Diário De Uma Super (Ou Não) Caçadora De Vampiros escrita por BiahCJ


Capítulo 6
Enfim um ‘Nós’ aparece


Notas iniciais do capítulo

OiiiRecebi um pedido de mais ação na história, então estou tentando melhorar isso...Personagem novo na área...Aqui vai o próximo cápitulo, weeeee u.u



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Até parece que eu joguei meu celular fora. Se eu te falasse: “Ei, arranque seu braço direito porque alguém quer te matar, finja que morreu” você o faria? Claro que não! Mas eu tive que jogar meu chip fora, já que o que ele disse fazia sentido. Antes uma unha do que um braço! Isso soou muito "patricinha", eu odeio isso!

Escondi-me dentro de um restaurante, querendo recomeçar a chorar, mas evitei, esperando avistar alguém como uma aparência suspeita, sem saber o que esperar já que não sabia como era o cara que tinha me ligado.

Estava tomando um sorvete de chocolate enquanto lia um panfleto que eu havia recebido de uma mulher de cabelos (bizarramente) verdes, que pensei ter reconhecido de algum lugar. Dizia: “O que poderia ter salvado muitas vidas? O cinto de segurança!”. Apesar de a propaganda ser um lixo, eu não pude deixar de pensar na minha irmã “Cinto de segurança, para ficarmos seguros!” Repedia junto com Dora, a cega. Ops, Dora, a aventureira.

Estava tão concentrada na Dora (nunca pensei que diria isso) que não percebi que tinha alguém do meu lado. Me assustei com a presença inusitada, o que não foi uma boa ideia, porque eu tomei um susto e caí da cadeira, derrubando a mesa junto e jogando meu sorvete para sei-lá-onde.

Eu já ia xingar o idiota que fez isso, mas reconheço o sujeito. Tanto faz, xingo ele de idiota do mesmo jeito.

–Foi mal, Tatinha, mas a culpa não é minha se você estava brizando mais que sino em noite de natal.

Coro, morrendo de vergonha pelo mico que paguei na frente de todo o restaurante, sem mencionar que algumas pessoas apontavam e riam, murmurando umas ás outras: “Tatinha?”.

_Hahaha, tão engraçado que não tem ninguém dando risada... – Digo, aceitando a mão que me oferecia ajuda para levantar.

Levanto a mesa, lançando meu olhar mortal para as pessoas que ainda me encaravam ou riam, que voltaram rapidamente para o que quer que suas vidinhas monótonas lhes permitia fazer.

Antes que eu me esqueça, o garoto que me derrubou era um conhecido da escola. Tinha cabelos tão escuros que sob a luz do sol ficavam azulados, e seus olhos eram escuros como a noite, entrando em contraste contra sua pela clara (tanto quanto a minha).

Ok, admito que eu tinha uma quedinha por ele, mas isso não muda o fato de ele ter lançado meu sorvete pelos ares. Maldito, NINGUÉM (não estou falando a Annabeth, estou falando de ninguém mesmo) meche com o meu sorvete de chocolate!

–Nós precisamos conversar...

Perdi o ar e tenho quase certeza que meus olhos cresceram. “Claro que eu converso com você, até o perdoo por ter acabado com meu sorvete de chocolate! Não, menos por isso, não perdoo quem meche com meu sorvete!” É claro que eu não disse isso em voz alta. Ok, perdi o foco.

–...Sobre o que houve em sua casa...

Agora tá me confundindo. Ele nunca foi na minha casa!

Ele baixou o tom, de forma que somente eu pudesse escutar.

–... Com seus pais.

Agora caiu a ficha.

–Você faz parte do “Nós”!

Ele pareceu confuso:

–Nós?

Revirei os olhos, me controlando para não falar tudo de uma vez, como se eu estivesse falando com um retardado ao invés disso:

–O “Nós” que ajudam quando “Eles” aparecem... – Ok, não ajudou muito – Deixa quieto.

–Vem comigo, nós vamos resolver sua situação.

–...

–Vamos saber o que aconteceu e ver como será sua vida daqui em diante. – ele disse do mesmo jeito que eu falara com ele antes: como se eu fosse uma idiota.

–Eu entendi o que você quis dizer. – Disse irritada.

–Não pareceu... Você estava quase babando, e não tem nem mesmo o argumento de que estava dormindo.

Ótimo, “quase babando” não era uma boa impressão... pelo menos ele não saba porque eu estava quase babando, mas corei assim mesmo.

Ele poderia ser um assassino ou algo do gênero, mas valia a pena correr o risco. Alguém disse que para morrer basta estar vivo, não é?

*****

Eu o segui até um carro estranho (não me interessa a marca, etc.) preto, impressionada, já que ele não tinha idade para dirigir.

–Ficou doido? Se a polícia te pegar a gente se ferra!

Ele revirou os olhos.

–Relaxa um segundo, Tatinha! A polícia não vai nos prender, eles não param esse carro por ordem nacional (um dos privilégios dos caçadores). Todos eles sabem disso – resolvi questionar sobre os caçadores depois.

–Mas você não tem idade para dirigir! Você vai acabar me matando! Nos matando!

Ele nem ao menos me deu atenção, pois estava ocupado demais olhando algo além de mim.

–Tatinha, entra no carro – murmurou – ou ela vai te fazer entrar – disse apontando por cima do meu ombro.

Avisto uma mulher de cabelos (bizarramente) verdes cortados rente aos ombros, com estilo de roqueira (Cheia de preto, caveiras, etc.), que de certa forma me lembrava os dois caras. Algo na pele ou nos olhos vermelhinhos, sabe? Aí caiu a ficha. Era a tiazinha dos panfletos! Por isso ela me parecia tão familiar...

De qualquer forma, ela vem em minha direção.

–Tomara que seja só uma roqueira fanática que odeia funkeiras e tá vindo atacar as meninas do restaurante, porque tenho certeza que ela não está correndo pra cá porque quer meu autógrafo. -disse eu.

– Você quer descobrir ou vai entrar no carro?

– Acho que agora é uma boa hora para entrar - concordo.

Quando entrei no carro, esperei meu colega do “Nós” entrar também, para que pudessemos despistar ela.

Mas é claro que ele não entra, por que entraria? Ele nem ao menos estava sendo perseguido por uma figura que não era humana, e ela não o mataria, certo? O que esse garoto tinha na cabeça?

Ele abriu o porta-malas e pegou algo lá dentro. Estranho.

Mas eu só fiquei “pê” da vida quando eu percebi que ele não planejava fugir. Ele realmente quer nos matar!?

Ok, mesmo com essa coisa de ter que ser durona e essa coisa toda, tenho que admitir que uma parte de mim sentiu medo.

Enquanto ficava dividida entre a parte da minha mente que falava: “Ei, vai ajudar ele, aquilo é um monstro, mais forte do que ele, e você sabe disso” e a que falava “A vista tá boa, não vamos estragar, ele dá conta sozinho...” o que acontecia? Simples: eu podia não ser forte e tal, mas meu colega aqui era (ou é, sei lá).

Ele tacou algo no monstro que tinha pegado no porta malas com a maior agilidade que e já havia visto, o que pareceu retardar o vamp tempo o suficiente para desferir um golpe arrasador em sua cabeça (acho que ele iria tentar arrancá-la), porém não foi com velocidade o suficiente, pois a infeliz deu-lhe uma rasteira certeira. Ele caiu e ela quase lhe torceu o braço, mas ele usou o peso dela contra a mesma e ficou por cima, o que não durou muito tempo, porque os dois saíram rolando pelo chão, desferindo golpes um no outro.

Tudo o que eu fazia era observar chocada, pois mal conseguia acompanhar seus movimentos com os olhos, muito menos fazer algo.

Justo quando eu ia desistir, percebi que o monstro o imobilizava. Ele ia perder!

Ah, não. Ela se meteu com a dupla errada!

Com a mão tremula, liguei o motor com as chaves que haviam ficado na ignição. Posso não entender muito de carros, mas sei como ligar um, já que havia visto meu pai fazer isso várias vezes.

Liguei o motor e acelerei em direção a eles.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam???Obrigada pelos comentários, é muito bom saber que não estou escrevendo para o vento...Alguém tem alguma sugestão sobre um nome para o novo 'colega'???Estou aberta a sugestões...Reviews??