O Amor não é Cego escrita por Flor de Cerejeira


Capítulo 5
Conhecendo a amizade




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/41682/chapter/5

Na manha de segunda-feira, Rin e Kagome estavam a caminho das escolas e conversavam animadamente.

- Estou sentindo o cheiro das flores de sakura, as arvores estão floridas hoje pelo que posso sentir.

- Esta sim, parece neve, sinta só!

Kagome parou em baixo de uma arvore e a garota pode sentir o toque das pétalas em sua pele fina.

De dentro de um carro, um rapaz observou a cena e admirou-a.

- Ei presta a atenção na estrada, ou vai bater...

- Inu-Yasha, cala a boca, eu não sou irresponsável como você...

- Esse seu humor não muda nunca heim!

Após passarem as moças ele acelerou mais o carro, e logo chegou ao colégio.

Rin e Kagome seguiram e logo chegaram também.

- Kagomeeee!!! – gritou Sango de longe.

Kagome apressou o passo e logo chegou à porta da sala de aula.

- Kagome olha só, os irmãos conversando, o mais velho é do terceiro ano e o mais novo é do segundo, de nossa sala.

- Caramba, eles são muito bonitos mesmos. Vamos, vamos entrar logo.

Depois que elas entraram, logo o professor entrou e anunciou a chegada do aluno novo.

- Bom dia turma, um aviso, as provas começaram na próxima semana, por isso farei um teste hoje. Mas antes da aula começar quero apresentar para vocês um aluno novo, Inu-Yasha, ele veio do oeste e vai fazer parte de nossa turma a partir de hoje.

- Seja bem vindo! – Cumprimentou a turma em coro.

Logo o rapaz encontrou um lugar, ao lado das garotas Kagome e Sango, que o cumprimentaram.

- Oi, seja bem vindo. – Começou Sango.

- É, acho que não tive muita sorte, começar bem no dia de um teste surpresa.

- Isso que é sorte. – Kagome disse com um sorriso muito simpático.

- Ei eu vi você quando passei pela rua onde tinha aquelas arvores de sakuras.

- Senhor Inu-Yasha, eu gostaria de continuar a aula. – O professor com uma expressão não muito satisfeita o repreendeu.

A aula correu com um Inu-Yasha muito sem graça, mas no intervalo, ele continuou a conversar com as garotas e logo Miroku apareceu.

- Meninas bom dia, como foram no teste?

- Você também teve um hoje?

- A escola inteira teve um, todos reclamaram.

- Miroku, esse é Inu-Yasha, ele ficou em nossa sala. Apresentou Sango animada.

- Eu já tinha o visto, eu sou Houshi Miroku.

- Você parece ser bem conhecido, as garotas estão lhe chamando ali... – Inu-Yasha percebeu certa hostilidade nas palavras de Miroku, e ficou intrigado com aquilo.

- Com licença eu já estarei de volta.

- Eu acho que o Miroku não ficou muito satisfeito em me conhecer.

- Não liga para ele, ele gosta de aparecer, mas é muito legal, você vai ver quando o conhecer melhor. – Comentou Kagome com um sorriso simpático.

De longe as garotas e o novo aluno o observavam conversando, e a expressão não estava sendo de muita satisfação com a conversa.

Logo ele estava de volta, um pouco revoltado pode se dizer encolerizado, pois as garotas o chamaram para comentar sobre o irmão de Inu-Yasha e do Inu-Yasha.

- Meninas o meu dia esta péssimo, eu vou andando.

- Ei Miroku, o que esta te chateando – começou Sango, indo atrás do rapaz. – espere.

Eles seguiram pelo corredor do colégio e desceram as escadas, deixando Kagome e Inu-Yasha sozinhos.

- Você não fez muitos amigos né?

- Não aqui nessa cidade eu só tenho meu irmão, e agora tenho a amizade de vocês. – Sorriu ele simpaticamente.

- Deve ser muito difícil mudar de cidade, ainda mais para uma que não temos ninguém.

- Eu me adapto muito facilmente, daqui a alguns dias eu sei que terei muitas amizades...

O irmão de Inu-Yasha se aproximou, estava com o olhar perdido em algum canto do corredor.

Ele parecia muito frio, muito fechado, mas era um rapaz muito bonito e chamava a atenção das moças por onde passava, mas não estava nem ai para esses tipos de comentários, era muito serio, e para alguns era ate medonho.

- Inu-Yasha – chamou o irmão com frieza. – vou sair mais cedo hoje, sabe qual é o caminho de casa?

- Sim, eu chego lá.

- Ok, não esqueça de passar você sabe onde, tome esse dinheiro e para quando voltar.

Kagome observava o rapaz com um olhar muito interessada, e sorrindo com muita simpatia.

- Essa é Kagome, da minha sala...

Ele a olhou sem interesse, após fechou os olhos.

- Sesshoumaru. – Apresentou-se muito secamente.

O sorriso de Kagome cessou após ver como ele era frio.

- Muito prazer – Reverenciou ela, ele apenas reverenciou com a cabeça depois deu as costas e voltou para a sala.

Kagome ficou pasma com o comportamento totalmente diferente dos irmãos. Um era comunicativo e o outro só falava o necessário.

No fim da tarde, Kagome se reuniu com Sango e Miroku, e estavam a caminho da escola de Rin, e sob os protestos de Miroku chamaram Inu-Yasha para ir junto.

- Ei, eu gostaria de perguntar o que seu irmão tem de tão especial? – Começou Miroku caminhando ao lado de Inu-Yasha.

- Meu irmão, eu sei lá porque, a pergunta?

- Ele esta conseguindo roubar a cena, todas às garotas só falam dele agora, e de você também. – Explicou Miroku com um tom meio hostil.

- Talvez seja porque ele ignora todo mundo... Ele não liga muito para as pessoas idiotas...

- Ele é muito frio, eu o cumprimentei hoje e só o olhar me fez sentir arrepios. – Disse Kagome alisando os braços.

- Estamos indo onde? Inu-Yasha olhou curioso para os amigos, e depois deu um sorriso.

- Vamos ate a escola da prima de Kagome. – Uma simpática Sango respondeu deixando claro que ele já fazia parte do grupo.

Eles caminharam conversando ate perto do colégio, onde Rin estava.

Rin estava encostada no muro perto dos portões esperando por Kagome. Ao ver a garota, Sango correu na frente e deu um abraço caloroso na menina que ficou muito surpresa.

- Sango-chan, você veio hoje?

- Como sabe que sou eu?

- Pelo seu perfume, o Miroku também veio?

- Sim e também um dos alunos novos, o nome dele é Inu-Yasha, é muito legal...

- Então vamos Rin. –chamou Kagome a segurando pela mão.

No caminho todos conversavam, Inu-Yasha olhava curioso para a garota, ela era estranha, mas muito bonita.

Ao chegarem à sorveteria, continuaram conversando ate Rin que com os olhos sempre fixos em um só ponto despertou a curiosidade de Inu-Yasha.

- Kagome, o que sua prima esta achando tão interessante na vitrine da sorveteria, para estar olhando tão fixamente para lá?

Todos ficaram sérios, e Rin sem ressentimento a pergunta respondeu com um doce sorriso.

- Eu não estou olhando nada, porque sou cega.

Inu-Yasha ficou totalmente surpreso e sem graça com aquilo, e se encolheu na cadeira.

- Desculpe Inu-Yasha eu esqueci de te dizer. Essa é Rin, minha prima.

Inu-Yasha olhou a garota e finalmente depois de alguns minutos sorriu e cumprimentou a menina.

- Meu nome é Inu-Yasha, prazer em conhecer e... Desculpe-me eu...

- Não se preocupe você não sabia.

- É que você não parece ser... Cega, seus olhos parecem normais e não usa uma daquelas coisas esquisitas para cegos.

- Ela não precisa, já que eu sou os olhos dela. – Kagome muito sorridente informou.

Após terminarem o sorvete foram para casa.

Rin comentou que havia adorado conversar com Inu-Yasha e que gostaria muito de convidar ele para a festa de seu aniversario que seria no próximo sábado.

No dia seguinte Kagome informou a ele e também pediu que o irmão mais velho fosse.

A semana se passou rápido, e um dia antes do aniversario de Rin elas saíram da escola e foram ao medico de Rin, para mais uma consulta de rotina.

O medico a examinou e estava tudo bem, normal com nenhuma novidade, mas Rin não saiu do consultório triste, mas ansiosa para chegar o dia seguinte.

Após o jantar, Rin subiu as escadas que davam para o quarto rapidamente.

- O que deu nela Kagome?

- Mamãe agora ela esta assim, esta deixando de ser tão dependente dos outros, quer ate andar solta na rua, pede para eu ver se não tem nenhum obstáculo e caminha livremente.

- Mas isso pode ser perigoso...

- É, mas eu nunca a deixo sozinha, estou sempre conversando com ela sobre os perigos para quem não enxerga, mas ela sempre tenta mudar de assunto.

- Acho que esta na hora de a deixarmos voltar para casa sozinha, podemos dar aquela...

- Não mamãe, ela poderia se perder e o pior atravessar rua sozinha, e na rua do colégio dela não tem sinais de transito sonoro, poderia ser muito perigoso.

- Rin é muito esperta Kagome.

- Eu sei mamãe, mas ainda assim não enxerga, e os perigos para pessoas como ela podem estar ate em pequenos degraus.

Ao fim da conversa, Kagome também subiu e recolheu-se em seu quarto. O dia seguinte seria de muito trabalho, e a organização da festa seria logo cedo.

Rin em seu quarto estava na escrivaninha lendo, mas logo se deitou e começou a lembrar de algumas coisas como o parque de diversões e todas aquelas luzes, as arvores de sakura, as flores do jardim, seus brinquedos e seus pais.

Daqueles belos olhos negros brotaram lagrimas, estava triste, pois tinha saudades deles, tinha as fotografias, mas não podiam as ver, e com isso seu choro se intensificou. A garota chorou ate dormir.

No dia seguinte, Rin acordou cedo junto com o cantarolar dos pássaros, saiu de seu quarto e foi ate o banheiro onde se arrumou. Mas quando ia sair, sentiu-se meio estranha e se apoiou na parede. De repente ela sentiu um incomodo nos olhos e os esfregou. Ao tirar as mãos, um flash de luz invadiu seus olhos a fazendo fechá-los rapidamente.

Desesperada com aquela reação gritou por Kagome que correu ate lá apavorada.

- O que houve Rin esta tremendo?

- Eu não sei, meus olhos estão doendo.

- Calma vamos descer.

Kagome levou a garota para a sala e a sentou no sofá, em seguida chamou a mãe que veio correndo.

- O que houve, porque esse alvoroço todo.

- Titia eu acho que minha visão esta voltando.

Kagome e a mãe se entreolharam confusas.

- Como assim Rin, o que houve? – Perguntou Kagome.

- Eu estava lá em cima e de repente meus olhos coçaram ai depois de coçá-los, eu vi um flash muito rápido depois tudo ficou escuro de novo.

- Mamãe!!

- Rin, quando você sofreu aquele acidente, o médico me disse que um dia poderia recuperar a visão, pois esta se devia ao trauma do acidente...

- Sim eu sei, mas será que depois de doze anos no escuro eu poderei...

Nesta hora a campainha tocou, era Sango que tinha dito que viria para ajudar nos preparativos da festa.

Após recebê-la a mãe de Kagome voltou à sala, acompanhada por Sango.

 

 

 

 

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!