Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 19
Capítulo 18 - Forgive Me


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia Shadowhunters ;3

Consegui fazer um capítulo no stop dos estudos, então me desculpem os erros.

A música é do Evanescence - Forgive Me

Boa Leitura ♥



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Eu e Maryse nos sentamos na mesa da cozinha, ela me olhava com um amor nos olhos. Amor que eu até tinha notado antes mas, que só agora fazia total e pleno sentido. Ela parecia ter chorado, o que me fazia ter um pouco de dó da sua pessoa.

-Clary – começou ela dizendo.

-Olha, só me diga o que quer dizer – descompliquei – Só me diga a verdade, nada além da verdade.

-Eu não queria que você ficasse sabendo daquela maneira, eu queria lhe contar...

-Quando? – perguntei interrompendo-a –Eu vou fazer 17 anos, só mais um ano e eu poderia sair daquele lugar e tentar viver.

Maryse me olhou no fundo dos olhos.

-Não Clarissa, você não iria sair daquele lugar ao menos que eu quisesse. Eu paguei muito bem a eles para lhe deixarem lá até ser seguro o suficiente para mim lhe levar para outro lugar – disse ela.

Não disse nada, fiquei apenas indignada.

-Não peço que me perdoe mesmo que como mãe eu queria isso – forçou um sorriso fraco – Quero apenas que me escute, está bem?

Concordei com a cabeça dizendo que iria ouvi-la com atenção.

-Prefiro que você esteja me odiando viva do que me amando morta, eles iriam lhe matar Clary e não é porque você passou despercebida todos esses anos que eles não continuam lhe procurando. Agora que Robert sabe onde você está... A vantagem que temos é que o Valentim está morto – afirmou claramente preocupada – Eu a amo Clary, amo tanto quando Max, Alec e Isabelle. Você é a minha filha, sangue do meu sangue. Você é minha garotinha especial, é a melhor lembrança que eu tenho do homem que eu amei de verdade. O único homem que eu amei de verdade.

Fiquei quieta literalmente, estava sem palavras. Não tinha nada relevante a dizer, eu só tinha que escutá-la. Escutar minha mãe uma vez na vida.

-Nãõ consigo ver o erro no que fiz, Tessa precisava da minha ajuda e eu precisava da ajuda dela para proteger você.Eu não sei porque ela queria proteger tanto a filha dela mas, eu entendia o que ela estava passando assim como ela me entendia. Então eu a fiz apagar a mente de vocês todos, assim plantas apenas lembranças quais quer que não lembrassem de você. Eu não podia arriscar que eles se lembrasse, principalmente a Isabelle, vocês eram muito próximas – disse fazendo uma pausa, recuperando o ar – Se eu te odiasse como você imagina que eu odeio teria deixado que eles lhe matassem, eu mesma teria feito isso.Eu prefiro você viva do que morta. Entende isso Clary?

Eu sabia que tinha que perdoá-la, mas meu coração meu intimo me dizia o contrário disso. Meu pai sempre me disse que eu deveria perdoar alguém com a minha alma e não dá boca para fora. E se eu dissesse que perdoava Maryse agora seria uma mentira. Mas, ao menos agora eu tinha compreendido seus motivos e acreditava que se eu tivesse uma filha faria o imaginável para cuidar dela.

Eu só me sentia sozinha, e até com um pouco de inveja pelo tempo em que Isabelle, Alec e Max passaram recebendo amor e tudo mais enquanto eu ficava presa naquele lugar sendo tratada como um animal.

-Não posso dizer que lhe perdôo agora, acho que você conheceu meu pai melhor do que eu e ele me ensinou que eu devo perdoar com o coração e agora eu não sinto que devo fazer isso – disse – Mas, quero que saiba que raiva que eu estava sentindo antes. Foi embora.

Maryse sorri e eu fiz a mesma coisa.

-Minha filha, você tem mais de nós dois do que eu imaginei – sorriu.

Meus olhos se encheram de lagrimas, em anos era a primeira vez que alguém me chamava de filha. Fazia muito tempo que eu se quer ouvia alguém me chamando que não fosse de Clarissa e agora de Clary.

Mãe. Eu tinha uma mãe.

-Acredite que eu fiz aquilo porque lhe amava muito.

-Eu sei – sorri – Eu sei.

-Quando se senti pronta, fale com a Isabelle – disse – Ela tinha medo de você ficasse com raiva dela.

-Vou falar com ela.

Olhando-a com atenção, nós até que éramos parecidas, tínhamos os mesmos olhos redondos e verdades. Aquele rosto desenhado que Isabelle e Alec também tinham fazia parte da minha estrutura facial.

Maryse foi para um lado e eu fui para o quarto de Isabelle procurá-la. Desde o tinha que eu a vi sentia algo forte rondando entre nós, isso talvez se devesse ao fato de sermos meia irmã e quase parabatai.

Bati na porta do seu quarto e ela gritou para que eu entrasse. Ela escutava música e dançava feito uma desmiolada, ao me ver desligou o som e sentou-se na cama me chamando para sentar-me junto a ela.

-Mamãe estava lhe procurando – disse Izzy – Está se escondendo dela?

-Não, nós já conversamos – disse.

-Já se resolveram?

-Estamos bem – foi o que disse.

Izzy ficou me olhando.

-Clary...Você tem raiva de mim? Por tudo isso?

-Izzy, pelo anjo você Alec ou Max não tem culpa disso – sorri – E começo a achar que nem Maryse tem. Talvez, todos nós sejamos vitimas de algo maior que tudo isso.

-Fico tão feliz, sabe Clary eu sei lá o porque, ou sei e não quero admitir porque isso oficialmente me tira do posto como única filha mulher – sorriu Izzy – Eu gosto muito de você, sinto como se nós fossemos ligadas por um fio invisível. Contei a Alec e ele disse que sente o mesmo com o Jace, e eles são...

-Parabatai – completei.

-Como sabe?

-Maryse me disse – respondi – Disse que quando éramos menor todos diziam que nós éramos unidas como Parabatai, talvez isso se deva ao fato de sermos quase irmãs.

-Somos mais que irmãs Clary – disse – Nunca ouvi alguém que tinha a irmã como parabatai, isso quer dizer que nossa ligação é mais forte que a própria morte. É uma cerimônia linda Clary, eles dizem um juramento e completam a ligação de suas almas. É realmente lindo.

-Quem sabe um dia nós duas...

-Seria o meu sonho, sabe sempre invejei Alec e Jace por aquela ligação que eles tinham. Uma ligação de vida pós morte. Se doí em um o outro sente como uma facada.

Ficamos quietas só nos olhando.

-Eu daria minha alma se isso salvasse a sua – disse sorrindo.

-Eu também Clary – disse – Daria o que fosse preciso.


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Notas finais do capítulo

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