Gritos Fulminantes escrita por Isabela


Capítulo 4
Capítulo 4- Sendo caçados


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥
E tratem de comentar ou seus personagens vão morrer! Muahahahaha



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POV Matt

A um segundo atrás eu estaria pensando no meu tão importante jogo que eu desejava comprar, porém estando em um shopping velho e acabado logo imaginei que estivesse sendo enganado. Meus pais haviam dito que era idiotice eu vir tão tarde por um simples jogo, mas minha independência já é fato, posso ir a qualquer lugar sem ajuda de ninguém. Ah, talvez eu tenha sido um pouco ingênuo como sempre, afinal nesse exato momento o que vejo é sangue, muito sangue pelo chão. Uma garota inocente a qual nem cheguei a conhecer estava esfaqueada no chão. Culpa de quem? Quem está fazendo isso com a gente? O que importa essas perguntas? O fato é que alguém está segurando uma enorme faca diante de nós jovens. Tudo que pude fazer foi soltar um gemido de pavor. As garotas pareciam abaladas.

Foi aí que eu simplesmente corri, corri e corri, não sei para onde, mas simplesmente fugi daquela situação. Não seria eu o próximo. Egoísta? Talvez, mas você fugiria se fosse para se salvar. Fui parar enfrente a uma lanchonete, escutei uns gritos e comecei a tremer. Algo queria nossa morte, mas eu não deixaria esse “algo” conseguir isso. O machado de emergência ao meu lado implorava para ser usado, o peguei sem saber muito o que fazer, mas tinha esperanças de voltar a ver o sorriso de meus pais e até suas broncas.

POV Nancy

A memória de sorrisos e alegrias, a diversão que a pouco eu estava tendo com as garotas se transformou em segundos no meu pior pesadelo. Mary estava morta no chão e algo terrível segura uma faca. Alessa estava pálida junto a Alex e Mark. Eles certamente haviam visto algo pior do que Mary sangrando no chão. Talvez ela ainda estivesse viva, era isso que eu tentava pensar. Eu tinha uma caixa de primeiros socorros, afinal caso eu me machucasse em algum desfile, eu poderia fazer um curativo. Pensei nos momentos felizes os quais eu era modelo e desfilava em diversas passarelas no exterior, mas agora nada talvez me restasse. Tirei os primeiros socorros em poucos segundos e me preparei para atendê-la, mas algo pior aconteceu. Acertaram-na na cabeça, eu gritei com todas as forças, ela não merecia aquilo, ninguém merecia.

Segurei a mão da primeira pessoa que vi, a de Bianca. Ela estava pálida, com seus cumpridos cabelos negros e olhos castanhos, ela parecia estar prestes a chorar, mas se mostrava forte.

As coisas estariam simplesmente ruins se eu não tivesse chegado mais perto, porém tudo piorou. Cheguei perto de Alessa a passos trêmulos.

– A-alessa- Falei baixo

Alessa não respondeu, estava olhando para algo, alguém.

E eu acabei também olhando. Meu coração pulou e comeci a tremer muito, meus olhos ficaram molhados. Por que isso estava acontecendo logo comigo? Já bastava o escuro.

– Pa-pa- PALHAÇO!!!- Berrei com todas as forças

– Mas que porcaria é essa?- Perguntou Johnny

– Corram! Esse cara é perigoso!- Gritou Alex

Eu desejava morrer ao invés de me deparar com aquele ser.

POV Alex

Um maldito palhaço, como assim? A aberração olhava diretamente para Alessa e as mais novas. Eu não poderia deixar mais ninguém morrer. Aproximei-me das garotas e as puxei de perto do ser estranho.

– Não se aproximem, não sabemos o que ele é- Eu disse temeroso

– Cara, é um assassino! O que mais poderia ser?!- Disse Mark ajeitando os óculos

– E como que você está calmo?- Indagou Max com um sorriso amarelo

Talvez pudéssemos continuar nessa discussão, porém o assassino não iria ficar mais tempo nos encarando. Retirou uma faca maior ainda do bolso e virou-se para Alice.

– Oi pequena menina- Disse com um sorriso diabólico

A mesma se encolheu de medo, pálida e sem vida. O palhaço não era daqueles legais de circo ou sei lá. Era mais um monstro, assassino com uma máscara de palhaço, mas não parecia humano. Era desfigurado, sua máscara assustava qualquer um que se dissesse corajoso, possuía dentes podres e afiados, de estrutura média, mas muito alto; sua máscara era coberta por sangue e dava para ver de relance olhos avermelhados. Corri para salvar Alice, mas tropecei e caí de cara ao lado do assassino que me encarou penosamente.

POV Alice

Ele me encarava com aqueles olhos assustadores, pensei em correr, mas estava paralisada no chão. Sentia falta de meus pais, sentia-me sozinha e assustada, o escuro me arrepiava, mas não tanto como o palhaço mais horrível que eu já havia visto em toda a minha vida. Ele avançou em minha direção, vi de relance Alex vindo, porém por algum motivo ele tropeçou ficando a minha frente. O palhaço não parecia nada feliz com isso e a mira dele passou a ser o garoto.

Mesmo com dificuldade andei até Nancy e falei em seus ouvidos para fugirmos. Ela fez uma cara assustada, talvez não quisesse deixar os novos companheiros para trás. Eu também não queria deixar Marlena, ela estava ao lado de Pietra. Pietra estava muito quieta, não parecia assustada nem nada, tinha um sorriso amarelo na cara. Parecia apreciar a cena do assassino encarando Alex.

– Nancy, temos que sair daqui- Eu disse com a voz falha

– Não podemos deixa-los! – Ela murmurou bem baixo

POV Bianca

Ninguém respondia ou se mexia. Seria o medo? Com certeza. O assassino era um ser horrível que chegava a me dar repulsa, ele iria matar Alex se eu não fizesse nada. Eu estava com medo, mas a vontade de protege-los também era grande . Todos quietos, respiração pesada. O que o palhaço iria fazer agora? Não esperei para saber.

– Hei!- Berrei em direção ao monstro

A cabeça dele deu um giro de 360 graus em minha direção, não respondeu. Encarou-me com seu sorriso amarelo.

– Deixe-o em paz!!- Gritei

Todos olharam para mim boquiabertos. Eu não deixaria a situação piorar, pensei no que eu iria fazer agora, mas não foi necessário. Alex deu uma chave de braço no assassino o prendendo. Nesse tempo, corri para os outros para ver se estavam bem.

– Eu não vou aguentar por muito tempo! Fujam e achem uma saída!!- Disse Alex piscando para Mark- Proteja-as por mim

– Você não vem?- Perguntou Mark abalado

– Vou ver o que posso fazer...- Disse com um sorriso fraco

– Nãão! Ele vai mata-lo!- Gritou Myranda com lágrimas

– Vai dar tudo certo pequena

Eu preferia que ele viesse com a gente, mas o olhar que enviou para mim, foi um olhar calmo e decidido. Segurei Alessa por uma mãe e Myranda por outra.

– Vamos!!! Temos que achar uma saída!

– Alguém viu o Matthew?- Perguntou Arthur olhando ao redor

– Não, mas precisamos correr! Anda seu idiota!- Disse Alessa correndo

POV Lena

Corremos tanto que parei para respirar um ar em frente a um banheiro. Pensei que poderia ser uma boa ideia se nos escondêssemos no banheiro ou em algum outro lugar.

– Ei gente e se...- Disse reparando que eu estava sozinha

Eles haviam corrido direto, eu fui a única a parar e agora estava perdida pelo shopping. Tentei não chorar ou ficar nervosa, já havia ficado sozinha em um shopping, afinal eu ia fazer quinze anos duas semanas depois. Mesmo assim senti minha garganta fechar, estava entrando em pânico. Estava tudo escuro, vi no meu celular que já eram oito horas da noite. Tentei é claro ligar e chamar ajuda, mas não pegava sinal. Minha mão começou a suar, decidi entrar no banheiro e ver se teria algum lugar para me esconder. Eles provavelmente chamariam resgate e me achariam.

Um banheiro sujo e cheio de teia de aranha, mas que provavelmente já tinha sido algo bonito. Restos de azulejo azul pelo chão demonstravam isso. Olhei-me no espelho, pálida e com o rosto sujo de lágrimas, o lavei na pia.

– Que drogaa!!!- Gritei socando o espelho

Acabei cortando um pouco da mão, mas não me importei com isso. Eu queria sair desse lugar, mas não tinha coragem e isso me irritava. Era um palhaço, o assassino era um palhaço! Eu desde pequena sempre tive horror desses seres “coloridos”, mas esse era muito pior. Estava escuro no banheiro, mas eu usava o meu celular para iluminá-lo, porém de repente a luz se acendeu.

– Mas que merd...

POV Pietra

Enquanto todos corriam eu fiquei, olhando Alex ser confrontado por algo terrivelmente cruel, haha era algo interessante pensar que Mary, a garota tão antiquada havia sido morta. Também, ela foi idiota e muito, deveria ter ficado mais para perto da gente, eu certamente odeio pessoas idiotas e Alex estava sendo mais uma delas. Achar que poderia com aquela coisa haha, apesar disso ele ainda está vivo. Divertido, tão divertido!!

POV Matthew

Já era hora. Eu iria acabar com isso de uma vez por todas. Percebi que boa parte deles havia fugido, só restara Alex e Pietra. Alex tentava segurar o assassino, algo valente, mas o monstro era grande de verdade. Pietra, assim que a vi pela primeira vez achei algo estranho nela, ela parecia muito boazinha, mas seu olhar dizia outra coisa. Ela estava parado encostada na pilastra olhando tudo com um sorriso amarelo, parecia rir da cena. Deixei isso para lá, segurei firme o machado e saltei por cima do assassino; já estava acostumado a saltos desses devido a praticar skate. Acertei as costas do assassino.

Ele virou na hora para mim com uma cara assustadora, não parecia machucado. Mirou a faca em mim e me atacou com toda a força, eu desviei da faca e caí para o lado arranhado no rosto. Meu rosto ardia, pensei que ele fosse voltar e me matar, mas ele havia desaparecido. Havia claramente me lembrado ao Slender. Tremi com esse pensamento, levantei-me e fui ver se Alex estava bem.

– Cadê os outros?- Perguntei

– Mandei que fugissem- Respondeu- Droga! Ele deve ter ido atrás deles!!!

Corremos o mais rápido possível procurando possíveis saídas ou algum dos jovens. Foi quando escutamos um grito fino vindo do banheiro feminino.

– Merda- Disse Alex correndo o mais rápido possível

Talvez já fosse tarde

POV Johnny

Eu e o pessoal corremos rápido e fomos parar na frente de um cinema para descansarmos e foi então que percebemos o sumiço de uma das meninas.

– Droga!! Nós a deixamos lá!!- Gritou Alice com raiva

– Precisamos acha-la rápido!- Disse Bianca

– Eu vou!- Eu disse

– Você está doido? Devemos ir juntos!- Gritou Alessa

Mas eu já estava longe correndo o mais rápido possível, ninguém diria o que eu fazer. Eu iria salvá-la de qualquer jeito. Corri rápido e escutei berros vindos do banheiro. Entrei correndo e não vi nada além de uma faca caída no chão e sangue, mas algo me dizia que ela poderia ainda estar viva. Aproximei-me e... lá estava ela.

CONTINUA


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Notas finais do capítulo

Comenteem!!!!!!