A Caminho Da Batalha Final escrita por Nutella Potter


Capítulo 33
O Final, ou quase isso.


Notas iniciais do capítulo

E aí, sentiram a minha falta?
Eu sei que demorei quase um mês para postar, mas esse mês de março foi muito corrido, estou cheia de provas, e trabalhos, sem falar que Março é o dia de metade de aniversários na minha família. Além disso esse foi um dos capítulos mais difíceis que criei, pois eu não sabia o que escrever no inicio e no meio, apenas o final eu sabia, e olha que eu o mudei pelo menos 5 vezes.

Agora vez a parte dos agradecimentos. *_*.
Eu gostaria de agradecer a Carol Chase, Filha do Mar e ao Filho de Hades, por suas recomendações incríveis. É sério eu fiquei muito feliz, até fiz uma dancinha da alegria que eu tenho.
Vocês são demais.

Mas então vamos para o capitulo.



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Pov. Frank.

Olha, se eu dissesse que estou com dor no corpo seria uma mentira.

Meu corpo estava praticamente morto. Eu não parava de me transformar. Um leão, um tigre, um elefante, uma águia, uma doninha raivosa... Isso tudo só nos primeiros 15 minutos da batalha. Quando já era 1 hora de batalha eu já não aguentava mais me transformar nem em um coelhinho. No momento eu sou uma aberração, uma mistura de cabeça de serpente, corpo de macaco, pernas de canguru e braços de urso. Totalmente horrível.

Sem falar que eu havia acabado de derrotar o anti-Ares, com meu pai. Não foi muito legal, Marte foi atirado em um pilar com tamanha força que acabou quebrando-o e mais alguns atrás dele. Nem preciso dizer que Marte desmaiou, e então eu tive que matar o gigante sozinho, demorando o maior tempo possível para que meu pai pudesse acordar e me ajudar. No final o gigante foi decapitado por uma lança, uma cena nada bela.

Agora estou correndo pelo batalhão de gente e monstros. A quinta e a terceira cortes avançam pela batalha abrindo caminho por ela, mas o máximo que conseguem fazer é avançar 25 metros. Enquanto isso a primeira e segunda corte, liderados por Reyna e Jason, lutam ao lado do grupo do outro acampamento. Vejo Annabeth estirada no chão enquanto alguém, não sei quem, esta dando a ela um pouco d néctar, Leo está lutando com Calipso à alguns metros daqui.

Luto com um humanoide, desvio de um grupo de telquines e tropeço em um corpo. Sem olhar para quem é saio correndo para o mais longe possível do corpo.

Depois de muito tempo vagando pela batalha, matando monstros e tentando respirar algo que não cheire a sangue e ácido, avisto Gaia lutando com Hera e Afrodite. As deusas estavam perdendo feio, Afrodite apesar de lutar com o seu super chicote e com uma adaga, não parava de ser esfaqueada. Hera então, por pouco não foi decapitada. Do outro lado da arena Athena lutava ao lado de Hades, eles estavam até que melhores que Hera e Afrodite, mas mesmo assim estavam mal, pareciam exaustos.

Quando quase sou atingido por uma carruagem desgovernada, penso em mudar de tática, o céu. Fico meio temeroso com ter que me transformar em um gavião, já que o céu está escuro, nublado e muito chuvoso.

Quando vou me transformar, vejo Hazel lutando sozinha com... fantasmas?

Desisto de ir para o céu e tento ir em sua direção, mas sou “barrado” por um monstro que se joga em minha frente.

Vejo o monstro em minha frente e tento lembrar dele. É uma criatura parecida a uma cobra venenosa, de duas cabeças. Uma Anfisbena. Aprendi sobre ela em uma das aulas do acampamento. Ela deveria estar na batalha para comer os cadáveres dela, mas pelo visto ela me achou muito mais suculento do que um cadáver. Não sei se isso é bom ou ruim. Mas prefiro optar pelo ruim.

O monstro, cobra, sei lá... salta sobre mim. Consigo desviar a tempo de evitar a primeira cabeça, mas a segunda me acerta em cheio.

Ela se prende em meu tronco (corpo), enquanto a outra cabeça, lentamente, sobe em direção em meu pescoço. Tento me mover, mas o aperto em meu corpo é forte demais, já começando a sentir falta de ar, penso em como é irônica a minha vida. Tanta dor e sacrifício para morrer estrangulado por uma cobra, como se eu fosse um rato.

.

.

.

RATO. É isso. Quando a cobra já esta em meu pescoço eu me transformo em rato e saio correndo com minhas patinhas minúsculas, para o mais longe possível da cobra.

Quando volto a ser humano, já tenho que me transformar novamente, dessa vez em coelho (odeio me transformar em rato), pois a cobra já esta pronta para dar um segundo bote.

Depois de ficarmos nessa de gato e rato, no caso cobra e coelho, eu já cansado, desisto de desviar, e me transformo em humano e decido atacá-la. Tomo o máximo de distancia da fera ofídica e ergo meu arco, pronto para atirar. Com a flecha perto da boca, respiro, inspiro, e solto a corda. Essa é a minha arma, a minha habilidade. Quando minha flecha acerta uma das cabeças, dou um grito de felicidade, porém ele não dura muito, pois a cabeça que ficou viva engole a flecha presa na cabeça da irmã (?), enquanto esta se regenera.

Eu não lembro de ter lido que a cobra era imortal.

“Pense Frank, como matar uma cobra que pelo visto é imortal? Lembre-se do que você aprendeu no acampamento.”, minha mente dizia.

O que foi que eu aprendi sobre ela? Ela é uma cobra de duas cabeças que ficam em cada ponta dela, têm pés escamosos e asas. O que mais? Tento vasculhar minha mente a procura de alguma coisa que eu tenha aprendido. Até que uma luz se acende.

Para matá-la, nenhuma de suas cabeças pode estar viva. Ou seja, se eu matar cada uma de uma vez, a outra irá se regenerar, eu preciso matá-las ao mesmo tempo.

E eu tenho um plano.

Depois de várias tentativas de botar meu plano em prática, sendo que nenhuma delas deu certo. Eu finalmente consigo, acertar uma flecha em uma de suas asas.

Parte um do plano concluída.

Tenho que explicar que não foi fácil realizar tal proeza, eu tive que me transformar em uma cobra e tentar cantar aquele monstro. E depois de muito sibilar coisas românticas para a cobra, ela finalmente levantou suas asas para se mostrar, como um pavão.

E depois de ter minha masculinidade humilhada, eu me afastei, voltei a minha forma humana, e atirei uma flecha na asa da cobra.

Agora, é a parte dois do plano.

A cobra revoltada por eu tê-la ferido, vem em minha direção. E eu por minha vez, levo isso como uma deixa para correr em direção ao penhasco.

Quando estou quase na borda, paro abruptamente, para meu plano dar certo preciso que o monstro esteja com muita raiva de mim.

Então me viro e encaro aqueles olhos ofídicos e começo a soltar ofensas.

“Você é tão feia que todos te temem.”

“Sua irmã disse que você é feia.”

“ Sua mãe é tão preguiçosa, que você nasceu com uma cabeça a mais no lugar da bunda para ela não ter que limpá-la.”

Acho que ela se ofendeu suficientemente com a ofensa que fiz a mãe dela, pois ela simplesmente se jogou contra mim. E como eu não havia previsto esse ataque, pois planejava poder insultá-la mais, acabo me desequilibrando e caindo do penhasco.

*Danificar a asa da Anfisbena confere.

*Xingar sua mãe, confere.

*Cair de um penhasco confere.

*Gritar como um bebê chorão que já fui acusado de ser por Arion, confere.

Sinto o impacto da água, e finalmente confirmo minhas suspeitas de que tinha água no fim do penhasco. A cobra apavorada com a possibilidade de se afogar se solta imediatamente de meu pescoço e tenta fazer de tudo para voltar para a superfície, mas eu a impeço, seguro seu corpo com uma mão e com a outra tomo impulso para baixo.

Vou mergulhando até que ela comece a sentir falta de ar e por fim, a cobra se desintegrou.

Sorrio contente com meu grande feito, mas ai me lembro que estou submerso e que não sou um Percy da vida, então tento emergir. Quando já estou quase alcançando a superfície meus pulmões começam a arder, e tento aguentar mais um pouco, não quero me transformar, pois eu preciso gastar minhas ultimas energias para uma transformação que valha a pena.

Finalmente chego a superfície, e com um pulo salto da água e, no ar, me transformo em uma águia e subo rumo ao céu e a batalha.

***

Pov. Hazel.

Como filha do deus da morte e das riquezas da terra eu deveria estar acostumada como a morte.

Deveria estar acostumada quando chega a hora de alguém. Do sussurro calmo e suave da vida saindo da pessoa, da alma caminhando calmamente pelo chão, da aparência terrível e linda ao mesmo tempo da Morte, pois a morte não é horrível, é apenas uma parte da vida, mas ela também não é bonita para as pessoas ao redor.

Mas não, cada morte, cada lamurio, cada lagrima, cada gota de sangue derramada, me assustava. A cada pessoa que caia em batalha, meu corpo de arrepiava, e eu tinha vontade de sair correndo de lá o mais rápido possível. Queria poder não ser eu,queria poder ser apenas um mortal totalmente alheio de que agora esta ocorrendo uma batalha na Grécia, queria poder estar passeando livremente pela rua de mãos dadas com meu namorado que me levava para um cinema, no filme, ele passaria os braços por meus ombros e nós daríamos um beijo no escuro da sala, depois iríamos jantar em um delicioso restaurante, pediríamos um prato de espaguete onde ocorreria a famosa cena de A Dama e o Vagabundo e tomaríamos de sobremesa um enorme copo de sorvete.

Porém, eu não sou essa pessoa, não sou uma mortal que tem uma vida inteira pela frente, estou longe disso, eu sou uma semideusa, filha de Plutão que esta lutando em uma batalha que poderá ser seu fim.

O que dizer da batalha? Sangrenta. Nunca havia participado de batalhas antes, mas se o que eu ouvi sobre a terrível batalha do Monte Otris era ruim, essa aqui parece pior. O chão estava manchado de sangue quase que por inteiro, e a chuva só piorava sua aparência, o ar era preenchido por seu cheio metálico, e havia corpos por todas partes, cabelos ruivos, olhos castanhos vidrados e mãos com esmaltes eram avistados.

Era terrível, não sei como Nico aguentava ver fantasmas, se já era difícil ver seus corpos mortos, imagine vê-los como fantasma?

Minha participação na batalha foi matar um gigante com Apolo, que com toda sua bondade e sorriso brilhante me ajudou, e usar os meus poderes para saírem do chão tudo que tenha de precioso neste, quando um monstro ia atacar alguém por trás, um enorme diamante gigante voava em sua direção e se cravava em suas costas, em pouco tempo ele já havia virado pó. Além disso, eu corria de um lado para o outro na batalha decapitando monstros e cravando minha espata nas costas de alguém do lado inimigo, e quando eu não fazia isto eu estava montada nas costas de Arion, ziguezagueando em alta velocidade pela arena.

Matar o gigante foi mais difícil do que pensei, ta certo que aqui não era sua Terra, então poderia morrer apenas por minhas mãos, mas ele estava mais forte. Não vou entrar em detalhes, mas eu quase perdi uma costela quando estes me agarrou e me jogou no chão, depois Apolo chegou, cantou umas musicas e logo estava melhor, então matamos o gigante com um chão cheio de pedras preciosas que fingiram ser pecinhas de Lego, e quando o gigante berrava de dor e consequentemente caiu com seu traseiro gordo no chão, Apolo dando uma de Apolo recitou um poema terrível, que fez com que o gigante ficasse agonizado com a dor de cabeça e morresse de dor.

Uma triste história porém bem verídica.

Agora, junto com a quarta corte, eu matei um ciclope de 6 metros de altura. Não foi exatamente difícil, no final jogamos uma pedaço de mármore bruto no olho dele com um mini canhão que um dos filhos de Vulcano criou, ele literalmente cego pela dor não viu quando aproximadamente um batalhão de armas voou em sua direção...

Quando ele se dissolve, nós damos um grito de guerra e seguimos caminhos diferentes, procuro por mais algum gigante para matar, mas acabo não encontrando nenhum. As pessoas podem falar o que quiser, mas James realmente era um bom lutador e estrategista, a batalha que antes nós estávamos perdendo virou o placar, não sobrara nenhum gigante e um monte de campistas com muita garra e coragem para continuar lutando.

Desvio de uma faca que passou por mim e tento pensar a onde ir, quando sinto o golpe de uma lança rasgando meu ombro, e sou lançada em alta velocidade até uma escultura de algum deus, onde ficou pendura pela minha blusa que esta presa pela ponta da lança.

Lembra aquele momento em que disse que quase havia quebrado minha costela? Então, eu dessa vez a quebrei.

A dor era insuportável, e eu estava paralisada, não sei se por medo, por dor ou por choque desse acontecimento.

Lentamente tento me acostumar com a dor, e procuro me ocupar tentando achar o culpado pela minhas costelas quebradas pelo impacto com a estatuas.

A minha frente uma figura surge, um garoto bastante mais velho, de cabelos loiros, olhos azuis, e um corpo bastante atlético. Um garoto muito belo sem duvida, porém uma cicatriz enorme em seu rosto desmanchava um pouco de sua beleza. Luke Castellan.

–A graças aos deuses, ei Luke me ajude a sair daqui.- Digo. Me mecher é muito incomodo e eu não consigo me soltar sozinha, a lança esta bem firme na estátua e minha blusa também.

–E por que eu faria isso?- Diz ele com uma voz tão fria e baixa que momentaneamente penso que ele não disse nada.

–Como assim?- Pergunto.- Você não quer me soltar?

Eu estava assustada, queria mascarar isso mas não conseguia. Não que eu conhecesse Luke, Annabeth uma vez o mencionara quando contou as aventuras do Cabeça de Algas, e ele também havia voltado e parecia ser do bem. Mas não vejo qualquer sinal de bondade em seu rosto frio e inexpressivo.

–Bom, isso não seria muito prudente.- Diz ele.

–é seria muito mais vantajoso matá-la.- Diz uma garota de traços asiáticos, cabelos negros e cacheados, e uma maquiagem forte. Drew Tanaka.

–Você também?- Perguntou Hazel meio desesperada.

–Boa, quem atirou a flecha.- Perguntou um garoto que Hazel reconheceu dos estábulos do acampamento Jupiter. Dannis.

–Eu.- Disse a irmã de Reyna, Hylla.

–O que esta acontecendo aqui?- Pergunto com uma sensação estranha.

–Não é obvio?- Pergunta Luke com sua voz de gelo.- É uma cerimônia de enterro, o seu enterro.- Diz ele, colocando uma espada em minha garganta.

–Vocês, vocês passaram para o lado dela. Como podem fazer isso?- Pergunto.

–Eles fizeram isso porque não são eles de verdade.- Diz uma sombra que se joga na minha frente derrubando Luke.

–Nico.- Grito de alivio.

–Saia daí, e corra.- Diz ele.

–Eu não consigo sair sozinha.- Digo.- Me ajude.

–Não posso, estou um pouco ocupado.- Diz ele se desviando de uma facada certeira que Drew havia dado.

–Por que eles estão fazendo isso?- Pergunto tentando me soltar de qualquer jeito.

–Não são eles.- Repetiu Nico atacando Hylla.- Eles morreram, estão apenas possuídos por Eidolons.

Ok, isso já esta ficando muito anormal, The Walking Dead na vida real já é exagero. Mas parando para olhar melhor, percebo que eles realmente estão mortos, pois suas camisas estão banhadas em sangue, o que não significa muito, mas já é uma coisa.

Com muita dificuldade me solto e caio no chão. Minhas costas queimam em protesto, mas a ignoro e me ponho de pé, já erguendo minha espata.

Nico, me manda ir embora, mas novamente o ignoro, pelo visto estou ignorando muitas coisas hoje.

Vejo Dannis avançar por trás de Nico, e o ataco, ficamos nessa de desviar e atacar até que o acerto e ele cai no chão, comemoro em vitória, mas ele logo se levanta para o meu desespero.

–Nico, eles não morrem.- Digo, me desviando de uma flecha de Drew.

–Claro que não, eles estão mortos, e eidolons são praticamente fantasmas.- Diz meu irmão sabiamente.

–Tá como vamos matá-los?- Pergunto acertando em cheio o peito de Rui, um filho de Marte, muitos outros zumbis/eidolons/amigos/campistas/mortos-vivos, vieram para cá, estávamos cercados.

–Ahhh.... Hazel você consegue sentir algum túnel em baixo de nós?- Eles pergunta.

–Ãhhh, não, tem um a um 25 metros daqui. Por que?- Pergunto.

–Se segure.- Diz ele. Logo em seguida o chão começa a se abrir em baixo de nós e os mortos vivos vão caindo em direção ao fim do buraco. Vejo coisas brancas os agarrando, esqueletos, o susto é tão grande que acabo escorregando e caindo no buraco. Por um milagre consigo me segurar em uma fresta da parede, mas os zumbis estão me puxando.

–Nicoooooo.- Berro.

–Hazel.- Grita ele tentando me agarrar.

–Solte uma de suas mãos e tente pegar a minha.- Diz ele se esticando, se ainda é possível, um pouco mais.

Tiro uma das mãos da fresta, mas logo coloco-a de volta, meu corpo dolorido não aguentava o meu peso.

–Não dá.- Digo.- Acho que quebrei algum osso da costela.

–Hazel, você consegue.- berra ele.

Ouço um barulho abaixo de mim e vejo que os eidolons estão voltando para a superfície. Tiro novamente um de minhas mãos da fresta, meu corpo berrando de dor, mas consigo esticar meu braço para Nico, que o segura com força e tenta me puxar. Quando estou quase chegando lá, sou puxada para baixo, um morto vivo ainda me segurava. Dou repetidos chutes nele até ser solta e puxada para a terra firme.

–Ahhh.- Grito quando atinjo o chão. Um tremor ocorre e vejo que o buraco se fechou, e lá está uma rosa preta.

–Você está bem?- Nico me pergunta me estendendo uma garrafa de néctar. Depois de beber a bebida divina, respondo.

–Sim, e você?

–Também.- ?Diz ele.- Nunca mais faça isso, pensei que fosse te perder.

–Você não vai me perder.- Digo simplesmente.

–Espero que não, já perdi Bianca, não vou suportar perder outra irmã.- Diz ele.

O abraço.

–Você que fez aquilo?- Pergunto depois de nos separarmos.

–O que?- Pergunta.

–O chão.

–A sim, fui eu.

–Você precisa me ensinar isso.- Digo encantada.

–Hahaha, pode deixar que depois disso tudo acabar eu ajudo.- Disse ele se levantando e me estendendo a mão.

–Eu topo.- Digo.

–Ótimo, então as damas primeiros ele diz apontando para frente.

E com risadas adentramos na batalha.

***

Pov. Percy.

De todas as batalhas que eu já fui, nunca me senti tão bem em uma.

Era terrível, corpos no chão, sangue, ar ácido. Porém, por ser James tudo parecia ser mais fácil, as pessoas faziam tudo que eu falava, e sempre abriam espaço para mim, até os deuses muito contrariados faziam isso, os monstros me temiam e os gigantes ficavam tão surpresos e assustados por me verem na batalha que eu ganhava fácil.

Apesar disso, a batalha estava péssima, a cada amigo morto que eu via meu coração apertava e eu sentia uma vontade grande de mostrar quem realmente estava debaixo dessa mascara. Mas eu não tirei-a, continuei com ela na cabeça espalhando terror na batalha.

Eu desvia, atacava e rodopiava, manipulava água, atrapalhava os gigantes, ajudava os mais feridos, e dava auxilio pata qualquer um que precisava de um companheiro.

Ajudava até os deuses, eu salvei Apolo de um ciclope que vinha por trás, e ajudei Afrodite a matar uma Quimera, matei o gigante anti-Hermes junto com Poseidon e alguns membros do chalé 11, e ajudei Deméter a acabar com espíritos dos grãos. Apenas não ajudei a Zeuza Fabulosa, na verdade a atrapalhei, fiz com que ela escorregasse e fosse acidentalmente incendiada.

Tudo estava indo bem, até eu ver Annabeth morrendo, eu deveria ter ficado parado e continuado a matar o gigante Polibotes com Sandy, Candece e Hera, mas não consegui e impedir, me transfigurei em água e atravessei a batalha até chegar nela.

Quase tive um ataque quando ela disse que queria morrer, para uma pessoa inteligente ela estava bem burra, e me senti muito culpado por saber que ela queria falecer por minha causa, em seus olhos cinzas que eu tanto me apaixonei eu vi toda a tristeza e sofrimento que neles havia. Mas daí cometi um erro e me revelei para ela, mas tudo bem, a Annabeth é a Annabeth né?

Olho ao redor e vejo que estamos ganhando, ah poucos monstros agora em relação ao que tinha antes, tem tipo um monstro para cada três campistas. É o fim da batalha final, o lado vencedor já eleito.

Olho ao redor da batalha procurando algo para fazer até que vejo. Não muito longe dali, Gaia lutando com um pégaso negro. Não muito tempo se passa até que percebo que aquele lá é o meu pégaso, o Blackjack que nesse momento é atingido por uma faca, bem na perna.

Perco o controle, ninguém se mete com meu animal de estimação - que na verdade é livre - e se da bem.

Ergo contracorrente, e vou correndo até ela onde quase a acerto por pouco.

–James.- Grita ela.- Não acredito que ainda não desistiu dessa palhaçada de estar do lado dos deuses.

–Bom, a única palhaça aqui é você.- Digo para irritá-la.

–É inacreditável, você é um burro, mesmo depois de tudo o que eles fizeram para você, você ainda fica do lado deles?-Ela rugi.

–Bom, você não é exatamente a bondade pura.- Digo desviando de uma facada.- Que eu me lembre você matou a garota que eu amava mesmo tendo me prometido o contrário.

–Ela esta viva.- Ela berra de raiva por minha traição.

–Sim, por que eu dei minha vida por ela.- Berro de raiva, acertando seu rosto com uma facada.

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHH.- Ela grita fazendo o chão virar areia movediça.

Fico preso, e ela arranca minha espada com um único e certeiro movimento de adaga, além disso ela prende minhas mãos atrás de mim com cordas de lama endurecida. Droga por que não lembrei disso, agora em vez de morrer como um herói vou morrer como um babaca.

–Óhhh, James, não queria que acabasse assim.- Diz a deusa.- Você sabe que sempre gostei de você, mas acredite estou lhe fazendo um favor lhe dando uma morte rápida.- disse ela levando a ponta da adaga ao meu pescoço.- você sabe que não se pode confiar nos deuses.- Disse Gaia, enquanto eu tentava me manter o Maximo parado para não afundar mais rápido.- se você vivesse, você seria traído como sempre foi. Goodbye my dear James.- Disse ela erguendo a lamina.

Porém antes de ela poder fazer qualquer coisa, sua mão foi atingida por uma bola de fogo. Gritando mais por susto do que por dor, ela deixou a adaga cair aos meus pés eu até tentaria pegar, mas vendo que esta vindo, era mais preferível não me mexer.

Os seis semideuses da profecia vinham em nossa direção, Leo como sempre incendiado, Jason montado em Tempestade, Frank transformado em leão, Hazel montada em Arion e Piper e Annabeth montadas em um pégaso. Todos brandindo espadas, lanças, adagas, arco-e-flechas, entre outras armas...

Os heróis do Olimpo.

Leo começou a atacar Gaia com um martelo gigante que estava em brasas, Piper o ajudava tentando a acertar, tanto com sua faca, quanto com sua voz que tentava botar a deusa para dormir. Jason, tentava a acertar por cima, já que voava, além disso contribuía fazendo ventanias começarem ao seu redor. Hazel montada no leão Frank, tentava convocar paredes de pedras preciosas ao seu redor. E Annabeth, ela vei correndo entar me ajudar.

–Per... James.- Corrigiu-se.- Dê me sua mão.

–Não dá, elas estão algemadas.- Digo.

–Ok, você não consegue se transfigurar em água como você fez antes?

–Não, seu eu atingir a areia eu vou ser absorvido.

–Ótimo.- Diz ela irritada.- Então se curve para frente o máximo que puder, como se fosse beijar o chão.

Olho para ela como se fosse maluca, mas faço o que ela mandou. Depois sinto um peso nas minha costas e descubro o motivo de ter que me curvar. A louca se jogou em cima de mim e esta tentando cortar as cordas de terra. Eu mereço.

Quando ela termina, percebo que estamos numa cena pior do que imaginava. Ela esta segurando na minha cintura e seus joelhos estão em meus ombros, já que a inteligência pura me vez de dar a volta e se jogar em mim pelas minhas costas, ela se jogou por frente mesmo. Sinceramente, acho que ela comeu algo muito estranho no café da manhã.

–Ok, e agora.- Digo.

–Você grita por Jason, e pede para ele nos ajudar.- Diz ela.

A areia que já estava quase na minha cintura, já que eu não me mexi muito começou a se mover mais rapidamente.

–JASON, JASON.- Berro.

O superman loiro finalmente se dá conta de nossa situação e vem nos ajudar.

Quando já estamos em terra firme, depois de muito sufoco, partimos para ajudar o resto.

Leo ainda esta tentando incendiar Gaia, assim como Piper não para de usar seu poder de persuasão, Frank tenta atacá-la a todo momento mas não consegue, pois a deusa apesar de estar em desvantagem, consegue se desviar dele e do fogo, e parece que a persuasão de Piper não faz efeito nenhum nela. Porém agora é o fim da deusa.

Jason começa a causar um ventania muito intensa, além de alguns raios, e eu começo a controlar a água de forma que esta a faça escorregar, a impeça de repirar, e a cegue. Leo consegue acertá-la com uma bola de fogo a deixando em chamas. Frank finalmente acerta uma patada na deusa que quase cai, Piper percebendo que seus poderes não estão ajudando fica esfaqueando o máximo de lugar que consegue, Hazel fez um buraco atrás da deusa que faz de tudo para não recuar, porém Annabeth chega e com toda sua habilidade lógica e estratégica, a acerta bem no peito. Gaia não consegue se segurar e por fim cai na cova feita por Hazel, onde fica parada, dormindo um novo longo sonho.

E é o fim de Gaia.

Eles começam a comemorar, afinal, a guerra acabou, a líder do lado do mal se foi, não temos mais que lutar, ou nos preocupar, finalmente estamos livres.

Os monstros que restam na batalha fazem de tudo para fugir, os campistas e deuses começam a comemorar. Espiritos da natureza, sátiros, e pegasos comemoram.

Depois de tudo, de toda dor, todo sofrimento, toda angustia, finalmente acabou.

.

.

.

Ou não.

Quando vou tirar meu capacete e me revelar ao mundo, a cova feita por Hazel, explode, e nós somos lançados para trás.

–Ahhhh, semideuses, acharam mesmo que poderiam me destruir?- Perguntou a deusa cheia de raiva e desprezo.- Eu estou viva, e isso não acabou ainda.


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Notas finais do capítulo

E aíí???? Gostaram do penúltimo capitulo de A Caminho da Batalha Final?
Eu sei que a parte da Hazel ficou meio tosca, mas eu quis mostrar o lado dela mais infantil, pois ela tem uns 13, 14 anos. Eu queria mostrar que apesar de ser corajosa e muito valente, ela também tem medo, angustias e sonhos.
A Anfisbena não tem exatamente uma forma definida, a única coisa que é definida é que ela tem o corpo de uma cobra com a cabeça em cada ponta, pessoas dizem que ela tem asas e pés escamosos, outras dizem que ela tem olhos que brilham entre muitos outros "achismos".
Mas bom, eu mereço reviwes?
Ou...recomendações? *_*



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