Diário De Uma Super (Ou Não) Caçadora De Vampiros escrita por BiahCJ


Capítulo 11
Apresentamos... John


Notas iniciais do capítulo

Olá cambada!
Não vou começar a digitar desculpas aqui porque ninguém gosta de ouvir desculpas, ela sempre soam falsas, etc (como se diz no facebook, Escrever Tanto Cansa _etc)
Pois bem, aqui vai mais um capítulo, para minha alegria!
(Sério, saiu bem mais comprido do que eu planejava, mas aí tá ele. Eu sei que ler tanto cansa, mas não foi minha intensão.)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/412033/chapter/11

Sabe Di (Vou chamar o Diário assim, porque é mais curto e eu sou preguiçosa), Eu estou me sentindo imprestável! Não acredito que um vampiro invadiu a casa e tudo o que eu fiz foi ficar plantada feito um poste enquanto pessoas morriam diante dos meus olhos!

Acontece que eu fiquei me recuperando um tempo (quer dizer que eu dormi até não poder mais e depois disso já estava boa) e pelo que parece eu não havia rachado o crânio (ficaram me chamando de cabeça dura por causa disso) nem quebrado ossos (apesar de terem ficado cicatrizes e hematomas por todo meu corpo). Mesmo assim, meu estado era um dos melhores.

Todos estavam feridos, aqueles que tinham ferimentos mais leves ajudavam na enfermaria. Quase derrubamos a casa, sem mencionar que mudamos nossa localização para o caso de aparecer mais deles lá. Haviam sete mortos (contando com Al) e eu adorava não fazer parte deles.

Al... Todos haviam ficado chocados com sua morte. Alice (era o nome de Al) sempre fora durona, morrer de um dia para o outro não seria de seu feitio. Se até ela morreu depois de vários anos como caçadora, que chance eu tinha?

Daiana havia conquistado a confiança daqueles a quem salvou, porém havia a desconfiança de outros que pensavam que ela havia atraído o vampiro para dentro, ou simplesmente porque havia matado Al.

Depois de Tyna ter lutado com Daiana contra o monstro, as duas começaram a se dar super bem, conversando o tempo todo e se ajudando em alguns afazeres (eu não estou com ciúmes, ok?). A situação de Daiana não era a mesma com Tom. Ele parecia não gostar de Daiana, muito menos confiar nela, e eu conseguia entendê-lo, porém não podia desconfiar de Daiana, que havia confiado em mim e agora estava amaldiçoada a ser o que é pelo resto da vida. Pensando bem, eu sou uma péssima amiga.

Édi e eu não havíamos conversado muito depois da ultima vez. Ele parecia distante, como se estivesse sempre preocupado com algo.Quando comentei com Tyna sobre isso (eu ainda não disse nada para Daiana), ela confirmou minhas suspeitas, dizendo que também havia reparado.

Resolvi deixar o assunto de lado. Se ele quisesse dizer algo, ele diria, certo?

***

Está tudo normal por aqui. Bem... o mais normal possível quando se é órfã e se está treinando para caçar monstros sem alma com suas melhores amigas, sendo que uma delas também é um deles, mesmo que eu não a classifique como monstro desalmado (super normal, todas as amigas adolescentes por aí fazem isso no final de semana), dormindo na mesma casa que pessoas que você gosta, mas você não sabe se gostam de você (e ainda agem estranho, como vir falar com você, não falar nada, depois te ignorar completamente), num lugar onde 1/3 das pessoas não estão com um braço ou uma perna quebrada e se tem morcegos sanguessugas te perseguindo por todo o país. Enfim, só a vida de mais uma adolescente qualquer.

Tédio! Não tenho mais o que escrever, então vou olhar minhas redes sociais.

*****

Ninguém.Fala.Comigo.Agora

Eu quero que eles morram! Vão para o Tártaro esses trouxas! Que o canudinho do Toddynho deles afunde! Que eles batam o dedinho do pé na quina da porta! Arg!

O que eles fizeram? Simples! Excluíram meu facebook para aqueles sanguessugas não me localizarem. Além disso, tinha o fato de eu estar aparentemente morta. Mas ia ser legal responder as mensagens de luto que as pessoas postaram no meu mural... Hahaha, eu ia ser a Tatinha fantasma, a alma penada do facebook. (O que leva uma pessoa a esse ponto?).

Mas eles excluíram! O que eu faço agora? Vou procurar algum livro para ler, porque se alguém aparecer na minha frente será dizimado em homenagem ao meu facebook.

***

Acabei de terminar de ler um livro super (chato) informativo sobre vampiros. Descobri que existem diferentes espécies de vampiros. Ah, que lindo, agora tem o reino Sei-Lá-O-Que-não-Me-Interessa vampiris. Parece que aqueles que eu enfrentei eram de uma espécie mais fraca e primitiva de vampiros. Tinham também aqueles vampiros que viram cinzas no sol, etc., mas nenhum deles podia alterar sua forma (apesar de ter um que podia ficar invisível). Aquele que Daiana enfrentou era um vampiro mais forte, com habilidades maiores. Eu só tinha que descobrir que tipo eles eram agora.

Acho que tudo isso explica o porquê de os vampiros serem descritos de forma tão diferente em várias histórias...

***

Então, não aconteceu nada interessante, imagina. Um vampiro novo por aqui não é nenhuma surpresa, correto?

Vou explicar melhor.

Eu estava tranquilamente fazendo nada em meu quarto quando alguém bate na porta. Nada é mais interessante do que abrir a porta. Espera, isso não saiu certo...

Abri a porta, carrancuda. Advinha quem é? Tyna, para variar. Ela sempre me interrompe!

-Por que você não abriu a porta direto?

-Eu estava tentando ser educada.

-Você já me interrompeu, o que é falta de educação do mesmo jeito.

-O que eu interrompo?

-Pessoas educadas diriam que você não interrompeu nada, mas você interrompeu sim o nada.

-Mas, se eu não interrompi nada, por que esse mau humor todo?

-Porque você interrompeu nada!

-Falo nada... Ah,-ela arrumou a postura- sua presença está sendo solicitada na sala de interrogatórios.

-O quarto do Tom?

-É...

-Mas eu não quero ir! –ok, admito que eu estava sendo infantil, mas ela interrompeu o nada!

-Vamos logo, senão a titia fica brava, e ficam bravos com a titia!

-Eu ganho o que, se eu for? –Entrei na brincadeira.

-Eu piso no seu pé.

-Mas que raios de prêmio é esse?

-Ok, então, se você for, eu não piso no seu pé e todos saem ganhando!

-Ponto pra você – eu disse, rindo.

Essa gente me ama, não é possível me chamar para descer a cada interrogatório! Bem, da ultima vez que ela me chamou, não deu muito certo... Mas enfim, segui-a para o primeiro andar.

Entrei na mesma sala que eu entrara da ultima vez. As pessoas lá dentro seriam as mesmas, se não fosse o fato de a personagem principal ser outra. Um cara muito parecido com Édi estava na cadeira dessa vez, tinha os mesmos cabelos escuros e olhos penetrantes, e eu poderia dizer que o sujeito era seu parente se não fosse o fato do sujeito ser um vampiro (sim, eu sei reconhecer um vampiro).

Todos o encaravam, e era evidente que ele estava nervoso quando alternava seu olhar entre cada rosto presente naquela sala.

Tom olhava o sujeito no meio da sala com uma expressão confusa e testa franzida, e sem desviar o olhar, tomou a palavra, quebrando o silêncio;

-Édi, pode nos explicar o porquê de ter convocado a reunião, porquê de esse monstro - pude perceber que o vampiro estava desconfortável com a palavra – está vivo e porquê diabos você chamou toda essa gente?

-Vou contar tudo, mas prometam que não matarão ao meu amigo, nem a mim enquanto eu não terminar, e também que não vão me interromper.

Estremeci. “Meu Amigo” não era um título muito usado quando se tratava de vampiros (com exceção do caso de Daiana), mas olhei solenemente ao vampiro e ergui minhas mãos para provar que não cruzava os dedos, enquanto sorria de forma travessa, dizendo:

-Amigo do Édi, eu não vou te matar. – não prometi em nome dos outros, mas pude perceber que estava quebrando o gelo. Me voltei para Édi – Édi, eu prometo não interromper (pelo menos não até sua história acabar).

Tyna disse algo parecido. Daiana, que tinha os olhos fixos no outro vampiro como se hipnotizada concordou. Aos poucos, todos seguiram meu exemplo (Vou admitir que Daiana teve parte nisso quando olhou ameaçadoramente para os que não concordavam).

-Nesses últimos dias, tenho escondido John de todos aqui presentes. Eu sei que a reação de vocês seria essa, mas John não é um monstro.

-Calma, Édi, vai devagar. Que tal se você começasse do começo? Diga de onde ele veio! – opa, alguém quebrou a promessa. Ah é, fui eu.

Édi me fuzilou com os olhos e Jonny (era esse o nome dele, certo?)me olhou com insegurança. Quem garantia que eu não quebraria minha outra promessa?

-Desculpe, não vou fazer isso de novo.

-É uma promessa? – ironizou Édi e eu o olhei com cara de “Deixa-de-ser-retardado-e-conta-logo-a-porcaria-da-história”.

- Se para você estiver melhor, não prometo nada então!

-Chega, crianças. A mamãe aqui já cansou de ouvir vocês falando – disse Tyna com cara divertida – John, que tal você nos contar a história?

John, é esse seu nome. Desculpas aos possíveis Jonny’s que lerão meu diário, mas o diário é meu e você não deveria estar lendo, abusado!

Voltando: Édi havia ficado irritado (por muito pouco, dev dizer), então encorajei John a prosseguir a história.

Quando ele começou a falar, todos ficaram em silêncio e somente seus sussurros foram ouvidos, enquanto a porcaria da lâmpada começava a piscar (ninguém teve tempo de trocá-la e até mesmo Tom, que é dono do quarto, é tão preguiçoso quanto eu), o que ridiculamente me fez pensar que estava num filme de terror não tão aterrorizante assim.

-Há dois meses, nós...

-Ei, você não são nós!

- ... receberam ordens para caçar antigos caçadores de vampiros (ou antipaz, como costumavam chamá-los). Eu era um deles, mas não matava realmente, apenas localizava o paradeiro deles. Mas tinha um casal em especial que interessava eles intensamente, do qual fui encarregado de rastrear com extremo sigilo e cuidado: Os Rodrigues, que segundo algumas informações teria roubado algo que era nosso. – senti olhares em minha face, mas mantive o rosto fixo em John – Eles me deram mais trabalho do que gostaria de admitir, mas por fim, acabei encontrando-os. Marcos foi pessoalmente cuidar do caso com um novo recruta. Voltou irado de lá (não havia conseguido o que queria), com uma garota em vez do recruta, a quem tentaria transformar, se ela conseguisse passar pelo processo.

-Passar pelo processo? – perguntei confusa.

- O processo de transformação. – esclareceu Daiana – Para conseguir ser transformada, a pessoa tem que ser mordida e ter o sangue drenado sem ser morta, e ao passar por tamanha dor é muito difícil “sobreviver”. Esse processo deixa a pessoa semimorta, algumas vezes alternando os resultados. É por isso que os vampiros têm tantas espécies diferentes, esses resultados as vezes fazem alterações tão grandes que as pessoas acabam virando um tipo de semimorto, como um zumbi ou fantasma, por exemplo.

Estremeci, morrendo de medo. Sério, não tenho medo de vampiros, fantasmas, lobisomens, bruxas ou seja lá o que for, mas zumbis já é sacanagem! Eu só tinha medo no quesito altura, insetos como aranhas, baratas voadoras e lagartixas (lagartixa é um inseto, né?), Freddy Krueger e zumbis.

- Senhora Wikipédia, como você sabe disso?

-O guia, lembra?

Ah, claro, o ridículo guia, como o que eu tinha. Por que o meu não fala isso? Sou eu que tenho que saber, pois até onde eu sei, quem caça eles sou eu, não um bando de sanguessugas inúteis.

Deixei passar, lembrando sobre o que o John disse de minha família ter roubado algo. Sério, eu não faço a mínima ideia sobre o que pode ter sido. Parei de encarar Daiana e voltei-me para John, interessadíssima.

-Prossiga, por favor.

-Enfim, ela conseguiu passar, com muito êxito, me permito dizer.

-De que século você é, John? Esse jeito de falar é bastante ultrapassado em pleno século XXI. –Claro que fui eu que interrompi, quem mais seria?

-Tatinha! – gritaram em uníssono enquanto eu e John Riamos.

-Baixa a bola, Brother. A gatinha prefere que eu fale assim, tá ligado?

Corei violentamente enquanto todos pareciam ter esquecido da antipatia que tinham pelo vampiro, rindo enquanto eu segurava a língua para não dar uma resposta bem malcriada para ele.

-Ótimo, adoro ser o quebra-gelo das reuniões. – disse por fim, mostrando a língua para ele.

-Gente, nós estamos perdendo o foco da reunião – disse Édi com um sorriso brincalhão no rosto, mas eu desconfiava que ele estivesse levemente irritado pela maneira como falou auto, tropeçando nas palavras sem olhar nos olhos de ninguém.

-Édi, se o foco da reunião era fazer com que vocês não morressem, está completamente focado – disse Tyna com as sobrancelhas erguidas para ele.

-Adoro ser o quebra-gelo da reunião – disse eu, rindo.

Tyna lançou um olhar significativo para mim, que eu fingi não captar. – continua tio John.

John sorriu, parecendo mais confiante agora, mas seu rosto logo ficou sombrio.

Ele retomou a história, voltada para a garota, dessa vez. Ele dizia que ela era diferente. Não saia caçando desenfreadamente suas vítimas, mas as selecionava, o que não interessava só a ele, mas aos outros vampiros também. Quando ela decidiu fugir, ele já esperava por isso, e a segui (afirmando que ele era tão visível quanto um entregador de panfletos numa lan house). Ele não descreveu a batalha, mas deixou bem claro que foi uma luta cerrada, o que o surpreendeu, já que ela não tinha experiência alguma.

Ele a persegui, juntamente com outros, mas ela pareceu não perceber.

-Foi você quem trouxe eles para cá? – perguntou Tom ameaçadoramente.

-Não! Sim. De certa forma. Mas eles não vieram por minha causa! Vieram por causa de... da vampira. Eu os segurei, chegando a matar e ferir alguns gravemente, Mas a segui por uma longa distância.

-Não estou entendendo como o Édi entra nessa histór... –A campainha tocou – Hora do almoço!

Eu ia saindo em disparada para a porta enquanto Tyna protestava, questionando o fato de eu estar com fome numa hora dessas, mas nem me importei. Eu estava para atravessar a porta quando ela é abruptamente fechada pelo tiozinho que passou do lado de fora, fazendo com que ela batesse no meio da minha cara e eu caísse no chão. O desgraçado fez um galo na minha cabeça e fechou a porta que dava para o paraíso. Quer dizer, almoço. Tanto faz, dá na mesma.

-Hahaha, continuem rindo, bocós! Vocês vão ver o que eu vou fazer depois de almoçar... Me aguardem! – Disse massageando o nariz.

-Hadouken!

-Porta win!

-Se fosse um vampiro te matava!

-Hahaha, se fosse um vampiro, ela que matava ele com esse nariz grande!

-Ei, magoou, meu nariz não é tão grande! E se fosse eu vampiro, eu... Espera, não está muito calmo isso aqui? Tá estranho a falta de vampiros...

-Ei! – disseram Daiana e John em coro, e eu os ignorei.

- Vocês têm certeza de que está tudo normal?

Tyna, que sempre fora observadora ao extremo, logo descobriu o que era:

-John, faz quanto tempo que você está com essa camiseta?

-Três dias – admitiu confuso – Por quê?

Ahhh, agora entendi!

-Tira essa camiseta e taca fogo nela! –falei. Mentira, com esse tom de voz que eu tenho, eu praticamente gritei as palavras.

-Hiiii – disseram Tom e Daiana maliciosos para mim, enquanto Édi me olhava com cara de interrogação, eu corava violentamente e John ria.

-Seus maliciosos! – disse Tyna, fazendo com que todos parassem para escutá-la. Eu já falei que amo ela? –Ela está certa. Repare nas mangas da camiseta dele. Isso é um rajewhcus (ferre-se se esse não é o nome, eu nunca vou decorar o nome daquele treco), mais conhecido como localizador ou rastreador.

-Isso quer dizer que... – Tom parecia estar começando a entender.

-É melhor você ter outro esconderijo. Estamos sendo rastreados. – com


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sério, agora eu estou feliz de verdade!
Lembra aquelas pessoas que eu citei no capítulo anterior? Pois bem, agora surgiram mais pessoas para se juntar a elas!
Obrigada pelos comentários Oboro, Vlad Ember e Susannah Grey, fiquei muito feliz (vocês nem imaginam) :D
Obrigada também pelas favoritações ♥♥♥ Oh, yeah eu tenho 8 favoritações!!!! E agora tenho 12 acompanhamentos, uhuu
Pois é, então é isso. Espero a opnião de quem quer que seja, pode falar o que quiser, tipo; você é uma péssima escritora, volta pra creche! Adoro essa história, mas tá faltando ação/ aventura, sei lá.
Ahhh, vou favoritar o comentário sempre do peimeiro que comentar, ok?
Até o próximo *--*