Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 8
Capítulo 7 - Never Gona Be Alone


Notas iniciais do capítulo

Hooy Shadowhunters seus lindos ;3

Eai estão gostando? Espero que sim, tenho Paradoxo escrito até o capítulo 12 então conforme seus comentários lindos vão vindo eu posto ok? Amando postar para vocês e responder os seus reviwes c:

A música desse capítulo foi:Nickelback - Never Gona Be Alone
Boa Leitura ♥



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Finalmente nós tínhamos conseguido ficar sozinho, ela continuava deitada conversando me contando algumas coisas da sua vida. Soube que seu aniversário era em uma semana e que quando menor ela tinha ganhado uma runa do seu pai, runa que ficava em sua costela e que era a da clarividência, ela não sabia disso mas, após me descrever o desenho eu lhe disse.

–Está com frio? – perguntei vendo que Clary batia os dentes.

Ela concordou com a cabeça, peguei então um cobertor e joguei por cima dela. Mesmo assim Clary ainda tremia, coloquei a mão em sua testa e constatei que estava com febre. Peguei minha estela, faria uma iratze nela.

–Me dê o seu braço – disse e ela o esticou, vagarosamente eu desenhei o símbolo conhecido. Clary ficou olhando-o e quando eu terminei ela passou seus dedos por cima.

–O que significa? – perguntou.

–É uma iratze – disse – Uma runa de cura, você vai ficar boa logo. Seus machucados são superficiais.

–Queria que uma iratze concertasse os machucados internos – disse sem olhar pra mim.

–Eu também queria – disse – Mas, infelizmente não há uma runa para dissipar decepção, triste ou coração partido.

–Acho que nunca vou conseguir te agradecer Jace, por tudo que você fez por mim. Eu nunca me senti tão... – ela parou de falar e olhou para o meu rosto.

Apenas sorri, Clary mal sabia que eu é quem nunca conseguiria agradecê-la por existir.

–Jace – sussurrou, eu poderia ouvi-la dizer meu nome por toda a noite e nunca me cansaria da sua voz – Sua mãe não se importa que eu esteja aqui? Porque eu posso ir assim que o dia amanhecer.

–Eu não me importo que você esteja aqui – disse – E ela concordou com isso, nada de sair e andar pelo mundo sem mim dona Clarissa.

–Acho que não vou conseguir a mais lugar nenhum sem você – disse ela de olhos fechados.

–É claro que não Clary, eu sou a companhia perfeita – deitei-me ao lado dela, evitando que seu corpo ficasse ainda mais gelado. Clary me deu um espaço na cama pequena onde eu me deitei, os braços finos dela repousaram graciosamente em cima de mim, sendo sínico como sempre apenas a puxei para mais perto.

Boa Noite Clary – disse escondendo meu rosto nos seus cabelos.

Clary tinha pegado no sono ainda da enfermaria, não esperou ser acomodada em um dos quartos. Fora tarde, ela não respondeu ao meu boa noite e logo Clary estava envolta nos meus braços dormindo.



POV Clary



Abri meus olhos e eles pareciam doer mesmo sem claridade, meu corpo parecia renovado. Não doía mais absolutamente nada, até parecia uma nova Clarissa Wayland que estava deitada aqui.

Jace ainda estava deitado do meu lado, nossas mãos durante a noite tinham se enroscado. Ele ainda dormia divinamente, olhá-lo tão de perto me fazia ver como ele se parecia com um anjo. E definitivamente Jace era um anjo, o meu anjo. O olhava sem conseguir esconder um sorriso, não entendia o que o Jace tinha visto em mim para me dar toda aquela atenção mas, eu gostava disso.

–Porque você está me encarando? – perguntou ele abrindo um sorriso mas, continuou de olhos fechados.

–Pensei que estivesse dormindo – sorri.

–Estava mas, senti olhos verdes penetrantes me olhando – constatou abrindo os olhos. – Então, porque estava me olhando tudo bem que eu sei que eu sou lindo.

–Meu Deus Jace, pare de se achar – disse rindo.

O engraçado era que nós dois ainda estávamos colados um ao outro.

–Meu Deus não Clary – disse me corrigindo – É pelo Anjo.

–Pelo anjo Jace, pare de ser aparecido – disse novamente.

Nós estávamos tão próximos um do outro que eu podia sentir o cheiro de Jace se grudando no meu corpo. Ele me puxou ainda para mais perto, mas de repente a porta se abriu do nada o baque do barulho fez nós dois nos soltamos brutalmente e caindo um para um lado diferente da cama.

–Nossa, desculpe a invasão de privacidade – disse uma garota rindo – Mas, a dona Maryse disse que ela pode ter um quarto.

Ainda não tinha visto quem era a garota, Jace levantou-se antes de mim e perguntou:

–Pelo anjo, Clary você está bem?

–Não, acho que quebrei meu braço – disse fingindo e segurando meu braço.

–Mesmo? – perguntou preocupado.

–Não, estou só brincando – disse rindo e me levantando.

Agora eu podia ver a garota, era linda. Tinha um corpo esculpido e longos cabelos negros que estavam amarrados para trás em uma trança, seus olhos eram claros e sua pele branca. Ela se agarrou no pescoço do Jace e disse algo em seu ouvido. Deveria ser a namorada dele. Logo Jace saiu da sala xingando baixo.

–Eu sou Isabelle – disse ela se aproximando de mim – Você deve ser a Clarissa.

–Só... Clary – disse, era muito mais sonoro do que Clarissa.

–Venha vou lhe mostrar o seu quarto – me chamou com a mão.

Segui Isabelle por um longo corredor, o instituto era lindo. Uma bela construção antiga cheia de detalhes, nós andamos até quase o final do mesmo e entramos dentro de um elevador. Subimos até o segundo andar e andamos mais um pouco.

–Aqui é o meu quarto – aprontou para uma das portas onde tinha a inscrição Izzy – Aquele é o quarto do Jace – no seu quarto também tinha o seu nome na porta – O ao lado dele são os do Alec e o do Max e o último são dos meus pais.

Isabelle tirou uma chave do bolso e abriu a porta a nossa frente que ficava em frente ao seu quarto.

–E esse é o seu – disse sorrindo.

Era um quarto fantástico. Havia uma cama de casal marrom escura com edredons brancos, havia uma cômoda em frente a cama ao lado de uma porta. Tinha uma escrivaninha ao lado da cama e ao lado da cômoda uma penteadeira. Todos da mesma cor marrom escura. Havia uma janela que tinha uma vista fantástica de Nova York. Nunca em minha vida toda havia tido ou ido a um lugar como aquele.

–Pode se sentir a vontade, aqui – disse apontando para uma muda de roupas escuras na cama – São roupas minhas, acho que devem servir.

–Obrigado Isabelle – ofereci o meu melhor sorriso.

–Pode me chamar de Izzy – disse ela, Isabelle era linda. Não tinha visto muitas pessoas em minha vida, mas eu sabia que ela era bonita – Se quiser posso te mostrar o Instituto depois de descansar.

–Passei sete anos descansando – comentei sorridente – Estou cansada de não fazer nada.

Isabelle se animou subitamente, pensei que fosse começar a sair fogos de artifício dos seus cabelos negros. Uma energia parecia rondar nós duas, era como estar em uma cama de conforto ao lado de Isabelle.

–Clary, gostaria de fazer compras comigo? Isso claro, se não estiver cansada

–Não Izzy – sorri – Eu adoraria fazer compras com você, seja lá o que isso signifique.


[...]



Isabelle esperou eu tomar um banho, pela primeira vez tomei um banho do qual pude demorar o quanto quisesse. Coloquei a roupa que ela tinha me emprestado, era uma calça jeans preta justa e uma regada de mesma cor também justa. Eu tinha que confessar que até tinha ficado apresentável, arrumei meus cabelos deixando-os soltos, mesmo ficando anos sem esse tipo de cuidado eles permaneciam sempre brilhantes e lindos.


Depois disso nós duas fomos até o centro de Nova York, passamos por diversas lojas e em todas Isabelle fez questão de me fazer experimentar milhares de roupas. Vestidos, saias, calças, blusas, jaquetas, sapatos e até botas. Eram roupas que não acabavam mais. Ela pagou por tudo e eu “pelo anjo” como eles diziam não queria saber de onde surgia aquele dinheiro.

Nós fomos até um lugar chamado Taki’s, segundo Isabelle era um dos melhores restaurantes para se comer. Tinham coisas feitas por fadas e outros seres do mundo sobrenatural. Ela me aconselhou a pedir waffles com mel e realmente era uma delicia.

–Pelo anjo, acho que nunca comi nada tão gostoso – disse terminando o último pedaço.

–Eu disse Clary, eu disse – sorriu – Escute o que eu digo e seja feliz, nunca escute muito o Jace e nem o Alec.

Eu precisava perguntar uma coisa a Isabelle.

–Jace é seu namorado?

Isabelle riu loucamente.

–Não tolinha, Jace é meu irmão – disse Isabelle – Assim como o Alec e o Max, quer dizer ele não é meu irmão de verdade.

Torci o nariz.

–Como isso Isabelle? Ou ele é ou não é – sorri.

–Jace tem uma complicação com os pais – explicou – No inicio achávamos que ele era um Wayland, depois descobrimos que era um Morgenstern e por fim descobrimos que ele era um Herondale. É confuso eu sei, ele foi criado com a gente e por isso pode ser conhecido também como um Lightwood.

– Jace Lightwood, Wayland, Morgenstern ou Herondale – disse em total sonância – Vou me lembrar disso quando precisar chamá-lo pelo sobrenome.

–Ele gosta de você Clary – disse despreocupada.

–Como... Como sabe disso? – ninguém gostava de mim, ninguém mesmo.

–Ele nunca cuidou de alguém como tem cuidado de você, aposto que está possesso querendo saber em que buraco eu lhe enfiei – disse – E você também gosta dele.

Talvez gostasse, mas fiquei quieta.

– O Jace é uma figura misteriosa, basta entendê-lo que é difícil não gostar dele, é muito fácil na verdade – constatou Isabelle.

–Às vezes ainda acho que nada disso é real – disse para mim mesma – Parece que a qualquer momento eu vou acordar dos efeitos dos remédios e ver que vocês não são reais.

Isabelle me olhou com pena, sentia que mesmo sem conhecê-la aquela não era uma feição que ela usava com freqüência.

–Como você se mantinha lúcida? – perguntou tirando-me dos meus pensamentos.

–Desenhando, eu procurava me desenhar, desenhar meu pai e todos ou tudo que eu via – disse abrindo um sorriso – Assim eu tinha certeza de que existiu, eu achei mesmo que estivesse ficando louca.

–Ninguém nunca lhe procurou?

–Alguém sempre me deixava um caderno de desenho e um lápis no meu aniversário mas, nunca soube quem era – falei – Gostaria de saber porque me jogaram lá? O que eu fiz de errado? O que eu sou de errado?

Isabelle colocou sua mão sob a minha e sorriu.

–Prometo, pelo anjo que vou lhe ajudar a responder a tudo isso.







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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro ;3 Gostaram?