O Namorado Dela escrita por Nycole Alves, Biia Anjos


Capítulo 9
0.8


Notas iniciais do capítulo

Heiiii Gente bonita.
Perdão por não ter postado antes... Mas eu estava de férias, e estava sem tempo, mas consegui.
Queria agradecer a todos pelos reviews, que serão todos respondidos, só não sei que dia.


ESTAMOS NA RETA FINAL DA FIC


PS: Esse capitulo é um pouco diferente, ele está puro drama, e o Seth voltou, ele que andou sumido, mas ele voltou, e voltou para deixar a Nessie um tanto confusa. Nesse capitulo vemos Jacob de uma forma diferente, ele possesso de ciúmes, é um pouco quanto bizarro... E finalmente Samantha... Não sei se vocês repararam, mas ela não foi no aniversário da Nessie e vocês vão descobrir hoje.


O capitulo ainda não foi betado


Nos vemos lá em baixo



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Capítulo 8



A amiga andava de um lado para o outro, uma semana, havia uma semana inteirinha que não conseguia dormir pela culpa em suas costas.

Parecia que nesses últimos meses a culpa estava aumentando, aumentava conforme ela se aproximava mais de Renesmee.

Sentiu as lágrimas caírem, estava se sentindo a pior pessoa do mundo por causa do que havia feito.

–Hei- falou Seth enquanto puxava o ombro da irmã, que estava com os olhos inchados devido ao choro intenso.

–Eu não consigo mais, Seth, dói demais. A culpa está me matando aos poucos. - falou ela desesperada se agarrando mais no irmão que a abraçou, sem saber ao certo o que falar.

–Vai dar tudo certo, Rach. - tentou reconfortá-la, mesmo achando isso muito difícil.

–Ela vai me odiar, pra sempre... Eu não fui amiga de verdade, eu a traí, Seth, o que eu farei sem a amizade de Nessie? - continuou enquanto encharcava a blusa do irmão.

–Eu sei... Mas toda ação tem sua reação- falou ele enquanto via o olhar duro da mãe.

–Filho você não está ajudando- falou Sarah se aproximando, fazendo Rachel se jogar nos braços dela e chorar mais ainda.

–A culpa não é minha se Rachel sempre foi va...

–Seth!!- repreendeu a mulher fazendo o filho balançar a cabeça.

–Rachel... É melhor você ir falar com ela logo, se não eu mesmo vou falar- falou o irmão irritado saindo do quarto, estava cansado de esperar a irmã contar a burrada que havia feito há alguns anos, uns bons anos.

Conseguiu pensar na reação da garota, e isso o fez ficar pior ainda, Nessie ficaria arrasada.

A garota entrou no quarto exausta, hoje a faculdade havia sido bem puxada, e logo tomou um susto ao se deparar com Rachel sentada em sua poltrona, e ainda carregava um sorriso sarcástico.

–O que está fazendo aqui?- Perguntou a garota confusa.

–Te esperando ué- falou dando um pequeno sorriso.

–Para?- Perguntou a morena curiosa enquanto deixava a bolsa em cima da cama e se sentava ao seu lado, aguardando uma resposta da amiga.

–Eu... Eu preciso confessar uma coisa- falou Rachel com os olhos fechados, e quando os abriu, a morena até tomou um susto ao ver os olhos negros cheios de lágrimas e arrependimento. Coisa que ela nunca havia visto, não nos olhos de Rachel.

–O que houve?- Perguntou a morena preocupada, fazendo a amiga balançar o rosto de leve e secar as lágrimas que caiam.

–Nunca se esqueça que eu te amo... Como minha irmã mais nova- sussurrou Rachel, fazendo a morena balançar a cabeça e lhe lançar um sorriso.

Um silêncio pairou pelo quarto. O choro de Rachel havia ficado mais forte, a morena não sabia o que falar, não estava entendendo nada.

–Fui eu... Sou eu quem você procura- falou a amiga com a cabeça baixa, já que não tinha coragem suficiente para encarar a amiga.

A morena olhou para ela não entendendo nada, então Rachel a olhou e sussurrou algo quase inaudível. Mas que fez o coração da morena acelerar:

–Nahuel- foi tudo o que a amiga precisou falar, fazendo a morena se levantar imediatamente da poltrona, não acreditando no que havia acabado de sair da boca de Rachel.

–Não acredito em você... Você é minha irmã mais velha, nunca faria isso comigo- falou a morena balançando a cabeça negativamente com o semblante desapontado, enquanto a amiga chorava ainda mais.

–Me perdoa Nessie- falou a amiga tentando chegar perto da morena, que deu dois passos para trás, não queria que Rachel a tocasse, não depois do que havia feito.

–Não, você não fez isso. Fala que está mentindo. FALA- gritou a morena desesperada enquanto sentia as lágrimas descerem, simplesmente queria acreditar que era alguma pegadinha, que a qualquer momento todos ririam e as câmeras apareceriam mostrando que ela caíra direitinho na pegadinha mais sem graça do mundo.

–Eu estava bêbada- tentou justificar o erro que cometeu. Mas a morena não queria ouvir desculpas, era algo imperdoável para ela no momento.

–Como teve coragem de fazer isso?- Perguntou a morena chorando ainda mais, a dor da traição em seu peito era enorme.

–Me perdoa, eu estava bêbada, e ele estava carente por causa da separação... - A justificativa absurda que Rachel deu a deixou indignada.

–Que separação? Eu havia dado apenas um tempo, mas eu ainda o amava, e você sabia muito bem disso.

–Mas eu também o amava, e do mesmo jeito você namorou com ele- Rachel jogou na cara, fazendo a morena dar um sorrisinho de deboche.

–Você o amava? Diga-me quem você não amou, Rachel? Você queria a todos, dizia que amava todos... Sempre foi egoísta! - falou a menor indignada e da maneira mais cruel, enquanto a amiga ficava com raiva.

–Você não tem o direito de falar isso, a egoísta sempre foi você, sempre foi a perfeita que queria tudo e fazia de tudo para ter o que queria na hora que queria. - Falou Rachel com a voz embargada, mas cheia de ódio.

–VOCÊ não tinha o direito de fazer isso comigo, eu sempre desconfiei de todas… Mas de você? - A morena balançou a cabeça negativamente -Nunca- falou a morena chorando.

–Me perdoa… Mas naquela época, não eramos tão amigas, e eu tinha inveja de você- confessou a amiga, fazendo a outra a olhar indignada.

–Rachel... Isso não te dá o direito de ter feito isso comigo, você era uma irmã para mim- falou a morena amargurada.

–Você não pode deixar que uma simples transa acabe com nossa amizade- falou a amiga desesperada.

–Vocês transaram? E eu pensando que havia rolado apenas uns beijos, você me traiu da pior forma possível, é realmente uma vadia- sussurrou a morena chorando.

–Você não tem o direito de me julgar, pois você está fazendo a mesma coisa com a sua mãe- falou Rachel brava.

–Isso é totalmente diferente- tentou argumentar.

–Nossa que diferença- falou Rachel cínica, e a garota pode jurar que viu o veneno escorrendo de sua boca.

–Você sempre foi mesquinha... Você está falando isso para me deixar tão mal quanto você está se sentindo, mas se era isso que você queria, muito bem, você conseguiu. Conseguiu, estou me sentindo uma vadia igual você.

–Isso é um grande alívio, afinal, não sou a única vadia nessa história- falou Rachel gargalhando.

–Mas eu nunca fiz isso com você, pois eu considerava você minha irmã mais velha, e é isso que eu recebo em troca?

–Fala sério, Nahuel nem era tão bonito assim- falou Rachel revirando os olhos.

–Mas era o meu namorado, e ele era perfeito para mim...

–Nem tão perfeito já que foi parar na minha cama- ela conseguiu mais uma vez jogar na cara da menor o quão imprestável era.

A morena olhou mais uma vez para a amiga e bateu palmas.

–Parabéns... Obrigada por me mostrar quem você realmente é... Mas... Antes tarde do que nunca- falou morena enquanto saía de seu quarto.

–Nessie- chamou a amiga desesperada quando viu a porta se fechando.

E Rachel mais uma vez, não conseguiu deixar o orgulho de lado, e isso acabou com a amizade delas.

A morena ainda circulava pelos corredores quando finalmente conseguiu sair na sala.

Lá se encontrava Seth e Jacob, um em cada canto da sala, tinham ouvido tudo, e estavam a olhando preocupados.

Ela ainda olhou para os dois, não sabendo para qual braço ir, mas tudo o que ela precisava era dos braços que tanto a tirou de furadas.

–Seth- ela falou agoniada enquanto se jogava em cima do moreno, que a pegou rapidamente confortando-a em seus braços- Me tira daqui- ela implorou.

O moreno logo a pegou no colo e saiu com ela.

Jacob ainda se encontrava petrificado no mesmo lugar.

Ele ainda não conseguia entender como ela foi escolher ao seu irmão em vez dele.



Melhorou?- perguntou o moreno preocupado enquanto colocava mais um copo de coca em sua frente.

A garota pela primeira vez desde que saíram de casa conseguiu pronunciar:

–Sim- ela falou sorrindo fraco, fazendo o moreno abrir um pequeno sorriso.

–Pensei que nunca mais falaria- zombou o moreno, fazendo a garota suspirar firme e tombar a cabeça em seu peito.

–Seth, ela me falou coisas horríveis... Foi ela, ela transou com ele- sussurrou ela angustiada, não estava se sentindo triste por Nahuel... E sim por Rachel.

–Eu sei- ele falou enquanto beijava em sua testa.

–Você sabia? Por que não me contou?-perguntou olhando para o moreno de uma forma acusadora.

–Me desculpe, mas mesmo se eu falasse, você nunca acreditaria em minhas palavras, você acreditava nela de olhos fechados- sussurrou ele lhe abraçando.

Ele ergueu os olhos para a lanchonete, que esvaziava cada vez mais, talvez fosse por ser na beira da estrada, ou por causa do horário adiantado.

–Talvez devêssemos ir embora, já está ficando tarde, e você tem faculdade amanhã.

–Não- sussurrou a garota afundando mais ainda o rosto em seu peito- Eu só preciso de você agora- ela falou ameaçando chorar de novo.

–Eu estou aqui, não se preocupe- ele lhe assegurou fazendo ela suspirar firme e lhe abraçar mais forte.

–Você sempre está aqui, em todos os momentos, fico me perguntando o porquê de ainda me aguentar- ela sussurrou.

O moreno suspirou forte e abriu um pequeno sorriso.

–É pra isso que servem os amigos...



Onde você estava?- perguntou a voz revoltada de Jacob, assim que a garota ascendeu o interruptor de luz de seu quarto.

–Jake eu estou cansada, não estou muito boa para conversar- ela falou enquanto tirava as botas.

–Onde você estava Renesmee?- ele voltou a perguntar fazendo a garota o encarar irritada.

–Quem você pensa que é para querer vir exigir alguma coisa de mim?- perguntou ela irritada.

–Eu sou seu... Seu...

–Meu o que? Padrasto isso que você é... Então se ponha no seu lugar e respeite meu espaço, eu já falei que eu não estou boa para conversar agora- ela sussurrou enquanto se arrastava para debaixo da colcha da cama.

–São 7 horas da manhã, você passou a madrugada toda fora de casa com Seth- ele agora gritava, estava se corroendo de ciúmes.

E era exatamente por isso dela ter escolhido sair com Seth e não com Jacob... Jacob era impulsivo, e não respeitaria o espaço dela, ele era exatamente o oposto de Seth

–Jake... Eu preciso de um tempo sozinha, preciso de espaço, me deixa, por favor, não estou boa para conversar agora- implorou a garota chorando, isso fez ele sair furioso de dentro do quarto e bater a porta com força, fazendo a cabeça da garota doer mais ainda.

Era exatamente por esse comportamento que ela não se arrependeu de ter passado a madrugada toda na praia, isso a acalmou, Seth a deixava mais leve, e ver o sol nascer ao lado dele, a fez ficar mais tranquila.

Mas quando viu Jacob daquele jeito, só contribuiu para o desespero voltar em cheio.

Ela afundou o rosto no travesseiro, para ninguém poder ouvir o seu desespero que a qualquer momento transbordaria para fora.



A garota abriu os olhos e se deparou com Rachel que chorava ao seu lado.

–Não quero conversar agora- falou a garota sussurrando, enquanto prendia as lágrimas que ameaçavam descer novamente.

–Me perdoe amiga- sussurrou Rachel chorando.

–Rachel- falou Seth surpreso assim que viu a irmã chorando no quarto da morena- Quem te deixou entrar aqui?

–Fui eu- falou Jacob entrando no quarto também.

–Você não percebe que a Nessie precisa de um tempo sozinha, sem Rachel por perto- falou Seth grosso enquanto enfrentava o irmão mais velho.

–Mas nossa irmã também está sofrendo- falou ele irritado.

–Ela só está colhendo o que plantou- falou Seth indignado.

–Você está vendo o que você fez, está jogando meus irmãos uns contra os outros- falou Rachel chorando, enquanto apontava para a garota que ainda estava deitada.

–Cala a boca Rachel- gritou Seth nervoso.

–Não fale com ela assim- falou Jacob irritado enquanto se aproximava mais do irmão mais novo.

–CHEGA- gritou a garota- por favor saiam, tchau Rachel, tchau Jacob... Eu realmente ainda estou com a cabeça quente- falou ela suspirando forte.

Rachel foi a primeira que saiu, Seth e Jacob ainda se encontravam parados no mesmo lugar.

–Pra onde você vai?- perguntou a garota quando viu Seth saindo.

–Apenas vou ver algumas coisas na empresa, mas eu volto aqui mais tarde- ele falou, fazendo a garota dar um pequeno sorriso.

–Renesmee- falou Jacob se aproximando dela.

–Jacob... Sua irmã Rachel está precisando mais de você do que eu.

–O que deu em você?- perguntou ele nervoso.

–Você não respeita o meu espaço, qualquer coisinha já estoura, Jacob não é você, sou eu, só me deixe sofrer sozinha- falou ela angustiada.

–Sozinha, desde quando ficar com Seth significa ficar sozinha.

–O problema é que Seth me entende, ele é o seu oposto, e já me ajudou muito em todos esses anos, ele sabe lidar comigo.

–Eu também saberia lidar se você deixasse- ele falou quase explodindo.

–Como você lidaria comigo Jacob? Como? Você não está nem conseguindo se resolver direito, está em cima do muro... E ainda pensa que vai saber lidar comigo- falou ela fria, fazendo ele acenar com a cabeça e lhe lançar um sorriso sarcástico.

–Você está completamente certa- ele falou debochado enquanto saia do quarto bufando.

Agora era mais esse problema que ela teria que resolver. Mesmo não querendo resolver ele nem tão cedo.

Olhou para o cachorrinho que estava deitado lhe olhando.

–Jake- ela o chamou, mas ele continuou no mesmo lugar- Acho que você não gostou desse nome.

Então um latido.

Ela deu uma risadinha, e lhe acariciou.

–Bolinha- ela lhe chamou então um beijo-lâmbida ele deu em seu rosto- Pelo jeito gostou mais desse nome.

–Eu devo ir pedir desculpas para ele?- perguntou curiosa, então o cachorro colocou as patinhas sobre os olhos.

Pelo jeito era para ela continuar no mesmo lugar que estava.



Jacob, como sempre fazia quando estava irritado, enfiou a cabeça dentro do trabalho, era nessas horas que as ideias flutuavam em sua cabeça.

Isabella olhava para o Dr. Smith, que tinha um olhar de pena.

–Não preciso de sua pena Dr.- ela falou grossa enquanto saía da sala de tomografia, levando com ela os exames em sua mão.

Não queria acreditar nas palavras do medico, ele só devia estar blefando, pensava ela irritada.

Olhou para os papéis novamente, e chorou, chorou como nunca havia chorado antes, chorou igual criança. Sabia que tudo isso era para ela pagar tudo o que fez, mas ela não queria, preferia ficar em divida, mas não havia opção.

Pensou em voltar no tempo, e fazer tudo diferente, mudar o sofrimento de sua filha, mas também não podia, ela já tinha errado, agora morreria com a culpa... Mas antes de morrer, precisava do perdão. Mas ela já sabia que nunca o teria, então tentaria afastá-la a qualquer custo, assim evitava sofrimento na hora da verdade.

A alguns bons quilômetros dali, Edward se encontrava com os papéis parecidos com os de Isabella em suas mãos, e infelizmente ali constava a mesma coisa do que de Isabella.

Ele olhou para os irmãos, e chorou, como Isabella havia chorado, só que seu choro era mais profundo, havia mais dor, não queria perder sua garotinha, justo sua garotinha indefesa.

–Vocês todos estão mentindo- gritava ele chorando desesperado.

–Filho se acalme- Carlisle tentava acalmá-lo, mas tudo que Edward conseguia fazer era urrar de dor.

–Minha garotinha, como vou explicar isso para Renesmee- ele falou mais angustiado ainda quando pensou em sua filha mais velha sofrendo, ele não queria que ela sofresse mais.

–Filho se acalme- tentava Esme, mas tudo que Edward conseguia fazer era puxar seus próprios cabelos e se bater.

–Peguem uma camisa de força para ele- gritava Dr. Cullen enquanto tentava segurar as mãos do filho.

–Me leve no lugar dela Deus, não a deixe assim- gritava ele desesperado enquanto se esmurrava.

Uma equipe medica entrou rapidamente no saguão, e logo pegaram Edward a força e o colocaram dentro de uma camisa de força, caso não tivesse colocado, ele acharia alguns meio de se suicidar.

Todos olhavam horrorizados, mas ninguém se atrevia a falar alguma coisa, afinal, era sua filha, todos sabiam o quanto suas filhas valiam para ele. E tudo o que ele queria naquele momento, era se suicidar para não ver a filha mais nova morrer.

–Me deixem morrer- gritava ele desesperado enquanto tentava se soltar da camisa de força.

–Renesmee também precisa de você irmão- falou Alice angustiada, e o nome da filha mais velha foi o que o fez para de tentar se soltar.

–Ho minha Nessie irá sofrer tanto, ela não precisa sofrer mais Alice- falou ele angustiado, fazendo a irmã chorar também.



Renesmee olhava para o porta-retratos ao qual continha uma foto sua com Sam... Sam, sentiu saudades de sua garotinha, e logo a ficha caiu. Sam não havia vindo no dia do seu aniversário.

Ela logo pegou o celular e discou o número conhecido.

–Renesmee- falava a voz surpresa do outro lado da linha.

–Tia... Cade meu pai?- perguntou irritada.

Estava se sentindo uma idiota, por ter esquecido de sua irmã, sua menina, e só depois de uma semana havia se dado conta que Samantha existia.

–Querida não posso falar agora- sussurrou Alice contendo a voz de choro, mas a sobrinha a conhecia como a palma da mão.

–O que está acontecendo? Por que Sam e o vovô também não veio com vocês?- perguntou ela irritada, sabia que estavam escondendo alguma coisa dela.

–Ho minha pequena Samantha- sussurrou Alice e logo o choro desceu, fazendo a garota ficar desesperada.

–O que aconteceu com a Samantha?

–O tumor voltou Nessie- foi tudo o que Alice conseguiu falar, fazendo lágrimas fortes descer pelo rosto da garota com força total.

–Mentira, fala que é mentira tia- pediu a garota agoniada, fazendo a tia chorar mais ainda do outro lado da linha.

–Me perdoe querida- sussurrou a tia.

A garota logo desligou o telefone e pegou sua bolsa a qual tinha seus documentos e o Bolinha, que se mantinha quieto respeitando sua dor.

Seth como havia prometido, voltou assim que terminou de resolver algumas coisas na empresa. E encontrou Renesmee saindo de casa chorando com o cachorro nos braços.

–O que aconteceu?- perguntou preocupado, nunca a havia visto chorar com tamanha dor.

–Samantha... Aquele maldito tumor de Samantha voltou- ela falou agoniada- Eu preciso ir ver como ela está, minha pequena está sofrendo Seth... E meu pai, ele não sabe lidar com todo esse sofrimento sozinho, e nem precisa- ela falou enquanto caminhava até a garagem em direção aos carros de Isabella.

–Você não pode dirigir até Nova York assim- ele falou puxando o braço dela.

–Mas eu preciso ir vê-la com meus próprios olhos- ela falou se soltando de seus braços.

–Eu vou com você, mas desse jeito você não vai dirigir- ele falou enquanto levava ela em direção ao seu carro. Que entrou e chorou baixinho.

Ele tentou pegar um pouco de sua dor, mas ali se tratava de Samantha, e não dela, então tudo o que ela conseguiu fazer foi se fechar e sofrer sozinha.

O dia estava raiando quando Seth parou o carro em frente a grande mansão. Ele havia dirigido a noite e a madrugada toda, estava podre de cansado, já não tinha dormido na noite anterior. Mas para ele, ali se tratava de Renesmee, e ele faria qualquer coisa por ela.

Assim que ela entrou no carro, demorou uma meia hora chorando, quando finalmente conseguiu cair no sono, isso fez Seth seguir com a viagem mais aliviado -já que o cachorro não latia em nenhum minuto, parecia respeitar o sono da dona- ele não conseguia ver ela sofrendo tanto.

–Seth- falou Esme lhe abraçando assim que saiu de dentro do carro.

–Oi tia- ele falou lhe lançando um pequeno sorriso. Esme respirou fundo e conseguiu retribuir o sorriso.

–Onde está Renesmee?- perguntou ela preocupada.

–Está no carro- ele apontou, e de lá saiu o cachorro desfilando.

–Jake- chamou Esme, isso fez o cachorro rosnar e Seth rir.

–Eu acho que ela mudou o nome dele, tem alguma coisa haver com bola, bolota, bolão- chutava Seth, enquanto o cachorro continuava a rosnar.

–Bolinha- corrigiu Renesmee saindo do carro com os olhos inchados.

O cachorro parou de rosnar imediatamente quando Renesmee disse seu nome certo, e logo saiu desfilando na frente da grande propriedade.

–Não sabia que havia acordado- falou Seth se aproximando da garota, que o abraçou assim que se aproximou suficiente para tal ato.

–Eu sei- ela sussurrou enquanto lhe segurava forte a cintura.

–Acho melhor entrarmos, você está com uma cara horrível Seth- falou Esme lhe lançando um sorriso amoroso.

A garota olhou para ele, e se amaldiçoou por ele aparentar um morto-vivo. Pois ele estava daquele jeito por causa dela.

–Eu estou bem- assegurou ele olhando para Esme que balançou a cabeça.

Entraram na grande sala, e viram uma coisa inédita.

Todos estavam em silêncio, aquela não era a casa ao qual ela havia deixado.

–Cadê meu pai?- ela perguntou assim que não o viu na sala.

–Está em seu antigo quarto, lá é o único lugar que ele consegue se controlar, mesmo que seja minimamente.

A garota logo correu para o quarto, o rosto já se banhava em lágrimas só de lembrar de Samantha pulando naqueles corredores.

–Pai- ela sussurrou abrindo a porta, e viu o pai em uma situação deplorável.

Edward estava em um canto do quarto escuro, as cortinas estavam fechadas, isso impedia qualquer luz de entrar no cômodo.

A garota teve que força os olhos para poder enxergá-lo jogado no chão, com as roupas rasgadas, e marcas roxas em toda parte do corpo.

–Pai- falou ela mais alto, para poder ter a atenção dele, que se virou imediatamente, impedindo dela ver seu rosto.

–Não quero que me veja nessa situação- ele falou com uma voz rouca, isso fez a garota soluçar por causa do choro embargado.

–Pai, fale comigo- ela lhe implorou chegando mais perto do homem, que fazia o maior esforço de não olhar nos olhos claros.

–Eu falhei filha, prometi pra você que cuidaria dela, e veja onde ela está, na situação em que se encontra, não consegui protegê-la, não consegui cuidar de sua saúde, pois o maldito tumor voltou, e é maligno- ele falou desesperado enquanto olhava nos olhos da filha, que estavam vermelhos.

–Não foi sua culpa, Samantha já nasceu com ele- sussurrou ela confortando-o, mas ele apenas balançava a cabeça rapidamente, e logo começou a batela na parede.

–Eu sou um pai horrível- ele falava pegando o abajur e batendo em sua cabeça.

–Pai para com isso- ela falou pegando o objeto de sua mão, mas ele voltou a bater a cabeça na parede- Pai para- ela tentava puxando ele, mas ele se batia mais ainda.

–Me leve- gritava ele olhando para o teto e batendo a cabeça cada vez mais forte.

–Vovô, alguém me ajude- gritou a garota desesperada enquanto tentava segurar o pai, que se debatia em seus braços.

–Emmet pegue a camisa de força- pediu Carlisle enquanto entrava correndo dentro do quarto.

Emmet logo voltou com Jasper, que segurava uma camisa branca com as mangas enormes.

Seguravam Edward com certa dificuldade, que em nenhum instante deixou de lutar.

–Minha filha, minha Samantha, fique comigo- gritava ele enquanto se debatia.

–Pegue o sedativo dentro da minha mala- pedia Carlisle enquanto amarrava a camisa estrategicamente.

Logo aplicou o sedativo no braço de Edward, que continuava a se debater.

–Não está fazendo efeito- falou a morena preocupada.

–Vou ter que dar mais uma dose- falou o avô enquanto aplicava uma dose bem maior que a anterior.

–Ele está piorando- fungou Esme enquanto via o filho caído no chão adormecido.

–Oque está acontecendo com meu pai?- perguntou a garota chorando desesperada.

–Ele está enlouquecendo- falou Carlisle reconfortando a mulher que chorava desesperada em seus braços, já não bastava perder uma neta, mas um filho... Aí já era demais.

A garota ainda olhava para a irmã através do vidro transparente, se sentia cada vez mais mal, ao ver o tanto de fios que tinha no corpo da criança.

Samantha respirava com dificuldade e com ajuda dos aparelhos, a cada dia seu tumor ia aumentando, ele já estava no tamanho de uma laranja, ela deveria operar as pressas, mas, ninguém queria, pois ela correria riscos, já que o tumor era no cérebro.

A morena viu a irmã abrir os olhos devagar, abriu um pequeno sorriso e acenou para a criança, mas a mesma voltou a fechar os olhos, estava cansada demais para manter os olhos abertos.

Carlisle havia falado que o tumor estava pegando toda a sua energia, e que daqui a uns tempos, iria acabar pegando suas lembranças.

Suspirou revoltada, pois ninguém sabia lhe dizer quanto tempo de vida Samantha teria, poderia ser anos, meses, ou apenas alguns dias.

Sentiu Seth apertando sua mão com força, ele estava lhe dando forças para não perder as esperanças.

A morena entrou no quarto, e viu sua irmã no mesmo estado, mas prometeu para si mesma, que não choraria em sua frente, pois não queria lhe mostrar o quão fraca era por ela se encontrar nessa situação.

–Sam- sussurrou a morena chegando mais perto da irmã.

A menina abriu os olhos, e deu um pequeno sorriso.

–Eu sabia... eu sabia- sussurrava a menia enquanto chorava.

–Não chore querida- sussurrou passando as mãos pelos cachos claros de Samantha.

–Você veio- ela sussurrou.

–Claro que eu vim meu amor.

A menina olhou para ela, e apontou para o sofá que se encontrava no canto do quarto.

–Eu fiz um desenho...

A morena andou até lá e pegou a folha branca, que continha alguns borrões.

–E o que é?- perguntou a morena voltando a se sentar ao lado da menina.

–É você... Na faculdade tocando piano- ela sussurrou e apontou para um grande retângulo- Juliali.

A morena riu e corrigiu:

–Juliard- e a menina balançou a cabeça e voltou a fechar os olhos.

–Você tem... Tem que realizar- falou a menina apontando para o desenho.

–Eu vou... Não que preocupe- prometeu a mais velha beijando sua testa- E eu lhe trouxe um presente...

A morena pegou o pequeno embrulho do chão, isso fez a menor abrir os olhos escuros.

A garota abriu o embrulho, revelando um pequeno som portátil rosa, e colocou ao lado da cama da menina, e pegou na bolsa um CD e entregou para a menina.

–Eu fiz uma cansão para você- falou dando um pequeno sorriso.

–Qual é o nome?

–Samantha- falou a garota, isso fez a menina, pela primeira vez na semana, abrir um sorriso sincero.

A garota pegou o CD e colocou no pequeno som, e logo a melodia do piano encheu o quarto, era uma melodia calma e serena.

–É linda- sussurrou a menia tossindo então ela voltou a fechar os olhos.

–Sam...

–Só estou com sono- garantiu a menina deixando algumas lágrimas caírem pelos olhos fechados- Eu amo você Nessie.

–Eu também te amo pequena- falou a morena fazendo um pequeno carinho em seu rosto, então saiu do quarto, enquanto as notas do piano fazia a menina cair com sono.

O caminho de volta para Forks foi calmo, Resnesmee já sabia qual era o problema, mas prometeu a si mesma que voltaria, não podia deixar Samantha, e nem queria.

O carro parou em frente a mansão Black. No relógio constava 9 horas da manhã, olhou para Seth, que tinha grandes olheiras em baixo dos olhos, devido a falta de sono.

Ela pegou em sua mão e deu um pequeno beijo.

O moreno apenas abriu um pequeno sorriso.

Então ela saiu do carro, enquanto Seth se direcionava para a sua faculdade, que precisava ser trancada.

Sentiu um aperto no coração, aquela casa lhe lembrava Jacob, e ela estava arrependida da forma dura que o tratou. Ele não merecia que ela descarregasse sua raiva nele.

Entrou dentro da casa, sendo abraçada por Sarah, ela lhe abraçou forte, tão forte, que a garota quase caiu nos prantos. Mas esse era o modo que Sarah tinha de respeitar a dor alheia.

Suspirou cansada e voltou a procurar Jacob.

Entrou dentro do largo corredor, o qual dava para os quartos.

Ela ainda perambulava pelo corredor, ainda pensava um meio de se desculpar com Jacob, pela forma que o havia tratado, se sentia uma idiota por ter falado aquilo, mas não havia dito nenhuma mentira.

Mas uma voz lhe chamou a atenção, fazendo-a se estreitar perante a grande porta entre aberta. Nunca tinha sido fuxiqueira, mas uns de seus defeitos era a curiosidade.

–Isabella... Nossa como eu amava esse nome, mas agora ele parece como outro qualquer. Estou tão confuso pai- falava o moreno, enquanto mexia os dedos de forma nervosa- Eu amo Isabella, só não sei explicar que amor é esse, e é totalmente diferente do que eu sinto com Nessie, pois eu sei exatamente o que sinto por ela, ultrapassa qualquer outro sentimento, ele é vicioso, não consigo viver sem ele.

–E por que ainda continua com Isabella?- perguntou Billy tentando a todo custo compreender os sentimentos do filho.

O moreno olhou para o pai e bufou forte... E logo um sorriso forçado apareceu.

–Isabella está grávida- falou ele derrotado, fechando os olhos para as lágrimas não cair.

Mal sabendo ele que a morena se encontrava do mesmo jeito do outro lado da porta, ela estava acaba, e finalmente, seu coração que antes estava murcho... Agora se encontrava despedaçado, ele havia sido jogado aos ventos, que logo o espalhou, impedindo de algum dia se cicatrizar...


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Notas finais do capítulo

E aí...
Bella grávida? :/ Era só o que faltava, e o Seth? Dando a maior força para a Nessie...


Sem palavras... E relembrando que estamos em reta final... O próximo capitulo é o último, mas ainda teremos o epílogo... Mas eu só preciso de vocês, quanto mais reviews eu receber, mas rápido sai os dois.
Bjss

Nyca_Alves