

-Quê?! E já estavam assim?! – indagou Elena.

-Mãe, ela é gostosa! Ela manda muito bem!

-Manda bem em que?! Hein! – Elena alterou a voz.

-Ela faz aquela provocação que os homens não resistem... Você sabe, pai. Quando ela desliza a mão na sua coxa enquanto sussurra algo picante em seu ouvido. Não dá pra resistir, foi mal.

-Natan! – Gritou Elena, incrédula.

-Elena, calma. – Levantei do sofá, indo acalmá-la por instinto.

-Sai Damon! – ela se distanciou de mim. – Natan, você não tem vergonha na cara?

-Não, isso é bom. Vocês sabem que é.

-Mas você tem quinze anos!

-Grande merda. – murmurou.

-Natan, vai pro seu quarto, por favor. – digo, enquanto seguro Elena pelo braço antes que cometa alguma coisa por impulso.


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