Filhas Dos Deuses escrita por Annie Di Angelo, Annie Somerhalder, Maite Belores


Capítulo 17
Indícios dos meus poderes Bella


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! A Bella escreveu e eu estou postando pra ela!
Boa leitura!
~Annie



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414271/chapter/17

Foi meio muito incrível viajar/nadar naqueles "cavalos-marinhos" (desculpem o trocadilho sem graça, mas não resisti. Não é todo dia que se encontra cavalos que andam na água.) Sério.

Eu montei no cavalo caramelo, ele era dócil e alegre. Na realidade, acho que cada cavalo refletia a personalidade de cada uma de nós. Maite foi no preto e ele tinha um gênio um tanto... Bem, difícil. Annie foi no branco e ele era o mais lerdo, mas ainda assim seguia o ritmo dos outros muito bem. E Gina foi no marrom. Não preciso dizer que ele era o mais "esperto" podendo assim dizer, já que ele encontrava o caminho.

Eu abaixei minha cabeça até encostar no pescoço do cavalo. Fechei os olhos e tive uma visão de casa. O Acampamento, Connor colhendo morangos, Sr. D na varanda... Por algum motivo, isso me fez ficar triste. Lágrimas brotaram em meus olhos e eu senti o que eu mais odiava no choro, a garganta fechando e o nariz doendo. Sem nenhum aviso eu comecei a soluçar agarrada ao cavalo. Lágrimas escorriam pela bochecha e depois se misturavam a água do mar que espirrava em meu rosto.

Ótimo, eu agora era uma deusa soluçante e deprimida, que sentia saudade da sua única casa e sentia... Medo. "Sou a deusa mais fraca desse mundo. É por isso que Zeus me odeia tanto. Só ocupo espaço e consumo oxigênio" pensei.

Sentia medo porque aquela deusa lá, mãe da Maite, a tal de Belona, falou que eu teria que guiar as outras pelo "árduo" caminho para achar a chama perdida. Ou melhor, roubada!

Eu não me sinto capaz de fazer isso, minha vocação não é essa. Tipo, eu sou só a "sorridente", a que vê em tudo um ponto positivo. Mas, na verdade, eu sou muito insegura. Tenho medo do desconhecido (sendo que pelo que eu pude ver, é pra onde estou seguindo agorinha mesmo) e na verdade nem é tão fácil perdoar meus pais. Mas eu tento entender. Porque, se eu tivesse tido um caso com outro deus e se tivesse um filho com ele e entre escolher deixá-lo a mercê de um deus super do mal que quer matá-lo e deixá-lo em um orfanato, onde teoricamente estará seguro, eu escolheria a segunda opção.

Mas o verdadeiro problema é esse. Eu não sirvo pra "liderar". Pelo menos assim, já que eu já fui a cantora principal do coral, mas isso não é a mesma coisa. Eu não estava liderando todos do coral para uma missão quase suicida.

Estava tão imersa nesses pensamentos que fui pega totalmente de surpresa. Cai do cavalo e meus pulmões se encheram de água. "Que diabos está acontecendo?" pensei enquanto sentia minha garganta juntamente com meus pulmões começar a arder por conta do sal.

Nunca fui boa nadadora, mas sabia nadar, de forma que consegui saber o que fazer debaixo d'água. Abri devagar os olhos e vi.

Os outros cavalos continuaram seu percurso sem parar, incluindo o caramelo. As meninas gritavam para eles pararem mas os cavalos tinha um brilho prateado no olhar que mantinham fixos a frente. Estranho, pensei quando consegui superar a correnteza e ir para a superfície arfando. Peguei uma lufada de ar e quando ia gritar que estava bem, fui puxada pra baixo.

Me debati sentindo que nada nem ninguém me puxava pra baixo. A água me puxava pra baixo. O que é meio incrível já que só Poseidon poderia fazer isso. Então, valeu tiozinho do mar.

Mas quando abri de novo os olhos eu vi o que mais me apavorava desde que descobri minha vida de deusa. O exercito de Zeus.

"Cara, eles estão em todas agora, é?" pensei transtornada enquanto tentava, de modo fracassado alcançar meu anel super fofo em formato de arco/arma.

Notei que eles estavam em menor número e que meio que eram transparentes...Mas, espera, eles não eram o exercito de Zeus. Eram o exercito de Quione!

“Bem, menos mal, desses eu acho que posso cuidar...com...o...meu...arco." a cada palavra do pensamento fazia outra tentativa de pegar o arco, mas que a água não deixava ser bem sucedida.

Eles foram se aproximando e vi que onde pisavam a água congelava. Sim, ela virava gelo! Pensei o que fariam se me tocassem.

Escutei os gritos das meninas bem abafados acima de mim e notei também a falta que o ar me fazia. Dor massacrou a ponta dos meus dedos e a temperatura caiu, fazendo eu sentir come se milhões de facas entrassem e saíssem do meu corpo. Agora a água que deveria ser bem mais quente que isso estava na mesma temperatura das da Antártica. Sei lá.

Senti dor por todo o meu corpo, me contorci mas de nada adiantou. Parecia que a deusa do frio queria me ver ter uma morte lenta e dolorosa, sentindo o que meu "inimigo inicial" por ser filha de Apolo poderia me fazer.

Não sei de onde consegui foco, mas eu foquei no sol. No quente e gasoso sol. E também pensei nele fritando ovos, mas isso só foi porque meu estômago estava roncando.

Senti meu sangue (literalmente) ferver, senti que a escuridão a minha volta era iluminada e eu vi luz.

Não, eu não estava morrendo. Eu só imaginei isso. Imaginei que aqueles soldados veriam uma luz ofuscante e que sentiriam sua pele queimar, como se o próprio sol estivesse lhe fazendo uma visitinha. Imaginei que eles iriam derreter aos poucos e em cada parte que se misturasse a água fosse mais dor ao corpo.

Abri os olhos e vi que novamente estava sozinha no oceano na sua temperatura normal, um pouquinho mais quente, e vi o último soldado se contorcer de dor e derreter.

A água aos poucos me libertou e nadei desajeitada até a superfície e vi também que cavalos sem brilho prata nos olhos vinham na minha direção. Encontrei as meninas que tinham um olhar apavorado no rosto (menos claro a Maite, que raramente fica assustada. Mas ela estava com uma expressão preocupada.)

– Pensamos que você tivesse morrido, sei lá! - Gina disse - Só vimos você afundando e depois a água congelando e depois disso... - ela me olhou no olhos - vimos um clarão sair da água, tipo uma explosão mas que não atingiu a gente. Que passou, mas só deixou uma brisa. Pra gente, claro, porque a água congelada derreteu na hora, então quer dizer que a temperatura da explosão deveria estar a cima de...

– Enfim, - Annie a cortou - conte como sobreviveu!

– Sei lá. - eu olhei para minhas mãos - acho que faço truques de mente, com temperaturas e sensações.

– O que importa é que está bem e segura - Maite virou o cavalo na direção que estávamos seguindo – Agora é melhor irmos antes que fique escuro. Acho que ninguém está a fim de socar mais monstros por hoje.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Filhas Dos Deuses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.