Gritos Fulminantes escrita por Isabela


Capítulo 15
Capítulo 15- Nancy está em perigo


Notas iniciais do capítulo

Oi lindos!! Hoje eu estava inspirada e não aguentei esperar para escrever!! Ficou pequeno esse capítulo, mas acho que está muito bom! Eu ganhei mais uma recomendação!!



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POV Johnny

Quando descobri que Alessa havia nos traído me senti péssimo, ela sempre fora uma grande amiga e agora toda essa amizade era mentira, hipocrisia a minha em acreditar que ela era uma boa pessoa, ela estava perto de Lena. Sem dó nem piedade estava prestes a jogar fogo nela, como ela podia ser tão fria? Ela não parecia prima daquele monstro, mas agora eu estava começando a mudar de ideia. Eu estava ajoelhado no chão, o chute havia sido certeiro, porém eu não poderia ficar parado vendo matarem aquela garota tão especial para mim.

Reparei na cicatriz de Lena em seu pescoço e pensei: Ninguém mais a tocaria, somente eu. Levantei-me ainda com dor e peguei a primeira coisa que vi, uma pedra e a joguei desejando que tudo parasse, a tocha estava a centímetros do tronco o qual Marlena estava presa; a pedra acertou Alessa na cabeça e a mesma caiu em um lago ao lado. Ela nunca soube nadar.

Desamarrei Marlena e a mesma me abraçou assustada.

– Droga! Eu estava muito assustada! – Falava abafadamente por meu abraço, tentava esconder suas lágrimas de preocupação

– Estou aqui- Falei em um sussurro

E então a beijei, a mesma pareceu feliz e retribuiu. Ficamos assim por alguns minutos que pareceram segundos, eu não teria parado se não tivéssemos em apuros.

– Temos que ir atrás da Nancy- Falou tentando esconder seu rosto corado

– Vamos então- Falei a pegando pela mão e a puxando

Arrombamos a porta daquela casa doentia em busca de Nancy, não pude deixar de soltar um sorriso idiota; iríamos sair dali com Nancy, juntos quem sabe para sempre.

POV Nancy

Uma respiração alta podia ser escutada, passos pesados aproximavam-se daquele porão, uma porta que parecia lacrada, mas eu sentia que havia alguém lá dentro; escutei gritos profundos vindos daquela porta assombrosa, um vento frio vindo de algum lugar me deixava aterrorizada. O lugar era escuro, para meu desespero, e havia um assassino, palhaço nessa casa, eu queria correr e me esconder em qualquer lugar, mas não via nada além da escuridão.

– Ele está vindo- Falou uma garotinha tremendo e com os olhos cheios de lágrimas

– Haha quem sabe você será a primeira?- Disse Joyce para a pequena

Ninguém ali parecia normal, mas não podia julgá-los, pois estavam apavorados.

– Ele prefere as ruivinhas- Respondeu um garoto apontando para mim

Tremi com o comentário nada agradável, mas as coisas estavam para piorar. Os passos aumentavam e pareciam chegar perto.

– Gente! E se nós a colocarmos na frente?! Talvez ele nos deixe em paz! Afinal ele prefere as ruivas!!- Deu ideia um garoto rindo

– Mas o quê??- Soltei indignada

– Sacrifício! Sacrifício! Sacrifício!!- Começaram todos presentes a gritar

Fui arrastada e amarrada, queria me usar para não serem pegos. Tão hipócritas, iriam morrer de qualquer jeito. Jogaram-me de cara no chão mais à frente .

– Quem sabe agora você seja útil?- Falou Joyce rindo

A porta começou a se abrir e eu tremia como nunca, estava com os braços amarrada, presa por pessoas que deveriam estarem se ajudando a sair e não pensando em sacrifícios.

Comecei a chorar um pouco mais alto e todos riram, estavam loucos, a quanto tempo estavam presos? O que teria acontecido com suas mentes?! Gritei alto, desejei sair dali e fazer algo ruim para todos eles, mas não disse nada por minutos tensos e silenciosos. Ele havia entrado no porão, com sua máscara suja de sangue fresco, ele levava pendurada em seu ombro uma garota morta toda ensanguentada. Senti meu estômago revirar e mais lágrimas caírem.

– Sacrifique a ruiva! Sacrifique a ruiva e nos deixe! Sacrifício! Sacrifício!- Gritavam novamente

O palhaço deixou uma risada baixa escapar e puxou-me pelos cabelos.

– DESGRAÇADOS!!!!!- Gritei o mais alto que pude para todos os presentes, mas eles já estavam longe

Chegara a minha vez

POV Alex

– Mãe, eu já disse! Eu estou bem! Não precisa se preocupar!

– Filho, você tem que ir descansar! Você está a dois dias desaparecido! A quanto tempo você não come?!

– Eu não vou sair de perto dela!! Não vou deixa-la de novo!- Falei alto

– Shiu!- Recebi de alguns médicos

– Droga... você não entende, não posso abandoná-la novamente!

– Mas mano!- Falou minha irmã, ela chorava de saudade de mim

– Karen, vai ficar tudo bem. Fique com a mãe- Falei acariciando seus belos cabelos castanhos

Havia passado quinze minutos e ninguém dava notícia de Myranda, eu estava apavorado e não conseguia ficar parado. Andava de um lado para o outro no pequeno hospital, o único por perto.

– Ela vai ficar bem- Falava meu pai me abraçando- Ficamos tão preocupados... já ligamos para a polícia e para os pais de seus amigos

– Não se preocupe, a polícia vai salvá-los- Falou minha mãe sorrindo

Abracei-os como se minha vida depende-se disso, pensei que nunca mais fosse vê-los.

– Amo vocês- Falei por fim os abraçando

– Hei, aquela loirinha é sua amiga?- Perguntou um doutor

– É a minha namorada- Falei confiante

– Namorada? – Perguntou minha mãe surpresa- A Myranda?

– Ainda não a pedi, mas assim que tudo isso acabar será uma nova vida para nós dois- Falei sem deixar de sorrir- O que foi doutor?

– A cirurgia acabou- Respondeu

Meu coração pulou, parecia que tudo tinha parado

– E-ela está bem?- Perguntei afoito

– A cirurgia foi um sucesso, mas ela deve ficar com algumas cicatrizes

Corri em direção ao quarto onde Myranda estava descansando, entrei lentamente secando algumas lágrimas.

Ela estava bem, mas demoraria alguns dias para sair do hospital, ela tinha sofrido um grande trauma e ainda não acordara. Sentei-me à beirada de sua cama e beijei sua bochecha.

– Vai ficar tudo bem- Eu disse

E ela pareceu sorrir

POV Lena

Entramos rapidamente naquela casa, estávamos de mãos dadas, sentia-me feliz, mas nervosa por Nancy.

– Onde ela está?- Perguntei

– Não sei, temos de acha-la de pressa!- Disse Johnny

Estava tudo acabando, salvaríamos Nancy e nunca mais veríamos Jack novamente, era o que eu mais desejava. Demos de cara com uma velha nojenta nos olhando com raiva, mas surpresa.

– O que estão fazendo aqui? Era para vocês serem cinzas!

E apontou novamente a espingarda

– Por favor, não!- Falei

– Reze garotinha!- Disse e atirou

Mas o tiro não veio em mim, Johnny a parou e houve uma pequena briga entre velha maluca e John.

– Segura!- Gritou ele me jogando a espingarda

Segurei-a com força, mas não consegui atirar na velha. Eu estava com medo, não queria matar ninguém, Johnny percebeu isso, porém não pareceu bravo. Ele empurrou a maldita com força e a mesma bateu a cabeça.

– Onde está a Nancy??!!- Perguntei brusca apontando a arma para ela, que estava caída

– A-a ruivinha?? N-no porão... prestes a ser morta hahahaha

E então a velha desmaiou

Fomos correndo em busca do porão e achamos uma alavanca esquisita, talvez ela nos levasse até o porão.

POV Nancy

Fui arrastada pelos cabelos, doía muito, mas eu não tinha mais voz para gritar. Aquelas pessoas riam de mim como se não fossem morrer também, desejava não ter nascido ruiva, mas foi sendo do jeito que eu sou que obtive amigos maravilhosos os quais muitos estão mortos e também fui muito feliz com a minha carreira e meu namorado que na verdade era meu ex, ex nunca esquecido, talvez eu nunca mais os vesse. Esses pensamentos foram só piorando a situação, o assassino enquanto me arrastava cantava bem baixo uma música, uma música daquelas que você escuta antes de dormir.

Senti-me ser arrastada em algo grudento, sangue e o cheiro ficava cada vez pior, senti passos a cima de mim, talvez Lena , Johnny e Alessa tivessem tido mais sorte do que eu. Eu queria vê-los, eu queria ser salva, fui salva tantas vezes em minha vida, por que não agora?

Arrastada para a escuridão com o pior de meus pesadelos me segurando, o que ele queria comigo? Eu preferia ser morta de uma vez a ver seu rosto novamente.

– O que me diz desse lugar ruiva?- Perguntou Jack com seu bafo podre

Estávamos em um lugar ainda pior que o shopping maldito, um lugar empoeirado e que fedia, sangue e tripas para todos os lados.

– Aqui ninguém escutará seus gritos- Falou rindo

Tentei me levantar, fugir, gritar, mas não me mexia. Eu estava com tanto medo que devia estar roxa, branca sei lá! E então ele chegou muito, mas muito perto de meu ouvido e disse em sussurro:

– Vamos ver se seu sangue é tão vermelho quanto seus belos cabelos ruivos

E puxou um estilete grande

CONTINUA


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews!! Recomendações!!