Se Eu Não Te Falar Agora... escrita por Quel Machado


Capítulo 12
Giane e Fabinho passam a noite juntos


Notas iniciais do capítulo

Gente, daqui pra frente a fic vai diferir bastante do enrendo da novela... Eu só não decidi ainda qual o destino que eu dou para a Pitanga. Para aqueles que acompanham e curtem essa fic, me mandem mensagens dizendo o que vocês preferem.

1) Pitanga redimida e boazinha com o Maurício
2) Pitanga mazinha, com um final "ambíguo" :P

Vocês decidem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/411293/chapter/12

Casa de Giane (Noite)

Fabinho, Giane e Malu estão na sala de estar. Fabinho está sentado na poltrona, enquanto Malu e Giane estão sentadas no sofá. A estudante está mais próxima do ex bad boy.

Fabinho: Então quer dizer que eu posso ser filho do Wilson.

Malu: O Perácio tem quase certeza. Ele só quer mesmo fazer esse exame para poder contar para o Wilson; parece que ele nem sabe da existência desse filho… Então é melhor ter provas quando for contar, né?!

Fabinho: E como é que nós vamos fazer o teste se o Wilson não sabe?

Malu: O Perácio já se informou de tudo. Pelo o que ele me explicou, quando os pais não estão disponíveis para o exame, é possível fazer o teste de DNA para relacionamentos. Esse teste indica o relacionamento biológico que existe entre você e o Perácio. Então se ele for mesmo seu tio, o teste vai indicar o parentesco.

Fabinho: Então lá vou eu ter que furar meu dedo e passar por aquela agonia toda de novo?

Malu: É só pra burocracia mesmo, Fabinho. O Perácio está certo que é seu tio e que você é o menino que a Dona Glória deixou com o seu Silvério…

Fabinho: Pelo jeito a casa Verde toda já sabia dessa história, menos eu, né?!

Giane se irrita.

Giane: Auto lá! Que se eu ao menos desconfiasse dessa história já teria te contado a muito tempo. E se não fosse por mim, você ia até teria deixado pra lá… Agora quanto ao meu pai, pode deixar que eu me entendo com ele depois.

Fabinho: Vai brigar pra quê? Com certeza o seu Silvério tá pensando que se eu for mesmo filho do Wilson, um cara rico, eu vou pirar e voltar a infernizar a vida de todo mundo. Não só ele, né, mas a tia Salma, o tio Gilson, a Rosemere… Não, Malu, obrigado! Se eu fizer esse exame, todo mundo vai voltar a achar que eu sou um interesseiro.

Malu: Não é bem assim, né, Fabinho… Eu sei que você sofreu muito com tudo que aconteceu e que ainda te dói muito tudo isso. Mas pensa no lado do Wilson. Passou a vida inteira chorando a morte de um filho que está vivo! Ele vai ficar exultante de saber que você tá vivo, nem vai ligar pra essa história de herança.

Fabinho: Mas esse povo fala, Malu. Eu não estou me ralando todo pra depois neguinho ficar me jogando na cara que eu só venci porque eu sou interesseiro.

Malu se levanta do sofá.

Malu: Pensa bem, Fabinho. Você pode genuinamente fazer o bem pra alguém se aceitar fazer o DNA. E eu e a Giane sabemos que você não é um interesseiro. Eu tenho que ir, mais tarde a gente se fala. Tchau, Giane.

Ela dá um beijo no rosto do bad boy e sai da sala. Fabinho e Giane permanecem sentados sem olhar um pro outro. Giane não aguenta.

Giane: Pow, cara! Vai deixar de ter um pai de verdade por causa de orgulho? Pára de ser orgulhoso e faz logo esse DNA.

Fabinho: Sou orgulhoso, sim. É como uma música do Lupicínio Rodrigues que a minha mãe adora, “Vingança”... “A vergonha é a herança que o me pai me deixou”. Eu não tenho pai, mas tenho orgulho… Aliás, acho que é a única coisa que eu tenho na vida…

Ele se levanta e se vira para ir embora. Giane também se levanta e o segura pelos ombros.

Giane: Não é a única… - ela então o abraça e o beija.

Um beijo segue o primeiro e depois outro, e depois mais outro. A paixão explode e o casal não tem como se segurar. Sem perceber, os dois vão andando colados ao beijos até o quarto dela. Eles entram e só se desgrudam quando Giane fecha a porta do quarto com suas costas. Eles se olham ofegantes por alguns segundos até que ela sorri lindamente para o Fraldinha. Ele parte para cima dela e a imprensa contra a porta do quarto como já havia feito com uma grade há alguns dias atrás. Fabinho manobra a moça e consegue caminhar com ela de costas pra cama. Ao sentir a beirada do móvel tocar as suas pernas, Giane se senta meio desequilibrada tentando tirar a camisa de botão que Fabinho sempre veste por cima da camiseta. Todo esse processo parecia muito complicado de executar, porque eles não queria se desgrudar por nem um segundo sequer. Quando finalmente consegue se livrar da camisa irritante, Giane segura o rosto do amado por alguns instantes para olhar bem fundo nos seus olhos. Satisfeita, ela se faz um movimento para trás e se deita na sua cama puxando o garoto contra si. Fabinho se deita sobre ela e os dois se agarram com paixão.

***

Fabinho acorda com o sol no rosto e um sorriso bobo nos lábios. Ele se lembra de onde está e procura por Giane na cama mas a encontra de pé ao lado da janela.

Fabinho: Que que você tá fazendo aí?

Giane: Psiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuu! Meu pai tá na cozinha e eu ouvi a voz do Bento. Eu acho que ele passou aqui pra falar comigo, mas já foi embora. - Ela dá uma risadinha marota e senta da cama. - Bento ia ter um troço se soubesse que você dormiu aqui; acho que ele ia surtar mais que o meu pai.

Fabinho esfrega o rosto ainda tentando acordar.

Fabinho: Que Bento, o que? Esse aí não tem nada com a nossa vida. E você não tem nada do que se preocupar com o que o Bento pensa. - diz agarrando Giane e puxando contra si, ela aceita e se ajeita com as costas no peito do Fabinho.

Giane: Bento é meu amigo, pow! Eu me preocupo com ele e ele se preocupa comigo. Do mesmo jeito que eu me preocupei quando ele se casou com aquela bandida, ele vai se preocupar se souber que eu dormi com o Fraldinha. - Giane ri - Se o Bento já se acabava de ciúmes por causa do Caio, com você ele vai querer morrer!

Fabinho se irrita e encara a florista.

Fabinho: Giane, isso tudo aqui é pra fazer ciúmes no Bento?

Ela se supreende e gagueja.

Giane: Cl-claro que não, Fabinho. Não viaja, garoto! Do que você está falando?

Fabinho se levanta e começa a catar suas roupas pelo chão.

Fabinho: Eu não acredito… Eu sou muito burro mesmo! A gente mal acorda e você já está falando do seu “grande amor”, o iluminado Bento. Tá na cara que eu que tow de otário nisso aqui, né?! Você tá doida pra fazer um ciuminho no Zé Florzinha!

Giane se exalta.

Giane: Ei! Peralá! Se eu quisesse um estepe, tinha ficado com o Caio! Que é muito mais bonito, inteligente e legal que você!

Fabinho termina de vestir a calça e encara Giane, visivelmente magoado.

Fabinho: Eu achando que... Você tinha me escolhido, mas no fim você continua ligada no Bento! Imbecil, eu sou muito imbecil mesmo! - diz saindo do quarto batendo a porta.

Seu Silvério lia jornal na sala acompanhado de uma xícara de café. Ele quase se engasga quando vê Fabinho andando irritado em direção à porta da rua. Fabinho nem vira o rosto.

Fabinho: Bom dia, seu Silvério.

Silvério: Bom dia, Fabinho.

Fabinho sai pela porta quando Giane aparece na sala só de pijama.

Giane: Volta aqui seu Fraldinha! A gente precisa conversar! - Ela olha para o pai - Depois eu que sou o cavalo!

Silvério coloca a xícara de café na mesinha.

Silvério: Giane, você não acha que me deve explicações?

Giane: Nem vem, pai, nem vem! Que hoje eu não tow boa! Você também tem muito o que me explicar, mas mais tarde! - ela volta para o quarto bufando.

Silvério dá de ombros e volta a ler o jornal. Giane entra no quarto e senta de novo na cama. Ela joga um travesseiro na porta.

Giane: Fraldinha, grosso! O que esse idiota quer? Uma declaração de amor?

Ela ouve batidas na porta. Giane grita.

Giane: Já disse que não quero falar com ninguém, pai!

Fabinho abre a porta e coloca a cabeça para dentro.

Fabinho: Não é o seu Silvério…

Giane: Fabinho!

Ela fica sem saber o que dizer e se ajeita na cama. O rapaz entra e se senta na beirada do móvel.

Fabinho: Desculpa por ter falado aquelas coisas pra você. Às vezes eu fico com muita raiva e não consigo me controlar. Eu não devia ter saído daquele jeito, ainda mais depois de ontem à noite… Mas eu não consigo entender, Giane. Por que você ficou comigo se ainda está ligada no Bento?

Giane: Ô, Fabinho… Você acha o quê? Que eu tinha coragem de ir pra cama pela primeira vez com um homem pra provocar o outro?

Ele sorri levemente, ainda inseguro.

Fabinho: Então, você confia em mim? Você sabe que eu não sou bandido como a Amora.

Giane: Eu sei que você já aprontou muito, que você nunca foi santo, nem nunca vai ser. Mas acredito que você tá se esforçando pra ser um cara melhor.

Ele se aproxima e pega a mão de Giane.

Fabinho: Eu só quero que você saiba que hoje foi o dia mais feliz da minha vida… Eu estou gostando de você… Gostando demais… Você quer ficar comigo, maloqueira?

Giane sorri.

Giane: É claro que eu quero ficar com você, seu pateta! Mas ó, não pensa que eu desisti do DNA não, hein?! Você vai fazer aquele teste!

Fabinho: Sim, senhora!

E os dois se beijam apaixonados.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!