Guerra Z. - História Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 3
Ep 02- Connor - Sonho de adolescente.


Notas iniciais do capítulo

Iae galera, beleza? Eu preparei esse capítulo ai de madrugada, ficou meio longo por causa dos diálogos. Não tem nada de enrolação porque eu sou bem direto em minhas histórias, espero que gostem.

Eu faço várias referências a músicas, filmes e etc, é fácil de perceber :B

Até mais.



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Dia 15 de Novembro.

            Confesso que me encantei por aquela japonesa peituda e sua amiga gostosa. Mas tinha que manter foco na missão, logo ao amanhecer me alimentei com a última caixa de cereal, que por sinal é horrível. Bebi um pouco de meu cantil e guardei o resto na mochila. Peguei minha pistola nove milímetros e a guardei no coldre, tenho poucas balas. Deixo meu apartamento no terceiro andar, faz muito frio e vou me encontrar com Sven e Dust.

            Sven está mijando em um canto desenhando na neve, Dust sentado em um barril contando os cartuchos de sua escopeta. Ele é bem grandão, cabelos raspados, vestido com roupas de frio bem grandes.

-Estão prontos? Atrasei-me um pouco.

-Meia hora não é pouco, já poderíamos estar no local destinado. – comenta Dust separando os cartuchos restantes e colocando no bolso de sua jaqueta.

-Não ferra.

-Puta merda eu não paro de mijar. – diz Sven ainda urinando, ele começa a se mexer freneticamente.

-Ei, vocês repararam nos peitões daquela japonesa? Puta que pariu! – Dust não da a mínima e passa a bandoleira da escopeta por cima de seu ombro a colocando nas costas, olho para Sven que balança seu pau se virando. Filho da puta.

-Eu vi, que peitos cara. Como ela chamava mesmo? Sakura, Shakura, Kakura...

-Haruka. – diz Dust deixando o barril que estava encima e encarando a nós dois. – vamos logo?

-Deixa de ser chato, de cinquenta pessoas só três vão sair para buscar comida, sabe o que isso significa? Que todos ai são uns merdas, menos a Shakura que tem uns peitões do caralho. – comenta Sven se dirigindo até o portão do pátio que nos levará para as ruas cobertas de neve. Ele carrega seu fuzil de assalto e uma faca na cintura, além do traje de mercenário. Sigo-o, ele se vira e lança um pé de cabra em minhas mãos.

-Eu sonhei com aqueles peitos, nunca fodi uma mestiça antes. – digo sorrindo e girando o pé de cabra. Dust vai à frente e abre o cadeado do portão enquanto conversamos.

-Uma vez eu fodi uma mestiça bem gostosa, tinha uma bunda do cassete, a bunda dela era tão grande que meu pau não alcançava o rabo da vadia. – ou seu pau é pequeno pra caralho. Dust abre o portão nem tentando se adentrar de nossa conversa, passamos para o outro lado, olho ao redor vendo a rua coberta por névoa e solidão.

-Puta merda, não sabia que as coisas estavam assim aqui fora. – comento olhando atentamente a cada parte da rua, a neblina irá nos atrapalhar. Olho para Dust e ele consulta o mapa que ganhou de Dim.

-O mercado que ele disse fica a quatro quadras daqui, vamos cortar caminho pelos becos que ele contornou. – ele aponta para os rabiscos que o xerife fez no mapa, não parece ser uma tarefa difícil.

-Vocês já enfrentaram algum dos desgraçados antes? – indaga Sven nos chamando para perto. – acerte a cabeça ou as pernas, para matar é a cabeça e para atrasar as pernas. Não vamos usar armas de fogo, pois assim atrairá um numero bem maior de filhos da puta.

-Feito.

-Vamos. – diz Dust seguindo até o primeiro beco da rua. Por coincidência vejo encostado em uma parede um infectado, cabelos curtos, pele pálida, olhos brancos em um tom avermelhado, o braço direito está todo mordido transparecendo os ossos, ele anda meio torto gemendo nos encarando.

            Sven rapidamente pega sua faca e crava na cabeça do zumbi, depois ele lança seu corpo no chão e puxa a faca a limpando no casaco da criatura. Passo por ele caminhando pelo beco estreito. Vejo dois infectados abaixados devorando os restos de um ser humano, tripas, sangue, vermes e carne, além do cheiro terrível. Um dos monstros é gordo, todo manchado de sangue, metade de sua face parece ter sido tirada a mão e é fácil de ver a pele pendurada na ponta do queixo. O outro é mais novo, acho que deve ter uns doze anos, cabelos cacheados, possui somente um braço e o outro está na metade, suas costelas foram mordidas e as tripas caídas no chão com mordidas também, provavelmente ele mesmo que mordeu. Isso é nojento cara.

-Tem dois aqui. – aviso Sven e Dust que estão atrás, o sueco pega sua faca e caminha em direção aos monstros que se levantam ao nos notar. Pego o pé de cabra e me preparo.

            O mais novo vem correndo em minha direção, com um golpe rápido segurando firmemente o pé de cabra com as duas mãos, atingi o crânio do moleque o derrubando no chão com força. Confesso que isto é meio doentio, mas ou é ele ou eu porra. Sven empurra o gordão e ele cai gemendo baixinho, Dust pisa na barriga da criatura e rapidamente a faca do mercenário sueco perfura a testa do big-mac. O sangue se espalha pela neve.

-Isso é uma merda cara. – digo limpando o pé de cabra na camisa do gordão. Dust continua caminhando à frente sem se importar.

            A outra rua é mais estreita que a dos condomínios, alguns carros estão parados com corpos jogados pela neve, não consigo ver nenhum sinal de vida. Passamos rapidamente pela estreita rua e seguimos por outro beco.

-Tenta conversar com Dim pelo rádio. – digo para Sven, ele liga o rádio perto de seu queixo com um clique.

-Tá me ouvindo?

-Sim. – diz Dim do outro lado. – onde estão?

-Estamos quase lá.

            Vou caminhando à frente ao notar um infectado vindo em nossa direção, estendo o pé-de-cabra e o golpeio na cabeça com força, ele cai de joelhos e acerto outra pancada em seu rosto, depois desfiro mais alguns golpes até mata-lo por completo. Isso não é nada agradável.

-Cuidado! – grita Dust, olho para o lado e vejo uma porta aberta, provavelmente a porta dos fundos de algum restaurante que era usada para o transporte de lixo. Mas isso não importa, pois um filho da puta acaba de saltar dali soltando um gemido alto, ele me derruba no chão com violência, coloco o pé-de-cabra em seu pescoço o afastando para evitar algum contato.

-Faz alguma coisa! – Dust atira na cabeça do zumbi com sua escopeta, vejo os miolos da criatura se espalharem na neve e seu cadáver agora morto estendido a meu lado, rolo para evitar me sujar e passo a mão por meu rosto retirando os respingos de sangue.

            Levanto-me com a ajuda de Sven, Dust engatilha sua escopeta e olha para trás rapidamente, faço o mesmo e vejo três zumbis nos encarando.

-Não era pra atirar, porra! – reclama Sven pegando seu fuzil de assalto, Dust dispara e atinge o peito de um dos zumbis, este foi o sinal para os dois correrem em nossa direção.

            Sven atira com seu fuzil e mata os dois com tiros certeiros na cabeça, ele gastou sete balas pelo que contei. Pego minha pistola, Dust atira a acerta a cabeça do infectado que atirará primeiro. Mais zumbis começam a surgir do beco de onde viemos, droga.

-Corre! – Dust engatilha sua escopeta e dá outro disparo, eu e Sven corremos atravessando mais uma rua, vários zumbis começam a surgir atraídos pelo som.

-Onde fica a porra do mercado?! – exclama Sven dando uma parada e atirando contra alguns zumbis para atrasa-los, Dust está à frente e eu o seguindo.

-É só passar por essa rua, ele fica do outro lado! – consigo ver o mercado entre a neblina, o estacionamento está cheio de zumbis.

-Caralho, não dá pra entrar por ai, vamos pelas portas dos fundos! – grito com os dois desviando meu caminho, porém eles não me ouvem e vão pelo estacionamento mesmo. Filhos da puta.

-A gente se encontra lá dentro! – grita Sven saltando um pequeno muro junto a Dust, os infectados estão atrás deles agora, corro dando a volta no quarteirão desviando de alguns zumbis.

            Entro em um beco e sigo até a porta dos fundos do supermercado, está trancada. Quebro a vidraça da porta com uma cotovelada, passo minha mão por dentro e destranco a porta, fácil. Adentro-me do local e fecho a porta novamente. Olho ao redor, está bem escuro.

-Caras? – caminho pelo corredor escuro com o pé-de-cabra em uma mão e a pistola na outra. Odeio esses corredores escuros.

            Ouço alguns passos, são lentos e um gemido vem em seguida, não vejo nada. Acabo por trombar em uma porta de madeira, rapidamente a abro e tranco em seguida. Olho ao redor, não vejo muito, mas parece que estou na sala dos funcionários devido a alguns armários e mesas.

            Fico parado perto da porta tentando ver algo no escuro, escuto algo se colidir com um armário ali na sala, aponto minha arma para a direção. Não posso morrer agora, nem sequer fodi aquela mestiça peituda, caralho. Algo bate na porta que acabei de entrar, me assusto e o som da colisão com o armário se repete, não devia ter me separado.

            Crio coragem e me esgueiro na parede furtivamente indo para o canto da sala escura, escuto a porta se abrir e o gemido da criatura, em seguida mais gemidos surgem na sala. Estou ferrado!

-Veja se ele está por ai Dust! – escuto a voz de Sven vindo dos fundos aqui próximo. Os gemidos aumentam e continuo esgueirado.

            Uma luz surge e ilumina todo a sala onde estou, vejo três zumbis, um perto de um armário, o que acabará de entrar e mais um ao fundo, eram funcionários.

-Cassete! – As criaturas rapidamente partem para cima de Dust, mas ele fecha a porta antes. Filho da puta! – Ele não está aqui! – é lógico que estou! Merda tenho que agir rápido.

            Lembro-me que quando Dust iluminou a sala havia um duto perto do zumbi ao fundo do local. Vou me movendo furtivamente até a área. Passo a mão pela parede procurando por algo metálico e sinto as brechas do duto, me abaixo segurando o pé-de-cabra e puxo com toda força o abrindo. Rapidamente entro no duto e o fecho, essa foi por pouco...

            É bem escuro e estreito demais, acho que sou grande demais para essa merda. Consigo ouvir o gemido dos zumbis tentando arrancar o duto e o arranhando, vejo uma luz no fim do túnel e aumento a velocidade engatinhando. Deixo o duto e me entrego à luz, estou na sala do gerente pelo visto, uma mesa cheia de papeis, um porta-retratos, canetas jogadas, um cheeseburguer pela metade, não me atrevo a comer. Está bem escuro, mas um feixe de luz atravessa a janela e ilumina algumas partes da sala. Olho para os lados e coloco a pistola no coldre, agora somente com o pé-de-cabra me dirijo até a mesa do gerente. Começo a revirar as gavetas, em uma das gavetas encontro um pedaço de papel amassado, pego. Desamasso o papel, é uma carta.

            “Ontem, todos meus problemas estavam tão distantes, agora parece que vieram para ficar, eu acredito no ontem, porque ela teve que ir? Eu não sei, ela não disse, eu disse algo errado?”

            Isso me soa familiar... Seja quem for parecia estar com problemas. Olho par a porta e ela se abre, Dust joga a luz de sua lanterna em meu rosto e aponta a escopeta.

-Não atire! Sou eu porra! – ele abaixa a arma e continua com a lanterna em meu rosto.

-Você foi mordido?

-Não!

-Ótimo, venha.

-Seu filho da puta, você me trancou em uma sala cheia de zumbis!

-Você está maluco, eu acabei de te encontrar. – desgraçado! Deixo a sala do gerente o seguindo pelos corredores escuros do supermercado.

-E os zumbis lá fora?

-Trancamos as portas, eles não vão entrar, uma hora vão embora.

-O que encontraram?

-Isso. – ele diz ao virarmos o corredor que leva ao saguão principal do mercado, onde ficam as prateleiras de produtos, admito que é bem grande. Todos os alimentos, mercadorias estão intactos, é como se ninguém tivesse pensado em estocar comida nessa cidade, puta sorte do caralho.

-Tem comida pra cassete! Pensei que o máximo que aconteceria era encher nossas mochilas e olha lá! – caminho até uma prateleira de biscoitos, pego uma caixa com chocolates a abro e lanço em minha boca as guloseimas, isso é gostoso pra cassete!

-Também não imaginava encontrar tanta comida assim. – diz Sven comendo salsichas enlatadas, ele come como se fossem as ultimas do mundo.

-Como vamos carregar?

-Vou falar com Dim, tomará que aqueles caras tenham arrumado a van. – Sven liga o rádio novamente. – Dim?

-Estou aqui, chegaram?

-Sim, digamos que temos o supermercado inteiro só para nós.

-Como assim?

-Tá cheio, ninguém tocou em nenhuma prateleira dessa porra cara.

-Isso é bom pra caralho!

-Sabemos, tem comida pra encher carros aqui.

-Como vão trazer?

-Isso é sua tarefa e do pessoal que ficou ai. Thomas já reparou a van?

-Ainda nem começou, mas porque?

-Que merda! Manda ele arrumar o mais rápido possível, dentro de doze horas quero essa van no beco atrás do supermercado, vamos enche-la de comida a dar o fora daqui.

-Doze horas?

-Sim, antes do anoitecer.

-Certo, vou dizer, aguentem.

-Feito. – Sven desliga o rádio e continuar a comer as salsichas.

-Temos doze horas com o mercado só pra gente, antes vamos limpar a área e depois realizaremos o sonho de todo adolescente.

-Isso vai ser fóda! – digo entusiasmado, sempre quis fazer o que quiser em um supermercado só para mim! 


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Notas finais do capítulo

Agora cabe a Thomas e Charles repararem a Van em menos de 12 horas.

Atualização:

—Tiberius neste meio tempo conseguiu encontrar as ferramentas e não teve muita dificuldade.
—Haruka conheceu Julie junto a Helena, elas conversaram a manhã toda.
—Mary está ajudando Thomas com a van.
—Charles está ajudando Thomas também.
—Mark está dando encima de Haruka.
—Mikayla fotografa os corpos daqueles que foram mortos e jogados em um quarto nos prédios.
—Angelo está ajudando o rapper Brad a consertar a porta de seu apartamento.



O próximo capítulo será narrado por Mary, lá mostrará mais sobe os personagens e terá mais dialogos e etc. Até mais, espero que tenham gostado, flw.