Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 1
Prólogo - All This Time


Notas iniciais do capítulo

Hooy Shadowhunters c:

Minha primeira fanfic sobre Instrumentos Mortais & Peças Infernais. Sim, eu falarei dos dois ao mesmo tempo, claro que adequando as épocas. A fic pode conter spoliers, eu já li todos os livros disponíveis das duas séries por tanto não me matem se eu contar algo.

Fic movida a reviwes certo?

Boa Leitura ♥



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A memória é a nossa pior inimiga. Ela transforma aquilo que não serve mais em imagens destorcidas dos nossos piores medos. A memória massacra todas as nossas lembranças e nós faz abandonar a vontade de sentir.

Não posso mais contar com a minha memória. Ela não serve para absolutamente nada. Minha mente vive me pregando peças me mostrando imagens de quando meu pai ainda era vivo, como saber se isso é real? Se as palavras que eu escuto ele dizer são reais?

Meu pai me deixou há muito tempo, ele foi morto quando eu tinha apenas dez anos. Minha mãe? Bem, essa daí eu nunca conheci e nem faço questão. Se ela não quis me conhecer, porque eu iria querer? Meu pai sempre reforçou que ela era uma mulher magnífica. Eu nunca achei isso, mulheres magníficas não deveriam deixar suas filhas.

Um dia um já tive uma casa. Um lugar que não me lembro o nome. Lembro-me bem das tardes ensolaradas no jardim da minha casa enquanto meu pai me ensinava o seu legado. Legado que nunca tive tempo de aprender. Ainda me lembro das marcas – com significados que nunca soube – que tinham nos braços e no corpo do meu pai. Caçador de Sombras, era isso que ele dizia que eu seria. Sempre quis saber o que era uma caçadora de sombras, infelizmente ele nunca chegou a me contar exatamente o que isso fazia.

Mas, tudo isso tinha escapado das minhas mãos com apenas um sopro. Eu não estava mais naquele lugar. Nem ao menos sabia como eu fazia para chegar lá, ou se ele existia. Eu nem poderia ter a audácia de chamar “aquele lugar” de lar.

Agora eu estava presa nesse inferno. Um hospital psiquiátrico, um lugar que nunca pedi para estar, um lugar que não era para eu estar. Eu não sou louca. O que eu via ou deixava de ver, eram tão reais quanto qualquer dor que alguém poderia sentir. Eu era tratada como louca, vista como louca, mas, eu era mais esperta do que muita gente junta.

Fui jogada aqui quando completei onze anos, ela me jogou aqui. Eu não me lembrava do nome dela, mas lembrava do seu rosto. O rosto da mulher que me tirou a força de Londres e me trouxe para cá. Eu não sabia o que ela tinha contra mim, ou quem ela era.

“- Vamos querida, você tem que ir, seu pai iria querer que fosse assim”.

Bastou essa frase para ela ter autorização de me tirar do internato em Londres e me trancar aqui. Seu pai iria querer que fosse assim, não meu pai nunca me trancaria sozinha aqui.

Eu sou mais esperta que qualquer um aqui, convivo com pessoas que realmente precisam estar aqui. Para me sossegar e evitar que eu ficasse me expondo me enchiam de remédios. Drogas fortes que me faziam dormir por horas seguidas, ou até dias.

Faltavam três meses para eu sair desse inferno, finalmente eu completaria o meu tanto esperado 18 anos. Eu estaria livre e poderia seguir minha vida. Mas, de onde eu começaria? Para onde eu iria? Sem dinheiro, sem família, sem amigos, sem ninguém.

Hoje era um dos dias em que eu tinha dado um show particular, descobriram que eu escondia os remédios em baixo do colchão e que eu não estava tomando mais o que me mandavam. Derem-me algo tão forte que eu nem conseguia pegar no meu caderno para desenhar.

Eu sou Clarissa Wayland e tenho 17 anos, isso é tudo o que eu mesma sei sobre mim mesma.


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Notas finais do capítulo

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