Reckless - Divergente escrita por Morgana Le Faye, Andiie


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Andiie dará os nomes pros caps pq minha criatividade pra nomes acabou ://

Então, então... ^^ Mais um cap >< ta bem curtindo e rápido de ler, espero que gostem



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Estamos nos pomares. 30 minutos podem mudar suas vidas, acredite quando eu digo isso. Estamos sentados esperando dar o horário para o debate. Sinto-me nervosa em saber que a qualquer momento a Amizade pode decidir me jogar para fora de sua sede. Para onde eu iria? E Drezza/ Neelie?

Ela estava andando pelas arvores com Luna ao seu lado para não se perder. O que vindo de Drezza eu esperaria. Ela se perde, fica nervosa e ainda diz para os outros ficarem calmos. Típico. Desejei boa sorte a Luna.

Ficar sozinha com Noah, sentada, em baixo de uma arvore foi estranho. Queria ter ido com Luna e Drezza. Fazer qualquer coisa, menos ter ficado perto dele.

Ficamos conversando sobre coisas alheias. Desde plantio á armamentos.  Ele me contou sobre as meninas da Amizade. Elas são as mais “gentis e fofas” que ele já conheceu. Sinto meu rosto ficar quente, também sinto raiva dele. Ele não parece se importar em dizer isso para mim, mas eu me importo de ouvir.

- E por que você terminou com ela? – pergunto, ele estava me falando de uma de suas antigas namoradas.

- Ela era sem assunto... - ele olha para mim. Olhar nos olhos é muito perigoso. Os olhos dizem muito. Ele sorri de lado. – Sabe o porquê nós atiramos as facas?

- Hm... Na verdade só lembro-me de Lynn dizendo que era para eu competir com você. Aceitei

- Na verdade... - ele coça a nuca. – Eu gostava de você. – sinto meu rosto ficar quente e começo a rir e ele também. – Não ria poxa. Posso continuar? – aceno que sim. – Zeke ficou com raiva por que eu ganhei dele em atirar facas. Ele sabia que eu gostava de você. Ele disse que eu era “tão marica, mas tão marica que deixaria a Vicky ganhar só porque tem uma paixonite por ela” – ele disse imitando Zeke.

- Então, eu quase fiquei sem um dedo porque você queria provar para o Zeke que não era marica? – digo me fazendo de indignada.

Ele acena que sim. Pego um galho no chão e me levanto, apoiada na muleta. Estamos cercados por eles.

- Revanche. – digo e me afasto dele. O galho é longo como uma lança pequena. Ele continua sentado, com as costas apoiadas no tronco da arvore. Lanço o galho com força. Ele não gira. Ele vai à linha reta até chegar nele.

Mas Noah para o galho com as mãos.

- Se ainda quiser que eu lhe ensine... – ele diz sorrindo superiormente.

Olhar para ele, estranhamente, me fez lembrar-se de casa. Desabo no chão, com as pernas cruzadas. Olho para minha coxa. Estou usando um short vermelho desbotado da Amizade, ele parece rosa. Essa cor é estranha em mim. Ela parece deslocada. Abaixo do short está enfaixada a ferida.

Ele se aproxima de mim.

- Você sente falta? – olho-o sem entender sua pergunta. – Da Audácia?

- Da Antiga Audácia sim. Desses soldadinhos controlados pela líder da minha facção, não. – digo olhando para baixo.

- Sua irmã esta bem? – ele pergunta. – Ela tem a mesma idade que o meu irmão teria hoje, se estivesse vivo.

Sorrio tristemente.

- Não faço a mínima ideia. Acho que ela esta viva... A única pessoa que eu vi morrer foi... - não consigo falar. As palavras ficam presas em minha garganta. Minha mãe.  Acho que Noah entende. Ele me abraça.

Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

Escutamos os passos de Drezza. Ela não consegue fazer silencio. Vem pisando nos galhos secos.

Elas vinham conversando sobre algo. Luna deve ter perguntado á Drezza do por que dela vir comigo. Só ouvi metade. Quando Drezza diz:

- Eu gosto de aventura. Precisava de emoção na minha vida.

- Dê emoção para sua vida: Bata o liquidificador sem tampa, não entrar em uma guerra. – Luna diz rindo. Nós nos separamos quando elas chegam. Gostaria que elas não tivessem chegado. Seu abraço é bom. Ele esta olhando para o chão. – Vamos? Deve ter começado... Vi alguns membros mais velhos irem para lá.

Uma multidão de pessoas em amarelo caminha à nossa frente, em direção a um prédio, amplo feito inteiramente de vidro. A luz do sol refletindo os painéis faz com que eu sinta dor nos olhos. Eu protejo meu rosto com a mão e continuo caminhando.

As portas do edifício estão abertas. Em torno da borda da estufa circular, as plantas e as árvores crescem em calhas de água ou pequenas piscinas. Dezenas de ventiladores posicionados ao redor da sala servem apenas para soprar o ar quente ao redor, então eu já estou suando.

Mas a parte mais bonita é quando eu entro e a multidão se dispersa. Consigo ver a sala. Em seu centro, cresce uma enorme árvore. Seus ramos se espalham sobre a maior parte da estufa, e suas raízes a partir do solo, formando uma densa rede de casca. Nos espaços entre as raízes, não vejo sujeira, mas água e barras de metal segurando as raízes no lugar. Eu não deveria estar surpresa, a Amizade passa a vida realizando façanhas da agricultura como esta, com a ajuda de tecnologia Erudita.

De pé sobre um conjunto de raízes está  Johanna Reyes, o cabelo caindo sobre a metade de seu rosto com cicatriz. Eu aprendi na Historia das Facções que a Amizade não reconhece nenhum líder, mas sim uma porta voz. Eles votam em tudo e o resultado é quase unanime.

Os membros da Amizade sentam-se no chão, a maioria com as pernas cruzadas, em grupos lembram vagamente as raízes da árvore para mim. Noah e Luna se sentam ao lado de uns membros. Eles nos fazem sentar ao lado deles. Sinto-me desconfortável

A Abnegação senta em filas apertadas alguns metros à minha esquerda. Vejo Caleb. Ele acompanha sua irmã. Johanna levanta as mãos e inclina a cabeça. Todas as conversas na sala cessam.

A cada segundo irrita. Até o momento Johanna levanta a cabeça estou gasta até os ossos.

- Temos diante de nós hoje uma questão urgente. - diz ela - que é: como vamos nos comportar neste momento de conflito como pessoas que buscam a paz?

Cada membro da Amizade na sala se vira para uma pessoa próxima a ele e começa a falar. Noah esta falando com uma senhora atrás dele. Eu e Drezza permanecemos em silencio.

- Como eles vão decidir algo assim? – ela pergunta baixinho ao meu lado depois de muitos minutos.

- Eles não se preocupam com a eficiência. – digo. – Se preocupam em achar um acordo. Assista.

Duas mulheres em vestidos amarelos a poucos metros de distância se levantam e participam de um trio de homens. Noah se desloca de modo que nosso pequeno circulo se torna grande, se juntando com o grupo ao lado.

Os grupos começam a se expandir de modo que cada vez menos vozes enchem a sala, até que há apenas três ou quatro. Eu só consigo ouvir pedaços do que eles dizem: “Paz, Audácia, Erudição, Seguros, Envolvimento”.

- Isso é bizarro. – diz Drezza

- Eu acho interessante. – digo simplesmente. Ela me olha. – Todos tem parte igual no governo. É legal.

- Democracia... É bom, mas acho que só funciona com a Amizade. O que será que acontece quando não todos querem dedilhar banjos e cultivar plantas? Quando alguém faz algo terrível e conversar sobre isso não resolve o problema?

- Acho que iremos descobrir...

Eventualmente alguém de cada um dos grupos grandes se aproxima de Johanna, escolhendo cuidadosamente o seu caminho ao longo das raízes da grande árvore.

Eles falam baixo e olham eventualmente para o grupo da Abnegação. Sinto-me bem estando ao lado dos membros da Amizade. Assim eles não olham para mim.

Quando cada um termina de falar eles voltam á seus lugares. Johanna inclina o corpo para frente antes de falar.

- Nossa facção teve uma relação forte com a Erudição. Precisamos uns dos outros para sobreviver e a Erudição sempre colaborou com isso. – diz Johanna. - Mas, também tivemos uma forte relação com a Abnegação no passado, e não acho que é correto revogar a mão da amizade quando á muito tempo foi estendido. Nós sentimos que a única maneira de preservar as nossas relações com as duas facções é permanecer imparcial e não se envolvendo.  Suas presenças aqui, apesar de bem-vinda, que complicam.

Complicado mas não impossível. Torço mentalmente para que ela nos deixe ficar. Aonde iremos se não pudermos ficar aqui? Para a cidade onde seremos caçados?

- Chegamos à conclusão de que vamos estabelecer a nossa sede como uma casa segura para os membros de todas as facções - diz ela. - sob um conjunto de condições. A primeira é que nenhum armamento de qualquer tipo é permitido no complexo. A segunda é que se qualquer conflito grave surgir seja verbal ou física, todas as partes envolvidas serão convidadas a se retirar. O terceiro é que o conflito não pode ser tratado, mesmo privada, dentro dos limites do complexo. E o quarto é que todo mundo que fica aqui deve contribuir para o bem-estar deste meio ambiente, trabalhando. Vamos relatar isso para a Franqueza, Audácia e Erudição assim que pudermos.

Sinto a arma que escondi no colchão sobre minhas mãos. Sinto-me nervosa. Não acho que conseguirei ficar aqui por muito tempo, mas irei me esforçar.

- Vocês são bem-vindos para ficar aqui, se cumprir nossas regras. - ela diz. – Essa é a nossa decisão.


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