-Então quem você escolhe David??

            -Escolher como assim, é uma decisão complicada vocês acham que essas coisas se decide assim??? – perguntei assustado a elas, meus olhos se arregalavam era apenas eu contra 4 mulheres furiosas, dignas do termo “sangue nos zóio”.

            -É bom você se decidir logo!! – gritou agora a doce ruiva ao meu lado, ah eu não conseguia evitar elas eram tão lindas meus olhos mantinham-se fixos nelas.

            -Você vai casar comigo, não ouse escolher essas vagabundas!! – agora era a minha queria Christina que falava. Como ela queria que eu escolhesse alguma coisa? Elas sabiam que eu era péssimo pra tomar decisões,agora eu já estava contra a parede, as quatro me encaravam com um ar irritado e talvez o meu silêncio apenas piorasse a situação, movi o pescoço para um lado e para o outro tentando pensar em algo pra fazer, algo pra dizer, algo que pelo menos prolongasse o meu tempo. Finalmente, havia uma janela aberta logo ao meu lado, estávamos no térreo se eu pudesse...

            -Então vamos fazer o seguinte! – comecei nervoso. – As quatro fecham os olhos e eu vou pegar uma de vocês e levar comigo sem que as outras vejam e a que eu escolher será minha esposa! – terminei vendo-as bufarem irritadas fechando os olhos a bastante contragosto. Não pensei muito e me coloquei a subir na janela e quando já havia tocado com os pés no chão pude escutar uma delas gritar “Ele está fugindo!”.

            -Pernas pra que te quero! – murmurei a mim mesmo e me coloquei a correr sem olhar pra trás, minhas pernas estavam tensas mas mantinham o ritmo, eu corria e imaginava como exatamente havia parado naquela situação.Aliais vocês devem se perguntar, como é que eu estava nessa situação, tendo de escolher entre não duas nem três, mas tendo que escolher entre 4 mulheres.

            Certo, para tudo e vamos voltar a alguns dias atrás.Voltemos a 7 dias atrás, o que acham? Acho que 7 dias é mais que necessário pra vocês começarem a entender minha história, começa assim:

Mais uma manhã havia chegado. Eu escutava o despertador em seu insistente “PI PI PI” tentava ignorá-lo mas eu sabia, era impossível porque ele parecia muito mais disposto que eu aquela manha, eu apenas sentia meu corpo implorar por mais descanso, eram 7 horas eu precisava me arrumar pra trabalhar as 8. Acontece é que eu não sentia meu corpo corresponder, eu devia ter dormido no máximo 5 horas, exatamente tenho quase certeza que eu havia chegado ás duas da manhã em casa. Ergui meu pescoço olhando para o meu quarto, meus olhos doíam, e meus braços também. O quarto estava uma zona o que acusava um bela bebedeira. Droga agora eu me lembrava bem porque eu quase nunca bebia. Mentira eu sempre que podia enchia a cara. Ergui meu corpo e enfim cheguei até o banheiro me arrastando, liguei o chuveiro e sentia a água escorrer pelo meu corpo levando de mim toda aquela preguiça e dor, ao menos um pedaço dela.

Quem sou eu? Uns me chamam de Davi, ou outros de Dante e outros de David. Meu nome de verdade ainda é David, meu apelido é Dante, um apelido bastante delicado devido aos amigos do trabalho, pra quem não sabe Dante é o melhor amigo do “diabo” como o braço direito de Lúcifer, não eu não sou nenhum adepto do demônio nem essas coisas malucas que vocês já devem estar pensando. Acontece que meus amigos dizem que eu sou “endiabrado” tenho uma sorte enorme. Oh, na verdade o pessoal do trabalho que não tem sorte nenhuma. Simples assim.

Deixei o chuveiro me secando na toalha, vesti uma camiseta social branca dobrando as mangas dela, e um jeans, ainda bem que eu era/ainda sou Design, nunca é preciso colocar uma roupa chique, e outra, tatuagens e afins sempre eram bem –vindas. Louvada seja a pessoa que inventou o Design. Amém.

Bom eu já saía do meu apartamento depois de ter me arrumado e levava comigo o capacete e as chaves da minha moto. Não, eu não tinha um carro, era caro demais eu nem ganhava tanto assim na época, aliais eu nem ganho tanta coisa assim. Peguei minha moto como sempre e deixei meu apartamento. Resumidamente essa é a minha super manhã, super tediosa não? Terminando a minha descrição, não querendo me achar nem nada mas, eu até que sou bonitão. Tenho os cabelos loiros, não sou extremamente alto nem nada mas tenho um porte atlético, eu sempre curti esportes, jogar bola, correr e até mesmo me meter em briga de vez em quando.Tenho 24 anos (idade bem perigosa) e meus olhos, pra falar a verdade meus olhos são a parte do meu corpo que eu acho mais estranha, eu tenho heterocromia, sabe? Quando uma pessoa tem um olho de cada cor? Pois é, isso é muito comum nos gatos, mas aconteceu comigo, eu tenho um olho azul e o outro castanho mais cor de Mel. Estranho? Sim, eu sempre achei também.

Cheguei rapidamente no trabalho, não havia tomado café naquela manhã, anotem isso é um dado importante. Larguei minha moto no pequeno estacionamento e passei meu crachá na catraca. Entrei na empresa, está chamava-se Chess Design, era um empresa crescente de design. Nós somos mais especializados em sites e partes gráficas, logos e esses bla bla blas. Abri a porta passando por entre as mesas do meu departamento, não deu um segundo que eu havia entrado começou a gritaria, um monte de “ aeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, ele ta vivo”. Ótimo eu já sabia, se eu tinha voltado bêbado pra casa provavelmente eu estava com alguém do trabalho, e pra falar a verdade eu tinha certeza que era com Tony.

- Aeee Dante! – Tony já veio gritando dando um tapinha nas minhas costas. Eu odiava quando ele fazia isso, quer dizer ele não podia simplesmente apertar minha mão como homens adultos fazem?

- Oi Tony! – respondi sem muita emoção enquanto tentava me lembrar o que exatamente eu tinha feito na noite anterior.

-Como foi a sua noite em?? Foi boa?

- Isso se eu me lembra-se dela você quer dizer né?

Tony começou a rir da minha cara, eu olhei pra ele na esperança de que ele fosse me contar, mas já conhecia o meu colega, ele só ria nunca falava nada. Preferi chegar até a minha mesa já ligando o meu computador. As mesas tinham divisórias, dentro de cada divisória haviam dois computadores, uma de costas pro outro. Abri o pequeno armário do lado da minha mesa colocando minha mochila e meu capacete.

- Mas e aí Dante ela era boa??? – eu olhei para o lado enquanto Thomas estava parado na entrada da minha divisória com um sorrisinho no rosto – Ou melhor, devo dizer, ele era bom??

- Ahm? – arqueei a sobrancelha – Que foi que o Tony falou pra você? – era sempre típico do Tony aumentar tudo.

- O que ele falou?? Nada não! – comentou o rapaz dando risada da minha cara saindo de perto com a caneca de café na mão. Eu soltei um suspiro não tinha mais o que fazer, Tony adorava mesmo ficar me zuando, por isso que eu nunca saia com ele, aquele cara tentava de todo o jeito se enturmar zuando todo mundo, era tão extremamente irritante.

Olhei pra mesa atrás da minha, Marcela ainda não havia chegado.Devia estar atrasada de novo, eu tinha certeza que ela estava com algum problema, mas ela nunca gostava de conversar a respeito.

Meu PC finalmente estava ligado, passei o mouse pelo Desktop abrindo o arquivo do Photoshop, tinha que terminar o Layout do site das Papelarias do Tio Coquinho, SIM, acreditem esse era o nome da papelaria, cruel e totalmente um motivo de riso, mas o que é que eu vou fazer, eu não criei o nome, sem contar nas malditas fotos de merda que eles mandaram do lugar na esperança que Photoshop faça algum tipo de milagre, por isso que eu gostava de fazer sites pra lugares grandes como a Gucci ou Dulce, as lojas de roupas sempre mandavam boas fotos com boas garotas.

Não demorou muito e lá estava Marcela, chegava com seu jeitinho todo excêntrico e diferente, usava um vestido verde claro com algumas flores brancas, era um vestido tomara que caia, tinha uma flor na cabeça,estilo aquelas presilhas que as garotas usavam  e uma sandália rasteirinha. Abri um pequeno sorriso.

 – Oi Mah! – girei na cadeira pra cumprimentá-la e senti um beijo dela em minha bochecha.

- Oi Dante! – ela falou antes de deixar a bolsa sobre a mesa dela derrubando seu porta canetas espalhando tudo pelo chão fazendo a maior confusão, soltei um riso, mal havia chegado e já estava destruindo as coisas.

 – Ta, se acalma!- comentei rindo divertido ajudando ela a recolher o que estava no chão.

-Acho que é pra não perder o costume né?? – ela me respondeu rindo – Eu sempre faço isso e nunca aprendo!

-Acho que a gente já aprendeu a superar isso! – terminei soltando mais um riso colocando as canetas coloridas nela no porta-lápis – E você chegou atrasada por quê? – perguntei curioso pra ela.

-Ahm, uns probleminhas aí, acho que...

-Chegando atrasada de novo Marcela?? – interrompeu uma voz feminina ao nosso lado, nós dois nos viramos pra ela, era ela, a fatal, a poderosa ruiva, minha chefe Anna, como aquela mulher era quente, era a quarentona enxuta, sexy, deliciosamente sexy. Soltei um leve suspiro enquanto olhava pra ela com o meu leve sorriso, Marcela apenas gaguejou um pouco e Anna fez um sinal pra que ela se calasse rapidamente.

-Dante venha comigo! – ela disse logo em seguida me encarando nos olhos, me encarava com vontade mesmo, como se também tirasse de mim toda a coragem de responder qualquer coisa pra me defender. Meneei a cabeça positivamente e caminhei atrás dela enquanto recebia os olhares assustados de meus colegas, afinal quando Rodrigo tinha seguido Anna da última vez esse havia sido despedido. Tony que estava do lado da mesa de café baixou o copo plástico encarnado a cena eu já me sentia como se estivesse indo pra forca. Quando Anna queria falar com alguém ela ligava pelo telefone, no ramal da divisória que desejava, dificilmente buscava um funcionário na própria mesa. Mas eu sabia... não ia ser despedido.

Atravessei o corredor atrás dela me afastando da grande sala onde haviam ficado Marcela e meus outros colegas de trabalho. Assim que entrei na sala Anna fechou a porta logo atrás de mim e eu tive a impressão de escutar um click, ela tinha trancado a porta, não pude resistir e um sorrisinho malicioso brotou em meus lábios. Ai ai aquela mulher.

-Então, já terminou o site novo David? – ela disse agora passando por mim e caminhando lentamente até a mesa dela, vi ela se apoiar lentamente na mesa e virou-se pra mim ficando meio apoiada, cruzou os braços pra me encarar toda prepotente fazendo um ar superior.

-O site da papelaria do tio coquinho?? – perguntei me fazendo de desentendido, eu também tinha ficado responsável de fazer o site novo da empresa, mas pra falar a verdade eu mal havia começado, acho que os dias estavam com o tempo muito mais curto, devia ter 36 horas no dia e não só 24. É foda viu.

-Você sabe bem do site que eu estou falando!

-Ah eu sei? –continuei me fazendo de desentendido.

-Para de ser abusado! – ela riu de mim levemente, eu com toda a certeza eu era um dos poucos homens naquela empresa que já deviam ter visto o sorriso daquela mulher e pra falar a verdade era um lindo sorriso, eu não sabia como mas aquela mulher me encantava,  aliais o jeito sério e frio dela encantava todos os homens daquele lugar, até mesmo os casados.

-Eu não sou abusado, só estou sendo sincero! – ri levemente- Não tive muito tempo ainda pra começar a fazer o site Anna, eu estou com o trabalho um pouco atrasado!!

-Ah você está? – ela disse se desencostando da mesa e começou a caminhar em minha direção – Então estou achando que você vai precisar fazer umas horas extras hoje!

-O que?? – perguntei incrédulo, eu tinha planos pra essa noite e era de longe ficar no trabalho até mais tarde, mas antes que eu pudesse pensar em uma desculpa pra dar a ela, Anna já apoiava uma das mãos em meu peito deslizando até meus ombros, ela ia caminhando em volta de mim enquanto a mão direita de minha chefe deslizava pelos meus ombros e invadia minha nuca entrelaçando os dedos até meus cabelos, não pude conter o arrepio que senti com a mão dela. Fechei os olhos naquele instante.

-Você vai me obedecer, não vai David? – nesse momento como por mágica a boca dela já estava em meu ouvido,me perguntava naquele momento se ela fazia isso com todo o funcionário que ela queria que fizesse uma hora extra.

-Vo.. vou... – sussurrei ainda arrepiado, ela agora me abraçava, podia sentir a pressão de seus seios em minhas costas, aqueles seios fartos e redondos, só de imaginá-los eu já saia do sério, podia sentir a mão dela passando por meu tórax agora, descendo até as minhas calças, enquanto os lábios dela ainda percorriam o meu pescoço.

-Anna, isso não vai dar certo! – comentei ainda arrepiado levando a minha mão para a mão dela que me tocava nas calças.

-Eu gosto das coisas que não dão certo David! – respondeu ela sussurrando ao meu ouvido em tom mais provocante, eu me sentia totalmente seduzido nas mãos dela, foi exatamente assim na primeira vez que a gente se encontrou, era sempre assim em todas às vezes, ela sabia me seduzir, sabia me deixar totalmente dominado eu fazia exatamente o que ela desejava, como e quando desejava .Agora eu me sentia virado estávamos frente a frente e o corpo de Anna já estava completamente grudado ao meu, no instante seguintes nossos lábios já estavam colados e as línguas se encontravam, como eu odiava me sentir dominado assim, abracei o corpo dela envolvendo-a nos braços, o beijo era intenso, o jeito dela era tão poderoso até mesmo na hora de beijar.Isso sim me excitava, e eu sabia que a ela também, quer dizer eu acreditava que ela gostava daquele relacionamento escondido que eu tinha com ela por dois principais motivos. Ela era minha chefe, a poderosa chefe gostosona e eu um misero funcionário safado. Ela tinha quarenta anos e eu 24, ela poderia facilmente ser minha mãe, ela estava definitivamente “por cima”, sentia que tinha poder sobre mim e cara... como eu adorava isso, tentar dominá-la. Era sempre uma guerra.

Minha mão já deslizava pelas costas dela abraçando-a por completo, os corpos já estavam colados, enfim toquei levemente a bunda de Anna antes de sentir que ela me empurrava agressivamente.

-Agora não David!- ela falou como se estivesse brava pela minha atitude. – Agora não! – continuou ela abrindo um leve sorrisinho malicioso pra mim, eu teria mesmo de fazer hora extra, eu estava literalmente perdido, fim do programa da noite, mas algo dizia que eu não iria me arrepender.

-Agora vai trabalhar David pro tempo correr mais rápido!- terminou ela soltando um riso divertido da minha cara. Teria de esperar tanto assim pra ter ela perto de mim??

Deixei a sala dela baixo aos olhares dos meus colegas, passei a mão por entre meus cabelos finos e os ajeitei rapidamente, até chegar a minha mesa, me sentei nela encarnado meu monitor em silêncio.

-Tá tudo bem Dante?? – escutei a voz de Marcela logo atrás de mim.

-Ahm? – voltei de meu transe ao escutá-la e girei a cadeira me virando pra ela, abri um leve sorriso – Ta sim, a Anna só queria saber se eu poderia ficar aqui até mais tarde, por causa do site da empresa!

-Ah... se você quiser eu posso te ajudar Dante, eu estou sem nada para fazer, se você terminar antes talvez não precise ficar até mais tarde! – ela sorriu pra mim, Marcela tinha os olhos verdes e os cabelos castanhos, tinha acabado de fazer 23 anos, o lábios daquela garota eram carnudos, um lábio que deveria ser delicioso de se beijar, mas preferi tirar isso da mente, tinha de responder a pergunta dela.

-Eu.. não, não precisa de ajuda não Mah,acho que nem vou ficar até tão mais tarde assim!Valeu!  –meneei a cabeça, não que eu estivesse rejeitando a ajuda dela, eu até agradecia, mas se eu terminasse antes e não ficasse até mais tarde Anna não ia gostar nada nada da situação, então era melhor deixar como estava.Foi nesse meio tempo que escutei a minha barriga roncar.

-Cara, eu to com uma fome!

-Aposto que acordou em cima da hora de novo e não tomou café! – ela disse como se tivesse lido minha mente.

-Pois é!

-É eu sabia.. e como sempre estou preparada! – a garota logo se levantou abrindo o pequeno armário ao lado da mesa dela e pegando a bolsa tirando de dentro dela um potinho com um sanduíche embrulhado em um papel e me entregou – De frango desfiado assim como você gosta!

Eu estava em choque, ela sempre fazia isso, sempre estava pronta pras minhas crises de fome desde o dia que eu quase tinha ido parar no hospital depois de ter trabalhado tanto e ter esquecido de me alimentar .

-Você é incrível! – comentei antes de abraçar ela pegando o sanduíche todo animado e lhe dar um leve beijo na bochecha.

-E como vai o seu namoro com o Rodrigo? Ele já conseguiu arrumar outro emprego? –eu me virei pro meu computador e voltei a fazer o que eu tinha que fazer enquanto já levava um pedaço do sanduíche a boca.

-Ah, ele na verdade ainda ta tentando, você conhece o jeito dele, parece que nada deixa ele abatido! –eu senti que ela falava com bastante certeza isso, Mah e Rodrigo eram praticamente almas gêmeas.

-A gente ta pensando em morar juntos, mas com ele sem o emprego dele tá um pouco difícil!

-Olha Mah se vocês precisarem de alguma ajuda eu estou aqui! – eu sabia que ela não poderia ver meu rosto já que estávamos de costas um para o outro, não sabia se eu deveria expressar muita emoção com a idéia deles morarem juntos, preferi não comentar, não me imaginava acordando todos os dias do lado da mesma mulher, era um pensamento um pouco estranho.

-Uhum... – a voz dela foi morrendo, eu puxei o fone de ouvido de minha gaveta e encaixei nas caixas de som do meu computador enquanto levava um dos fones ao meu ouvido e dava o play nas músicas, era hora de trabalhar.

------//-------

Enfim, havia dado 17 horas e as pessoas já começavam a ir pra casa, eu nem tinha me animado muito com essa idéia, fingia que nem estava ansioso pra ir embora, curtia a minha música enquanto tentava ajeitar aquele malditos códigos em HTML e CSS. Eu mordia a língua em sinal de ansiedade enquanto ouvia um solo de guitarra do AC DC, não conseguia ajeitar a droga das colunas, isso porque eu fazia isso todos os dias,  só relaxei ao sentir Mah puxar o meu fone de ouvido pra se despedir, tirei a atenção um segundo do computador e me despedi dela e de mais alguns de meus colegas, acenei pra eles vendo-os saírem pela porta e logo todo o meu departamento estava vazio. Soltei um suspiro desanimado, dava agora só pra escutar o com do meu computador e seu Coller  potente dando voltas e voltas tentando manter a máquina refrigerada.

Despluguei o fone da caixa de som e deixei que ele rolasse, eu estava sozinho podia fazer isso, voltei a me concentrar no meu serviço, queria terminar logo aquilo e ir embora pra casa, mas foi no instante que eu pisquei que eu senti aquelas deliciosas mãos percorrerem o meu corpo, lábios se deliciavam com a pele do meu pescoço fazendo com que eu ficasse completamente arrepiado.

-Eu gosto de funcionários obedientes! – ela sussurrou em meu ouvido fazendo meu corpo amolecer, ela sabia dizer o que um homem gosta de ouvir, mordi de leve meus lábioserguendo a mão levando até os cabelos dela, não pensei mais, eu sabia o que ela queria e eu queria isso também.

Me levantei da minha cadeira fazendo ela se afastar um pouco de mim pra que eu pudesse levantar, puxei a ruiva pela nuca voltando a beijá-la de forma desesperada, passei a me deliciar com a boca de minha chefe com todo o tesão que eu havia guardado por ela durante o dia, as línguas já se envolviam, eu deixei que minhas mãos dançassem pelo corpo dela e começassem a despi-la enquanto ela apenas ria de forma maldosa, aquele riso me deixava com mais tesão, mais desejo.

            Empurrei ela contra a mesa de Marcela puxando Anna pelas coxas empurrando o teclado e o mouse de minha colega pro lado, puxei a saia de executiva de Anna pra cima deixando as grossas coxas de minha Chefe a mostra, que delicia de coxas que ela tinha, minhas mãos não cansavam de apertar e arranhar, os lábios ainda estavam grudados e eu já podia sentir a mão habilidosa dela desabotoar minha camisa, deixei que ela terminasse de abri-lá e que a mão dela escorregasse pelo meu tórax, as unhas dela eram longas e conseguiam deixar minha pele, mesmo que um pouco morena de sol , avermelhada, em seguida a mão dela já ia em direção a minha calça ela abria o zíper da mesma e colocava a mão dentro dela a fim de me deixar completamente excitado. Não pude conter o gemido, aquilo era bom, eu estava tão empolgado que quase perdia a  concentração de por onde minha boca passava, tentei manter-la no pescoço de Anna alternando em alguns leves chupões.

            Ela começava a ofegar e eu não parecia assim tão diferente, era uma situação ótima, estar nos braços de uma mulher mais velha, linda e que ainda por cima é a sua Chefe, eu era só um garoto era obvio que iria ceder, eu sei eu sei, eu já tinha 24 anos, é idade pra caramba, mas se vocês vissem a minha chefe não fariam nada diferente, não mesmo.

            Anna já havia desabotoado minha calça a deixando cair um pouco, ela puxou meu membro pra fora da cueca como se assim pudesse me deixar mais “animado”, eu abri a blusinha dela em seguida, deixando a mostra a lingerie preta que ela deixando seus seios fartos quase a mostra, não resisti, minha boca já percorria o colo dela, a língua brincava e eu já conseguia sentir o gosto salgado do suor dela em minha língua, a minha mão invadiu mais uma vez as coxas dela puxando sua calcinha pra baixo, eu finalmente consegui tirar colocando a calcinha de Anna sobre a mesa ali do lado, puxei ela mais uma vez pelas coxas e deixei que meu membro já viril roçasse a entrada de seu sexo. Eu ouvi ela soltar um gemido que logo foi abafado pelo meus pescoço, ela já afundava seu rosto em minha pele fazendo eu sentir a forte respiração dela.

            Era nessas horas que eu a dominava do jeitinho que eu queria, Jô jeitinho que ela também adorava, sabíamos que estávamos fazendo tudo errado, quantas pessoas deveriam transar em pleno escritório? Quer dizer e se alguém voltasse pra pegar algum objeto esquecido? Estariam os dois colocando a carreira em risco, talvez por isso eu achasse tudo muito mais delicioso.

            -Vai Dave.. – escutei ela sussurrar ao meu ouvido enquanto já começava a rebolar a cintura como se implorasse pra que eu a saciasse logo. Eu ri.

            Movi a cintura mais uma vez e levei uma das mãos até os cabelos dela, solti um “Tsc tsc” ao ouvido dela como se negasse aquilo que ela tanto desejava, puxei Anna pelos cabelos jogando-a contra a parede da divisória e a abracei por trás levando as duas mãos até os seios dela roçando meu corpo no dela, ela parecia já enlouquecida, soltou um novo gemido tampando a boca com uma das mãos e movia mais a cintura a procura do “brinquedinho” que ela tanto desejava.

            Enfim acabei com o sufoco de minha Chefe, quando era arrebitou os quadris eu passei a me encaixar nela,  ela se apoiava com as duas mãos na parede, chegava a encostas a testa algumas vezes enquanto eu apenas puxava a cintura dela contra meu corpo e começava os movimentos, um vai-e-vem intenso e delicioso, podia sentir minha pele roçar a dela, uma gota de suor escorria de minha testa e chegava a pingar em meu olho fazendo-o arder, não que isso realmente fosse um problema, limpei com as costas da mão outra gota que insistiu em escorrer e puxei mais a cintura dela contra a minha, os corpos se chocavam intensamente e eu podia vê-la erguer o pescoço e morder os lábios exprimindo o prazer que sentia, levei a mão novamente aos cabelos vermelhos dela e puxei fazendo-a gemer mais uma vez, por mais que ela tentasse parecia não conseguir resistir a gemer em meus braços e isso apenas me animava mais, porque eu me sentia poderoso naquele momento, me sentia sendo melhor que minha própria chefe e o fato de ela não ligar me deixava completamente louco.

            Ficamos ali por algum tempo, a noite foi passando e devemos ter repetido a dose umas duas vezes mais antes de realmente ficarmos cansados, ninguém havia voltado ao departamento, ela estava sentada em meu colo totalmente encaixada em mim ainda rebolando de leve, eu estava sentado na cadeira dela respirando totalmente ofegante e certamente cansado aquela mulher era louca e insaciável, eu gostava disso. Pude sentir a boca dela em meu pescoço novamente.

            -Você é ótimo.. – ela falou entre sua respiração entrecortada.

            Eu sorri enquanto correspondia o novo beijo dela, chupei seu lábio e a encarei em seguida.

            - David... – escutei ela me chamar e com um leve sorriso eu pedi que ela prosseguisse. – Eu estive pensando na gente, já faz um tempo que a gente vêm se envolvendo ... – dizia ela agora mordendo o meu queixo e acariciando carinhosamente minha nuca. “uhum” respondi embriagado pelo carinho que ela fazia.

            -E cheguei a uma conclusão.

            -Qual? – perguntei de olhos fechados.

            -Eu quero assumir nosso relacionamento David, quero que todo mundo saiba que a gente se ama!

            -“Uhum” – respondi sem nem ter associado exatamente o que ela tinha dito, claro, claro, porque não assumir o que a gente sentia um pelo outro? Acho que seria perfeito eu e ela totalmente juntos e assumindo pra todo mundo do trabalho que estávamos juntos, eu e Anna....

Momento de silêncio.

            -O QUE?? – eu perguntei ao mesmo tempo em que levantei da cadeira derrubando-a do chão. – Você disse isso brincando né?? – eu comecei a rir. – A sim, sim, foi muito divertido! Aham foi sim! – eu estava perplexo, ela não podia estar falando sério, eu nunca tinha tido uma namorada, ainda mais que fosse minha chefe, iria ser uma situação muito desagradável. Eu fiquei assustado como é que ela resolve falar de relacionamento depois de tudo aquilo?? Tava tudo tão legal porque ela tinha que estragar a noite?? Mulheres, sempre falando a coisa errada na hora errada.

            - David! – ela gritou caída no chão e se levantou na minha frente – Eu falei sério seu idiota, eu quero assumir nosso relacionamento, eu gosto de você David e olha a minha idade eu preciso de alguém pra ficar comigo, do meu lado!

            -Eu tenho só 24 anos Anna, e você, quer dizer eu adoro estar com você mas...

            - O que tem David?? Eu sou velha demais pra você mostrar pros seus amiguinho?

            -Não é isso Anna, eu pensei que a gente só tivesse um lance legal, mas nada muito sério. Era só diversão!

            - Diversão?? – ela parecia realmente inconformada com o que eu tinha dito, bufou toda irritada enquanto já começava a fechar a blusa – Eu não sei como eu pude, eu ahrg..

            -Anna calma! Eu só fui pego de supetão me dá um tempo pra, pra pensar!

            -Tempo pra pensar?? – ela começou – David eu quero casar, se possível quero ter filhos! Eu quero ser feliz David, ter um homem do meu lado todos os dias!

            Cuma? Ela queria o que? Ahm? Casar? OMG acho que devo ter pegado muito pesado com ela, só poderia estar enlouquecendo- Casar??? Anna eu nem tinha pensado em casar ainda, eu... – novamente me afastei dela, foi a minha vez de começar a fechar os botões da minha camiseta e enfim ajeitar minha cueca.

            - David eu amo você! – ela disse isso fazendo eu ficar um pouco em choque, encarei a ruiva a minha frente, seus olhos pareciam estar cheios de lágrimas, meus coração parecia que iria saltar da boca, eu me sentia culpado agora, como eu pude dizer que era só diversão? Que tipo de monstro diria isso? Só eu mesmo.

            -Anna... –respirei fundo.

            - Tudo bem David... – ela me interrompeu. – Quando você pensar melhor você vêm falar comigo. – terminou caminhando em direção a porta, assisti ela pegar a bolsa e deixar a sala parando no meio do corredor. – Tranca tudo antes de sair! – definitivamente ela estava decepcionada, a voz dela acusava isso e eu me sentia um completo idiota. Era hora de voltar pra casa de esvaziar minha mente e ver se eu realmente conseguia parar de me sentir um perfeito idiota. Que noite.